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Capítulo - 46




   

— Black? — a voz grave de Severus ecoou quando este abriu a porta, e se deparou com o bruxo a sua frente, Théo estava em seus braços enquanto havia uma pequena mala em sua outra mão. — O que aconteceu? — perguntou estranhando a repentina aparição, e percebendo a face preocupada do cacheado.

— Eu....eu... será que posso deixar Théo aqui por alguns dias? — disse nervoso, não se preocupando se o filho poderia escutar já que este cochilava em seus ombros.

— Claro mas.... Por favor, entre para conversarmos.

  [...]

  Sentado no meio da escadaria da mansão Prince, Théo que havia acabado de acordar ouvia a conversa dos adultos na sala, que estavam alheios de sua presença alí no momento.

  Sírius tinha a cabeça baixa, as mãos grudadas nos cabelos desalinhados, enquanto Hermione o abraçava de lado, parecia o consolar.

  Pov Sírius......

— Eu não deveria ter o precionado Hermione. Não daquela forma, de jeito nenhum. — mencionei com a voz embargada, não conseguia parar de pensar em Remus. — Eu fui um idiota ao pensar em mim mesmo e em minhas vontades, deixando as de Remus de lado. Deveria ter sido mais compreensivo, agora ele está lá fora, sofrendo e passando sabe-se lá às piores coisas.

— Sempre agindo de forma irracional não é mesmo? — Snape não conseguiu conter sua ironia, contudo não me importei, já que estava mais nervoso do que o normal.

— Severus! — Hermione o repreendeu. — Não ligue para ele Sírius..... E por favor, tente não ficar nervoso. Remus pode estar em sua casa em Hogsmead tentando pensar nessa situação de vocês e.....

— Eu senti o cheiro dele Hermione... Senti o medo, o desespero e o mesmo descontrole de quando vocês me levaram até ele aquela vez. Eu sinto aqui dentro.... — apertei o peito tentando evitar a dor. — Que ele não está bem. 

  Severus e Hermione se encararam por um tempo, pude perceber, e em alguns tempos, eu poderia fazer uma careta de desgosto ao ver o olhar de pena e dó em seus olhares, mas eu realmente precisava de um consolo, de uma ajuda, um conselho.

  Céus, eu sabia que Théo podia sentir o quanto a situação não estava legal. E agradecia aos céus que mesmo depois de tudo, e vê-lo nervoso, ele conseguiu descansar um pouco.

  Ele era tão apegado a Remus, e vê-lo triste por não saber o que acontecia com o pai partia meu coração, porém não creio que esteja na hora de lhe dizer o que se passa.

  [...]

— Papai disse que não é ceito ouvi a conversa dos outlos. — a voz sonolenta e calma de Agnês assustou levemente Théo, que observava tudo quieto em seu canto.

  Se sentando ao lado do amigo na escada, Agnês observou bem o que o menino olhava, logo levou seus olhinhos em atenção a ele, vendo seu abatimento.

— Poi que você tá ouvindo a conversa deles? — perguntou baixinho.

— Porque tem algo errado com meu pai Agnês. — a olhou desanimado.

— O que o tio Sílius tem?

— Não esse pai, o outro. — voltou sua atenção aos adultos que falavam algo sobre Remus que Théo percebeu ser importante.

  [...]

— Você não acha que Théo deve saber sobre a condição de Remus? Sei que ele é só uma criança, mais ele é apegado a Remus, assim como é com você. Ele deveria ter uma idéia do que se passa. — Severus falava enquanto andava de um lado para o outro, tentando achar formas de ajudar os marotos.

— Ele é tão novo! Sei que ele tem um coração enorme, mas e se ele tiver medo do fato de Remus ser um lobisomem? — suspirou profundamente.

  [...]

— Um lobisomem? — Théo sussurrou as últimas palavras que ouviu.

— Quem é um lobisomem? — Agnês perguntou curiosa.

— Meu pai. — a olhou com os olhos arregalados. — Então é por isso que ele não quer me dar um irmãozinho?

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  No dia seguinte, Hermione se via preocupada enquanto olhava para o corpo esparramado de Sírius em seu sofá.
  Ele parecia tão triste, sem saber o que fazer.... Ela tinha consciência de que o maroto estava planejando algo, mesmo mostrando decadência pela situação, porém não seria ela a deixá-lo fazer tudo sozinho.

 
— Não preciso invadir a mente dele para saber que ele irá seguir o rastro de Remus até encontrá-lo. — Severus surgia na cozinha, dando um beijo na testa da amada enquanto ela lhe dava um mínimo sorriso.

— Não podemos impedí-lo de ir atrás de Remus, porém se ele estiver descontrolado.... Precisamos ajudá-lo Sevie. — comentou preocupada.

— E iremos... Bem, você não, já que temos nosso pequeno Snape chegando. Não quero que nada aconteça a ele, muito menos quero ver você perto de Remus, principalmente se ele estiver descontrolado. — levou as mãos na petuberância que já se encontrava o ventre da castanha. — Iremos procurá-lo, talvez Albus possa ajudar e....

— Eu também quero ajudar... Sei que nessas condições não posso fazer muita coisa mas....

— Mas nada... Você precisa se cuidar, descansar, além disso, alguém ficará com às crianças. Aliás, pedirei que seus pais venham ficar com você, Agnês e Théo juntos irão deixá-la acabada.

— Céus Severus.... É o Remus, deixe-me pelos menos tentar.... — foi interrompida antes de poder terminar.

— Não vou discutir com você sobre isso querida. Já está decidido, não quero te colocar em uma situação que já passamos, e sabemos que é arriscada.

  [...]

  Sua carne se queimava por completo, seu corpo sendo possuído pela fera voraz que o tomava conta.

  De certa forma, não era como se Remus não houvesse lutado, pois ele o fez, tentou com todas suas forças, mais tinha passado por tanto stress, tanto nervoso que seu núcleo enfraqueceu, suas forças se diminuíram, e a fera foi mais forte que a carne, tomando conta de seu corpo em completa agonia e dor.

  Ele podia sentir com todos os detalhes e aflições a dor dos ossos crescendo de acordo com seu animal interior, seu corpo queimava a cada membro tentando se ajustar as mudanças.

  Era pior do que uma maldição imperdoável... A carne tremia por dentro ao sentir o descontrole o tomar por completo, o instinto selvagem implorando por libertação, destruição e sede de sangue, pois era isso que iria acontecer....

  Não importava se estavam no começo da lua crescente, mesmo as transformações ocorrendo apenas na lua cheia, os problemas faziam o se deteriorar no mar de escuridão e depressão que começava o tomar.

  A culpa que ele carregava era avassaladora, dolorosa, desnecessária, mas que era impossível de evitar.

  Os galhos secos das árvore eram como lâminas em seu corpo, poderiam não fazer nenhum estrago em sua forma lupina, contudo Remus iria sentir as consequências quando voltasse para sua forma humana.
 
  O olfato apurado necessitava do cheiro forte de carne e sangue, necessitava de uma presa acuada na qual pudesse o satisfazer e pudesse destruir pedaço por pedaço.

  O pior de toda aquela situação, era Remus saber o que estava acontecendo, estar consciente dentro da fera brutal, e não poder fazer nada.

  Não conseguia voltar a sua forma normal, isso a dias, e não sabia se conseguiria em algum momento, porém mesmo com toda a dor, não deixaria de lutar, principalmente por Sírius e Théo.

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— Isso dói? — o garotinho de sardas no rosto perguntava, encarando Agnês que sorria e dava de ombros.

— Na vedade, eu não faço idéia. Papai e mamãe nunca reclamalam. — comentou esticando as mãozinhas até o rosto do amigo, que desviava meio desconfiado.

— Sei não Agnês.... — temeu.

— Deixa de ser bobo, eu só quelo mostlar que o seu papai é um lobinho bonzinho. — o olhou.

  Cedendo ao 'encanto' da menina, Théo apenas concordou, a deixando levar as mãos até seu rosto, qual ele fechou os olhos temendo que algo acontecesse.

  As mãozinhas delicadas e quentes tocaram seu rosto frio, logo, não demorou para que imagens de Remus surgissem. Mesmo com os olhos fechados, o garoto sorriu, os poderes de Agnês eram como estar diante a uma penseira, — qual Sírius e Remus havia o mostrado — só que diferente dela, ele não saía molhado nenhum pouco zonzo.

  Nas visões, Théo podia ver o quanto Remus era feliz, porém essa imagens duraram pouco, Agnês mostrando apenas o que queria que ele visse. E lá estava, Lupin se transformando em lobisomem.

  No começo, o garoto se assustou. O lobo era enorme, dentes afiados e olhos vermelhos amedrontadores, mais um sentimento confuso o assolou.
  Através das imagens, o bruxinho conseguiu sentir de alguma maneira inexplicável, os sentimentos que o pai sentia. Entre eles, felicidade, medo, stress......

— Acho que já chega Boo. — falou meio ofegante, se afastando das mãos mais pequenas.

— Doeu? — ela perguntou preocupada.

— Não. — negou.

  A verdade, era que Théo não queria contar o quanto o chateou ver Lupin triste. Se sentiu tão desanimado ao sentir as mesmas sensações que o pai sentia quando estava prestes a se transformar.
  A grande diferença, é que não era doloroso para ele quanto era para Remus.

  Théo muito diferente do que Sirius ou até mesmo Remus podia pensar, não havia de sentido amedontrado ao saber que Remus era um lobisomem, muito pelo contrário, sentia orgulho, pois na visão que Agnês o mostrara, sentiu que o pai lutava para não fazer o mal.

  O garotinho de sardas não sabia como explicar, porém sentia com mais fervor, o quanto o pai necessitava de ajuda, era como se houvesse uma ligação muito forte entre eles, e certamente havia.

  [...]

  Mais duas noites se passaram, já era lua cheia, e Sírius não tinha esperança de que Remus voltaria tão cedo para casa.
  Havia se arriscado demais ao sair durante a noite para o encontrar, até mesmo Severus havia o ajudado, porém nada adiantou.

  O bruxo estranhava o fato do filho não perguntar nada, porém decidiu deixá-lo em seu canto, visto que ele parecia se distrair ao brincar com Agnês.

— Estou preocupado... Sei que ele está por aí, e que nada de ruim irá o acontecer enquanto ele estiver em sua forma licantrópica, mas me dói saber que não posso ajudar. — bufou enquanto levava uma dose de fire whisky aos lábios.

— Dói saber que não pode o ajudar, ou é só um peso na sua consciência de ter o extressado por causa de um assunto mal resolvido?

  Severus não facilitava para o cacheado desde que ele chegara. Agora, tinham sim uma boa amizade, deixando o passado para trás, mas mesmo assim, não deixava de o alfinetar quando podia.

  Claro que o culpar pelo o que desencadeou o stress e descontrole em Lupin não era correto, porém não conseguia deixar de pensar, que na primeira vez, deixou mais do que avisado que ele precisava de paz, um lugar tranquilo para ficar.

— Eu avisei que Remus precisava de paz e tranquilidade a primeira vez que o entreguei a você. — Snape suspirou fundo se levantando para pegar mais uma dose de bebida. — Mas não pense que foi maior parte sua culpa, ele nunca conseguiu ficar tranquilo por sua condição.....

— Eu sei. Porém antes, quando éramos jovens pelo menos o acompanhávamos toda noite de lua cheia.

  [...]

— Como está meu netinho aí dentro? — Liang perguntava enquanto colocava a cabeça na enorme barriga de Hermione, que sorria com a forma carinhosa do pai.

— Já disse que será outra menininha Liang, não adianta teimar.... — Elizabeth comentava enquanto tirava a chaleira do fogo.

— Ainda acha que será menina mamãe? — sorriu para a matriarca. — Sinto em te desapontar, mas acho que irei concordar com o papai que desta vez possa ser um menino.

  Os olhos dos mais velhos se encheram de lágrimas, não era a primeira vez que Hermione os chamava de mãe e pai. A primeira vez que ela o fizera, depois de muito tempo juntos, fôra um choque de emoção para eles, que não conseguiam parar de chorar. 

  Agora não era indiferente, aquela mesma sensação de amor, de conquista ainda os emocionava, fazendo a garota sorrir e continuar a os chamar daquela forma, apenas para ver o sorriso estampado nos rostos dos pais.

— Desculpe meu anjo, mais não consigo evitar em me emocionar quando me chama de mãe. — sorriu enxugando uma lágrima que caía.

— Sinto muito por ter demorado a o fazer... — sorriu, principalmente quando ouviu seu pai cochichar perto de sua barriga.

— A sua mãe é dura na queda viu, e sua vó é bem exigente, mais pode deixar que o vovô vai te ensinar tudinho que precisa saber, okay? — as duas mulheres sorriram, pois sabiam que se Liang fosse fazer o que dizia, seu filho seria pior que os gêmeos Weasley para aprontarem.

— E Sírius querida? Como ele está? — Elizabeth perguntou. — Me apeguei tanto a ele e Remus, que não consigo imaginar o quanto devem estar tristes.

— Black está realmente preocupado e chateado, porém não há dúvidas que tudo irá se resolver logo. Eles se amam tanto....

  Todos na casa evitavam falar de Remus perto de Théo quando o menino aparecia, como agora, qual ele entrava na cozinha acompanhado de Agnês que sorria indo em direção ao colo da avó que adorava a mimar.

  Desde que ela havia mostrado a Théo o verdadeiro lado de Lupin, se preocupava com o amigo, que sempre dizia se sentir estranho quando a noite chegava.


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  Jogado no chão melado pelo barro, encostado no tronco de uma árvore morta, Remus esperava a noite chegar para o sofrimento.
  Eram por volta das sete da tarde, desejava com todas as forças voltar para casa, mas sua mente perversa insistia em dizer que não, que não era o momento, e que possivelmente não voltaria mais.

  Estava tão cansado, o corpo tinha cortes fundos pelas noites agitadas, seu rosto não estava diferente.
  Sua pele estava tão pálida, evidenciando cada corte, estava nú, porém mesmo no frio que fazia com a noite chegando, não se importava em estar sem vestes, visto que seu corpo era extremamente quente.

  Seus olhos desejavam um bom descanso, estavam tão pesados, mas sabia que o mínimo cochilo que tirasse, o faria ter pesadelos, onde via sua família e amigos mortos por suas próprias mãos e garras.

  Remus não sabia dizer se era puro cansaço, ou se sua mente lhe pregava uma peça naquele momento, mais uma leve e calma voz o fez se arrepiar.

  Era como um cochicho, parecido com o assovio do vento, mais tinha certeza que era a voz de alguém, não de um adulto, mais de uma.... criança?

  "Papai.... E..eu não sei se, não sei se está me ouvindo mas....volta pra casa, por favor."

— Théo? — sussurrou desacreditado.

  Enquanto isso, Théo estava no quarto em que dormia com o pai na mansão Prince. O garoto havia de escondido lá por um momento depois de ouvir Snape contar a Hermione e aos sogros, sobre o quanto era bom em legilimência.

  Claro que ele não fazia idéia do que era aquilo, pelo menos não muito, então conseguindo se esgueirar até a biblioteca de Severus, onde procurou curiosamente por livros que falassem sobre o assunto.

  Théo sorriu quando achou um livro não muito grosso onde tinha o título com o mesmo assunto que Severus falara antes. O garoto nunca agradeceu tanto, pelas investidas de Remus e Sírius para ele aprender a ler.

  Foleando o livro, ele repassava as palavras da conversa de Severus, onde ele dizia que era possível conversar com alguém através da legilimência, e aquilo, alegrou o pequeno de uma forma inexplicável, pois se era verdade o que ouviu, poderia falar com seu pai.

  A questão, era que não era tão fácil assim, as folhas diziam que requeria muita concentração para aquilo, e ele não esperava conseguir na primeira vez.

  Ele esperava que as sensações e sentimentos o pudessem ajudar, não sabia porque sentia aquilo mais se fosse o ajudar, seria de bom grado.

  Quando foi para seu quarto, depois de ler o que precisava, se sentou no meio da cama, as pernas cruzadas em borboleta, mordeu os lábios por um momento, respirando fundo e logo fechando os olhos.

  Ele não sabia muito o que fazer, mais sabia em palavras o que dizer caso conseguisse falar com Remus.

  "Papai.... E..eu não sei se, não sei se está me ouvindo mas....volta pra casa, por favor."

  Théo repetia aquela palavras como um mantra, na esperança de que o pai o ouvisse, o pobre garoto ainda não entendia que aquilo não era nada parecido com legilimência na qual havia lido, contudo algo melhor aconteceu.

  Sua vontade era tanta, acreditava tanto que poderia dar certo, que não notou quando seu corpo entrou em estado de relaxamento, fazendo seu subconsciente trabalhar e conseguir transferir seus pensamentos para quem queria.

  As palavras continuavam a se repetir em sua cabeça, Remus estava preocupado, pensava que o filho estivesse por perto, mas ao fechar os olhos para torcer que ele não estivesse alí, por conta de sua segurança, a imagem dele sentado no meio de uma cama surgiu em sua mente.

  Théo...ele estava usando.... Remus não entendia como aquilo estava acontecendo, porém junto a figura do menino em sua mente, a áurea de sua magia transbordava....

— Théo... Filho.... — sua voz era fraca pelo choro que vinha. — Está me ouvindo? — estava esperançoso.

  "Papai...?! Estou te ouvindo....Por favor, volta pra casa. Estou com saudades, o pai Sírius sente sua falta também..."

  Do outro lado, o garotinho esbanjou um sorriso único, estava tão perto mas tão longe do pai.

— Também sinto sua falta.... — Remus sorriu triste enquanto tentava se levantar do tronco da árvore.

  "Volta pra casa..."

— Farei de tudo para conseguir....

  Infelizmente, a conversa não durou muito. A noite havia chegado, e com ela, a lua cheia no céu crepúsculo.

  Mais um pouco, Théo poderia presenciar mesmo que indiretamente, a transformação de seu pai, que não queria que aquilo acontecesse.

  [...]

  Os dois dias seguintes se seguiram, e com eles, Théo sempre que podia tentava contatar Remus, que até então ainda não conseguia entender como o filho conseguia fazer aquilo de conversar com ele.

  O garotinho não havia contado nada a ninguém sobre Remus, tinha medo do que poderia acontecer, optando então em fazer tudo escondido.

  Uma noite antes, o bruxinho havia dormido de forma péssima, sentia frio mesmo estando coberto, sentia saudades, aflição e medo..... Sírius havia passado a noite em claro tentando confortar o garotinho que não acordava de maneira alguma, apenas resmungando palavras desconexas.

  Pela manhã, enquanto tomava um café forte, na companhia dos 'Snapes' Sírius tentava se manter acordado para poder explicar ao casal o motivo de ter dormido mal e o quanto ficara preocupado com o filho.

  Enquanto conversavam, o garotinho apareceu na cozinha pulando de alegria, estava eufórico, descalço e com os cabelos bagunçados, um sorriso animado percorria seu rosto, porém havia algo diferente.... Seus olhos não possuíam mais duas cores, somente uma, e estavam brilhantes.

— O pai Remus está em casa. — falava repetidamente, pulando por todos os cantos, mostrando sua felicidade.

  O olhando de forma assustada, Sírius se levantou rapidamente, indo até o menino e o segurando pelos braços.

— O que disse? — perguntou querendo ter certeza do que ouviu o filho dizer.

— O papai está em casa, vamos embora logo pai, ele está nos esperando. — disse eletricamente.

— Meu anjinho, como você sabe que seu pai voltou pra casa? — Hermione perguntou delicadamente.

— Porque eu sinto, bem aqui... — apontou para peito, depois para a cabeça dizendo: — E porque ele me contou...

  Severus foi o primeiro a se levantar e se aproximar de Black e do menino, não era burro, e o pouco que o jovenzinho havia falado, ele chegou a uma conclusão rápida.

— Você conversou com ele? Como?

— Por aqui. — apontou para a cabeça novamente. — Eu desejei muito falar com ele, aí aconteceu....

  Com um sorriso de lado e um arquear de cabeça, Severus encarou a noiva ainda sorrindo, fazendo o mesmo com Sirius, que o encarava estranhando.

— O que você sabe que eu não sei ranhoso? — perguntou curioso.

— Sei que seu filho fala a verdade.... Volte para casa para encontrar Remus, e se o que eu estiver pensando for verdade, seu filho tem um dom natural.....

  Mesmo não entendendo nada do que Severus havia dito, um pouco desconfiado Sirius pegou o filho rapidamente no colo e aparatou até a mansão Black, onde quando entrou, encontrou apenas o silêncio.

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  Théo quando colocado no chão, correu até às escadarias subindo os degraus de forma ágil, deixando o cacheado para trás.

  Tomando a decisão de seguir o filho, Black subiu as escadas correndo, na esperança de que Lupin estivesse mesmo em casa, principalmente agora que a lua cheia havia terminado sua fase.

  Chegando ao andar de cima, o silêncio ainda reinava, o que foi capaz de deixar Sírius mais nervoso ainda.

— Théo....? Remus....? — chamou esperando que um dos dois dissesse algo.

  Vendo que a luz de seu quarto estava acesa, o animagus se aproximou, e abrindo a porta lentamente, viu o filho sentado na beira da cama, o olhando e cochichando.

— Ele está dormindo. — sorriu voltando a encarar o pai que parecia até um anjo enquanto dormia.

  Os olhos de Black rapidamente marejaram, teve de segurar um soluço que queria sair de sua boca. Estava tão feliz por vê-lo alí, de volta...

  Se aproximando da cama, se sentou perto de Remus, deixando seus dedos deslizarem pelas cicatrizes recentes no rosto alvo.

— Ele vai ficar bem? — Théo perguntou baixo, vendo o cacheado concordar em um aceno de cabeça.

  [...]

    Pov Sírius....

  Em partes me sentia tão aliviado por ter Remus de volta. Claro, só porque ele está aqui e agora deitado dormindo em nossa cama, não significava que tudo voltaria as mil maravilhas como antes, porém, estava mais sossegado ao saber que ele estava bem, e de volta.

  Théo acabou por se deitar ao lado dele e rapidamente dormiu, já eu... Mesmo tendo uma noite não muito agradável, não conseguia dormir. Parte de mim tinha medo de que ele sumisse novamente.

  Por hora, decidi que o melhor a se fazer, era tomar um banho para poder relaxar o corpo, e depois de o fazer, ler um livro para distrair a mente, pois não saberia quando Remus iria acordar, nem como seriam as coisas a partir daquele momento.

  [...]

  Sentindo um leve peso em seu peito, Lupin acordou lentamente, a pouca claridade da tarde invadindo pelas cortinas de forma que a luz incomodasse seus olhos.

  Olhando minimamente para deu peito, os cabelos castanhos com mexas claras roçava seu nariz, causando uma leve coceira.
  Os braços meio curtos jogados a cada lado de seu corpo, e uma respiração pesada e calma que o fez sorrir, ao ver seu menino deitado em seu peito dormindo feito um anjo.

  Mesmo com o corpo dolorido, não queria o tirar dali, Théo parecia tão tranquilo.

— Promete que não vai sumir de novo por tanto tempo assim? — a voz fraca da criança perguntou ao pai, que se surpreendeu ao ver que o filho não dormia mais.

— Eu prometo. Tentarei fazer o meu melhor para ficar com vocês. — disse calmo, acariciando os fios revoltos do menino.

— Por que você não me contou? — Théo se levantou, sentando ao lado de Remus, que o encarou confuso. — Você é um lobisomem. — disse simples.

  Lupin sentiu o corpo gelar em questão de segundos, o ar pareceu lhe faltar, e a voz vacilar.

— Eu.... Théo... Quem te contou? — o olhou preocupado.

— Eu sei que você me ensinou a não espionar os outros, mas eu queria saber porque você sumiu. Aí ouvi uma conversa do tio Severus e da tia Mione com o papai. Depois a Agnês me mostrou com os poderes dela. — desviou o olhar chateado, logo continuando. — É por isso que não quer me dar um irmãozinho? Porque você é um lobisomem?

— Eu... não poderia... — falou em um sussurro sentindo a tristeza o assolar. — Você é tão pequeno para entender, eu sou....

— Perigoso? — interrompeu o pai. — Eu não acho! Você cuida tão bem de mim, e o pai Sírius te ama tanto, assim como eu. — falou levando as mãos pequenas nos ombros de Remus. — Você não é mal, você é meu pai, e sei que não faria nada de mal a gente. — sorriu transmitindo conforto.

— Filho.... — as lágrimas corriam pelo rosto de Remus que olhava seu menino, vendo o quanto ele era maduro pela pouca idade que tinha, porém sua inocência ainda estava intacta. — Você é tão doce, merece mais do que um pai como eu que pode colocar você e seu pai em perigo.

— Não chora papai. Eu consigo sentir sua tristeza. — comentou levando uma das mãos ao peito, mostrando estar agoniado em tristeza. — O senhor está tão preocupado com seu lado irracional, que se esquece do quanto é importante pra mim e para o pai Sírius.

  Lupin não fazia idéia de onde Théo havia aprendido a falar tão bem, como se fosse um adulto. Aquilo o deixou extremamente orgulhoso, e um pouco aliviado, pois o menino não havia apresentado nenhuma relutância ao saber que ele era um lobisomem.

— Então.... você não tem medo de mim? — perguntou ao garoto que rapidamente arregalou os olhos e negando com a cabeça rapidamente.

— De jeito nenhum. Você é meu pai. — sorriu agora com as mãos no rosto do mais velho, que sorriu com o ato. — Não importa se você é um lobo, porque eu sei que você não faria nada de mal a ninguém. E mesmo que se fizesse, eu te amaria por igual. — falou a última frase baixo, um pouco sem jeito.

— Céus Théo.... Não poderia ter um filho mais perfeito que você. — sorriu puxando o garotinho para um abraço. — Eu te amo tanto.

— Eu te amo mais. — sorriu de volta para o pai, ambos olhando nos olhos um do outro.

  Quando se afastaram, o menino finalmente pode observar melhor o estado do pai.
  Remus estava com a barba média, os olhos já agora descansados, porém a palidez da pele evidenciando as noites em claro e a falta de um pouco de saúde.

  Os lábios continuavam vermelhos, mais entre eles uma cicatriz que se estendia até a maçã direita do rosto, enquanto o lado esquerdo também possuía duas cicatrizes, porém menores.

  Obviamente, não havia como notar, contudo além dos cortes e dores no corpo, haviam marcas roxas por todo o corpo. As noites não haviam sido nada fáceis.

  Vendo o estado do pai, Théo levou mais uma vez as mãos ao rosto do mais velho, ele apenas sorriu para Lupin antes de fechar os olhos.

  O bruxo de começo não entendeu nada, porém sentiu um leve calor percorrer seu corpo. Como seus olhos estavam abertos, pôde ver o fio azul resplandecente percorrer seu corpo, que aos poucos foi relaxando, fazendo sumir aquela dor que sentia antes.

  Um leve formigamento percorreu seu rosto, justo no mesmo local dos cortes, porém quando Théo se afastou, Remus passou as mãos na face, não sentindo mais as cicatrizes, elas haviam sumido.

  Antes que pudesse dizer algo, entender o que o filho havia feito, Lupin notou os olhos do menino que continham aquelas duas cores de antes, haviam mudado para o verde claro, iguais aos seus.

— O quê...como fez isso? — questionou impressionado. — Filho, seus olhos estão somente de uma cor.

  Levando as mãos ao rosto, Théo se assustou com o que o pai disse, porém bastou piscar os olhos num ato natural, que seus olhos voltaram a ser da mesma cor que antes, verdes e castanhos.
 

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    Remus on....

 
  Estava tão aliviado, não que minha preocupação houvesse sumido por completo, porém parte dela me deixava mais tranquilo, quando sabia que meu filho não me rejeitara por ser licantropo.

  Ainda estava tão confuso, mais agora não era pela situação complicada entre mim e Sírius, mais sim ao tentar entender como Théo havia feito o que fez.

  Tentaria entender, estudar sobre o assunto, até conversaria com quem fosse necessário para poder entender sua magia, mas por agora, tinha algo mais sério e importante a tratar.

  Depois que me levantei, tomei um banho trocando logo de roupa, Théo ainda estava no mesmo lugar, sentado no meio da cama, céus como eu amava aquele sorriso, seu rostinho inocente...
  Queria aproveitar o máximo o olhando, contudo Sírius veio em minha mente.

  Não sabia onde ele estava, nem mesmo o visto desde que acordei. Sequer ouvi barulhos pela casa, o que me custava a acreditar que ele estava por perto.

— Papai está na biblioteca lendo. — Théo comentou com um sorriso de orelha a orelha.

— Como sabe que.... — ele apenas me deu de ombros.

— Não sei ao certo, só senti que queria saber. — falou simples.

  [...]

  Esparramado na poltrona com um livro aberto no peito, Sírius cochilava pesadamente.
  Um sorriso se esticou por meu rosto ao ver o quão calmo ele estava, ele era tão bonito... Um homem elétrico, muitas das vezes impulsivo, mais o homem perfeito pra mim.

  Tínhamos tantas coisas para resolver, assuntos sérios a tratar. Gosto de pensar que se eu houvesse sido sincero com ele, não estaríamos nesta situação.

  Eu deveria ter o dito que sim, poderíamos ter adotado outra criança, porém me deixei levar tanto por um medo idiota contudo real.... Sei que em partes estava certo, mas se eu houvesse acreditado em mim mesmo, insistido em crer que nada iria acontecer.....

  Resmungos vindo de Sirius me tiraram dos pensamentos, e encostado no batente da porta, pude vê-lo acordar aos poucos.
 
  Talvez dormir na poltrona não tivesse sido uma boa idéia, visto que ele murmurava e tentava se espreguiçar para qualquer vestígios de desconforto sumisse.
  No demorou para que quando terminasse, seus olhos castanhos se direcionassem a mim.

  Me afastando do batente da porta, decidi tentar me aproximar calmamente, mas não tive tempo algum de me mover direito quando senti o impacto e seus braços rodearem meu corpo.

— Remus.... — sua voz saiu abafada. — Me desculpa! Me perdoe por ter..... Por Merlin você está bem? — se afastou eufórico tocando meu rosto e qualquer lugar que pudesse mostrar que estava machucado. — Seu rosto..... Oh Deus, me desculpe. — voltou a me abraçar.

  Eu nunca estive tão feliz em sentir seu corpo junto ao meu como agora. Sentia tanta falta de seus abraços, seu cheiro, sua voz....

  Senti a necessidade de o abraçar mais forte do que ele fazia, era tão reconfortante, tão bom...

— Tá tudo bem, tá tudo bem. — disse baixo apenas para ele ouvir. — Não peça desculpas, eu quem sumi, fui eu quem..... — antes que pudesse terminar de dizer alguma coisa, fui rapidamente afastado e cortado.

— Eu...eu não deveria ter te precionado. Não deveria ter discutido com você, ter jogado uma decisão assim..... Por Merlin Remus, somos melhores amigos, mais do que isso, um casal. Eu fui egoísta em pensar somente em mim e no que queria que esqueci de suas necessidades, de sua opinião em primeiro lugar. Me perdoe, eu imploro. — sua voz era de extremo nervoso, nunca havia o  visto assim, porém não podia o perdoar.

— Sírius, me ouça bem.... — levei minhas mãos em seu rosto. — Eu te amo, e não consigo me imaginar estar sem você, mas eu não posso te perdoar, não quando não há nada para ser perdoado. Ambos erramos, mais isso já passou, eu estou de volta, pra você, para o Théo e para os outros filhos que vamos ter..... Porque é isso que eu quero.

  Desta vez eu estava certo do que queria, enquanto via Sírius naquela poltrona ressonando, havia decidido que lutaria por mim mesmo, que não deixaria um medo idiota acabar com os sonhos do homem que me amava, com os meus sonhos.

  Eu estava disposto, mais do que isso, a realizar algo que deveria ter feito a muito tempo, que era consolidar meu desejo de ter Sírius apenas para mim, e de ter Théo como filho o que ele já era, porém faria da forma certa.

— O quê....o que quer dizer com...?

— Eu não posso mais viver com medo Sírius, não posso deixar algo tão ridículo como isso afetar meu lado desejoso por ter uma família, por ter mais filhos, e por ter um marido. Eu quero ser feliz, principalmente se for ao seu lado. Sei que é uma decisão preciptada, afinal eu acabei de decidir isso mas.... Eu te amo e não sei se isso pode esperar então..... Sírius Orion Black, case-se comigo para que possamos não só dizer e sim mostrar as pessoas que somos, seremos felizes. Com você eu quero ser um só, ter uma família. Eu te amo, e não posso viver sem você.

  Sei que não era um dos melhores pedidos que eu poderia fazer para ele, gostaria que tudo fosse em outras circunstâncias, mais eu não podia esperar, queria ter a certeza de que ele visse que sempre foi aquilo que eu desejava, que sempre foram meus planos.

— Sempre achei quem seria eu a te pedir em casamento. — disse com os olhos brilhosos e um sorriso divertido nos lábios. — Mais vindo de você é muito mais maravilhoso do que poderia imaginar.

— Então isso é um sim!?

— Óbvio que é um sim Aluado, sim, sim, sim e sim. Mil vezes sim. — senti mais uma vez seus braços rodearem meu pescoço, só que desta vez, seus lábios quentes e molhados pressionaram os meus, em um beijo lento e provocante.

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    Já era noite, e o casal se encontravam deitados na enorme cama que dividiam.
  Queriam muito trocar carícias, beijos e dormirem abraçados, porém não conseguiam, pois havia um pequeno corpo entre eles, que insistia em dormir com os dois aquela noite.

  Théo mesmo dormindo, fazia de tudo para grudar no corpo dos dois, o menino não poderia estar mais feliz pelos pais estarem bem agora, e depois de lhe contarem que iam se casar, o resto da tarde fôra cansativo, pois o pequeno não parava de pular em alegria.

  [...]

  No dia seguinte, tudo estava maravilhosamente bem, Remus e Sírius já haviam se resolvido, estavam felizes, pois a partir daquele momento, suas vidas finalmente começariam a caminhar de forma correta.

— Rapidamente achei estranho a forma que Théo apareceu na cozinha aquela manhã. Ele havia dito que Remus havia voltado para casa, mas não dizia como. — Severus falava enquanto olhava todos no escritório da mansão Black, as crianças brincavam no jardim.

— Dois dias antes, eu estava praticamente jogado no chão, esperando minha transformação chegar... Estava tão fraco, e desorientado que não consegui entender direito o que estava acontecendo, mais eu ouvi a voz de Théo. — Remus comentou olhando para o noivo que estava cada vez mais confuso. — Eu achei que poderia ser loucura da minha cabeça, mais era realmente ele, consegui vê-lo até por imagem e......

— Espera aí, então Théo teria um dom nato para legilimência? — Hermione que estava sentada, acariciando a barriga perguntou.

— Não exatamente legilimência, creio que algo acima disso. — Severus comentou se levantando, e olhando a filha e o filho pela janela do escritório, que dava em direção onde as crianças brincavam.

  Durante a tarde, Severus, Hermione e Agnês haviam surgido em Grimmauld, e depois de perguntar a Remus se ele estava bem, e depois de vários esclarecimentos, o assunto peculiar que ninguém entendia até então deu a brecha perfeita para Severus, que possuía a resposta.

— Legilimência é um feitiço que permite você entrar na mente de seja quem for, obviamente que ele pode ser feito a distância, assim como o Lorde das Trevas fazia com Potter, porém eles tinham uma ligação.

— Théo é nosso filho, temos uma ligação. Não temos? — Sírius questionou.

— É mais complexo que isso. Não estou dizendo que não possa ser a legilimência, afinal o garoto tem forte habilidade de extrair sentimentos, lembranças e memórias.

— Então....!? — Remus

— Você disse que estava procurando Sírius pela casa ontem, e Théo simplesmente lhe deu a resposta de sua localização... Ele não é só um bom legilimênte, ele é algo como.....uma 'antena'.

— Uma o quê? — os três na sala disseram em unissono.

— Uma 'antena' é legilimência, só que mais avançada. Conheci uma mulher com os mesmo dons.  Assim como ela, Théo pode ler mentes, conversar com qualquer um através delas, e principalmente sentir emoções apenas ao chegar perto de alguém. Creio que nem mesmo um bom oclumente possa escapar de alguém com tamanha habilidade. Principalmente quando Lupin nos contou que ele é capaz de projetar imagens através de sua capacidade.

  Todos ficaram em silêncio com o que Snape acabara de dizer, Théo não havia contado nada, Sírius sabia que desde Remus havia sumido, ele tinha sentimentos estranhos, vezes ficava irritado, outras tristes.... Mas não achou que poderia ser isso.

  Remus...! O rosto de Remus quando o viu dormindo.... Estava todo machucado, depois no escritório não estava mais, seria parte da magia florescendo no filho?

— Ele é tão novo, e possuí uma magia tão....

— Incrível e forte? — Severus sorrindo, interrompeu Lupin. — Pois é, nossas crianças estão crescendo.

— Você disse que Théo quem curou suas cicatrizes? — foi a vez de Hermione perguntar. — Como?

— Ele simplesmente colocou suas mãos em meu rosto, fechou os olhos e depois elas não estavam mais lá, até a dor que sentia sumiu. O curioso, foi que depois que ele abriu os olhos, eles não estavam mais verdes e castanhos, só, verdes.

— Céus, ele possuí poderes de cura também? — disse imprecionada.

— Talvez, quanto a cor dos olhos mudarem, faz parte da ligação que ele tem vocês, quanto a cura, porém não acho que ele possa o fazer com coisas grandes quer dizer, curar alguém prestes a morrer. — Severus comentou. — Mais voltando ao assunto inicial, vocês tem que ter em mente, que a ligação que Théo tem com vocês dois é tão forte quanto a que Hermione e eu temos. Ele sente tudo de ruim que possa acontecer com vocês, mais também coisas boas.

— Eu... Estou tão.... tão confuso. Quer dizer.... Meu filho está crescendo! — Sírius se mostrou emotivo.

— Nosso filho está crescendo amor! — Remus sorriu.

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— Eu posso saber, quem é a mulher que se referiu hoje mais cedo? — Hermione dizia zangada, a barriga de oito meses e meio apoiando o livro que antes lia.

— Como assim querida? — Severus fingiu não saber do que a amada fazia, se fazendo de desentendido quando sabia que ela estava com ciúmes.

— Você sabe do que estou falando, a mulher que disse que conheceu e que tem os mesmo dons de Théo. — bufou cruzando os braços.

  Severus não se aguentando, começou a rir do modo da noiva, então terminando de vestir a calça de moletom preta para dormir, ele se sentou ao lado dela, começando a acariciar seu rosto cheio e macio.

— Sei que está com ciúmes meu amorzinho, mais posso lhe garantir que não precisa. Éramos apenas amigos e nada mais do que isso.

— Huum sei, e onde a conheceu, qual o nome dela aliás? — curiosa e irritada.

— Nos conhecemos em um feira de buticas em Baltimore, no mundo trouxa. Eu estava procurando ingredientes para poções. Tinha vinte e sete na época e ela vinte e três. Ela se chamava Queenie Goldstein, e para seu alívio, ela é até agora, apaixonada por um trouxa, que diga se de passagem, tem os melhores bolinhos numa padaria em Nova York.

  O rosto de Hermione suavizou por um momento, estava mais do que aliviada por saber a relação dos dois, mais algo ainda a incomodava, e Snape como não era bobo, notou.

— Antes que pergunte... Não! Nunca tivemos nada.

— Como sabe que eu ia perguntar se....

— Eu lhe conheço muito bem minha sabe tudo. — sorriu depositando um leve beijo na ponta do nariz da cacheada.
 

  [...]

— Acho que essas roupas ficaram pequenas pra você. — Lupin olhava para Théo, que sorria ao ver que suas calças estavam curtas demais.

— Quando foi que você esticou tanto assim? — foi a vez de Sírius que sorria orgulhoso.

— Isso significa que preciso de roupas novas? — o menino perguntou extasiado com a possibilidade.

— Sim. Mas por que está tão feliz por ter que comprar roupas novas? — questionou o filho.

— O vô Dumbledore disse, que existe um orfanato para crianças que são como a gente, e muitas delas não tem roupas boas. Podíamos doar, não acha? — perguntou esperançoso.

— Não é uma idéia ruim! — Aluado sorriu, enquanto seguia até o guarda-roupas do filho, tirando de lá várias mudas de roupas. — O que acha amor?

— Eu não poderia ter uma idéia melhor. — Sírius sorriu se levantando num pulo, e ajudando o noivo a fazer Théo esperimentar as roupas para ver quais ainda serviam, e quais seriam doadas.

  [...]

  Em frente ao casarão de cores pasteis, o casal acompanhado do filho aparataram. O lugar era bem diferente do que eles imaginariam, porém não erraram em nada quando pensaram que seria um ambiente alegre, e cheio de crianças correndo e brincando por todos os lados.

  Para poderem chegar de fato na casa de época, precisavam percorrer um caminho de pedras, onde em volta, haviam arbustos floridos, e no gramado mais adentro, árvores grandes e verdes.

  Olhinhos curiosos os encaravam enquanto se aproximavam do lugar, eram crianças, lindas e graciosas crianças.

— Posso ajudá-los senhores? — a voz de uma senhora, de cabelos brancos e pretos os recebeu, ela estava bem vestida assim como as crianças.

— Acho que sim. Me chamo Remus Lupin e esse são meu noivo Sírius e meu filho Théo. — apresentou a todos.

— É um prazer conhecê-los. Me chamo Margarett Jenkins. — sorriu.

— Nós... Bem, meu filho possuí roupas que não lhe cabem mais, e era seu desejo doá-las para quem necessitasse.

  A mulher abrindo a boca em um "o" mostrando surpresa, não conteve uma pequena lágrima que escorreu por seu rosto.

— Não sabe o quanto é bom ouvir isso, por favor me acompanhem. — e seguindo a velha, ela se dispoz a falar mais uma vez. — Sabe, dificilmente pessoas boas como vocês aparecem para fazer doações. Depois da guerra, as coisas pioraram. Como podem ver, nosso orfanato é um lugar lindo, as crianças tem vestimentas boas, e o que comer, mas infelizmente só quando o ministério se dispõe a ajudar. No caso de vocês, chegaram no momento certo em que depois de dez anos, o ministério resolveu dar as caras e fazer reformas e ajudar as crianças. Sabe se Deus lá, quando eles o farão novamente.

— Isso é horrível. E quando o ministério some, o que vocês fazem? — Sírius questionou.

— Bem, conseguimos nos virar com poucas doações, uma delas vem de Lucius Malfoy que devo dizer, se tornou uma boa pessoa apesar de tudo. Até Albus Dumbledore nos ajuda no que pode, mais são tantas crianças quê..... Podem deixar essas roupas em cima desta mesa. — mudou de assunto rapidamente.

— Eu sinto muito por tudo isso. — Remus disse.

— Eu também, mais pelo menos essas crianças tem onde morar.

  Naquele momento, Théo já havia de afastado dos pais, indo para o mesmo lugar onde aparataram e encontraram crianças brincando no jardim.

  Enquanto isso, a senhora mostrava todos os lugares do orfanato para os bruxos, que sorriam pois a cada cômodo havia uma criança diferente.

— Muitas crianças são adotadas aqui?

— Nisso não tenho o que reclamar, há muitos casais iguais a vocês que tem a bondade e o amor por quererem adotar essas crianças, a casais normais também.... Mas diferente do mundo trouxa, eles preferem adotar os mais grandinhos enquanto os pequenos ficam sob nossos cuidados até completarem três ou quatro anos.

  Enquanto passavam por alguns quartos, o casal olhava algumas crianças que brincavam em um tapete felpudo no chão, eram tão adoráveis, que fez com que o coração de Remus palpitasse.

  Sírius estava mais a frente, acompanhando a velha mulher, que o guiou até outro quarto, onde havia quatro berços, dois deles estavam vazios, enquanto os outros dois, haviam duas crianças, um garotinho de feições asiáticas e cabelos pretos, não tinha menos de um ano. Enquanto no outro, um garotinho de cabelos extremamente ruivos que facilmente poderia ser confundido a um Weasley, que dormia calmamente. Este já aparentava ter no máximo dois anos.

  Quando Remus se aproximou do noivo e da mulher, olhando as crianças, ela finalmente pôs a se falar quando o pequeno garotinho de cabelos pretos esticou os bracinhos para Sírius, que não hesitou em pegá-lo no colo.

— Encontramos nosso pequeno Izolino no último inverno que tivemos, ele foi deixado na porta do orfanato, coberto por uma manta e nada mais além de uma carta.

— Isso é terrível, como alguém tem coragem de fazer algo assim? — Remus questionou.

— Espera.... Izolino? Desculpe mas, que tipo de nome ridículo é esse? — Sírius argumentou fazendo uma careta feia.

  A mulher rindo da forma do bruxo, também concordou que aquilo jamais poderia ser um nome, porém se tratava mais do que ele significava e não do som que transmitia.

— Bem, todos os crianças principalmente os meninos recebem esse nome, ele significa "sozinha, solitário" é como uma marca. Fazemos isso, na esperança que pessoas como vocês, os adotem e os coloquem nomes bonitos e significativos, e claro, que os dê muito amor e carinho, como no caso de Linus, ele fôra adotado e recebera esse nome. — comentou sobre a criança ruiva que dormia.

  Olhando o pequeno garotinho nos braços de Sírius, Lupin sorriu ao ver que a criança se divertia com os cachos do noivo, sem falar que deslizava os dedinhos minúsculos pelos pequenos riscos aparentes das tatuagens que Sírius possuía.

  O pequeno era bem agitado, logo não se contentando em ficar só nos braços do bruxo, fazendo seu corpinho pender em direção a Remus, que sorriu com o gesto o pegando agora em seu colo.

  O casal até se esqueceu de que a velha ainda estava alí, estavam tão envolvidos com o menino, que nem perceberam que Théo havia surgido, estava um pouco sujo por ter brincado no gramado do local.
  Seus olhos brilharam quando viu os pais com outra criança no colo, ele não era um menino ciumento, e ver aquela cena, só o trouxe aquela antiga vontade de ter um irmãozinho.

— Vocês vão levá-lo pra casa? — perguntou esperançoso, tirando os pais do mundo da lua que estavam com a criança pequena.

  Sírius não soube o que responder, ainda era seu desejo, mas não diria nada em respeito a Remus, pois o assunto já os causaram grandes problemas.
  Quando o viu, seu coração se acelerou por completo, Black assim como aconteceu com Théo, havia se encantado pela criança, já havia até mesmo se apegado demais a ela mesmo em pouco tempo, mas não queria apressar mais as coisas com Remus.

  Por outro lado, o licantropo sorriu abertamente, o bebê havia grudado nele de uma forma que era impossível o fazer soltar.
  Estava sim um pouco temeroso, mais não pelos motivos antigos, e sim, por temer que alguém já houvesse o adotado. Mais ele ainda tinha aquele novo ridículo não tinha? Então provavelmente não.

— Eu...eu simplesmente não vejo porque não adotar mais uma criança, um irmãozinho para o Théo! — falou olhando para Sírius que arregalou os olhos não acreditando no que ouvia.

— Você está...falando sério? — sorriu bobo imaginando que poderiam sim levar o pequeno com eles.

— Eu lhe disse que quero fazer as coisas certas desta vez, que quero aumentar nossa família. Então sim, estou falando sério. Sem falar que me apaixonei nesses olhinhos de jabuticaba que ele tem. — sorriu dando um beijo na testa da criança que sorriu.

— Eu vou ter um irmãozinho? — Théo comentou eufórico. — Esse é o dia mais feliz da minha vida. A Agnês vai adorar saber disso. — pulou em alegria, mais logo parou se lembrando da outra criança na sala que dormia.

— Como o processo de adoção funciona? — Remus se virou para a velha, que antes de voltar a conversar com eles, enxugava uma lágrima de emoção e felicidade.

— Oh...me desculpem, sou só uma velha emocionada. — sorriu se recompondo. — Por favor me sigam, podem trazê-lo se quiser. — sorriu apontando pra criança que permanecia agarrado ao pescoço de Remus.

  [...]

— Então só precisamos assinar esses papéis? —  Almofadinhas perguntou surpreso por não existir tanta burocracia.

— Sim, somente isso. Claro que o ministério irá julgá-los se são aptos para a adoção, mais isso não levará muito tempo. E quando acontecer, vocês poderão vir buscá-lo, já com a certidão de nascimento, e todos os documentos prontos, alegando a paternidade, e claro, sugiro que comecem a pensar em um nome. — sorriu vendo que dali surgiria uma família linda.

  Quando estavam prestes a irem embora, com Théo se recusando a deixar o novo irmão para trás, um som incomodou Remus, que ficou inquieto.
  Seu ouvido estava tão sensível com sons ultimamente, efeitos colaterais de sua transformação.

— Que som é esse? — perguntou olhando para os lados.

— Não estamos ouvindo nada. — Black comentou.

— Está tudo bem senhor Lupin? - a velha perguntou.

— Acho que deve ser impressão a minha.

  E mais uma vez, quando estavam prestes a partir, o mesmo som veio com força total até os ouvidos de Remus, que saiu andando de volta ao enorme casarão, seguindo o som desconhecido.

  Théo foi o primeiro a seguir o pai, quem sabe ele não estava voltando para pegar seu novo irmão para levarem embora?
  Sírius e Margarett seguiram a passos rápidos o lupino, sendo difícil o alcançar por seu passos rápidos, contudo, quando acharam que haviam o perdido de vista, o encontrou dentro de um quarto com tons em rosa claro.

  No local, havia apenas dois berços, apenas um estava ocupado, e era por uma bebê, que não parava de chorar e resmungar.
 

— Esse era o som que estava ouvindo. — disse para os presentes ali.

  A pequena não parava de chorar, porém bastou Remus a pegar no colo, que o silêncio reinou no ambiente, e logo a garotinha adormeceu, pelo cansaço e fadiga de um choro que demorou a cessar.

  Ninguém disse nada, a cena por si só já explicava tudo. Lupin não queria voltar a criança no berço novamente, e seu olhos não desgrudavam da criança.

— Ela é tão fofinha. — Théo se aproximou de Remus, que se abaixou para o filho poder vê-la melhor.

— Acha que seu pai irá aceitar mais um membro na família, no mesmo dia? — ele sussurrou para Théo, que arregalou os olhos com o que o pai falou, mais logo sorriu.

— Talvez? — sorriu.

— O que acha querido? Poderíamos a adotar também? Eu...eu me encantei e não sei se posso deixá-la aqui. — fez bico.

  Remus havia sentido uma conexão tão forte quando segurou a pequena garotinha, assim como o pequeno garotinho, porém um pouco mais forte.
  Ele detestava a idéia de deixá-los lá, e esperar para poder levá-los embora, adoraria todas as crianças dali se possível.

— Eu não poderia querer outra coisa ao seu lado. — respondeu.

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  Dois dias passados, o casal de marotos mais o pequeno Théo, se viam em frente a mansão Prince, lugar onde eles foram para contar de primeira mão, que adotariam duas lindas crianças.

  Era importante, principalmente para Lupin, que Severus e Hermione soubessem da notícia, pois não havia outras pessoas no mundo, que não tivessem mais o apoiado e o ajudado, independente do passado.

  Sírius não poderia negar isso a ele, afinal, também tinha um apreço enorme para com o casal, e também se encontrava muito animado, por saberem que iriam oferecer a eles, a honra de serem padrinhos de seus filhos.

  Théo era o mais animado, pois adorava Snape, mesmo o homem se mostrando autoritário. Assim como cedia aos agrados da filha, sempre acabava cedendo aos de Théo, que era uma criança que não ligava se Severus era ou não rígido.

  [...]

— Então...qual a surpresa que tanto querem nos contar. — Hermione faltava subir pelas paredes de curiosidade.

— okay, vamos dizer, mais por Merlin, não vai surtar. — Remus falou, rindo de Severus que revirava os olhos por tamanha enrolação.

— Remus e eu vamos adotar duas crianças. Teremos mais dois filhos. — Sírius não se aguentou e disse num rompante, mostrando sua extrema alegria.

— Na verdade já adotamos, porém estamos esperando os papéis chegaram do ministério para irmos buscá-los. — continuou o Aluado.

— Ahh eu não acredito! — Hermione deu um grito estérico, gostaria de poder se levantar e pular de alegria mais a barriga não permitia. — Ahh me dêem um abraço, eu sabia que vocês iriam se acertar e aumentar essa família.

— Meu parabéns Black, terá muito trabalho pela frente agora. — Severus zombou enquanto apertava as mãos do cacheado.

— Nem me diga, mais valerá a pena. — sorriu.

— Eu vou ter pliminhos uhuuuuuu. — Agnês gritou fazendo todos rirem de sua empolgação, pois agora seriam ela, Théo, seu irmãozinho que estava para chegar, e os dois novos irmãos de Théo.

— Nós....assim como vocês nos deram a honra de sermos padrinhos de Agnês, queríamos que fossem de nossos filhos. Harry será padrinho do nosso pequeno garotinho que está para chegar. Mais quanto a você e Hermione Severus, queremos que sejam padrinhos de Théo e da nossa garotinha.

  [...]

— Estou tão ansioso! — Sírius comentava enquanto encarava o teto de seu quarto.

  Já era noite, e ambos os marotos não conseguiam dormir por antecipação, a carta que tanto esperavam estava para chegar na manhã seguinte, e dormir estava sendo complicado, pois estavam tão ansiosos...

— Isso significa que não consegue dormir? — perguntou Remus olhando para o amado de forma serena e maliciosa. — Pois se for isso, sei exatamente como aproveitar esse tempo. — sorriu ladino.

— Você não presta não é mesmo!? — riu se levantando e sentando no colo de Remus, que o olhou torto. — Mais confesso que a idéia não é ruim.

— Sabia que iria gostar amor. — sem dizer mais nada, os lábios finos e vermelhos de Lupin foram para o pescoço moreno de Sírius, que arfou com o toque.

  Os beijos eram quentes e úmidos, os lábios roçando a pele num toque suave, que aos poucos iam se intensificando.

  Ao se afastar, o cacheado segurou o rosto do castanho com as mãos, logo levando seus lábios aos deles, que não importava a situação, onde ou quando estavam, sempre tinham aquele sabor doce e prazeroso de chocolate.

  As mãos de Remus percorriam o corpo de Sírius calmamente, suas mãos frias arrepiando o corpo do animagus quando em contato com a pele quente, qual ele segurou por debaixo da camisa que ele usava.

  Nada era usado de extrema pressa, eles só queriam aproveitar de cada sensação o mais tempo possível, sem pressa alguma.
  As mãos deslizaram pelas costas até a cintura mais uma vez, os dedos se enrolando na barra da camisa, logo a tirando pelos braços.

  Céus como Remus amava ver Sírius sem camisa, o corpo apesar de não muito musculosos, era perfeito, as linhas tênues e marcantes que o deixava etraente e as tatuagens que ele adorava beijar, uma por uma.

— Eu te amo tanto Remus... — disse em um sussurro quando sentiu os lábios do licantropo mais uma vez em sua clavícula, deixando leves mordidas e chupões.

— Eu te amo Sírius. — também sussurrou.

  As carícias agradavam ambos os homens, mais eles não negariam que necessitavam de mais contato, de mais pegada e mais calor humano.
  Tudo ainda era feito de forma calma, com amor e carinho, mais isso não impedia que Sirius arranhasse as costas de Lupin e gritasse alto pelo extremo prazer que eles se davam.

  O quarto estava protegido por magia, porém mesmo com tal feito, eles temiam pelo barulho que faziam, inclusive pelos corpos suados se chocando um ao outro, provocando um som provocador e luxurioso do pecado carnal.

  Black sentia que iria infartar com tamanho prazer que recebia, ter Remus dentro de si era o verdadeiro paraíso, ele era tão grande, e parecia ficar ainda maior a cada investida que dava.

  As mãos ágeis e grossas do lupino faziam um ótimo trabalho em seu comprimento, conforme as estocadas, firmes e duras, sua mão deslizando rápido e firme o falo grosso e pulsante.

— Ohhhh Remus..... — gemendo sentindo o corpo vibrar com a sensação de um gozo próximo.

  A cada gemido, Lupin estocava cada vez mais forte e duro, sua mão se movimentando de cima abaixo o membro de Black que agarrava os lençóis.

  Sirius se remexeu no acolchoado quando fôra penetrado profundamente, fazendo-o morder o lábio inferior para conter os gemidos que insistiam em sair de seus lábios.

- Não se contenha, eu quero ouvi-lo... - pediu, movendo o quadril outra vez, obrigando o outro a gemer mais uma vez pela sensação deliciosa que o invadia por dentro.

  O homem nada respondeu, apenas fechou os olhos e puxou Lupin pela nuca, unindo seus lábios,  demonstrando através de seu beijo o seu imenso desejo por mais e mais.

  O mais novo que não era bobo nem nada, devolveu na mesma intensidade, deslizando as mãos pelo tórax tatuado despido que estava quente e suado, deixando a imagem daquele com quem ia pra cama mais sensual ao seu ver.

  Olha-lo com roupas era bom, mas despido... Era a perdição daquele pobre lobisomen. Nem tal ser místico resistia a esse tipo de tentação.

  Remus separando os lábios dos de Sírius, colocou o rosto na curvatura do pescoço do mais velho, depositando beijos daquela região ao seu ombro direito, onde deixou uma mordida junto de um chupão.

  Como reação, Sirius gemeu sentindo os olhos marejarem, dor e prazer se unindo. Sua voz deixou Remus ainda mais excitado - se é que aquilo era possível.

— Remus....oahhhh.... — gemeu rouco, não sabia se iria aguentar por mais tempo.

— Tão gostoso... — o lobisomem gemeu baixo e rouco. — Tão meu...aohhhhh.

  O lobisomen desejava mais do que tudo possui-lo, mesmo já o pertencendo ao entrar e sair dentro de si.
  Ao ver aquela expressão desesperada para que fosse fundo e forte.
  Ao toca-lo e ouvir seu nome sair dos lábios alheios, e ao ver seu rosto logo depois de se desfazer em seu pau duro, que logo se desfez dentro do amado.

  Ainda ofegante, Lupin permaneceu dentro do noivo antes de se jogar ao seu lado, e puxar o tatuado para cima de seu corpo, logo, não demorou para adormecerem.

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  Na manhã seguinte, Remus, Sírius e Théo não esperaram o café da manhã, para logo aparatarem juntos em frente ao casarão do orfanato, onde Margarett os esperavam de braços abertos.

  Não demorando, ela logo os levou parra dentro do lugar, onde os guiou até uma sala, onde crianças brincavam, e entre elas, o pequeno garotinho que eles adotaram.

  Outra funcionária do orfanato, logo apareceu com a pequena bebezinha em seus braços, ela dormia, enrolada em uma manta fofa e bege.

— Eu não acredito que isso está acontecendo! — Sírius disse animado.

— Nosso filhos. — Remus completou pegando a garotinha nos braços.

  Não resistindo, Sírius se aproximou do pequeno garotinho, quando este viu o bruxo mais velho, esticou um sorriso com seus pequenos dentinhos a mostra.

  O pegando no colo, voltou para perto do filho e do noivo, que sorriram animados.

— Qual o nome deles? — Théo todo inocente perguntou.

— Quer dar um nome a um deles? — Remus perguntou.

— Maya! Podemos colocar esse nome nela? — olhou para a irmãzinha que dormia.

— É um nome lindo filho.

— Obrigado. — sorriu cutucando os dedos um nos outros. — Mas e ele?

  Sírius e Remus se olhando por um momento, sorriram animados, e como se lessem a mente um do outro, responderam em unissono.

— Navíh! — o garotinho quando recebeu seu novo nome, sorriu mais uma vez, uma risada adorável.

— Isso é um sonho! — Remus comentou.

— São nossos filhos amor! Théo, Navíh e Maya Lupin Black. Não poderiam ser mais perfeitos.

  [...]
 

— Você poderia ir logo tomar esse bendito banho? — Severus se mostrava sem paciência, enquanto Liang que estava ao seu lado, era mais calmo, e tentava a todo custo fazer com que Sírius fizesse o que queriam.

— Não antes de me dizerem o que está acontecendo lá embaixo. — Black argumentou, e se não fosse pelo LeBlanc, Severus teria lhe lançado um avada.

— Por Salazar, deixe de ser curioso pelo menos uma vez na vida, e vá logo se arrumar. Caso contrário, se eu voltar aqui e não estiver pronto, esqueço que nos tornamos amigos e acabo com você. — Snape rugiu, fazendo o cacheado sorrir e se render.

  Ainda curioso, Sírius correu para o banheiro de seu quarto, meia hora depois saindo dele com os cabelos úmidos e a toalha na cintura.

  Seu rosto se contraiu num sorriso ao ver as mudas de roupas em cima da cama, no tom azul, havia um terno e sapatos pretos, para completar a vestimenta, um colete em azul pastel.

  Depois de se arrumar, estava prestes a sair do quarto para ver o que acontecia no andar de baixo, porém mal abriu a porta, e se deparou com Snape, que estava vestido todo de preto, e com Navíh todo de branco em seus braços.

— Bem que dizem que a noiva sempre demora mais nos casamentos, não é mesmo!? — zombou, entregando a criança ao pai.

— O quê..? Casamento? — perguntou nervoso.

  Não dizendo mais nada, Severus apenas se virou e saiu andando, logo Black o seguia com o filho no colo.

  Navíh falava muito pouco, e não era pra tanto já que ele tinha apenas dez meses, porém o pouco que tentava, era possível de o entender, por isso não deixou de achar graça, quando o pequeno tentava dizer a palavra 'casamento', porém de uma forma super errada. 

  Então, assim que desceram as escadarias, o animagus viu que a casa estava em completo silêncio, exceto é claro, pelos jardins atrás de sua casa, de onde vinham murmúrios e risadas de felicidade.

  Assim que abriu a porta que se direcionava ao jardim, Sírius pôde ver todos seus amigos sentados nos bancos rústicos de madeira no meio do jardim.
  Entre eles, havia um espaço para que ele caminhasse até o altar, onde Remus se encontrava com um sorriso maroto ao lado de Dumbledore.

  De um lado, a família Weasley se encontrava mais do que feliz, enquanto do outro, se encontravam Hermione e Severus que acabava de se juntar a ela.
  Elizabeth e Liang também estavam alí obviamente, e não menos importante, Minerva, que o olhava sorrindo.

  Seus olhos estavam encharcados de lágrimas, não podia acreditar no que via, muito menos que este dia chegaria tão rápido, depois ele se lembraria de matar Remus por ter feito tudo sem ele. Contudo, era a melhor surpresa de sua vida.

  Fora os convidados planejados, no jardim bem organizado com flores brancas, haviam músicos clássicos, que assim que Elizabeth se aproximou para pegar Navíh de seus braços, começaram a tocar uma música calma e melodiosa, dando a entender a Sírius que ele deveria caminhar até seu noivo.

  Contudo, antes mesmo que pudesse dar um passo, sentiu suas duas mãos serem tomadas por duas pequenas.
  De seu lado direito, Théo segurava sua mão, enquanto do esquerdo, Agnês fazia o mesmo.

— Não vamos deixar você ir sozinho padlinho! — a menininha comentou baixinho, dando um leve piscar ao padrinho.

— Você sabia disso e não me contou? — perguntou agora ao filho.

— Era surpresa, e o papai quem pediu que não dissesse. — sorriu.

  Olhando para frente, respirando fundo, finalmente Black começou a caminhar, com o filho e a afilhada o acompanhando.

  Todos o olhavam sorrindo, e não era de menos, pois o casal estava feliz, e era um momento para se comemorar.
  Quando estava próximo ao altar, Sírius faltou chorar ao ver Harry sentado na primeira fileira, ele estava tão feliz pelos marotos.

  Assim que fôra entregue para Remus, ele subiu ao altar, e segurando as mãos do noivo, ele sorriu, seus olhos brilhando.
  Remus estava tão bonito quanto Sírius, seu terno era azul pastel, bem mais claro do que do bruxo a sua frente, porém não estava menos belo que o parceiro.

— Gostou da surpresa? — o castanho perguntou, um sorriso enorme tomava conta de seu rosto.

— Eu te mataria por ter feito isso sem mim, mais está tudo tão perfeito. — sorriu de volta.

  Estavam tão atentos um no outro, tão envolvidos naquele momento, que se esqueceram que para selarem o matrimônio, precisariam começá-lo. Por isso, Dumbledore tomou partida, tirando o casal da bolha de amor em que estavam.

— Costuma-se dar o nome de amor verdadeiro a um sentimento muito forte de afeto entre duas pessoas. Esse sentimento é tão intenso que é capaz de unir essas duas pessoas sob quaisquer circunstâncias, mesmo diante das maiores dificuldades e provações. Assim, é com vocês dois. — olhou para Sírius e Remus, que tinam sorrisos emocionados nos rostos.

— Desde sempre, soube que o companheirismo de vocês, a amizade era muito mais do que só algo entre amigos. Vocês passaram por tantas coisas, que não vejo motivos para que não possam finalmente ser felizes. Gosto de pensar quê, embora venhamos de lugares diferentes, falemos línguas diferentes, nossos corações batem como um só. E nesta tarde, é isso que irá acontecer quando aceitarem o amor um do outro. Vocês serão um só, seus corações se tornarão um só, porém, com mais amor do que imaginam. — lágrimas caíam naquele momento, todos estavam emocionados.

— Peço perdão pelas palavras demoradas deste velho, porém tenho imenso orgulho de presenciar a felicidade de um casal qual tive a honra de conhecer desde pequenos. Bem.... Queria poder dizer muito mais, porém creio que vocês queiram oficializar este momento logo. — todos riram do modo que o velho falava.

— Então.... Remus John Lupin, em nome da lei dos homens, e de tudo o que você acredita, promete amar, respeitar, honrar e proteger Sírius Orion Black, até o último dia de suas vidas?

— Eu não poderia querer outra coisa. Sim, eu aceito. — respondeu, soltando uma das mãos de Sírius, para poder enxugar uma lágrima que caía.

— Sírius Orion Black, em nome da lei dos homens, e de tudo o que você acredita, promete amar, respeitar, honrar e proteger Remus John Lupin, até o último dia de suas vidas?

— Para toda a minha vida, sim. — sorriu sentindo o corpo tremer em ansiedade pela oficialização do matrimônio.

— Então com o poder e honra a mim dados, os declaro casados. — logo o casal trocou as alianças... — Podem bei...... — e antes mesmo que Albus terminasse sua fala, Sírius puxou Remus pelas mãos, logo o beijando, não esperando a ordem para o fazer.

  Todos riram com a atitude do homem, e felizes pela nova união, festejaram com abraços e felicitações.
  A festa foi seguida com muita música e brincadeiras, e o casal não poderia estar mais feliz com a união.

  Além de agora casados, tinham três filhos lindos. Théo com seus nove anos, Navíh com dez meses e Maya, que fizera três meses dias atrás.

— Assim como disse no dia em que me pediu em casamento, eu repito agora. Sempre achei que eu o pediria para se casar comigo. Mais como você é perfeito, não demorou para o fazer primeiro. — Sírius sorriu enquanto olhava todos dançando pelo jardim. Navíh dormia no colo de Remus enquanto Maya dormia no seu, Théo corria com Agnês por todo o jardim.

— Eu te amo demais Almofadinhas, não poderia perder a chance de te ter todo pra mim. — sorriu encarando o marido.

— Também te amo Aluado, e jamais perderia a chance de ser seu. — sorriu se aproximando com cuidado do marido, e lhe dando um selinho demorado.

 

   Capítulo feito por: 007_Aylin

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Até o próximo 💚

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   007_Aylin

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