Capítulo - 45
Na mansão dos Black, o clima parecia desigual. Não que Sírius e Lupin estivessem indiferentes um ao outro, eles sempre que podiam conversavam, o que era quase sempre.
Porém, muitas das vezes Sírius se via irritado com pouca coisa, o que deixava Remus também irritado, e às vezes acabavam por discutirem.
O casal apesar de tudo, se amava por demais, então sempre que podiam jamais iam dormir brigados.
Théo, mesmo com seus novos anos, era inteligente o suficiente para saber que havia algo errado. Claro, ele achava divertido como os pais brigavam por coisas bobas e logo estavam rindo da situação, porém conhecia Sírius o suficiente para saber que o pai estava chateado, não só ele como Remus também.
— Papai? — chamou o animago que estava no enorme e espaçoso quintal, acariciando bicuço que fazia parte da família a um bom tempo.
— Diga meu pequeno padfoot! — sorriu se virando para o filho, que sempre sorria abertamente quando o pai o chamava de seu apelido de maroto.
— Tudo bem? — perguntou educado.
— Bem melhor agora. — sorriu para o filho. — Em que seu velho pai pode te ajudar? Se bem te conheço, quer perguntar algo. — se aproximou do menino, o pegando e o jogando nos ombros. O garoto podia ter noventa anos, e Sírius sempre o trataria como seu menininho.
— O senhor me conhece tão bem. — sorriu enquanto Sírius corria um pouco com ele, brincando de cavalinho. — Eu queria perguntar algo sim.
Então, parando em uma mesa rústica de madeira que ficava no jardim, Black colocou o garoto sentado nela, logo se sentando no banco, ficando um pouco mais baixo que o menino.
— Pois bem, me diga o que quer saber. — os olhos castanhos olhavam para os coloridos do menino.
— Bem... — não sabia por onde começar, cutucando os dedos um nos outros em nervosismo. — Primeiro, de onde saem os bebês? Porque a tia Mione está meio gordinha, mas eu não faço idéia de como o irmãozinho da Boo foi parar lá. — disse curioso.
Sírius tinha certeza que se estivesse com algo na boca, acabaria se engasgando, no máximo colocaria tudo para fora.
Nunca pensou que chegaria o dia em que teria de responder algo do tipo, mas havia chegado.
O pior, era que Remus nem estava em casa, caso contrário poderia o ajudar já que sempre levou mais jeito com crianças, porém, Black não conseguia imaginar em como inventaria uma mentira branca para contar ao filho.
— Bem....eu....eu.... Se lembra daquelas sementinhas que você e Agnês plantaram aqui no jardim semana passada? — tá, Sírius não estava sendo nada verdadeiro, muito menos racional, porém não iria estragar a inocência do garoto.
— Lembro sim, eram sementinhas de uva. — sorriu balançando os pés. — O senhor disse que precisávamos plantar elas para poderem crescer.
— Sim, isso mesmo! — sorriu. — A questão, é que a tia Hermione engoliu uma sementinha, aí....
— Mais como ele vai sair de lá? — disse assustado.
— Do mesmo jeito que entrou. — Sírius se repreendeu pela besteira que se passou em sua mente.
— Acho quê, o que seu pai está tentando dizer Théo, é que assim como você fez para plantar aquelas sementinhas de uva, a tia Hermione fez para ter o irmãozinho ou irmãzinha da Agnês. A diferença, é que a semente não é de uva. — Lupin que ouvia rindo de tudo que o namorado falava pela porta de entrada do jardim, resolveu dar uma ajuda, já que percebeu que o amado estava em apuros.
— Ahh acho que entendi. — sorriu. — Posso fazer outra pergunta? — olhou para os pais, que agora estavam um ao lado do outro.
— Claro. — Remus perguntou.
— Por que vocês não plantam uma sementinha igual a tia Mione, e me dão um irmãozinho? — voltou a cutucar os dedos. — A Boo disse que o tio Severus e a tia Hermione a deram um irmão sem ela pedir. Agora eu estou pedindo.
Sírius sentiu que se levasse um tapa na cara, ou lhe lançassem um crucius, a dor não seria tanta quanto sentiu agora.
Seus pensamentos o levaram em dias passados, qual brigou com Lupin sobre o assunto, e até agora ele não havia lhe dado uma resposta.
Amava Remus, mais do que tudo. Porém estava cansado de levar uma vida sem compromissos, estavam juntos, mas não eram casados, tinham Théo que faziam de suas vidas mais felizes, porém não tinha certeza se Lupin gostaria de aumentar aquela família. Sequer sabia se eram uma família.
Por outro lado, Lupin sentiu um aperto no peito. O filho sentia falta de alguém para brincar. Não que não houvesse Agnês, porém até o filho sentia falta de uma família maior.
Remus se sentia péssimo por não poder dar isso a ele, pois sempre que pensava no assunto, o passado voltava a tona, e ele iria odiar se Théo descobrisse quem ele era de verdade, e odiaria mais ainda se tivessem mais filhos, e estes o odiasse por ser um lobisomem que já fez mal a muitas pessoas.
O maroto ainda tinha medo, medo de machucar todos a sua volta, mesmo Sírius o garantindo que isso nunca aconteceria. E se algum dia se descontrolasse? O que faria se voltasse a sua forma humana e visse as pessoas que mais ama mortas?
— Querido, as coisas não são tão fáceis para mim, para nós! — comentou com um nó na garganta. — Eu te amo demais, e por mim lhe daria tudo o que tanto quer, mas....
— Tudo bem então.... — o garoto interrompeu não insistindo. Foi a única coisa que ele disse, antes de descer da mesa e correr para dentro da casa, chateado.
Sírius até então estava quieto, suas feições estavam sérias, e Remus notou isso, não precisando nem perguntar.
— Querido.... — tentou falar algo mas Sírius foi mais rápido.
— Quando discutimos sobre o assunto aquela noite, você disse que iria pensar. — sua voz era séria. — Já se passaram dias, malditas semanas, e nada. Nada!
— Você sabe o porquê de não lhe dar uma resposta, sabe do que tenho medo, eu não posso.....
— Pode! Pode sim porque você já se provou ser um pai maravilhoso quando adotamos o Théo. Desde sua última recaída a dois anos atrás, na qual Severus te ajudou, você nunca mais teve crises, nunca tivemos problemas.... E as poções que ele faz que te ajudam? Isso não conta?
— Eu às tomo mas de que adianta? Toda lua cheia ainda me transformo, e se um dia não conseguir evitar e acabar vindo para cá? Eu não suportaria ver minha família, as pessoas que amo sem vida. Principalmente por minha culpa.
— Às vezes me recuso a acreditar que este é o único motivo. Por que se vivemos bem com o Théo, poderíamos viver bem com outra criança, aliás, se não quer ter outro filho, é só me dizer, e não ficar me torturando com uma resposta que nunca irá chegar. Eu quero ter uma família Remus, e não com qualquer pessoa, mais sim com você. E eu preciso ter certeza que você quer o mesmo.
— Sírius... Eu..... — suas palavras não saíram, queria poder correr atrás do moreno, porém seus pés pareceram grudar no chão.
Lupin não sabia o que fazer, ter uma família grande era tudo o que queria, porém o medo era maior.
Sabia que Sirius merecia mais do que ele poderia lhe dar, seu sonho também era de construir uma família com o animago, mas ele precisava de uma luz, uma certeza de que poderia ter aquilo, sem precisar se preocupar com nada.
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Os dias passavam de forma calma, e todos aqueles que participaram da grande batalha, ou foram afetados por ela, já se viam na calmaria cotidiana de suas respectivas vidas.
Na mansão Prince, as coisas não eram diferentes. Hermione tinha o rosto todo vermelho, o abdômen dolorido e os olhos lacrimejando de tanto rir.
Eram um dos dias em quê, — apesar da grande petuberância no ventre, — ela acordara super disposta.
Sua costas doíam menos, e os pés não a incomodava muito.
A tarde, aproveitou o clima caloroso para ficar no jardim, qual aproveitou para fazer de todas as vontades da filha, que montava uma pilha enorme com blocos de brinquedos, inventando a mais maluca das histórias.
Severus não foi indiferente, passou a tarde inteira correndo atrás de Agnês, que de maneira alguma queria tomar banho, mais enfim cedeu.
Hermione se encontrava na sala, o relógio batia mostrando ser seis da tarde, e com o livro que estava em sua mão, nem percebeu que o noivo e a filha não haviam descido para o hall até aquele momento.
Antes mesmo que pudesse tentar se levantar, a garotinha com os olhinhos arregalados e um sorriso sapeca no rosto surgiu, se aconchegando no braço da grifana, que a olhou suspeita.
— Agnês.... O que você aprontou desta vez em? E cadê seu pai?
Antes que a menina pudesse responder, um grito vindo do andar de cima as fizeram pular num leve susto.
Severus parecia zangado pela forma que chamou pela garotinha, que só sabia rir e tentar se esconder debaixo dos braços de Hermione.
Passos pesados denunciavam que Severus descia as escadas de forma veloz e feroz, parecia possesso, mas estava mais indignado do como não percebeu o que acontecia literalmente debaixo de seu nariz.
— Hermione, onde está Agnês? — apareceu na sala, indignado.
Quando seu olhar foi para o noivo, Hermione não pôde esconder as feições de espanto e surpresa quando olhou para Snape, seus lábios estavam exageradamente vermelhos, as maçãs do rosto que um dia foram pálidas, tinham um tom exageradamente rosa, e acima dos olhos, uma sombra exageradamente verde escura.
Agnes sabe se lá como, havia passado maquiagem em Severus, que francamente, parecia um palhaço de tão pintado.
Granger queria poder dizer alguma coisa, porém nada mais saiu de seus lábios além de uma risada escandalosa e divertida.
Seu abdômen já começava a doer, e um pouco do ar lhe faltar, já que não conseguia se controlar.
Agnês também sorria, não se importando com a carranca que Severus fazia.
— A sua filha, passou maquiagem em mim enquanto eu dormia. — vociferou, tentando tirar a pintura com as mãos o que só piorou a situação, já que tudo se espalhou.
— O senhoi tinha ficado bem lindinho, eu até usei a coi veide que sei que gosta! — cutucou os dedinho um nos outros esperando que o pai não a brigasse.
— Você está tão bonito meu amor! — Hermione azucrinou Snape, que bufou e foi se olhar melhor no espelho que havia na sala. — Devia estar bem cansado mesmo para não ver o que sua filha aprontava com você.
— Mais ele tá tão fofinho. — Agnes disse toda charmosa.
Olhando seu rosto que um dia fôra limpo, nem mesmo Severus se aguentou, e começou a rir, rapidamente se imaginou o que faria se não tivesse momentos assim em sua vida.
Em um instante uma idéia passou por sua mente, a garotinha o olhava atenta, um sorrisinho nos lábios, e ele decidiu se vingar.
— Bem, confesso que me senti bem mais charmoso assim. — apontou para o rosto. — Contudo... — começou a falar se aproximando do sofá onde a filha estava. — Não acho justo que só eu, precise usar isso.... — sorriu.
Agnês entendendo bem o que o pai dizia, arregalou os olhinhos, tentou pular do sofá e sair correndo pela casa, mas antes que fizesse, Severus foi mais ágil, a pegando no colo e esfregando seu rosto no branco do rosto da menininha que sorria ainda tentando fugir.
As cores se misturaram ainda mais, porém agora ambos estavam sujos.
— Não é justo! — a menina disse fazendo bico. — Você é mais lápido. — mencionou o fato de ter sido pega rápido demais.
— Huum, é justo sim sua grilinha! — sorriu dando um beijo demorado em seu rosto.
Logo a soltando, Snape se sentou ao lado da amada que ainda sorria.
— Bem que achei que as coisas estavam quietas demais lá em cima. — sorriu tentando sem sucesso tirar um pouco da tinta de seu rosto.
— Depois que dei banho em Agnês, não resisti e acabei pegando no sono. Nem percebi o que ela fazia. — sorriu, olhando intensamente para os olhos da castanha.
— Será que ele ou ela será tão travesso quando nossa filha? — perguntou levando tanto suas mãos quanto as dele até sua barriga.
— Isso ainda não posso dizer, porém se vir com saúde já é o suficiente, de resto, eu me ofereço para correr atrás dele ou dela quando chegar. — disse sorrindo, se aproximando e colando a testa na da amada.
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Os dias foram se passando, e com eles, as dores nas costas e nos pés inchados.
De certa forma, mesmo sendo incômodo até para dormir, Hermione agradecia todos os dias pela dádiva da gravidez, perdera isso uma vez, e a segunda não se lembrava de nada, então aproveitava os momentos o máximo possível, mesmo que vezes fosse difícil.
Agnês já estava acostumada com a idéia de ter um irmãozinho(a), e vivia para todos os lados dizendo que o levaria para todos os lugares, até o ensinaria tudo o que sabia. Convenhamos que não era muita coisa.
Severus assim como era com a filha, todas as noites conversava com a enorme barriga da noiva, que sorria com a forma que o bebê reagia a voz dele, dando leves chutes na barriga de seis meses.
Nesse meio tempo, Liang e Elizabeth foram primordiais em sua vida, sempre a ajudando no que precisava, além de Severus que vivia grudado em si, a protegendo até mesmo de uma simples mosca.
— Olha só vovô.... Papai vem ver só. — Agnês chamava os homens que conversavam, mais ao ouvir a garotinha os chamar, foram ver o que ela queria.
— O que foi minha pequena grilinha? — Liang se aproximava da neta, era extremamente apaixonado por ela.
— Olha o que aplendi a faze. — esticou as mãozinhas fechadas em direção aos homens, logo as abrindo e mostrando duas pequenas sementinhas na palma de sua mão.
Eram sementes bem pequenas, que logo que foram mostradas, se transformaram em uma linda, delicada e pequena flor de cerejeira.
Um sorriso enorme brotou em seu rosto, Severus sorriu impressionado, estava emocionado ao ver o quanto a filha evoluía magicamente.
Ele sabia que a filha era inteligente, e era uma bruxinha incrível, agora com seus poderes evoluindo, ele tinha certeza que ela era uma preciosidade.
— Isso é incrível meu amor. — sorriu pegando a filha no colo, que sorria. — Onde aprendeu a fazer isso? — perguntou orgulhoso.
— Não sei... Só fiz. — o olhou com aqueles grandes olhos.
— Minha grilinha será uma bruxa tão boa quanto a mãe. — Liang sorriu levando uma das mãos aos cabelos lisos e pretos da neta.
[...]
Durante a noite, enquanto Hermione lia um livro deitada em sua cama, Severus se aproximava depois de ter tomado um banho, logo entrando debaixo das cobertas junto a noiva.
Seus pensamentos estavam a mil, um orgulho satisfatório transbordava em seu rosto.
Se recostando a cabeceira da cama, ele suspirou fundo, fechando os olhos, e mais uma vez não pôde conter o sorriso ao se lembrar da cena de mais cedo.
— Agnês transformou duas sementinhas em uma flor essa tarde. — sorriu ainda com os olhos fechados lembrando da cena. — Ela já está apresentando sinais de sua magia, e céus.... Ela é tão inteligente.
— Isso é incrível não é? — Hermione deixou o livro de lado, se virando para o marido que abriu os olhos a olhando. — Ela estava tão orgulhosa quando aprendeu a fazê-lo. — sorriu.
— Por Salazar Hermione, nossa filha está crescendo, está apresentando sinais de sua magia, está se descobrindo aos poucos.... Não poderia estar mais orgulhoso, e preocupado é claro.
— Porquê está preocupado? — levou as mãos ao rosto dele, que suspirou mais uma vez.
— Sei que ela só tem três anos, mas daqui a pouco ela terá cinco, depois terá treze e estará indo para Hogwarts, porque creio que iremos mandá-la para lá. Obviamente que irei voltar a lecionar no castelo, e irei vigiá-la, mas aí virão os pirralhos dando em cima dela, e quando menos esperarmos ela se tornará adulta com prioridades.
— Wow... você realmente pensou em tudo não é mesmo? — Hermione sorriu achando graça do homem.
— Não tem graça! É de nossa filha que estamos falando. — cruzou os braços fazendo bico, se mostrando muito parecido como a garotinha fazia.
— Amor...ainda temos tanto tempo para aproveitar os momentos com Agnês. Não pense no futuro, já fez muito isso em sua época de Comensal e tenho certeza que não lhe fez nada bem.
— É, eu sei. — se rendeu as carícias da amada.
— E veja por um lado bom, agora teremos mais alguém no qual você terá tempo o suficiente para se preocupar ainda mais.
Snape a olhou de forma cortante, sabia que ela zombava de sua cara, tanto que não conseguiu disfarçar o sorriso.
— Vocês irão me deixar louco. — sorriu puxando a mulher para mais perto de si, a beijando.
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Conforme os dias íam passando, Remus e Sírius já não sabiam mais se o que tinham podia ser considerado um relacionamento.
Ambos viviam brigando, claro, faziam de tudo para não transparecerem a eminente situação em frente de Théo, que a cada dia se sentia magoado.
O garotinho odiava ver os pais brigarem, era doloroso para ele, afinal, o fazia se lembrar da época antes de ser acolhido pelos bruxos.
Sua família não era a melhor, sempre o tratava como se não fosse ninguém, e sempre que podiam estavam brigando trazendo um clima pesado na pequena cabana que morava antes dos Comensais destruírem tudo.
Ele sabia que as coisas não estavam legais com seus pais, sentia aquele mesmo clima pesado de um passado dolorido.
Queria poder ajudar, mais Sírius sempre dizia que estava tudo bem, e Remus....bem, faziam três dias que ele não aparecia na mansão Black, deixando o garotinho nervoso.
[...]
Remus on......
Me sentia tão cansado, tão vulnerável.... O que me deixava aflito pois a última vez que me sentira desta maneira, as coisas haviam fugido de meu controle.
Sentia tanta falta de Sírius, de seu abraço, seus beijos, o calor de seu corpo.... Mas tudo pareceu mudar quando meu medo resolveu me assolar novamente.
Eu já fiz tantas coisas erradas nesse mundo, coisas que não consigo me perdoar até agora, o que me faz acreditar que estou fadado a fazer todos a minha volta sofrerem.
O que mais desejava, era poder me casar com Sírius, firmar nosso relacionamento, e aumentar nossa família, mas aí eu teria de me preocupar mais do que já estava, se durante as noites iria ou não me transformar de forma descontrolada.
Théo! Céus, ele é tudo pra mim, minha felicidade, meu segundo amor sendo Sírius o primeiro. Eu precisava protegê-los, de tudo e de todos, principalmente de mim.
Havia perdido as contas de quantas vezes tentei bater na porta do quarto de Sírius, e dizer que sim, poderíamos continuar a formar nossa família, porém logo minha racionalidade voltava, às lembranças me assombravam.
Théo estava tão chateado ultimamente, e sei que são pelas brigas que temos tido. Tenho sentido sua indiferença direcionada a mim, porém prefiro pensar que só é minha cabeça me tirando da razão.
A dor tem sido tanta, mais prometi não só a mim mesmo, mais para todos que seria forte.
Mesmo sendo difícil segurar a dor, as lágrimas sempre insistiam em molhar meu rosto.
Sabia que precisava desabafar com alguém, mais eu conhecia os sinais o suficiente, para saber que aquilo aconteceria novamente.
Os calafrios estavam tão frequentes quanto da última vez, a falta de sono piorando a cada noite, o stress me consumindo, mas eu não podia ceder, tinha de lutar, principalmente agora que as poções pareciam não surtir efeito.
[...]
Não eram sequer oito horas da noite, o crepúsculo estava no céu aberto próximo a mansão Black, porém o horário se mantinha cedo.
Mesmo em um breu invejável, os campos e florestas eram iluminados pelos primeiros sinais da lua crescente.
Black achava estranho, pois faziam três dias exatos que haviam entrado naquela fase, e Lupin não havia aparecido desde então.
Mesmo brigados, não podia evitar em estar preocupado. Estavam dormindo em quartos separados, e exatamente a três dias, ouvia grunhidos doloridos vindo do quarto de Lupin.
Nesta noite em específico, ele decidiu deixar seu orgulho de lado para poder ver o que acontecia com o amado, encontrando apenas Théo, que estava sentado olhando para algumas mudas de roupas jogadas no chão.
— Théo.... — meditou calmamente, ganhando atenção do filho que o olhou com os olhos chorosos. — Cadê seu pai? — perguntou se aproximando, olhando o quarto que estava meio bagunçado, o preocupando cada vez mais, visto que Remus era um homem organizado.
— Eu não sei... — grunhiu dolorosamente. — Por que não me conta o que está acontecendo papai? — comentou triste. — Meu pai não nos quer mais, é isso?
Sirius não sabia o que dizer, duvidava que até Dumbledore que tinha respostas para tudo, soubesse responder a pergunta de seu filho.
— Não é isso meu amor. — se abaixou de frente ao garoto, deslizando o dedo na bochecha rosada, qual escorria uma lágrima solitária. — Creio que seu pai não esteja se sentindo bem, e para nos proteger, ele teve de sair.
Como animagus, Sírius possuía dons de sua forma canina, o cheiro forte no ar, o mesmo cheiro de quando fôra atrás de Remus em Hogsmead para o tirar de lá.... Ele não estava bem, e o preocupava que estivesse mais descontrolado do que da última vez.
Black sentia o cheiro do medo, stress e descontrole, o que o fez se sentir culpado, pois tinha certeza que se Lupin estivesse por aí a solta, em sua forma licantrópica era porque estava estressado e agitado pelas brigas e pressão que o cacheado havia causado.
— Ele vai voltar? — a vozinha de Théo o tirou de seus devaneios, fazendo com que ele lhe desse um sorriso falso e dissesse:
— Não se preocupe pequeno padfoot! Tudo vai ficar bem.... — pelo menos era o que ele esperava.
Na mesma noite, Sírius arrumou algumas poucas mudas de roupas, e com o filho ao seu lado, aparatou em frente a mansão Prince, qual ele agradeceu aos céus pela casa ainda estar acordada.
Capítulo feito por: 007_Aylin
🙂 Helloooou fanfiqueiras de plantão.😬 Eu demorei né? Sinto muito por isso.✨
🛐Na verdade, eu iria demorar mais para postar o capítulo. Esses tempos não tem sido muito gentis comigo, o que acabou me atrasando em muitas coisas, principalmente quando se trata de fics. 👉🏻👈🏻✨😖
🌹Eu dividi o capítulo que estava fazendo em dois, ❄️para não deixar vocês sem terem o que ler.😇 Enquanto isso, eu irei terminar a outra parte.🌻
👑 Está bem mamão com açúcar, mais espero que tenham gostado mesmo assim.❤️🌥️🌹
O que acharam?💚
Bisous 💚
Até o próximo 💚
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