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Capítulo 1┃Dias Nossos

São seis da manhã, e um bairro qualquer, na região norte da cidade de Baxford vem a despertar com o cheiro da primeira fornada de pães do dia, que acabavam de sair dos fornos à lenha de pequenos comércios e residências. O céu era cinzento, coberto por nuvens que barram quase qualquer luz do céu, se não pela claridade natural do sol. Em uma casa bem envelhecida pelo tempo, com tijolos desgastados e telhas com diversos remendos de tábuas de madeira, encontrava-se o jovem Richard Sawyer, de cabelos castanhos e corpo de estatura média para a sua idade de dezesseis anos. Susan, a mãe de Richard, preparava a mesa para o desjejum da família. Seu cabelo era da mesma coloração de seu filho, estava chegando em seus quarenta, e estava em boa forma tanto no corpo quanto na aparência de seu rosto, mesmo após a gravidez. Não tinham muito em sua dispensa, mas havia o suficiente para se sustentarem pelos próximos meses, ou quem sabe até o ano que vem. Não passou-se muito tempo até que um pequeno raio de sol saltasse graciosamente da escadaria para a cozinha e então se sentaria à mesa, e este pequeno e adorável raio de sol tinha nome; Dorothie Z. Sawyer, a irmã mais nova de Richard, que a amava como se fosse o seu maior tesouro. Seus cabelos eram ondulados e na cor do mel silvestre. Seu doce rosto arredondado estava sempre acompanhado de um lindo e puro sorriso.

Os dois eram visivelmente distintos entre si, tanto nos cabelos quanto em seus traços faciais. Isto porque Richard é nascido do primeiro casamento de sua mãe, e carrega o nome de seu pai, Joseph Sawyer. Cerca de quatro anos após o nascimento do garoto, Joseph foi a óbito por uma infecção intestinal, e desde então Susan vem escolhendo a dedo tudo que compra e prepara para pôr à mesa de seus filhos.

A pequena Dorothie viera de um segundo relacionamento, quando um homem chamado Andrey Zakharov, de orelhas pontudas, veio até a cidade. Havia chegado a pouco tempo, vindo de um país chamado Venngrado, que fica logo depois do mar Serspata. Conheceu a mãe de Richard quando buscava por um lugar para morar, e indo de um lugar a outro, encontrou morada no porão da casa da família Sawyer. Susan nunca havia visto antes um élfico do noroeste, então logo permitiu que ficasse ali até que conseguisse o seu primeiro emprego. O homem era bem esforçado, estava sempre indo de um lugar a outro em busca de um trabalho que lhe fosse minimamente rentável, até que finalmente o conseguiu, em um canteiro de obras, onde carregava pedras para a construção de novos prédios no centro da cidade. Não demorou muito até que Susan se apaixonasse pelo homem, e o mesmo retribuiu o sentimento, alegando até mesmo que já vinha escondendo isso da mulher desde o dia que a conheceu. Ambos tiveram um belo casamento na capela do bairro, e toda a vizinhança estava feliz pelo casal, menos Richard, que mesmo vendo o esforço de Andrey em ser um bom cidadão, ainda sentia que havia qualquer coisa de errado nele.

Dois anos haviam se passado, e o amor do casal resultou na pequena Dorothie, uma linda bebê meia élfica de cabelos dourados. Andrey estava animado em ser pai pela primeira vez, e Richard ainda mais, pois seria o irmão mais velho, o exemplo que alguém seguiria. Apesar de tudo, Richard deixou de lado a sua desconfiança, tornando-se um pouco menos frio para com o Vengrádio. Passado algum tempo, a equipe de construtores que Zakharov fazia parte, havia sido contratada para a construção de um novo projeto, um cinema que ficaria a poucas quadras de um bar, onde muitos operários se encontravam após o expediente para beber e fazer apostas, e Andrey era um deles. Não gostava de beber demais, queria estar em casa com sua esposa e filha, mas a cada dia que passava, mais seus amigos o instigavam a beber. Em um ano, já não retornava mais no mesmo horário de sempre, e começou a visitar o lugar até mesmo no seu único dia de folga, jogando cartas e dados com outros trabalhadores. E todos os dias, era sempre a mesma história, gastava, apostava, ganhava e perdia grandes quantidades de dinheiro em um único dia, chegando a colocar todo o seu salário em uma jogada de dados, acreditando ter alguma sorte consigo.

Mais dois anos se passaram, e Richard nunca quis estar tão errado sobre alguém, pois aquela desconfiança de quatro anos atrás havia se tornado numa certeza. Eram incontáveis as discussões e brigas que o casal tinha. Não havia um dia sequer que Andrey retornasse para casa sóbrio, estando sempre alterado pela bebida. Quando as discussões tornavam-se violentas, Richard intervinha para defender sua mãe e sua irmã menor, que certa noite foi até mesmo ameaçada pelo homem com uma faca, culpada por chorar e se lamentar pela situação em que a família se encontrava. Após um dia em que chegou bêbado no trabalho, Zakharov foi demitido, e largado em uma sarjeta qualquer pelos seus ditos 'amigos'. A pedido de sua mãe, Richard foi em busca de saber sobre o paradeiro do homem, mas ninguém sabia dizer onde estava, pois havia deixado o lugar em que foi largado. Desde aquele dia em diante, ninguém nunca mais o viu, e o rapaz torcia para que tivesse retornado para Venngrado, ou até mesmo morto se possível.

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A mesa já estava quase toda pronta, e então Richard se aproximou de sua irmã.

— Você sabe que dia é hoje? — Perguntou ele, sorridente.

— Quinta-feira! — Respondeu com grande entusiasmo.

— Exatamente, Pequena Condessa!

Todas as quintas, Richard gostava de assar biscoitos feitos com aveia e mel, que uma vizinha - já idosa - oferecia para a família. Chamava-se Rebecca Mansworth, e dizia que um parente de muito longe tinha uma grande fábrica que enlatava produtos alimentícios, e que estava sempre enviando diversas quantias de tais produtos para que ela possa se sustentar em seus últimos anos de vida.

Seja como for, a fornada de biscoitos daquele dia saiu ótima, e Dori os comeu com um grande apetite. — Eles são uma delícia, faz mais irmão! —Disse com a boca ainda cheia.

— Mastigue antes de falar, Dorothie. Tenha modos na mesa. — Pediu a mãe.

— Pelo menos não estão com gosto de madeira velha dessa vez, não é? — Disse Richard, que comeu alguns pães torrados, bebeu o chá ainda quente e logo se aprontou para sair, vestindo seu casaco de lã que estava remendado de cima a baixo. Calçou suas velhas luvas, que tinham buracos no lugar dos dedos, uma boina escura e um belo cachecol amarelo com listras brancas. Foi um presente de sua avó Ruth, que morava em Brightminster, cidade portuária localizada no leste de Galdênia.

O rapaz deu um beijo em sua irmã e em sua mãe, e tomando em mãos a bolsa com os seus pertences, partiu até a estação ferroviária, a alguns minutos de caminhada. Lá se encontrou com alguns de seus colegas, trabalhadores da mesma fábrica de tecidos.

— Daniel, Thomas, Ronald! Que dia, ein? — Dizia, saudando seus amigos.

— É exatamente igual a ontem, Rich, sem sol algum. Veja, nem mesmo os pássaros estão cantando. — Daniel não era bem uma pessoa muito positiva. Parecia estar sempre vendo o lado ruim em tudo.

— Não seja por isso, Dany! — E então começou a imitar sons de pássaros, como forma de ironizar o comentário, resultando numa risada mútua entre os rapazes e alguns outros que também estavam presentes escutando a conversa. Não demorou até que a locomotiva chegasse, sempre pontual. Era um expresso separado para uso exclusivo dos operários da região industrial da cidade, indo de um ponto ao outro sem nenhuma outra parada.

A Estação Industrial, como a chamavam, era enorme, com pessoas indo de um lado ao outro com muita pressa, esbarrando umas nas outras, sem pedirem licença ou desculpas, apenas seguiam com seu dia. No caminho até a fábrica, Rich passa por diversas ruas tão movimentadas quanto a Estação, onde tradicionais carruagens à cavalo competiam pelo seu espaço com as modernas carruagens motorizadas, movidas à combustível diesel, algumas sendo grandes o suficiente para carregar até vinte pessoas ou mais, além dos bondes movidos à vapor e energia elétrica em, que assim como as locomotivas, seguiam trilhos colocados no centro das grandes avenidas movimentadas. Foi uma boa caminhada, até que finalmente chegara na fábrica em que trabalha, um edifício de tijolos laranja, com uma enorme placa de ferro já bem enferrujado, tingida de vermelho com letras brancas, em que estava escrito 'James & George Co. Tecidos e Couro'.

Em conjunto, todos assinaram os papéis de ponto, e iniciaram seus turnos. Rich teria sido designado para trabalhar nas rocas automáticas, que desfiam grandes amontoados de lã, tornando eles em fios individuais que iriam para a confecção das peças de roupa.

Foi um dia normal de trabalho, houveram poucos acidentes aqui e ali, e a produção, no geral, teria sido a mesma de sempre. Richard recebeu dos donos da fábrica uma licença para sair mais cedo e poder participar das aulas noturnas em sua escola, algo um tanto incomum entre os grandes empresários daquela cidade, que não reduzem um único segundo do tempo de seus trabalhadores.

Na saída, Richard Sawyer notou que haviam alguns trabalhadores se encontrando do lado de fora, estavam caminhando de uma saída lateral, e dela se dirigiam aos fundos. Até aquele dia, ele era o único quem estava fora da fábrica antes dos outros, mas o rapaz decidiu não se importar muito com aquilo, pois pensava que não seria educado se intrometer em assuntos pessoais. Eles poderiam estar fazendo algo importante, afinal.

A escola em que o rapaz estudava se localizava no centro, então precisaria usar do bonde elétrico para chegar até lá. Sua mãe economizou três anos inteiros de seu salário como doméstica, antes do nascimento de Dorothie, e Juntou tudo que pôde para dar ao seu filho um ensino de verdadeira qualidade, muito esperançosa de que um dia ele viria a se tornar alguém importante. Na escola, o garoto não era um dos melhores alunos, e suas notas eram sempre medianas para péssimas, mas ele se esforçava o máximo que podia, para honrar tudo que sua mãe investiu.

Durante as aulas, e até mesmo na viagem de volta para casa, Sawyer não conseguia parar de pensar naqueles homens. Tinha certeza de já tê-los visto na fábrica, mas era a primeira vez que os via fora dela durante o expediente. Seria realmente correto ter deixado de lado, ou teria sido melhor ter perguntado a alguém sobre aquilo? Poderiam estar em uma emergência, afinal nunca saíram antes de findar o seu expediente, e se tivessem de sair, certamente seria para algo de suma importância. Não havia certeza sobre nada, apenas de que quando chegasse em casa, veria sua mãe e sua irmã, e apenas isso já lhe bastava.

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