A noite de más decisões
Hellooooo gente!!
Esse bônus ficou enorme mds ahsuhsuha
Tenham uma boa leitura <3<3
~♥~
Jungkook's POV
— Vou escolher esse mesmo. — Falei para Jungmin, mostrando o short rosa salmão que estava em minha mão.
— Tem certeza? — Jungmin perguntou, apontando para sua pilha de roupas em seguida: — Tenho em outros modelos se preferir.
Estava me sentindo confiante, com vontade de experimentar algum estilo novo, sei que nunca fui de testar muitas coisas no meu visual, porém após ser ajudado por Jungmin a incrementar meu guarda-roupas meses atrás, me vi mais interessado em testar novidades, e não digo apenas sobre minhas roupas, estava cansado de me esconder por medo do julgamento alheio, queria vencer minhas inseguranças aos pouquinhos, com calma, um passo de cada vez até chegar lá.
— Não, eu gostei desse aqui. — Afirmei, e Jungmin apenas assentiu, voltando a mexer nas peças a procura de sei lá qual.
Peguei logo o que eu tinha escolhido e me retirei do quarto, indo de arrumar no banheiro da suíte dos meus pais, já que o outro estava ocupado por Junghyun há no mínimo uma hora, e o meu quarto com Jungmin foi completamente tomado pelo mesmo, que espalhou roupas por todos os cantos, e eu realmente não queria continuar ali para o assistir pirar por não conseguir se decidir.
Jungsun estava na casa de Taehyung, sendo menos um para dividir o espaço, pois existiam dois momentos de maior bagunça aqui em casa, um quando todos os gêmeos tinham que se arrumar para sair ao mesmo tempo e outro quando todos decidiram trazer seus namorados e amigos no mesmo dia, aí sim a algazarra estava formada.
Era quando minha mãe ficava de cabelos em pé e meu pai apenas observava tudo, com um semblante relaxado, afinal o senhor Jeon desistiu de se estressar com nossa bagunça há anos, ele apenas sorria enquanto bebericava seu café numa xícara.
— Cadê o meu spray de cabelo, Jungmin? — Ouvi o grito de Junghyun enquanto já estava dentro do quarto dos meus pais, e suspirei, sabendo que mais berros viriam em seguida.
Mas o problema não era meu de qualquer forma, aqueles dois que não dividiam os seus produtos de forma organizada, um sempre acabavam pegando coisas um do outro e depois discutiam por isso como se fosse a maior catástrofe do mundo.
Bem, eu não tinha tantos cosméticos e produtos para os cabelos como eles, então as poucas coisinhas que eu usava ficavam guardadas numa necessaire com estampa do Homem de Ferro. Ninguém mexia, e por isso nunca foi um tópico para brigas minhas com meus irmãos.
Mas voltando ao atual momento, o motivo de todos estarem nessa euforia para conseguirem se arrumar ao mesmo tempo era por causa da festa da tal fraternidade, que antes eu estava bem animado para ir, pois já havia sido convidado para estar em outras que eles tinham organizado, e tudo havia sido bem legal. Não que eu fosse um expert em festas, nunca nem mesmo fui numa balada, porém as de Jaebum como anfitrião costumavam ser tranquilas.
Entretanto dessa vez alguma coisa parecia estranha, primeiro que não tinha sido o próprio Jaebum a vir nos convidar, foi Taehyung que chegou contando sobre a festa e falando que estava animado para ir, já me pedindo para avisar Jimin e nossos outros amigos.
O que acabei realmente fazendo, com a mente presa no fato de que Jaebum sempre convidava a mim e meus irmãos para suas festas, e que elas sempre aconteciam sem grandes alardes e ou entre muitos falatórios, porém quando escutei alguém de longe comentando que a festa era uma "comemoração", fiquei com uma pulguinha atrás da orelha.
Claro que não é necessário ter um objetivo além de se divertir para querer dar uma festa, porém após ouvir aquela conversa a distância, onde as duas pessoas disseram que seria uma comemoração para alguma coisa e que galera se juntou para conseguiram levantar uma grana pra montar tudo, eu fiquei me perguntando o que eles estariam comemorando.
E Taehyung, que foi a pessoa que trouxe a ideia de levar todo mundo para a festa, também não tinha me contado esses detalhes, apenas enfatizava que poderíamos ficar sossegado que as festas do Jaebum eram tranquilas, e eu sabia bem disso, porém a galera dele não era exatamente a minha turma de amigos, então eu estava meio receoso de estar indo para algo íntimo deles ou em que me sentiria muito deslocado.
Jungmin tentou acabar com a minha cisma dizendo que deveria ser apenas o aniversário de alguém, mas o mesmo sexto sentido dizia que não era isso. Uma das minhas primeiras possibilidades era que poderiam comemorando uma vitória no campeonato de esporte das universidades, pois muitas pessoas da fraternidade de JB eram dos times, entretanto essa opção rapidamente foi descartada quando me lembrei que nossas equipes não ganhavam um campeonato há mais de quinze anos.
Outras possibilidades vieram depois, mas infelizmente durante toda aquela semana eu não consegui falar com Jaebum para lhe perguntar, ele simplesmente não aparecia em lugar nenhum do campus enquanto eu estava por lá, também sumiu das redes sociais e não estava respondendo mensagens também, mas pelo que Junghyun descobriu com um dos caras que estudava na mesma turma de Jaebum, ele ficou tão ocupado com os preparativos da festa que seria difícil esbarrar com ele por aí.
Não quis importuná-lo com isso, e como eu me tornei o único do nosso grupinho de amigos que estava se importando e encucado, procurando um propósito para aquela festa, decidi parar de ser chato, porque até parecia que eu tinha começado a caçar um motivo para a gente não ir, o que não fazia sentido, porque eu realmente queria comparecer, então concluí que talvez eu apenas estivesse inseguro e ansioso.
E também, a verdade era que a maioria dos membros daquela fraternidade eram burgueses, eles não precisavam de motivos para querer gastar seu dinheiro com uma festança, e como Jaebum era morador de lá e o organizador principal de tudo, ficava mais fácil para si esquematizar tudo num lugar que já conhecia e saberia como aproveitar o espaço.
— Eu não estou com seus tênis e nem sei onde está, Jungmin! — Ouvi outro berro do meu irmão maromba, vendo que eles agora já discutiam sobre outra coisa.
— Você estava calçando eles ontem a noite, como não sabe onde foi parar? Enfiou no cu foi? — Jungmin gritou de volta e eu apenas suspirei, rindo soprado.
Não estava com tempo para escutar as picuinhas entre aqueles dois, logo me tranquei no banheiro dos meus pais e rapidamente me troquei, colocando uma camiseta branca, a qual enfiei para dentro do cós do short rosa salmão, que se fosse quatro dedos mais curto mostraria a polpa da minha bunda... Mas tudo bem, hoje eu estava todo confiante.
Finalizei o look do dia com uma jaqueta cheia de pedrinhas de strass, um par de All Star preto qualquer que tinha pego de Jungmin e coloquei meus cabelos num topete graças ao spray da minha mãe que encontrei no banheiro. Por fim, decidi passar em meus lábios um gloss de sabor doce qualquer, porque não fazia ideia de como me maquiar mais do que isso e preferia estar de cara limpa mesmo
Também tirei meu óculos e optei por usar lentes, apenas pelo fato de que as minhas chances de acabar levando uma mãozada ou cotovelada no rosto em meio da muvuca de pessoas eram grandes e não queria acabar a noite caçando meu óculos, ou o que tiver restado dele, pelo chão da casa.
Cerca de meia hora depois lá estava eu, na sala de casa, todo cheirosinho e pimposo, ainda esperando meus irmãos que pareciam estar se vestindo para a última semana de moda de Paris, e não para uma festa de estudantes.
— Kookie, o Jimin chegou! — Ouvi a voz de minha mãe dizer, me fazendo levantar do sofá às pressas para receber meu namoradinho.
Os olhinhos de Jimin se arregalaram um pouquinho ao me avistar pela primeira vez, talvez porque não era um costume me ver usar roupas que mostrassem muito a pele no dia a dia, mas a noite estava quente e eu estava fogoso, então era a combinação perfeita.
A surpresa em sua face logo foi substituída por uma expressão de contentamento, seus olhos desceram pelo meu corpo, e um sorrisinho ladino apontou no canto de seus lábios, me fazendo tremer todinho de vontade de pular nos braços dele e desmanchar aquele sorriso com a minha boca.
— Você está lindo, Kookie. — O Park proferiu, estendendo sua mão até a minha e me fazendo dar uma voltinha no próprio eixo, para que ele verificasse o look por completo.
E eu percebi muito bem a secada que recebi nas coxas, mas Jimin disfarçou como um mestre, meus pais nem pareciam notar a aura sexual que nos envolvia naquele momento, continuavam olhando para Jimin como se ele fosse um anjo divino visitando na terra.
— Obrigado, e você está incrível! — Respondi, também o fazendo dar uma voltinha, para que eu visse melhor a composição de seu traje que envolvia uma blusa de tule preto, coladinha em seu corpo, acima de um cropped da mesma cor, que cobria apenas até um pouco abaixo dos seus mamilos, fechando com uma calça skinny, tênis de cano alto e a choker nas cores do arco-íris em seu pescoço.
— Você ficou um baita de um tesudo também, mas não vou falar isso em voz alta porque seus pais estão aqui. — Jimin sussurrou em meu ouvido assim que me abraçou. — Gostoso... — Elogiou, dando um aperto mais forte em minha cintura. Aquele tipo de apertão que me deixava todo mole, e Jimin sabia muito bem como me desestabilizar todinho, mas não vou negar que adoro demais.
— Seu safado... — Ri soprado ao dizer baixinho, o fazendo rir também.
— Você está realmente muito lindo, meu amor. — Jimin falou agora num tom alto, com a voz mais meiga que conseguia, sem quebrar nosso contato, apenas levantando o rosto para me olhar cara a cara.
Viu só? Ele ainda ilude meus pais com essa carinha de anjinho, eles mal sabem o que esse garoto apronta.
— Ah não, nada de sem-vergonhice em frente a minha salada, desgrudem. — A interrupção veio do meu irmão de cabelos coloridos. Jungmin realmente gostava de aparecer nos piores momentos, eu já nem podia contar nos dedos as vezes que ele chegou de repente e cortou o clima bem na hora eu que eu iria começar a beijar meu namorado.
— E aí, piquetuxo! — Junghyun surgiu cumprimentando Jimin, o abraçado forte, quase o tirando do chão.
— Aish... — Jimin resmungou, afinal meu irmão não usava esse apelido apenas para ser fofo, Junghyun estava era provocando porque sabia que o Park detestava quando ele o chamava assim.
Hyun sempre foi o mais alto entre nós quatro, e se ele já gostava de enfatizar esse fato como se fosse uma coisa incrível, viu em Jiminie o seu alvo quando percebeu que o mesmo ficava todo bravinho e bicudo com esse papo sobre altura, o que eu achava muito engraçado porque Jimin nem era tão mais baixo que Junghyun assim. Hyun perde a amizade do cunhado mas não perde a piada.
— Oi, bonitão! — Esse foi Jungmin cumprimentando Jimin, trocando um toque de mãos que ambos tinham inventado.
— Vocês estão lindos. — Jimin elogiou, sorrindo todo bonitinho. Aff, eu amo demais esse homem.
— Mas eu sei que sou o mais bonito, pode dizer, eles não ficarão ofendidos, sabem que é verdade. — Jungmin expressou todo presunçoso.
— A gente é idêntico, Jungmin! — Junghyun exclamou, levando a mão até a testa.
— Eu continuo sendo o mais estiloso. — Min argumentou, e realmente era verdade.
— Concordo com o senhor estudante de moda, mas tenho que dizer que hoje o Kookie ganhou. — Jimin disse ao segurar minha mão e me fazer dar mais uma voltinha, como se quisesse mostrar meu look a eles mais uma vez. — Você está deslumbrante, amor.
— Own, bebê, são seus olhos... — Murmurei, ficando todo bobinho e sorridente, enquanto ele passava sua mão em volta da minha cintura e me abraçava.
— Essa opinião não conta porque não é imparcial, você está apaixonado por esse bobão ai. — Jungmin afirmou, apontando para mim.
— Ei! — Brandei, e Jimin apenas riu, se aproximando de mim para me dar um rápido beijo na bochecha, fazendo a mesma corar automaticamente.
— E dar o fora logo, antes que esses dois continuem de chamego e comecem a tirar as roupas que demoraram para escolher. — Junghyun expressou rindo ladino.
— O que? Eu fui o mais rápido me vestindo. — Retruquei com fatos.
— Claro, você estava escolhendo roupa desde a semana passada. — Jimin retrucou, me fazendo olhá-lo chocado com o ultraje.
Isso é um complô contra o Jungkookie aqui.
— Calúnia! — Gritei, ouvindo meus pais rirem e meus irmãos apenas negarem com a cabeça.
O carro de Junghyun comportou nós quatro em seguida, e assim seguimos primeiro até a casa de Hyejin, pois ia pegar carona conosco, porém chegando lá a mesma avisou que seu irmão, o Hoseok, tinha decidido que também iria para a festa com a gente, então como não caberia mais um no nosso carro, os dois decidiram ir de carona com Yongsun, Wheein e Moonbyul, as três amigas de Hyejin que a gente também tinha chamado para nos acompanhar.
Como sobrou um banco vazio, ligamos para Seokjin, e o mesmo aceitou a carona, então passamos na casa dele antes de enfim tomar o caminho para as casas das fraternidades, o que felizmente não era tão longe, mas estávamos propositalmente atrasados, pois Jungmin dizia que era mais legal chegar numa festa quando ela já estivesse esquentando, e não logo nos primeiros minutos.
Deu para avistar de longe as luzes de holofotes brilhando no céu, a mansão da fraternidade de JB estava toda iluminada e colorida, seria difícil passar por aquele bairro e não notar toda a extravagancia de luzes, e também pela quantidade de gente que estava em volta da casa, seria difícil não escutar a barulheira que causavam.
Jungsun, Taehyung, Yoongi e Namjoon estavam na entrada nos esperando, com cara de quem não tinha gostado nada do nosso atraso, mas naquela altura do campeonato, nem reclamavam mais, sabiam que isso sempre acabava acontecendo quando nós tínhamos que sair ao mesmo tempo.
O carro das meninas com o Hoseok também não demorou muito para estacionar ali em frente, logo vimos os cinco acenaram para a gente e se juntaram, fazendo o nosso grupinho se tornar ainda maior e completo, para assim seguimos até a entrada da casa.
— Eu acho que vi algumas pessoas com convites nas mãos. — Yongsun comentou antes de chegarmos a fila que estava acontecendo na entrada.
— O quê? — Eu indaguei, olhando em volta com mais atenção.
— Parece que estão mesmo. — Jimin confirmou, e realmente quase todos que estavam ali em frente a casa carregavam um papel na mão.
— Ou são convites ou estão distribuindo folhetos na festa. — Hyejin completou em seguida.
— A gente passou pelo estacionamento e jardim da frente e não recebemos nada. — Hoseok retrucou para sua irmã. — Ou estão dando folhetos num outro lugar que a gente não passou ainda.
— Espera, eu vou perguntar. — Jungsun disse, se afastando do nosso grupo para ir conversar com a galera que estava recepcionando os convidados.
— Não to vendo muita gente conhecida nossa. — Wheein expressou, e eu também tinha começado a perceber isso, era uma multidão de desconhecidos aos meus olhos.
— Eu só estou vendo a galera das turmas de engenharia aqui. — Seokjin afirmou, olhando para todos os lados, buscando por rostos conhecidos.
— É por que a festa é para eles. — Jungsun retornou falando. — Me contaram que é a festa de comemoração para os formandos de engenharia civil, só os convidados deles que podem entrar, por isso os convites.
— Ops, eu não tava sabendo disso... — Taehyung disse, rindo sem graça.
— Taehyung! — Eu exclamei juntamente dos demais, que começaram a falar todos ao mesmo tempo, transformando aquilo numa algazarra onde ninguém compreendia mais nada que o outro estava dizendo.
— Calma, gente! — Taehyung exclamou, tentando se explicar. — As festas do Jaebum nunca tem convites ou coisas assim, todo mundo pode vir, então quando um colega meu falou que ele iria dar mais uma, achei que todo mundo poderia ir como sempre foi.
— Quem te falou isso? — Namjoon indagou logo após.
— O Chan, a gente faz academia no mesmo horário. — O Kim respondeu rapidamente.
— O Chan é estudante de engenharia, Tae. — Jungmin afirmou, suspirando frustrado.
— Oh... Acho que eu deveria ter me informado melhor antes de chamar todos vocês. — Taehyung concluiu o óbvio.
Eu não queria ser o cara que diz isso, mas eu avisei, e todos ignoraram e me fizeram ignorar também o meu sexto sentido que dizia que tinha algo estranho nisso, porém eu não disse nada naquele momento, não era como se fosse ajudar de qualquer forma.
— Qual é, então a gente veio até aqui e vamos simplesmente abortar a missão? — Junghyun indagou desacreditado.
— Até onde sei ninguém aqui faz engenharia e está no último ano, então não estamos na lista dos convidados. — Yoongi respondeu de imediato.
— Ué, mas o Jimin não faz engenharia? — Moonbyul perguntou confusa.
— Faço a robótica, não a civil. E eu não tenho convite e nem vou me formar esse ano. — Meu namorado informou a ela.
— E agora é isso? Vamos embora? — Hoseok questionou desanimado.
— Ah não, nem vem, não passei horas me arrumando para apenas voltar pra casa agora. — Jungmin expressou irritado.
— E você quer o quê? Entrar de penetra? — Jimin proferiu franzindo o cenho.
— Que humilhante, estou gostoso demais pra me prestar a um papel desses. — Seokjin comentou, levando as mãos até os cabelos.
— Mas não seria tão difícil entrar pela porta dos fundos, ninguém iria saber. — Taehyung compactou com o plano maluco.
— A gente saberia dessa atitude lamentável. — Eu completei, revirando os olhos.
— E de qualquer forma, acha mesmo que eles não trancaram as entradas de serviço? — Wheein indagou retoricamente. — Eles sabem que haveriam penetras.
— Quer entrar por uma janela então? — Jungsun disse sarcasticamente, rindo soprado.
— Eu não quero acabar minha noite indo preso por invasão de propriedade, obrigado. — Eu falei, já sabendo que planos assim tendem a acabar em tragédia.
— Que tal as claraboias? — Hoseok proferiu, me fazendo arregalar os olhos.
— Ah claro, com certeza ninguém iria ver quatorze pessoas subindo no telhado de fininho. — Yoongi comentou sarcasticamente.
— É só ir um por um. — Hoseok retrucou, como se realmente levasse a sério aquele plano.
— E correr o risco de alguém cair da laje é um plano bom aos seus ouvidos? — Hyejin perguntou num tom irônico para seu irmão.
— Vão mesmo resumir nossas escolhas entre um fim de noite num hospital ou numa delegacia? — Yongsun expressou, parecendo se segurar para não rir.
— Não seria muito diferente da maioria das minhas noites com o Jungkook. — Jimin murmurou baixinho, talvez só para eu escutar.
— Jimin! — Exclamei, o olhando chocado, o que apenas o fez rir mais... E eu soltei uma risadinha também porque a gargalhada de Jimin é adorável, o que nos fez ficar no nosso próprio mundinho por alguns segundos enquanto os demais ainda discutiam.
— Vamos apenas entrar com todo mundo, não é como se fossem verificar o convite de cada um. — A voz de Namjoon foi ouvida, tirando Jimin e eu de nossa bolha.
— Então verificando sim, só não precisa de convite quem veio como acompanhante. — Jungsun refutou a ideia de Nam.
— Vamos bater um papo com o segurança então. — Seokjin disse em seguida.
— Pelo tamanho do segurança, eu não arriscaria. — Jungsun avisou, e olhando de longe mesmo era possível perceber que apenas o bíceps daquele segurança era maior que minha cabeça.
— É só ir na manha. — Taehyung afirmou soltado uma piscadela.
— Ele vai é te dar um pescotapa que vai te fazer ir parar no México. — Moonbyul alegou, dando um empurrãozinho no ombro de Tae, que apenas riu.
— Mano, vocês são péssimos com planos. — Junghyun afirmou, e eu tinha que concordar com ele.
— Então nos dê uma ideia melhor, gênio. — Yoongi retrucou, cruzando os braços em frente ao peito.
— Tenho uma ótima. — Hyun afirmou, sorrindo malicioso.
Meu irmão jogou a mão nos cabelos, os puxando para trás antes de sair andando todo rebolativo, com nossos olhos o seguindo calmamente, enquanto nos perguntávamos o que ele pretendia fazer, mas nem precisamos pensar muito quando percebemos que Junghyun estava indo em direção a um grupo de rapazes, que aparentemente tinham convites em suas mãos.
— E aí, galera! É bom rever vocês... — Hyun disse sorrindo todo galante, mas algo me dizia que Junghyun nem conhecia aqueles caras.
— Oi, Junghyun né? — Um loirinho do grupo respondeu, pois ao contrário do meu irmão, ele sabia quem era o Hyun.
— Eu mesmo, em carne, osso e charme. — Hyun respondeu, se aproximando mais um pouco do grupinho, piscando na direção do menino, que praticamente soltava coraçõezinhos pelos olhos ao encarar o meu irmão.
— Veio sozinho? — O loiro questionou, aparentando estar bem interessado.
— Não, estou com meus brothers ali. — Junghyun contou, apontando para nós. Acenamos tímidos para os caras que agora nos olhavam, e eles acenando de volta. — Mas deu ruim, porque estamos sem convite, e não somos chegados de ninguém aqui, então já era o rolê. Agora sei lá, acho que vamos ficar bebendo aqui no gramado da entrada com o resto da galera ou...
— Quer entrar comigo? — O loirinho animado disse quase saltitante, mas consertou sua fala logo em seguida: — Ou melhor, quero dizer, você quer entrar com a gente?
— Ah, sério? Não quero incomodar. — Hyun disse, se fazendo todo.
— Não incomoda não, pode para seus amigos colarem com os meus que a gente entra tudo junto. — O rapaz respondeu em seguida.
— Certo, valeu mesmo! — Junghyun agradeceu sorridente, antes de dar meia volta e correr até nós novamente.
Claro que ele chegou na gente uma expressão convencida em seu rosto e um sorriso vitorioso nos lábios, e nós apenas sorrimos de volta, admitindo sem o uso de palavras que admitíamos que ele teve a melhor e mais funcional ideia, e admirávamos a sua cara de pau também.
— Vamos logo! — Alguém no nosso grupinho exclamou, e todos assentiram, começando a seguir a turma do rapaz loiro.
Fomos juntos até a porta da casa, e assim que os caras que verificavam os convites nos deixaram passar, todos nós recebemos uma pulseira com luzes piscantes na entrada da festa, compostas por apenas um cor fluorescente da nossa escolha, já que tinha umas seis cores disponíveis para selecionar. Eram realmente bonitas e hipnotizante ficar olhando para as luzinhas, e felizmente era brinde, ficaria de presente para todos os convidados.
— Vem comigo, amor. — Escutei Jimin me chamar, só agora notando que eu estava muito tempo parado olhando para a minha pulseirinha.
Ele segurou minha mão e me trouxe para dentro da festa, agora me fazendo ver a grande diversidade de cores e luzes que enfeitavam do lado de dentro também, a casa era até bem maior do que eu me lembrava, e estava cheia, obviamente toda as turmas não caberiam ali dentro, mas uma boa porcentagem do povo tinha vindo e trazido seus próprios convidados.
Me senti um pouco perdido quando me vi no centro da bagunça, não sabia muito bem o que fazer ou para onde ir, enquanto todos já pareciam estar se aprontando para desaparecer no meio da multidão, como o grupo do loirinho que nos ajudou a entrar, Namjoon que sumiu junto de Seokjin, com Hoseok e Wheein, que apenas se dissiparam no meio da galera quando cada um tomou um lado.
— Quero dançar! — Junghyun avisou, e logo se distanciou da nossa rodinha para seguir até a pista.
Só não sei se ele realmente estava com vontade de dançar, ou se estava mais interessado em ir ficar pertinho de Yoongi, que já tinha ido para a pista também, se juntando com alguns conhecidos que encontrou lá dentro assim que entramos. Os dois permaneciam num vai e não vai fazia mais de um mês, e eu preferia nem perguntar, eles que se resolvessem, sei que dicas de paquera é algo que meu irmão nunca precisou.
— Vish, pensei que a Wheein tinha dito que não era pra gente ficar longe porque ela não conhecia ninguém por aqui. — Hyejin comentou, depois de ver a amiga sumir no meio da galera.
— Não é como se ela realmente tivesse dificuldades para se enturmar de qualquer maneira. — Yongsun expressou, e os demais concordaram.
— Ou ela ficou cansada de ficar de vela para os dois casais ai. — Taehyung expressou rindo soprado, apontando para Moonbyul e Yongsun, e em seguida para Hyejin e Jungmin.
— Talvez, agora só sei que não estou afim de ficar parada. Vamos pra pista, Moon! — Younsun disse animada, segurando na mão de sua namorada antes que as duas saíssem juntas para o meio da multidão.
— Já eu vou beber alguma coisa. — Hyejin disse, olhando para o namorado em seguida. — Você quer também, Min?
— Sim, vamos. — Jungmin respondeu, e seguindo juntamente de sua namorada para o meio do povo.
— Eu quero é sarrar a raba no chão. — Taehyung disse animado, dando pulinhos antes de pegar na mão de Jungsun, que não era muito de dançar, mas era todo bobo pelo Tae e iria junto dele em qualquer coisa. — Vamos, solzinho?
— Vamos até o DJ pedir pra tocar aquele cantor lá que você gosta. — Jungsun falou, somente para agradar o Kim, o fazendo rir e assentir em seguida, sendo os próximos a se retirarem.
— E a gente? — Jimin perguntou, se virando para mim. — Não estou com vontade de dançar ou beber por enquanto.
— Minha mãe normalmente me pede para ficar os vigiando quando a gente vai em festas, mas essa noite eu não vou ficar fazendo nada disso, eles que lutem. — Falei, e Jimin assentiu rindo. — Então quer ir ver se tem comida nessa festa?
— Ah, você me entende tão bem. — O Park dramatizou sorrindo, me puxando para si em seguida, depositando um selinho em meus lábios antes de sairmos andando pela casa.
E tinha sim comida, muita na verdade, um verdadeiro banquete montado nos jardins da mansão, os organizadores realmente tinham caprichado.
Claro que Jimin e eu não perdemos uma boca livre e nos esbaldamos naquela mesinha de lanches, até estar de pancinha cheia e com a energia revigorada, ou talvez apenas animados demais pelo excesso de açúcar que corria em nosso sangue graças aos doces.
Voltamos para dentro da festa procurando pela galera, porém logo avistamos Junghyun rebolando e rodando sua camisa no ar em cima de um balcão, enquanto as pessoas embaixo vibravam por causa dele, até mesmo Yoongi estava ali, batendo palmas e rindo da apresentação do meu irmão.
E não, Hyun não estava bêbado, ele só adora receber atenção mesmo, já me acostumei que se Junghyun tem uma chance de mostrar o seu abs trincado, ele vai mostrar.
Outros que estavam dando um show era Taehyung e Jungsun, porém na pista de dança. E se Isaac Newton ainda estivesse vivo, eu o pediria para assistir o meu cunhado e meu irmão dançarem juntos, porque com certeza o físico mudaria de ideia sobre a sua afirmação que dizia que dois corpos não ocupam o mesmo espaço, Tae e Sun estavam praticamente se fundindo em um só.
E olha que eu fico todo tímido quando Jimin desce sua mão até a minha bundinha em público, imagina fazer coisas como eles dois?
Mentira, não vou me fazer de recatado, adoro quando Jimin desce a sua mãozinha arteira até lá, fazendo aquele calorzinho entre sua palma e a minha pele... É muito bom, chega a dar uns coisos...
Ok, acho que já desviei do assunto de novo...
Voltando ao meus gêmeos... Ao contrário de Hyun, o Sun com certeza já tinha tomado umas, porque ele costuma ser bem centrado e quieto na maior parte do tempo, entretanto isso muda completamente depois de alguns drinks, e acreditem, o Jungsun realmente curte entornar o caneco, até mais que Jungmin, que também é um belo de um pinguço... E que ele não me escute dizendo isso.
E não foi difícil localizar meu irmão de cabelos chamativos no meio daquela galera dançante, sua namorada também estava por perto, rindo e tentando o acompanhar nos passos desajeitados que o Min tentava manter. Pois mesmo sendo o mais fashion e com pinta de modelo entre nós, Jungmin é o que menos sabe dançar, mas isso nunca o impediu de requebrar nas pistas.
Felizmente havia outro grupo onde ninguém parecia ter extrapolado, esse era formado por Yongsun e Moonbyul, que se divertiam trocando alguns beijos carinhosos na pista de dança, enquanto sua amiga Wheein tinha colado num boy bonitão, e eles dançavam em conjunto.
Mais para o lado o Seokjin e o Hoseok estavam quicando em cima de uma mesa... Nada fora do comum por ali também
Já Namjoon se encontrava no meio de uma rodinha de pessoas sentadas numa mesa, aparentemente filosofava sobre a vida, verdade e universo, e talvez sobre preço da gasolina também, não sei, não entendi bem porque ele estava soltando algumas frases em inglês aleatoriamente, mas Jungsun já tinha me dito que Namjoon costumava falar inglês quando estava bêbado, e agora eu podia comprova isso.
Percebi logo que claramente todos os nossos acompanhantes estavam muito ocupados fazendo suas próprias coisas, e ninguém parecia alterado o suficiente para precisar ser vigiado por mim, então fui curtir a noite com meu gostosão também, o puxando o centro da bagunça, algo que eu sabia que Jimin queria fazer, pois amava dançar, mas ficaria tímido para ir sozinho no meio de tantos desconhecidos.
Normalmente sou bem inseguro para me soltar em público também, mas ali, no meio da galera que dançava despreocupadamente, percebi que ninguém estava se importando se alguém do seu lado era um bailarino profissional ou não, estavam apenas curtindo, ninguém iria ficar criticando meus passos e eu também não ficaria vigiando os deles, eu não precisava ficar com neuras na cabeça, era só relaxar e mexer meu corpo.
— Vamos ficar ali. — Jimin me chamou ao segurar minha mão, nos guiando até um canto onde tinha menos pessoas e o risco de levar uma cotovelada no cara e um pisão no pé eram menores.
— Isso está me lembrando o dia em que tentei te pedir em namoro. — Falei, assim que Jimin passou seus braços em volta de meu pescoço.
— Mas fui eu que te pedi em namoro. — Ele expressou confuso.
— Não nas outras vezes que tentei antes de você fazer o pedido. — Complementei, rindo pelas lembranças caóticas que vieram a minha mente.
— Ah sim, me lembro bem, amor. — Jimin disse, também rindo ao compreender.
O caso em questão foi quando decidi que queria fazer um pedido de namoro bonitinho para Jimin, ele dizia que não achava essas coisas necessárias, mas eu queria ter uma data certa para poder comemorar nossos aniversário de namoro, até porque se fosse ficar contando com o dia que nos declaramos um para o outro, também sempre me lembraria da trágica situação da minha sogra nos pegando de calças curtas... Ou melhor, sem calça alguma mesmo.
Tive a ideia de fazer algo que tivesse poucas chances de dar errado, então não poderia ser muito mirabolante, mas ainda sim romântico, e um jantar surpresa na casa de Jimin parecia uma boa pedida, ainda mais porque eu estava com chave do apê dele naquela semana pois precisava de silêncio para estudar, e na minha casa ficou bem complicado ter sossego depois que Jungsun começou a ensaiar com sua banda na garagem lá de casa.
Jungsun estava realizando seu sonho de ser o protagonista de filme adolescente dos anos noventa tendo uma banda de garagem, mas mesmo que todos nós o apoiássemos bastante e ficássemos felizes ao ver que a banda começava a ficar famosinha nas redes sociais, não poderíamos dizer que era a coisa mais tranquila do mundo ter tantos instrumentos tocando a toda altura ao lado dos nossos ouvidos o dia todo.
Mas retornando ao fatídico pedido de namoro, o que aconteceu foi que como eu não podia contar a Jimin o que estava planejando, ele não sabia que eu iria montar um jantarzinho em sua casa naquela data, exatamente no bendito dia em que a avó de Jimin fazia aniversário e metade da família dele decidiu se reunir no apartamento do meu namorado para comemorar.
E lá estava eu, montando uma mesa toda fofa e cheia de breguices românticas, quando a porta da frente se abre e vários membros da família do Jimin começaram a entrar, com olhares questionadores porque pensavam que o apê estava vazio, já que Jimin estava com eles naquele momento, e também me encarava confuso. Eu quis fazer uma surpresa, mas quem acabou sendo surpreendido no final das contas fui eu.
O pedido de namoro não rolou, afinal fiquei muito sem graça na frente de toda aquela gente que eu tinha acabado de conhecer, sem contar que eles entenderam que eu estava arrumando o jantar e decorando o apartamento por causa do aniversário da vovó Park, e todo ficaram agradecendo minha gentileza, enquanto eu queria me esconder debaixo da mesa pelo constrangimento.
E dançar ali com Jimin me fazia recordar do momento em que todos os parentes do Park decidiram colocar músicas antigas e dançar na sala, pedindo para meu namorado e eu improvisamos uma coreografia juntos no centro de todos. Outro momento um tanto vergonhoso para a minha pessoa introvertida, mas não posso negar que foi divertido, a família de Jimin realmente parecia gostar de mim.
Teve outras duas tentativas de pedido de namoro depois dessa, na segunda tentativa eu decidi escrever tudo o que sentia por Jimin numa folha de papel e entregar nas mãos dele, para não correr riscos de ficar tímido na hora e não conseguir dizer tudo o que eu queria, tudo numa vibe bem cartinha de admirador secreto, porque eu sabia que ele amava essas coisas clichês.
Mas o cachorro do Taehyung achou o envelope perfumado que decorei e estraçalhou em vários pedacinhos, pois eu fiz o favor de esquecer a carta em cima da cama de Tae quando fui visitá-lo, já que havia lhe dado o papel para mostrar as coisinhas bonitinhas que tinha escrito.
Só descobri que não estava com a carta quando cheguei na casa de Jimin, porém ainda sim tentei me lembrar de tudo que continha no texto que escrevi e comecei a discursar para meu namorado, mas me embaralhei um pouquinho para falar as palavras necessárias, e Jimin entendeu que eu estava traindo ele e quase me expulsou do seu apartamento.
Tive que explicar a Jimin o que eu estava planejando e como tinha dado errado, e ele riu todo fofinho, fazendo o pedido no final das contas. Mas não vou negar que "a saga do Jungkook tentando fazer o pedido de namoro" virou mais uma piada interna no nosso grupo de amigos.
— Não quero nem ver o que vai acontecer no pedido de casamento. — Jimin proferiu, me encarando com um semblante risonho.
— Vamos combinar de não tentar fazer surpresa, na maioria das vezes dá errado. — Pedi, o vendo assentir rapidamente.
— Combinado então. — Ele completou por fim.
{...}
É, talvez eu realmente tivesse ingerido açúcar demais, pois naquele exato momento estava com as duas mãos nos joelhos enquanto rebolava contra a virilha do meu namorado.
Se alguém me perguntar sobre isso amanhã, eu finjo que nunca nem vi.
Sequer sabia o nome da música que estava tocando naquele momento, mas continha uma batida sensual que parecia energizar o meu corpo, Jimin agora tinha me virado de frente para ele novamente, movendo-se contra mim de acordo com a melodia que soava por toda a casa, e eu não sabia o que se passava pela mente dele naquele momento, mas pelo olhar lascivo que ele me lançava, dava para ter uma ideia.
Sentia sua mão agarrando os cabelos da minha nuca, enquanto uma de suas pernas estava entre minhas coxas, moendo nossas pélvis juntas, no ritmo da canção de letra insinuante, o calor de toda aquela gente em nossa volta fazia minha pele suar, porém quem estava me deixando ofegante mesmo era Jimin, em sua forma de me instigar.
As pontas de seus dedos contornavam minha cintura, movimentando-se conforme meu tronco se mexia contra o dele, nossos ventres estavam colados, e por vezes eu sentia que aquele seu jeans grosso não era o suficiente para esconder a ereção presente abaixo dos panos.
Com um sorriso arteiro presente nos lábios, decidi usar a minha nova descoberta para lhe provocar, lentamente subindo a perna entre as suas, esfregando minha coxa contra seu membro duro, escutando Jimin ofegar contra meu pescoço, já que seu queixo estava descansando acima de meu ombro.
Mas naquele jogo, não era apenas eu que lançava os dados, pois aproveitando que nossa proximidade e de toda a dança erótica que fazíamos, Jimin decidiu incrementar mais um pouquinho, ao descer suas mãos pequenas e arteiras até minha bunda, apertando ambas as bandas com vontade, me fazendo reprimir um gemido para não chamar atenção das demais pessoas na pista.
Aquele shortinho rosa que eu usava parecia imensamente mais apertado agora, ainda mais com Jimin fazendo movimentos insinuantes contra minha pélvis, estimulando nossos membros tesos um contra o outro, me fazendo vibrar em excitação e necessidade. Foi a cartada final para que soubéssemos que precisávamos urgentemente arrumar um novo lugar.
— Kookie... — Jimin chamou contra meu ouvido.
— Oi? — Respondi, ainda meio inebriado pelo tesão que sentia.
— Será que tem algum lugar aqui pra gente ter privacidade? — Ele perguntou de cenho franzido.
— O andar dos quartos está fechado. — Afirmei, pensando por alguns segundo numa outra alternativa. — Mas acho que tem um lugar sim.
— Qual? — Jimin indagou curioso.
— Vem comigo. — Pedi, segurando em sua mão e o trazendo para ficar da pista de dança.
Eu já visitado aquela fraternidade antes, pois um colega de turma meu morava ali, e tive que fazer um trabalho com ele meses atrás. O mesmo tinha me mostrado um pouco da casa, sendo assim eu conhecia alguns lugares, principalmente um que com certeza ninguém estaria naquele momento.
— Você tem certeza, Kookie? — Jimin questionou quando nos viu adentrar a lavanderia da casa.
— Claro, ninguém vai vir aqui. — Disse enquanto fechava a porta, passando a tranca em seguida. — Quem vem lavar roupa no meio da uma festa?
— E se um dos donos da casa precisar vir aqui? — Ele levantou um ponto importante.
— A gente fala que está ocupado. — Dei a solução que achava mais óbvia naquele instante.
— E quem fica ocupando uma lavanderia durante uma festa, Jungkook? — Jimin retrucou arqueando uma das sobrancelhas, não levando muita fé naquele plano.
— Você quer tirar esse short de mim ou não? — Falei, apoiando as duas mãos sobre uma das máquinas de lavar e empinando a bunda em sua direção.
Contei exatos dois segundos para sentir as mãos de Jimin em contando com minha cintura, e suspirei de ansiedade para ter mais de seus toques, mesmo que nem tivéssemos começado ainda. Minha adrenalina estava alta, talvez pelo fato de não estarmos num lugar particular nosso, e com tantas outras pessoas também presentes naquela grande casa.
Mas esqueci por um segundo de qualquer receio quanto ao local e os desconhecidos lá fora, quando os lábios de Jimin encostarem em minha nuca, depositando um selinho ali que além de fazer meu baixo ventre vibrar, também relaxou meus músculos no mesmo instante, Jimin sabia que me amolecia por completo sempre me dava esses cheiros no cangote.
E mais alguns suspiros de deleite meus foram ouvidos enquanto meu namorado distribuía beijinhos pelo meus ombros e na parte de cima dorso, minha pele sensível aos seus beijos se eriçava, enquanto o espaço dentro daquele short curto que eu usava diminuía a cada instante, prensando minha ereção contra o tecido, me deixando frustrado pelo incômodo que causava.
Porém meu namorado logo percebeu isso, e sem cerimônias levou sua mão até o jeans do short, abrindo o primeiro botão e adentrando sua destra pelo tecido, tocando meu pênis sem pudor, me fazendo soltar um gemido manhoso enquanto jogava a bunda para trás, roçando na pélvis dele, que naquele instante estava colada em minhas nádegas graças a nossa posição.
Ofeguei de desejo por sentir a ereção dele ao fazer isso, e Jimin não perdeu tempo antes de começar a simular estocadas com movimentos pélvicos ligeiros, me fazendo sentir ainda melhor o quão excitado ele também estava, servindo como um estímulo maior para o nível de sensibilidade em que eu me encontrava, não conseguindo evitar em continuar a rebolar no membro dele, provocando-o.
As mãos de Jimin mudaram seu rumo, subindo novamente até minha cintura e puxando minha camiseta para cima, a tirando de dentro do cós do short e a elevando por completo, expondo meu tronco desnudo ao ar um tanto gélido do cômodo, porém nem mesmo isso me causou frio, o calor que emanava do corpo do meu parceiro e de toda a tesão que estava sentindo era intensa o suficiente para vencer a temperatura do lugar.
Minha jaqueta e minha camiseta encontraram o chão no segundo seguinte, e meus lábios reencontraram os de Jimin após isso, quando me virei de frente para ele e juntei nossas bocas num beijo empolgado, nos fazendo suspirar em conjunto assim que as línguas enroscaram uma da outra, trazendo mais volúpia a aquele ósculo apaixonado.
A forma como nossos lábios se encaixavam era o suficiente para me causar suspiros de deleite, e a maneira como Jimin me abraçava nesses momentos trazia a sensação de acolhimento, porque não importava o quão sensual ou rápido nós queríamos levar as coisas, a gente sempre encontrava alguns segundos para trocar um beijo mais lento e carinhoso, onde nossas pulsações aceleravam e eu sentia meu peito se encher ainda mais de amor por esse homem.
— Amo você... — Jimin declarou de repente, em forma de sussurro quando nossos lábios tomaram um pequeno espaço para que buscássemos por mais oxigênio.
— Também te amo, Jiminie. — Afirmei sorrindo todo bobinho, antes de levar minhas mãos até seu rosto e novamente lhe beijar.
O selinho logo voltava a ser um beijo nada contido e vigoroso, meus dedos soltaram suas bochechas rubras e desceram até sua calça, onde tomei liberdade de abrir e começar a abaixar, com a ajuda das pernas bonitas do Park, que rapidamente o livraram daquela peça incômoda, podendo agora liberar sua intimidade do aprisionamento do tecido jeans.
Então vagarosamente Jimin começou a me levar mais para trás, até que eu percebesse que estava com a bunda encostada naquela mesma máquina de lavar, e ali, entre o material gelado e a pélvis escaldante do meu namorado, nos fazendo moer nossas ereções juntas quase num frenesi, causando gemidos de ambos os lados e bagunçando ainda mais aquele beijo energético.
Ofegantes e suados foi como nos encontramos em poucos segundos, comigo ainda buscando pelos lábios do meu namorado para manter o beijo, enquanto o sentia descer suas mãos atrevidas até minha bunda, apertando ambas as nádegas com força, me fazendo gemer abafado contra a boca de Jimin, que somente sorriu malicioso, mordendo meu lábio inferior em seguida, sugando o mesmo de uma forma tão gostosa que praticamente deixou minhas pernas bambas.
— Amor... — O chamei, mesmo sem nem saber exatamente o que dizer, eu apenas queria que fossemos logo com aquilo. — Não sabemos se vamos ter muito tempo aqui.
— Tem razão. — Ele respondeu de imediato, afinal Jimin sabia bem da minha tendência a ter má sorte em certas situações, alguns diriam que isso pode ser karma, mas eu sempre fui uma pessoa bem de boas, não devo ter acumulado tanto karma assim para passar por essa quantidade gigantesca de micos... Ou estou trazendo isso de uma vida passada, quem sabe.
Mas agora, voltando ao atual cenário lavanderístico...
Observei Jimin ir se afastando de mim e olhando em volta, até se fixar numa cadeira posta no canto da lavanderia, com algumas roupas limpas e dobradas em cima, as quais Jimin pegou nos braços e colocou sobre outra máquina de lavar, me puxando para sentar-me na cadeira em seguida, já afastando minhas pernas para deixar espaço para ele, que se ajoelhou ali em seguida.
Seu olhar febril se encontrou com o meu, ao mesmo tempo em que suas mãos escorregaram por minhas coxas nuas, chegando até minha boxer, uma peça fajuta que naquele instante mal conseguia comportar meu membro rígido, porém que atraia o olhos do meu namorado com intensidade.
Jimin sorriu malicioso enquanto caminhava seus dedos até o pano da minha cueca, ao mesmo tempo em que eu também sorria, mas por me dar conta da música que tinha começado a soar pelas caixas de som da festa, pois ironicamente parece combinar muito com nosso momento, mas não era como se qualquer outra canção com um teor mais sensual também não combinasse.
Here to take my medicine, take my medicine
Treat you like a gentleman
Give me that adrenaline, that adrenaline
I think I'm gonna stick with you
Estou aqui para tomar meu remédio, tomar meu remédio
Tratá-lo como um cavalheiro
Me dê essa adrenalina, essa adrenalina
Eu acho que vou ficar com você
Jimin também percebeu o sincronismo casual com que aquela música tinha se iniciado, era uma em particular que nós dois gostávamos muito, mas não dissemos nada em voz alta, o Park somente piscou um de seus olhos em minha direção, antes de lentamente dançar as pontinhas de seus dedos sobre meu pau, apertando por cima do tecido da boxer em seguida, me escutando grunhir em deleite como resposta imediata.
Jimin somente mostrou uma expressão de contentamento ao me ver quase derreter sobre aquela cadeira apenas por ter a sua mão tocando naquele lugarzinho em especial, e ele seguiu em frente, continuando a massagear meu membro teso por cima da cueca, ao mesmo tempo em que encostou seus lábios em minha coxa, começando uma trilha de beijos que levavam do meu joelho até a virilha.
Um arrepio atravessou meu corpo excitado, e não me contive ao soltar gemidos agudos enquanto sentia sua língua brincar com minha pele, lambendo por onde seus selinhos tinham passado anteriormente, fazendo eu me contorcer e arquear sobre aquela cadeira, o tendo estimulando um dos meus pontos mais sensíveis, que eram minhas coxas.
— Jiminie... — Chamei pelo seu nome mesmo sem precisar, o sentindo sorrir contra minha pele, antes de mordiscar levemente minha coxa direita, novamente me provocando.
Mais mordidinhas e chupões vieram, e mal me dei conta quando comecei a rebolar sobre o estofado da cadeira, como se aquilo fosse me aliviar de alguma forma, porém apenas aumentava meu tesão, e Jimin se divertia ao me estimular com seus dedos e boca, fazendo eu umedecer ainda mais o tecido da cueca com minha excitação.
E ele pode sentir isso através do seu tato, que contornava o volume do meu membro na boxer, agora com os olhos famintos dele encarando o que fazia, massageando a carne tesa com precisão, antes de levar sua boca até o local, sugando forte e fazendo meus dedos agarrarem seus cabelos coloridos de azul assim me senti pulsar contra seus lábios.
I had a few, got drunk on you and now I'm wasted
And when I sleep I'm gonna dream of how you... [tasted]
Eu bebi um pouco, fiquei bêbado de você e agora estou embriagado
E quando eu dormir vou sonhar com o seu... [sabor]
Jimin ouviu o gemido rouco e manhoso que soltei assim que sua boca entrou em contato com meu falo, ainda sendo impedido de ter mais contato por conta da peça íntima, porém ele não levou isso em conta de iniciou, já que começou a passar sua língua em torno da minha ereção por cima do tecido mesmo, molhando com sua saliva o pano fino que já estava quase transparente pelo acúmulo de pré-sêmen.
— Tira logo isso! — Foi o que eu pedi, ouvindo apenas uma risadinha sarcástica como resposta imediata.
Sensível e necessitado era como eu estava, estremecendo e arfando ao pedir por mais contato, porém Jimin apenas olhou para cima nesse instante, podendo contemplar as minhas expressões perdidas e desejosas, enquanto eu também olhava para baixo, o assistindo lentamente começar a abaixar o cós da boxer, deixando só a glande para o lado de fora de início, a acolhendo com seus lábios avermelhados, começando contornar sua língua ali.
You got that something, I got me an appetite, now I can taste it
We're getting dizzy, oh, we're getting dizzy, oh
Você tem aquela coisa, e eu tenho apetite, agora posso sentir o gosto
Estamos ficando tontos, oh, estamos ficando tontos, oh
O som da música lá fora felizmente abafou os sons dos meus gemidos, que soaram para fora de minha boca assim que os lábios cálidos do Park envolveram minha glande, chupando sem timidez, ainda com seus olhos felinos presos em minhas reações, começando a me provocar mais uma vez, sugando e suspirando alto como se fazer aquilo lhe causasse prazer também, e talvez fosse esse o caso realmente.
Minhas mãos soltaram os cabelos de Jimin e se firmaram nas laterais da cadeira, para que eu tivesse algum apoio, pois sentia meu corpo cada vez mais amolecido pelo calor e pela lascívia, e meu namorado também percebeu isso, sabia que eu não durava muito quando já estava tão estimulado, então decidiu ir em frente logo.
Suas mãos terminaram o serviço de tirar minha boxer por completo no minuto seguinte, a puxando para fora do meu corpo e jogando no chão, fazendo meu membro duro saltar para fora daquele tecido apertado, sujando minha barriga de respingos de pré-sêmen assim que a glande a atingiu, fazendo meu namorado sorrir malicioso para isso, divertindo-se.
O som da minha respiração ofegante corria pelo ambiente, sentia minhas bochechas queimando, coradas pela intensidade do calor que eu sentia, o que só aumentou quando Jimin trouxe minha atenção toda para si mais uma vez quando inclinou-se para frente, ainda entre minhas pernas, fechando seus dedos em volta do meu membro, começando o masturbar, enquanto colocava a pontinha de sua língua em meu umbigo, começando a subir lentamente para limpar a pequena sujeira que havia sido feita ali.
— Caralho, Jimin... — Murmurei, e ele apenas me olhou ladino, sabendo muito bem a ebulição que estava causando dentro de mim naquele momento.
Eu somente lhe encarei de volta, sorrindo de lado, meio abobalhado pelo prazer e ansioso por mais, porém Jimin tinha outros planos, e no segundo seguinte estava se colocando em pé mais uma vez, para sentar-se em meu colo, e me puxar para um beijo preguiçoso e intenso, com nossas línguas se tocando com lentidão, enquanto seus dedos brincavam com os cabelos de minha nuca e os quadris inquietos de Jimin começavam rebolar acima do meu membro.
I'm coming down, I figured out I kinda like it
And when I sleep I'm gonna dream of how you... [ride it]
Eu estou descendo, descobri que meio que gosto disso
E quando eu dormir, vou sonhar em como você... [monta]
Com gemidos sendo abafados pelo beijo que trocávamos, minhas mãos escorregaram por suas costas, até puxar sua blusa de tule para cima, a tirando de seu corpo, deixando seu tronco vestido apenas no cropped, agora me permitindo acariciar lentamente seu dorso por baixa da peça, sentindo sua pele se arrepiar sob meu toque.
E continuei descendo meus dedos até chegar até sua bunda empinada em meu colo, agarrando suas nádegas fartas com gana, amassando a carne com meus dígitos, o tendo rebolando com mais força e energia em seguida, apenas causando mais calor em meu baixo ventre.
— Porra, isso é tão bom... — Lhe ouço expressar ao distanciar nossos lábios, mas não me dando tempo de responder nada, pois logo estava tratando de beijar-me mais uma vez.
Sorri contra sua boca avermelhada e inchadinha, retribuindo o selar com a mesma vontade com que ele me beijava, voltando a subir minhas palmas por suas costas, arranhando sua pele ao descer novamente, deixando o caminho por onde minhas unhas passaram bem evidentes, algo que Jimin adorava.
Ele gemia manhosamente, arqueando a coluna assim enquanto eu fazia coisa, porém não me mantive nessa brincadeira por muito tempo, guiando meus dedos até a base do seu quadril, chegando até o elástico de sua cueca, puxando seu membro para fora e começando a mover minha destra em torno de sua extensão, que pulsava quente em minha mão, me dando mais tesão ainda.
— Esse é o toque do seu celular? — Jimin expressou de repente, ao quebrar nosso beijo e também o clima que mantenhamos, e só assim percebi que tinha um som distante soando dentro do cômodo. Se tratava mesmo da musiquinha do meu celular.
— Sim, mas deixa tocar. — Falei, tentado lhe beijar novamente, mas Jimin desviou.
— Esse não é a música que toca quando um dos seus irmãos te liga? — Ele questionou preocupado, e eu sabia que acabaríamos ficando cismados por não termos atendido, poderia ser algo importante.
— Tem razão. — Respondei, enquanto Jimin se levantava do meu colo e ia até o meu short no chão, pegando meu celular que ainda estava no bolso do mesmo, entregando em minhas mãos em seguida. Logo atendi após ver o nome de Sun brilhando na tela: — Alô? Jungsun?
— Onde você está, Kook? — Meu irmão questionou do outro lado da linha.
— Na mesma festa que você, ué. — Respondi sem nenhuma paciência. — Por que está me ligando?
— Estou procurando o Junghyun. — Ele informou, me fazendo suspirar de frustração.
— Então liga pra el... Awn! — Minha fala foi interrompida por um gemido, já que meu digníssimo namorado tinha acabado de abocanhar meu pau, enquanto me encarava com um ar de riso.
— Você acabou de gemer no meu ouvido? — Jungsun indagou perplexo... Ou talvez ele só tenha perguntado no seu tom calmo e despreocupado de sempre, mas eu estava quase derretendo na boca do Park para conseguir analisar com precisão o tom de voz do Sun.
— N-não... — Respondi com a voz tremida, segurando os cabelos de Jimin quando ele começou a mover sua cabeça, iniciando a felação.
— Você não sabe nem mentir. — Sun completou, rindo soprado. — O celular do Hyun só dá caixa postal, e eu preciso encontrar ele porque ele que está com a chave do carro.
— Por que você precisa da... Ai, porra, Jimin! — Exclamei o nome do meu namorado antes de conseguir terminar meu raciocínio, pois ele agora sugava apenas a glande para dentro de seus lábios volumosos. — Por que precisa do carro agora? Você nem dirige.
— Esqueci minha jaqueta lá dentro e o Tae está reclamando de frio porque veio de regata, a temperatura está mais baixa agora. — O Sun se explicou. Mas será que ele não poderia esquentar Taehyung de uma outra maneira, caramba?
— Procura pelo Yoongi... — Indiquei em seguida. — Se encontrar o Yoon, vai encontrar o Junghyun.
— Ok, valeu, boa transa pra vocês ai. — Foi o que Jungsun disse por fim, fazendo minhas bochechas corarem instantaneamente.
— Obrigado! — Jimin respondeu num tom de voz alto o suficiente para que Jungsun escutasse do outro lado da linha.
Não esperei por mais alguma resposta, apenas desliguei e deixei o celular no chão, me concentrando no que meu namorado fazia naquele momento, engolindo meu membro com gula mais uma vez, segurando a base com uma mão enquanto comportava todo o resto em sua cavidade bucal, me tirando o fôlego pelo prazer violento que se alojou por todo o meu corpo sensível.
Minhas bochechas esquentaram mais e meus olhos lacrimejaram pelo desejo ao presenciar a cena cheia de luxúria que era presenciar os lábios atraentes do meu namorado em torno do meu pau, chupando com vontade e me encarando com aqueles olhos tempestuosos, lascivamente.
Abri mais minhas pernas para lhe dar ainda mais espaço, expondo-me mais aos seus toques, que vieram em seguida, quando Jimin umedeceu dois de seus dedos com saliva, antes de levar o primeiro até minha entrada, contornando a borda com lentidão no início, comigo contraindo em ansiedade.
O primeiro dedo entrou com cuidado, enquanto eu gemia sem acanhamento, voltando a segurar os cabelos úmidos de suor do meu parceiro, o instigando a continuar a maravilha que sua língua estava fazendo, naquele boquete que estava me fazendo ver estrelinhas no teto daquela lavanderia e gemer seu nome de forma aguda.
Não era a sensação mais cômoda do mundo ter seu dedo massageando meu canal interno, mesmo com todo o prazer que ainda sentia, mas nada que eu já não estivesse acostumado, e também logo senti ficar mais gostoso quando Jimin chegou em minha próstata, estimulando o ponto sensível com seu dígito vagarosamente, algo que foi tão bom que me fez fechar os olhos, pressentindo que meu orgasmo estava se aproximando rápido, porém...
— Ei, quem trancou a porta? — Uma voz abafada soou lá de fora da lavanderia, antes da maçaneta começar a se mexer, pois a pessoa estava tentando entrar.
Pelo visto alguém realmente queria usar a lavanderia durante a festa, ou apenas teve a mesma ideia que Jimin e eu tivemos primeiro.
— Ah, não... — Murmurei, me segurando para não choramingar de frustração.
— Shhh... — Jimin expressou, fazendo sinal de silêncio com o dedo indicador em frente aos lábios. — Vamos ficar quietinhos.
— Chang, você viu alguém entrando aqui? — Ouvi uma voz masculina perguntar para a outra pessoa, e a escutei responder que não tinha visto nada.
— Pra que você quer ir na lavanderia? — Agora uma voz feminina perguntou, também se aproximando da porta, me fazendo suar mais ainda de nervoso.
— Caiu bebida na minha roupa, quero jogar deixar de molho antes que manche. — A primeira pessoa explicou, porém minha concentração naquelas vozes se foi quando Jimin voltou a mover seus dedinhos.
— As chaves da área de serviço não ficam na cozinha? — O tal Chang perguntou confuso.
— A galera nunca guarda no lugar certo depois, então não tem nada por lá. — Outra pessoa respondeu em seguida.
— Tá trancado mesmo? Porque essa porta vive emperrando. — A moça perguntou, mexendo na maçaneta mais uma vez, mas sem sucesso obviamente.
— Vamos responder, eles vão acabar abrindo a porta. — Eu disse para Jimin, que apenas riu soprado ao me encarar novamente.
— Quem tem chaves reservas para uma lavanderia numa casa de cheia de jovens universitários? — Jimin questionou retoricamente.
— Tem alguém aí dentro? — Uma das pessoas lá fora perguntou num tom mais alto.
— Fala alguma coisa. — Jimin sussurrou para mim, me fazendo franzir a testa.
— Oxe, eu não, fala você. — Joguei de volta no mesmo tom baixinho.
— Não, que constrangedor, diz você! — Ele retrucou, afastando suas mãos da minha pele para cruzar os braços, fazendo biquinho ainda por cima.
— Vou perguntar se o presidente da fraternidade tem a chave. — Alguém lá fora disse, nos fazendo arregalar os olhos.
— Puta merda... — Xinguei, tentando pensar no que faríamos agora.
— Não vejo o presidente faz um bom tempo, ele saiu com alguém logo no começo. — A mulher informou aos outros.
— Ei, seja quem for, não deixem bagunça aí dentro, tem câmeras no corredor e a gente vai saber quem foi. — Outra voz falou conosco, enquanto dava batidinhas na porta.
— E se for o presidente da fraternidade que está ocupando a lavanderia? — Chang expressou, e Jimin e eu nos encararmos por alguns segundos, tendo o mesmo plano se passando por nossas cabeças.
— Sim, sou eu, agora calem a boca e saiam daí! — Jimin gritou de volta, enquanto eu segurava o riso.
— Vish, desculpa ai, Jae! — A primeira pessoa respondeu, rindo nervosa, sendo seguida pelos pedidos de desculpa pela intromissão e risadas dos outros também.
Barulhos de solados de sapatos foram ouvidos segundos depois, mas o som da música não nos ajudava muito a identificar se as pessoas tinham realmente ido embora, porém aquilo já não importava mais, Jimin se levantou rapidamente, dando uma corridinha até sua calça no chão, tirando de um dos bolsos um pacote de preservativo, aquele mesmo que brilhava no escuro que tínhamos usado uma semana atrás.
Preciso dizer que estava achando ele incrivelmente sexy vestindo somente aquele cropped? Porque eu afirmo isso, ou posso apenas resumir no fato de que Jimin é naturalmente muito atraente, e até mesmo vestido num saco de batatas eu estaria aqui dizendo o quanto ele está lindíssimo.
Ri soprado com isso, me colocando de pé também e andando até ele, pegando o pacotinho de suas mãos e o abrindo com cuidado, enquanto Jimin já se livrava da cueca que ainda vestia, se virando para mim em seguida, esperando que eu vestisse a camisinha em sua ereção erguida em minha direção.
Seu membro pulso contra meu toque, e Jimin gemeu contido quando raspei em sua extensão com as pontinhas dos meus dedos ao colocar o preservativo. Assim que o material de látex estava em seu devido lugar, senti as mãos do meu namorado agarrarem em minha cintura, me trazendo para mais perto de seu peito e seus lábios, ao meu beijar intensamente.
Suspirei pelo beijo e também pela quentura de suas mãos, que desceram até minha bunda no mesmo instante em que aquele ósculo se deu início, apertando as bandas com precisão, dando um tapinha em seguida, apenas para me fazer grunhir manhoso e desacelerar o ritmo do beijo para sussurrar seu nome.
— Gostoso... — Jimin murmurou, com seus lábios rentes aos meus.
Mas eu não queria mais prolongar aquilo, estando sensível e necessitado demais para esperar, me virei de costas para ele, novamente espalmando minhas mãos sobre uma das máquinas de lavar, empinando meu quadril o máximo que podia na direção do meu namorado, que rapidamente tratou de segurar um dos lados da minha cintura com sua mão e deixando a outra livre para guiar seu membro até minha entrada.
Gemi de dor e alívio quando o senti entrar, duro e ardente, me fazendo arquear um pouquinho a coluna e firmar meus dedos sobre o material da máquina para me manter parado, ainda o tendo indo com calma, sempre esperando o tempo necessário para seguir em frente, enquanto o suor molhava minha testa e meu pau pingava em excitação.
— Jiminie... — Gemi sôfrego, suspirando intensamente.
O Park nada disse, se manteve parado, acariciando minha cintura e suspirando pesado até o momento em que eu o disse que poderia continuar. Quando a primeira estocada profunda veio, o nome dele saiu de meus lábios mais uma vez, e outras mais, gemi despreocupadamente, sabendo que seria abafado pela música alta lá fora, o sentindo tomar mais confiança para acelerar aos poucos e ganhar mais força, do jeito que eu gostava.
Nos segundos seguintes Jimin veio para mais frente, quase colando seu peito em minhas costas, para conseguir alcançar meu pescoço daquela forma, encostando primeiramente seus lábios em minha pele já sensível, depositando selinhos delicados entre minha nuca e ombros, antes de escolher algum lugarzinho para deixar sua marca, ao chupar e mordiscar os pontos que mais me estimulavam.
Estremeci por completo contra a pele dele ao sentir sua boca trabalhar tão bem, ao mesmo tempo em que as investidas de sua quadril continuam leves, mas não menos agradáveis para mim, que tentava rebolar para trás, no objetivo de provocá-lo e o sentir mais ainda, porém já estava me perdendo em meus próprios movimentos, com as pernas bambas e a mente nublada.
— Mais rápido... — Pedi em voz alta, mesmo que nem fosse necessário, Jimin entendia bem os sinais corporais que eu mandava.
Meus olhos reviraram dentro de suas órbitas, enquanto eu arfava em êxtase ao senti-lo vindo e indo mais forte dentro de mim, levei minha destra até meu próprio pênis, massageando minha excitação com anseio, tendo meu corpo todo se arrepiando e contorcendo-se pelas ondas de prazer que corriam soltas por todo o meu corpo, me causando tanto calor e satisfação.
Eu já sabia que não iria aguentar muito tempo desde que começamos, estando assim tão excitado e tendo um ápice interrompido anteriormente, entretanto Jimin também não estava muito longe disso, e eu sabia pela maneira como seus gemidos se tornavam mais roucos e ele escondia seu rosto contra minhas costas, sussurrando meu nome baixinho.
Arqueie as costas e gemi alto o seu nome quando Jimin começou a arremeter de forma mais sincronizada, fazendo com que eu precisei me segurar melhor na máquina de lavar para não cair, porém não adiantou muito, a forma como ele me fodia estava tão gostoso que eu sentia minhas pernas ficando moles, tanto que me inclinei para frente e deitei meu peito sobre a máquina, ficando assim ainda mais empinada no direção dele.
Meu namorado logo foi firmando suas mãos em minhas ancas enquanto avançava para frente e para trás, e eu requebrava para trás, de encontro com suas estocadas, ajustando meu canal em seu membro teso com intensidade, causando assim os altos sons costumeiros dos choques de nossas peles, que pareciam soar ainda mais eróticos com aquelas músicas da festa tocando ao fundo.
Entretanto foi nesse momento que percebi que tinha mais uma melodia ecoando dentro daquela lavanderia, e não vinha das caixas de som espalhadas pela casa, e sim do meu celular mais uma vez:
— Só podem estar de brincadeira com a gente! — Exclamei revoltado com mais uma intromissão, vinda dos meus irmãos novamente, já que era o toque que sinalizava quando era um deles.
— Atende aí... — Jimin disse, tendo que desconectar nossos corpos para pegar o celular que estava no chão. Eu não queria atender, porém sabendo que dois dos meus irmãos estavam bêbados pela festa, temia a bagunça em que eles poderiam ter se metido, está no DNA dos Jeon's se meter em confusões aleatórias sem querer.
— Quem é? — Questionei ao atender sem nem ler o nome do contato na tela, sentindo meu namorado se posicionando atrás de mim mais uma vez.
— Nossa, que rude! — Jungmin expressou, fingindo estar ofendido pelo meu tom. — Jungkook, preciso de ajuda.
— O que aconteceu? — Perguntei sem paciência alguma.
— Eu perdi o meu brinco, preciso de ajuda para encontrar ele agora. — Sua resposta quase me fez desligar na cara dele.
— E você quer que eu saia procurando um brinco minúsculo nessa casa gigante? — Indaguei, mordendo o lábio inferior em seguida para prender um gemido, pois Jimin tinha voltado a se movimentar, estocando vagarosamente, o que apenas aumentava minha excitação.
— Eu tenho quase certeza que perdi fora da casa, eu não entrei na festa com ele. — Jungmin disse em seguida. — Tá todo mundo aqui procurando no estacionamento e dentro do carro também.
— Então já tem gente o suficiente, não precisam de mim. — Respondi, pronto para desligar aquela ligação.
— Ué, ter mais um par de olhos para ajudar na busca é sempre bem vindo. — Meu irmão proferiu logo após.
— Mas eu sou míope. — Retruquei com um fato verídico.
— Ai, porra! — Escutei um berro vindo do outro lado da linha, aparentemente de alguém que estava perto de Jungmin.
— O que foi, Yoongi? — Ouvi Jungmin perguntar, obviamente não falando comigo.
— Alguma coisa picou minha bunda. — Yoongi informou, quase me fazendo rir.
— Ué, do nada? Me deixar ver o que foi. — Jungmin pediu, talvez andando até Yoongi.
— Ficou maluco? O Jeon que eu quero que dê uma checada na minha bunda não é você. — Yoongi retrucou, fazendo Jimin e eu segurarmos a risada mais uma vez.
— Garoto, eu só quero saber o que te machucou, eu hein. — Jungmin disse num tom irritadiço.
— Tá, olha logo aí. — Yoongi permitiu, e a linha se tornou muda por alguns instantes, até a voz de Jungmin ser ouvida por nós novamente:
— Jungkook, o Yoongi sentou no meu brinco.
— Nos vemos mais tarde. — Falei em seguida, entendendo que o brinco talvez tivesse ficado em cima de um dos bancos do carro.
— Mas onde você est- — Jungmin tentou perguntar, mas encerrei a ligação antes disso.
Ok, se a nossa teoria estiver certa, aquela seria a última intromissão que teríamos, pois há alguns dias atrás Jimin tinha feito uma observação que acabou ficando em minha cabeça por todo esse tempo, afinal o meu namorado levantou a tese de que muitas coisas na nossa relação acabaram ficando em torno do número quatro, e que normalmente temos sorte na quarta tentativa de alguma coisa.
Nunca fui muito supersticioso, mas analisando melhor o que Jimin levantou, percebi que de certa forma o que ele disse fazia sentido, já que eu precisei de quatro chances para conseguir enfim me declarar para ele, quatro chances para que um pedido de namoro acontecesse, mais quatro para em enfim tivemos a nossa primeira vez também e tantas outras.
História engraçada essa, no entanto...
A nossa primeira tentativa de concretizar uma guerrinha de espadas bem sucedida foi logo após falamos sobre o que sentíamos um pelo outro, como eu já tinha contato anteriormente. Mas nossos planos foram completamente frustrados pela entrada surpresa da minha sogra, que além de atrapalhar o momento, ainda faz Jimin ir para no hospital e usar uma tipoia ortopédica no braço por um certo tempo.
Na segunda vez que tentamos eu broxei, o que foi bem constrangedor mesmo não sendo algo excepcional, acontece com todos, mas com a ansiedade e a vontade que eu estava, broxar foi realmente frustrante, talvez tenha sido por conta do nervosismo que uma primeira vez sempre traz, ou trauma que me levou a imaginar que minha sogra iria brotar dentro do quarto novamente, mesmo que tivéssemos trancado a porta para prevenir isso.
Eu não sei ao certo o principal motivo, talvez uma junção de coisas tenha me deixado nervoso, só sei que meu amiguinho não quis colaborar, e como apenas Jimin havia "se preparado" para aquele momento, inverter as posições não foi uma opção, mas obviamente eu não o deixei na mão. Dar prazer ao meu namorado com certeza era algo imensamente prazeroso para mim também, porém ficamos apenas nas preliminares naquela noite mesmo, pois eu continuei um tanto acanhado, preferindo deixar para uma outra vez.
Bem, após isso teve a terceira tentativa, mas uma nuvem de pássaros nos atacou...
E não, nós não estávamos dentro de casa e no nosso quarto quando de repente um monte de passarinhos entraram pela janela. O que aconteceu foi que Jimin e eu decidimos visitar uma praia isolada aqui de nossa cidade num sábado qualquer, e passamos o dia inteiro lá, porém em algum momento tivemos o plano que acabou acarretando todo o resto do fim de dia desastroso que tivemos.
Quando o fim da tarde estava se aproximando, achamos que seria muito romântico fazer um piquenique ao pôr do sol e tal, o que realmente foi nos primeiros minutos, ainda mais quando o clima entre nós começou a esquentar. Porém as comidas que trouxemos atraíram as gaivotas, e aquilo virou um pandemônio quando um grupo delas vieram até nós.
Logo a única coisa que pode ser avistada naquela praia vazia foram dois caras semi-nus correndo e gritando, e sendo atingidos por um ciclista no calçadão poucos segundos depois, algo que novamente nos levou a emergência de um hospital pelos arranhões causados pela queda e impacto com o rapaz em sua bicicleta.
Descobri naquela tarde que Jimin tinha o mesmo medo de gaivotas que eu, que nossos lanches foram devorados pelos pássaros e que o ciclista era um cara muito legal que nos pagou um suquinho depois que fomos atendidos pelo médico.
— Vou desligar o celular, eles sabem se virar sozinhos. — Tomei enfim a decisão que deveria ter seguido desde o começo, meus irmãos não precisariam do babá Jungkook naquela noite, éramos um grupo de amigos grande afinal, sozinho ninguém estava.
— Boa ideia. — Jimin respondeu a mim, pegando o celular de minhas mãos e desligando, o jogando em cima de nossa pilha de roupas em seguida.
Jimin voltou a se movimentar com força e velocidade, empenhado em nos levar a aquele ápice tão esperado, e não iria demorar muito com a sensibilidade em que a gente se encontrava, meu corpo correspondia a cada nova corrente de prazer com novos arrepios, meu membro pingava em excitação, pesado e pulsando cada vez mais, eu precisava gozar logo.
Jimin não estava muito diferente também, eu percebia pela forma quase sem ritmo com que ele fodia, não que isso deixasse menos agradável, seu descontrole apenas aumentava meu tesão, e talvez eu estivesse o provocando um pouquinho naquele instante, pulsando minha entrada contra a extensão do seu membro, o sentindo tão quente e rijo em meu interior.
— Filho da mãe! — Ouvi Jimin exclamar, me fazendo soltar uma risadinha malanda, rebolando um pouquinho mais para instigá-lo novamente.
O que funcionou muito bem, ele veio mais rápido e sem intervalos, com estocadas frenéticas que faziam meu corpo ir e vir em cima daquela máquina. Meus gemidos aumentaram em altura e sequência, enquanto meus músculos vibravam e meus olhos reviraram dentro de suas órbitas, mostrando que meu limite estava vindo intensamente.
Desci minha destra até meu próprio falo no último segundo, e bastou alguns toques para o nome de Jimin fluísse para fora de meus lábios de forma manhosa e aguda, enquanto eu sujava o chão com o líquido do meu prazer. Atingi aquele orgasmo com intensidade, quase arranhando a superfície da máquina de lavar com minhas unhas ao depositar minha força ali quando senti meu corpo inteirinho amolecer.
Jimin não precisou de muito para também chegar lá, e com uma diferença de poucos segundos ele atingiu seu limite, chamando meu nome baixinho perto do meu ouvido, trazendo novos arrepios gostosos a minha derme, enquanto ele dava suas estocadas finais antes de se retirar com cuidado, porém se mantendo abraçado a mim, esperando até que sua respiração ofegante se acalmasse.
Nesse minuto decidi tentar relaxar meu corpo cansado também, e deixei todo o meu peso recair sobre a máquina de lavar, e talvez tenha sido esse o meu maior erro, pois dessa forma, estando tão imergido dentro de todas aquelas sensações pós-orgasmo, que demorei para notar quando a máquina estava começando a pender para o lado.
Não tive nem reflexo de impedir o tombo do eletrodoméstico, que acabou me levando junto, pois ainda tentei segurá-la no último segundo, o que trouxe Jimin junto também, que ainda teve a reação automática de tentar me salvar daquela queda iminente, mesmo sem entender muito bem o que estava acontecendo. O resultado foi nós três ao chão.
O baque da máquina contra o piso fez um enorme barulho, ao mesmo tempo em que a luz da casa caiu e tudo se tornou o mais completo breu, apenas escutamos os nossos grunhidos de susto se misturando com os berros que as pessoas na festa soltaram, pelo cagaço das luzes terem se apagado de repente e também e pela frustração da música ter parado.
Ficamos paralisados, tentando analisar o que estava acontecendo, porém nossas mentes ainda permaneciam um tanto confusas e nubladas pelos recentes acontecimentos.
As únicas coisas que eu conseguia listar naquele momento era que meu namorado e eu tínhamos acabado de gozar deliciosamente, ao mesmo tempo em que derrubados uma máquina de lavar caríssima no chão e as luzes da casa se desligaram por completo, o que sem dúvidas era o tipo de final de noite com o qual eu já nem deveria me surpreender mais, aleatoriedades sempre ocorrem comigo.
Quando nossa inércia pela surpresa do apagão se desfez, senti Jimin se afastando de mim para tentar se levantar talvez, eu não sabia bem o que ele estava fazendo, porque aquele escuro a meus olhos somente conseguiram identificar a camisinha fluorescente e as luzinhas da pulseira em meu pulso, pois a de Jimin já tinha desaparecido há muito tempo, talvez ele tivesse perdido lá na pista de dança.
— Me diz que isso não foi nossa culpa. — Foi a primeira coisa que perguntei, escutando apenas uma risada nasalada de Jimin como resposta de imediato.
— Não, derrubar uma máquina de lavar não causaria um apagão da rede elétrica da casa, ela nem ao menos estava ligada na tomada. — Ele expressou, enquanto eu tateava o chão em busca do meu celular que deveria estar por ali.
Jimin acabou sendo realmente o primeiro a começar a se levantar, um tanto atordoado e cambaleando, e eu apenas pude identificar que ele estava se colocando de pé por causa do seu pinto brilhante, o que naquele escuro apenas se tornava ainda mais engraçado, era um pau flutuando em meio ao cômodo sem luz.
— Nunca se sabe. — Falei, dando de ombros. — E como pode ter certeza de que ela não estava ligada na tomada?
— Sem paranoia, Kookie. — Jimin expressou, soltando mais uma risadinha.
Logo que encontrei meu celular, liguei a lanterna para que nós dois pudéssemos nos arrumar, assim também achamos papel higiênico dentro de um armário de produtos de limpeza para limpar o que sujamos, Jimin até jogou algumas gostas de um desinfetante cheirosinho no piso para finalizar.
Fizemos tudo sem demora, também levantando a máquina e a arrumando no lugar dela, tendo a certeza de que alguma coisa tinha quebrado pelo barulho de peças soltas que vinha de dentro da mesma, mas depois a gente falaria com o Jaebum para poder pagar pelo estrago.
Saímos de dentro daquela lavanderia diretamente para um cenário apocalíptico, numa vibe quase The Walking Dead de tantas hordas de bêbados caindo pelos cantos que vimos. A galera estava fazendo uma grande bagunça, com todo mundo esbarrando em todo mundo, fazendo muvuca para sair da casa, resmungando e xingando para todos os lados, até de repente a luz voltar tão do nada quanto tinha sumido.
A música voltou, e voltaram a dançar e interagir como se nada tivesse acontecido, mas aos meus olhos aquilo tinha sido mais um sinal indicando que bastava daquela festa para nós, sem contar que já era mais de duas da madrugada, eu estava cansado. Então com a ajuda de Jimin, saímos pela mansão procurando nossos amigos, para juntar todo o grupinho para podermos ir embora.
Bastou todo mundo se juntar de novos para as histórias começarem a ser contadas, primeiro descobrimos que algum engraçadinho tinha desligado os disjuntores da casa, mas que Jaebum percebeu isso bem rápido e foi lá arrumar. E em segundo que a fofoca do presidente da fraternidade estar "ocupado" na lavanderia se espalhou pela festa, e o tal Jae estava muito confuso agora porque ele só tinha saído para comprar mais gelo.
Fora isso, Junghyun apareceu com um hematoma no braço que ele dizia não se lembrar de como tinha conseguido, mas descobrimos dois dias depois através de um vídeo postado na página da fraternidade que Hyun tinha caído de cima do balcão de bebidas, enquanto tentava dar uma estrelinha... Uma ideia propicia a dar merda, mas meu irmão biscoiteiro tinha dessas.
O restante dos membros do nosso grupinho pareciam estar inteiros, talvez Jungmin tenha perdido seu brinco de novo, e Taehyung não lembrava onde deixou a jaqueta de Jungsun, mas em questões físicas todo mundo estava bem, apenas Hoseok e Jin diziam que estava com dores na coluna de tanto requebrar nas danças, e eu também estava com uma dorzinha na área traseira... Não que eu fosse expor isso em voz alta de qualquer forma.
Somente na manhã seguinte o Namjoon chegou contando que tinha acordado de ressaca e com uma nova tatuagem em sua coxa direita, mas sinceramente nenhum de nós recordava de ter um tatuador presente na festa, e o próprio organizador, o Jaebum, nos confirmou que não tinha contratado tatuador algum.
Ficou aí o mistério da tattoo do Nam, junto com a incógnita do sumiço de Junghyun ao mesmo tempo que em Yoongi também não estava sendo avistado em lugar nenhum, enquanto os dois fingiam que nem sabiam do que a gente estava falando, e do tal boy bonitão que se deu super bem com a Wheein, mas eles esqueceram de trocar os seus números de telefone.
Porém nesse último caso a gente já estava trabalhando, buscando por ele em redes sociais e afins. E enquanto nosso grupinho fazia seu trabalho de Sherlock para desvendar os enigmas que ficaram depois da festa, Jimin e eu tivemos que voltar na fraternidade para acabar com uma outra fofoca, essa envolvendo o presidente da irmandade e o boato da lavanderia.
Chegamos lá para explicar o que realmente havia acontecido para os membros que estavam presentes, morrendo de vergonha de falar da nossa façanha na lavanderia, mas eles simplesmente levaram numa boa, e ainda arrancamos risos de todos, os deixando nostálgicos suficiente para começar a contar as suas histórias de festas passadas também.
No fim pagamos o conserto da máquina de lavar e aparentemente saímos com novos colegas também.
— Sinceramente, de agora em diante eu vou pensar duas vezes antes embarcar nas ideias de Taehyung. — Eu disse para Jimin, assim que saímos da casa da fraternidade.
— Tem certeza? Sempre temos boas histórias para contar depois de qualquer modo. — Jimin respondeu, segurando minha mão quando começamos a caminhar pela calçada. — Nossos filhos e netos serão vão amar saber das nossas aventuras na juventude.
— Realmente, acho até que nossa história poderia facilmente se tornar um livro ou uma série de comédia. — Afirmei, e Jimin assentiu, rindo soprado em seguida.
— Disso eu tenho certeza. — Ele expressou sorrindo, e eu confirmei com a cabeça sem pestanejar.
Afinal, quem estou tentando enganar? A gente vai sim acabar indo em mais algumas dessas, faz parte do nosso espírito aventureiro e um tanto impulsivo talvez, e não posso negar que sempre rende boas risadas depois, mas com certeza na próxima vou ouvir meus pressentimentos e dar uma pesquisada antes, só para garantir...
~♥~
hehe é isso :''')
Agradeço muito por lerem, pelas estrelinhas e pelos seus comentários, até uma próxima, gente ❤❤❤
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