Capítulo - 36
Músicas do capítulo:🍁𖤓ཷ☽ེ۪۪۪֥۟۟۟۟۬
Ruelle - The Word We Made
https://youtu.be/w0y_8zFcJHM
In Noctem
https://youtu.be/P9By0u8CoV0
Eram por volta das três horas da manhã. A noite desabava a fora, de modo que era impossível poder sair, ou entrar, seja lá onde estivesse.
O vento frio da noite gelava todo o ambiente, fazendo os residentes da casa, usarem um cobertor extra para afugentar o frio.
Na enorme mansão, o único acordado era Severus, que trabalhava arduamente em sua própria sala, que continha caldeirões e tudo que fosse necessário para criar poções.
O relógio batia os ponteiros, sendo possível o escutar trabalhar. Enquanto isso, a mesa de mogno escuro ao seu lado, continha diversos livros, variações de poções curativas e fortalecedoras.
Todos estavam abertos, e Severus folheva um por um, a procura de alguma resposta, que o ajudasse a criar uma poção mais eficiente para a maldição da horcrux que Alvo destruiu.
A verdade, é que ele havia conseguido bons resultados. Criara uma poção que seria capaz de dar ao diretor mais tempo, porém não era os que ele queria.
Era normal que ele exigisse tamanho empenho de si mesmo, sendo um exímio pocionista, era considerado natural que quisesse resultados eficientes, porém, teria de se contentar com o pouco que havia conseguido.
Se os resultados surtissem o efeito esperado, ele faria de tudo para chegar em sua extrema perfeição. Tudo, para poder ver o homem que considera como um pai, estável e bem.
Depois de arrumar tudo, e engarrafar o líquido amarelado em seus recipientes, Snape subiu para o andar de cima, já que seu laboratório ficava no porão, e sentou em sua poltrona na sala, observando a tempestade que caia lá fora pela janela.
Ele não sentia frio, uma vez que já estava acostumado com as masmorras, então apenas ficou ali, sentado, pensando, até o cansaço o abater e ele decidir subir para o quarto, onde tomou um banho, e se aconchegou debaixo das cobertas, trazendo o corpo inconsciente de Hermione que dormia para seus braços.
ههههه
Dois dias depois, no escritório de Dumbledore, Severus sentava-se de frente ao velho bruxo, que com cara feia, tomava as poções que o homem de vestes negras o obrigava a beber.
As mãos do velho diretor, contiam uma coloração preta, que conforme o líquido ia fazendo efeito, ia sumindo como se fossem veias enegrecidas, o que certamente era.
— Ainda está se sentindo fraco? — a voz de barítono de Snape falou, enquanto encarava o velho.
— Não. — sorriu minimamente. _ Suas poções fizeram um rápido efeito. Porém sabemos que não vou melhorar Severus, então....
— Já disse que não vou deixar você morrer. — sua voz soou ferina e zangada. — Você fez a minha vida um inferno, agora quer sair dela assim, do nada? Devo lembrá-lo que agora tem uma garotinha de um ano de idade que se apegou muito a você, sua neta, então não, se quer que eu o deixe aí, apodrecendo, minha resposta é não. E por Salazar, pare de fazer careta quando tomar minhas poções, garanto que são melhores que as que você faz.
Dando um ponto final na discussão, Severus ao menos deixou que Alvo dissesse algo, apena deu as costas, e saiu do escritório do mais velho, resmungando.
ههههه
Alguns dias se passaram sem que qualquer problema acontecesse, o que era de se desconfiar, porém ninguém negaria um dia de descanso tranquilo.
Mesmo depois do que Rony Weasley havia aprontado, não só com Hermione, mais também com sua filha, a jovem de cabelos cacheados se encontrava perto dele, junto de Harry, Gina, Neville e os gêmeos Weasley's.
Claro que ela não era idiota de se dirigir a ele, afinal, ele havia aprontado demais. Porém ela não deixaria de passar um tempo com os amigos, só por causa do garoto.
Estavam todos se divertindo na floresta onde Bicuço o Hipogrifo estava, Sírius havia chegado nos terrenos de Hogwarts, e havia o trazido junto. Claro que o homem também não havia vindo só. Remus o acompanhava, porém se despediu rapidamente, indo as pressas para o escritório de Dumbledore.
— Hagrid irá ficar feliz em vê-lo. — Harry falou, enquanto acariciava o bico da ave gigante.
— Imagino o quanto. Ele adora o animal. — Sírius comentou, vendo que o animal de grande porte, já havia dado intimidade para todos os outros.
Hermione sentia estar sendo observada, e como não era uma sensação confortável, já imaginava quem a olhava.
Mesmo tendo certeza, ela deu uma leve olhada para os lados, logo não demorando em ver que o ruivo, a encarava.
— Ele pode ser filho de Arthur, porém a vontade de azará-lo é maior. — a voz de Black sussurrou perto dos ouvidos de Hermione.
— As vezes me pergunto como as coisas com ele foram chegar a esse ponto. — ela se distanciou dos amigos com o animagus, para uma conversa mais tranquila.
— A culpa não é sua docinho. — ele falou com um leve sorriso.
— Talvez não. Porém mesmo que fosse, não justifica o fato dele ter assustado minha filha.
— Sei que é complicado, afinal vocês três cresceram juntos. — se referiu a Rony, Harry e ela. — Porém esqueça isso, agora você tem duas pessoas que te amam para cuidar. — sorriu.
— Duas? — ela questionou.
— Sim, é claro. Agnes, e Severus que deve ser mais necessitado de atenção do que minha afilhada. _ ele riu maroto quanto viu a cara que ela fez.
— Ora seu..... Ele não é necessitado de atenção. Não! Para de falar okay. — ela não aguentou se manter séria, e começou a rir com a brincadeira feita.
Depois de conversar mais com o afilhado, e os outros adolescentes, Sírius também se dirigiu para dentro do castelo, não aguentando tanta demora do lobo assim.
O gigante, Hagrid, havia aparecido depois da saída de Black, e não resistindo, levou o animal para um passeio, deixando os amigos sozinhos.
Ronald cochichava alguma coisa com Harry, que vez ou outra encarava a amiga, porém esta estava alheia numa conversa com Gina.
Ambas foram conversando e rindo de volta para os jardins do lugar, logo, Potter entrando no meio da conversa que se animou ainda mais.
— Então quer dizer que a sabe-tudo Granger está amarrada é? — George surgiu repentinamente atrás da cacheada.
— Não diria amarrada, mais sim compromissada George. — foi a vez de Fred, que começou a rir das feições que Hermione fazia.
— Do que estão falando seus patetas? — perguntou não entendendo nada.
— Eu falo ou você Fred?
— Vamos juntos então George. — sorriu encarando o irmão.
— Um passarinho verde.... Ruivo na verdade, nos contou que você está namorando. — ambos falaram divertidamente.
Era bom demais para ser verdade. Hermione achando que poderia ter um minuto de paz, não podia esperar que Ronald contasse para os dois fofoqueiros dos irmãos gêmeos.
Harry ria da maneira que os gêmeos abordavam a cacheada, porém foi melhor do que ele perguntasse a ela diretamente, e ela o azarasse.
— Então Mione! Quem é o sortudo? — Harry colocou a mão no ombro da amiga, e lhe deu um sorriso amigável, dizendo que está tudo bem.
_ Sortudo? Por favor, ele ganhou na loteria. — foi a vez de Gina falar.
A cacheada tinha um sorriso ladino no rosto, por mais que não pudesse falar quem era o namorado, as insinuações do quanto ele era sortudo, a faziam achar graça.
— Ele é incrível. — ela sorriu. — Porém ainda não me convém contar quem é! — se resumiu a isso, ganhando olhares de desânimos de todos, por não conseguirem uma resposta.
— Ele deve ser muito bom mesmo no que faz, para o esconder desse jeito. — Gina brincou, ganhando um empurrãozinho de Harry.
Obviamente a ruiva sabia de Severus, porém era legal participar da brincadeira, assim podendo irritar a amiga.
Harry por outro lado, mesmo não querendo ver a melhor amiga ficar brava com tanta especulação, não conseguia evitar a curiosidade, perguntando o que podia.
— Pelo menos ele a deu um anel. — falou pegando na mão da amiga, e vendo o acessório no dedo dela. — É muito bonito. — ele falou com um sorrisinho maroto.
— Obrigada. — a cacheada agradeceu, sentindo as bochechas ruborizarem.
— Vamos Mi..... Me conta quem é vai? — ele pediu quase implorando.
— Harry Potter. Deixe de ser inconveniente. — ela falou sorrindo, apressando os passos, deixando o garoto de óculos para trás com os outros meninos.
Enquanto ela estrava no castelo com Gina em seu encalço, os rapazes olhavam entre si.
Suas expressões eram confusas, porém mudaram quando Rony resmungou que tudo aquilo era muito estranho.
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— Tem certeza disso Alvo? — a voz contida de animação de Remus perguntou ao velho diretor, que tinha um sorriso mais do que animado no rosto.
— Por que não teria? — falou. — Você está tão bem quanto nunca te vi antes. Vejo que as poções que Severus tem lhe feito, tem o ajudado muito, e Sírius só está ajudando maid nesse processo. Não? — sua voz saiu um pouco quanto maliciosa ao se referir a Black.
Remus estava muito animado com a notícia de poder voltar a lecionar em Hogwarts, porém nem toda felicidade do mundo, fazia dele indiferente as palavras de Dumbledore quando este se referiu a Sírius.
— Bem.... Ele tem me ajudado bastante. — confessou sem graça, levando as mãos no cabelo sem jeito.
— De qualquer forma! Seja muito bem vindo, de novo, a escola. — Alvo comentou sorridente.
Não demorou que Remus saísse do escritório do velho bruxo. Sua aparência estava leve e neutra, porém tinha uma alegria e animação única.
Não podia imaginar que poderia voltar ao seu cargo de DCAT. Não depois de tudo o que aconteceu.
Porém, lecionar era um dos modos para distrair sua mente, então tinha um pingo de esperança de poder voltar. E agora que Dumbledore devolveu seu lugar no corpo docente do castelo, ele não podia estar mais feliz.
Agora, este caminhava em direção aos jardins, ou qualquer outro lugar que Sírius pudesse estar, somente para contar a novidade.
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Todos os alunos esperavam pacientemente pelo professor que ainda não havia chegado na sala de aula.
Ninguém tinha muitas expectativas de que a aula seria diferente, afinal, era Snape que passara a lecionar DCAT.
Então muitos já sabiam que quando ele passasse por aquela porta, seria o começo de uma leve tortura.
Muitos estavam desanimados, já outros, conversavam até o homem aparecer, porém, quando ouviram a porta se abrir de forma não brutal, todos se aquietaram, não entendendo nada quando Remus Lupin passou por ela.
O professor tinha um leve sorriso, gentil e meigo no rosto, e chegando a sua antiga mesa, se virou para todos, logo sentando na beirada dela.
— Bom dia turma. — sorriu vendo os olhos curiosos o encarar. — Espero que não tenham se apegado muito ao professor Snape, pois eu voltei. — sorriu, vendo vários sorrisos se esticarem nos rostos mais novos.
Os murmúrios começaram, e junto deles, palmas e gritos por felicidade.
Podia não parecer, mais todos sentiam falta do maroto como professor.
Depois da aula, muitos pararam Remus para conversar, o licantropo ganhou até abraços, tamanha era a euforia.
O almoço correu muito bem, e no intervalo de tempo entre uma aula e outra, todos conversavam nos jardins.
Debaixo de uma árvore, Remus conversava com o trio de ouro, que não parava de perguntar como ele estava, e falar o quanto ele fazia falta. Rony se mantinha mais em seu canto, já que depois do que fizera, Remus teve um ataque de raiva, e ameaçou a arrancar suas entranhas na noite de lua cheia.
Sírius tinha acabado de chegar no castelo, estava procurando o 'amigo' - ou sei lá o rótulo que eles se colocaram, - para passar um tempo juntos.
De longe, se sentiu mais animado quando viu que seu afilhado e os amigos estavam junto a Lupin, porém uma cena não lhe agradou muito.
Os alunos ainda estavam animados com a volta do lobisomem, e conforme iam descobrindo sua volta, eles o procuravam para lhe dar novamente as boas vindas, principalmente as alunas.
Agilizando seus passos, ele seguiu até Remus, que acabava de se afastar do abraço de uma aluna, que se mostrava muito animada pro seu gosto.
— Remus! — chamou alto antes de se aproximar mais.
O lobo quando ouviu a voz do 'amigo', esbanjou um enorme sorriso, e quando Black se aproximou de todos, Lupin foi pego de surpresa quando foi puxado pelo colarinho da camisa, e sentiu os lábios do cacheado nos seus.
Todos que estavam por perto, pararam o que faziam para ver a cena, estavam chocados, porém Sírius não se importava com nada. Ao se afastar, ele sorriu maliciosamente, diferente de Remus que estava completamente vermelho.
— O..o que aconteceu? — Harry perguntou assustado. — Quer dizer, o que eu perdi?
— Muita coisa. — o padrinho falou sorrindo, levando as mãos no ombro do garoto, e dando uma piscadinha. — Uma linda história, que fica pra depois.
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— O que foi aquilo Almofadinhas? — Remus que havia acabado de chegar em casa, quando viu Sírius sentado no sofá, questionou.
— Boa noite pra você também Aluado. — sorriu. — Do que está falando? — perguntou.
— Daquela cena na frente de Hogwarts inteira. — falou se sentando de frente ao moreno.
O animagus com um sorriso nos rosto, se ajeitou melhor no sofá, e encarou o lobo, que o encarava.
— Foi só um beijo. Estava com saudades ué! — o acastanhado sentiu o corpo esquentar com o que o outro havia falado, porém, sabia que era mentira.
— Era só saudades, ou você queria mostrar algo a mais. — sorriu, sabendo que Black havia entendido o recado.
— Talvez eu quisesse mostrar para aquela garota, que você é só meu, mais era só isso. — deu de ombros.
Remus deu uma gargalhada gostosa ao ouvir aquilo, o outro maroto o acompanhando.
Aquilo era engraçado, até porquê estavam falando de uma aluna.
— Você com ciúmes de uma aluna? — riu.
— Por que não teria se já namorou com uma? Ou Hermione é uma exceção?
— Eu namorei sim com ela, e foi algo muito bom, apesar do que fiz. Porém agora sei que não era amor de verdade. Não era o que eu sinto quando você está por perto.
......
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✨♪Ruelle-The Word We Made.♪✨
Londres, 17:45p.m
As ruas de Londres se encontravam ocasionalmente movimentadas, isso se devia ao horário de pico, onde muitos voltavam de seus trabalhos, ou até mesmo tomavam um café para continuar seus afazeres.
Como é um lugar muito belo, muitos turistas passeavam pelos lugares mais conhecidos. Mesmo que o céu começasse a escurecer.
Do alto dos prédios, muitos observavam o tempo que começava a mudar drasticamente. Porém, como era algo normal, típico da cidade, nem todos se importaram realmente com aquilo.
Porém, a cena ficava cada vez mais tensa a partir do momento que as nuvens negras encobriam todo o céu.
No meio delas, a imagem do rosto de Voldemort tomava forma, e dentro delas, fumaças negras cortavam o céu, descendo de uma forma rápida, e passando entre os vãos dos prédios e sumindo pela parede, onde dava a eles a localização do Beco Diagonal.
Em um ponto específico do beco donde muitos bruxos passavam todos os dias, uma loja de artefatos antigos era invadida pela mesma fumaça negra, não demorando para ser completamente estraçalhada.
Os vidros foram completamente quebrados, as portas arrombadas, e o sorriso de escárnio no rosto de Greyback que estava acompanhado de um comensal da morte, era assustador.
O velho e pobre homem que tentava se soltar de seus braços não sabia o que o esperava, se tivesse sorte, ele não viveria para saber as coisas horríveis que estavam para acontecer. Isso, se não fosse torturado primeiro.
Todos tentavam fugir, porém era difícil quando eram atacados pelos leais servos de Voldemort.
Grande parte do lugar ficou incendiado, exceto, pela loja das Gemialidades Weasley, que também seria destruída, se as ordens não fossem outras.
Então, pela Londres trouxa vieram, pela Londres trouxa se foram.
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Dois dias antes....!
— Eu sinto que está na hora! — a voz preocupada e cansada de Alvo falava com Severus, que se mantinha de costas para ele.
— Não!
— Severus.... Sabemos que as coisas não poderão acontecer como devem se eu estiver....
— O que? Se estiver o que? Morto? — a voz do professor saiu brutal, calma, mais raivosa. — Você é um dos melhores bruxos desse mundo, e tem a coragem de me falar algo como o que me disse?
— Era nosso plano desde o início Severus! — o velho disse calmo.
— Não! Era o seu plano. — falou. — Eu jamais teria uma idéia ridícula, como está! Uma idéia que sacrificasse sua vida, ou a de qualquer um. Eu já deixei isso acontecer uma vez, não posso deixar que ocorra de novo.
— Harry Potter terá de ir caçar o restante das horcruxes. Ele saberá o que fazer, e na hora exata, antes disso, você terá de fazer o que me prometeu. — falou sem se importar com as exigências do mestre em poções.
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Agora......
A notícia de que o Beco Diagonal havia sido atacada, repercutiu por todos os lugares, até mesmo em Hogwarts, trazendo murmúrios por todos os cantos, quando o correio chegou trazendo uma nova edição do Profeta Diário durante o café da manhã.
— Ele está cada vez mais perto do que quer. — a voz de Harry falava baixo, só para que Rony, Gina e Hermione ouvissem.
— O que acha que eles pretendiam? Nos dar um sinal? — foi a vez de Hermione questionar.
— Não temos certeza de nada no momento! — Gina falou. — A mamãe nos mandou uma carta, e pelo que ela nos explicou, depois de amanhã iremos partir para a mansão Black.
— A Ordem irá se reunir para discutir o assunto. E a única coisa que conseguimos descobrir, e que ninguém mais sabe, exceto o Ministério, é que o dono daquela loja de antiguidades, foi levado pelos Comensais. — Rony falou se inclinando na mesa, ainda desconfiado de que alguém poderia estar escutando.
— Espera! Não é a mesma loja que você disse ter visto o Draco, Harry?
— Sim Mione! Mais eu não tenho certeza do que ele procurava por lá.
— Seja lá o que for, precisamos dar um jeito de descobrir.
Não demorou para que a voz de Alvo Dumbledore, chamasse a atenção de todos os alunos.
Suas palavras eram sempre reconfortantes, e não foi diferente.
— Sabemos que as notícias correm rápido! Porém não se preocupem, estamos todos seguros no Castelo. — falou tentando passar confiança para os estudantes. — Porém, medidas mais drásticas serão tomadas daqui para frente. Por mais que as barreiras mágicas que permitem nada de ruim entrar aqui estejam nos protegendo, infelizmente informamos que para mais cuidados, os horários do toque de escolher serão mudados para cinco minutos depois do jantar.
O salão inteiro ficou indignado com a nova regra, porém não podiam reclamar a autoridade de Dumbledore.
Outras regras foram ditadas, e ninguém se opôs a elas, mesmo que tudo mudasse a partir da existência delas.
ههههه
Severus entrava com sua postura de sempre na mansão Malfoy. Seu olhar era mais matador do que o normal, mais ele não estava ali porque fôra chamado, estava porque lhe convinha estar.
O Lorde não havia o chamado, porém, ser seu braço direito em tudo, lhe dava suas vantagens.
O professor queria saber os próximos passos do ofídico, porém não precisou se dirigir a ele, quando viu Fenrir Greyback e mais dois Comensais saírem da sala onde Voldemort ficava, vestidos com suas roupas de 'abate'.
Eles iam para uma missão, porém não perguntaria e eles qual era ela. Por isso, entrou diretamente na sala para falar pessoalmente com Riddle.
— Milorde! — saudou o trevoso com uma reverência exagerada.
— Saverus, que surpresa tê-lo aqui. — o bruxo sorriu maldosamente.
— Vim ver como andam as coisas Milorde, e saber se não precisa de algo. — falou indiferente.
— Gentileza sua meu caro. Mais está tudo sobre controle. — falou. — Porém devo informá-lo que Draco pareceu conseguir arrumar o armário sumidouro que reside em Hogwarts. Greyback está encarregado de ir buscar um especialista no assunto no Beco Diagonal, ele nos ajudará a invadir aquele maldito castelo. Dei ordens diretas para acabar com toda aquela espelunca.
Não foi difícil descobrir o que estava acontecendo afinal, o que deixava Snape satisfeito.
E não contendo um leve sorriso, por querer contar a notícia rapidamente a Dumbledore, Voldemort achou que era felicidade por enfim terem o que tanto queriam.
— Parece feliz com a notícia Severus. — sorriu olhando o servo, que sorriu novamente, mais era um sorriso falso.
— E como Milorde. Estamos cada vez mais próximos de acabar com aquele moleque do Potter.
— A cada vez mais tenho certeza que escolhê-lo como meu mais leal servo, foi a melhor coisa que fiz. — falou parecendo ser verdadeiro.
— É uma honra servi-lo senhor.
ههههه
— Finalmente vocês chegaram! — a voz da senhora Weasley saiu animada, assim que Remus e Sírius apareceram com Hermione, Gina, Harry, Rony e os gêmeos na mansão onde a Ordem da Fênix se reunia.
Hermione com pesar, teve de deixar a filha em casa, porém era importante saber o que estava acontecendo. Por sorte, ela ficaria com Severus.
Todos se sentaram para conversar, mais não era sobre o assunto que os levaram até alí, já que ainda faltavam algumas pessoas a chegar.
Mesmo estando muito tensos, a conversa era animada.
— O jantar está pronto! — a voz de Molly veio da cozinha.
Porém, quando todos foram se levantar, ela surgiu na sala, com cara de poucos amigos perguntando.
— O que pensam que estão fazendo?
— Indo comer? — Rony falou confuso.
— Ronald Weasley, por Merlin, você só sabe fazer isso? — falou brava. — Eu avisei sim que o jantar estava pronto, porém temos um convidado em especial, então teremos que o esperar.
— Você só pode estar brincando né? — Sírius comentou indignado. — Isso é uma reunião da Ordem, ninguém mais que não seja membro, pode vir aqui.
— Não reclame comigo. Ordens de Dumbledore. — a matriarca se defendeu.
— E quem seria o intruso? — comentou Shacklebolt, impaciente e faminto.
— Deve repensar mais suas palavras quando for se tratar de uma visita Quim! — a voz rouca e grave de Severus se fez presente em toda a sala, fazendo todos se assustarem com sua aparição repentina.
— O que ele faz aqui? — Harry perguntou indignado.
— Como alguém tão insolente como você, pode estar exercendo algum cargo por aqui? — falou retrucando o jovem.
Antes mesmo que as farpas continuassem, Molly enterfiriu nas provocações, finalmente liberando o jantar.
Todos se sentaram em seus lugares de costume, exceto Hermione, que ficou com o lugar vago, ao lado de Snape, o que para ela não seria nada ruim.
A cacheada ainda estava surpresa por ver o amado alí, já que ele não contou nada a ela que também participaria da reunião.
"Boa sorte", foi a única coisa que ouviu de Harry quando ela se dirigia para se sentar ao lado do professor, que o encarou tediosamente.
A refeição correu de forma calma, porém muitos ali ainda estavam desconfortáveis com a presença de Snape, que apreciava o silêncio, até Sírius começar a tagarelar e fazer todos rirem.
Em meio a bagunça, aproveitando que a amada estava sentada ao seu lado, sem que ninguém notasse, deslisou uma das mãos por debaixo da mesa, e a levou para as pernas da castanha, que quase se engasgou com o suco que tomava.
Ela estava de calça, porém o tecido era fino, permitindo que Severus levasse os dedos em sua intimidade por cima do pano.
Não aguentando os movimentos lentos, ela tentava segurar os gemidos, e sem sucesso, tentava afastar a mão do mestre, que fingia que nada estava acontecendo.
Tudo piorou, quando ele conseguiu levar a mão para dentro da calça que ela usava, e desta vez foi ele quem teve de conter o gemido ao constatar que ela estava úmida.
.......
— Nos manteremos atentos a qualquer ação dos Comensais. — Tonks falava, logo tendo confirmação de Shacklebolt.
— Dumbledore nos deixou a par de tudo, creio que Harry será chamado por ele para ter mais detalhes, então por enquanto é isso.
Todos concordaram com os assuntos tratados na reunião, Severus vez ou outra dava sua opinião, mais tudo se resolveu no final.
Quando o homem estava prestes a ir embora, uma forte chuva o pegou de surpresa, restando a ele, pensar em aceitar o convite de Molly para ficar e dormir lá.
O primeiro pensamento de Snape fôra em Agnes, não podia deixá-la só, então deixou a idéia de lado, e se despedindo, foi embora com chuva e tudo. Não tendo tempo de falar com a amada.
Harry estava em um canto, ainda emburrado pela presença do professor, porém ao o observar, notou algo, que o fez desconfiar de algo.
ههههه
Mais uma vez naquela noite, os Comensais de Voldemort se reuniam para uma reunião.
Hermione como sempre, desde que entrara para a "causa", se encontrava sentada uma cadeira longe de Lorde, que a olhava maliciosamente.
Ela não sabia ao certo, onde estava Severus. Sempre que eram chamados, eles iam até a mansão juntos, mas desta vez foi diferente.
Não demorou muito, para que a cadeira ao seu lado fosse preenchida pelo mestre de poções, que havia chegado sem ninguém perceber.
Severus nem mesmo teve tempo de se sentar, quando o bruxo perguntou.
— Nos trás novidades eu espero!
— Será no próximo sábado, ao anoitecer. — respondeu não mostrando sentimento algum subre o assunto.
— Ouvi coisa diferente Milorde! Um auror deixou escapar que o menino Potter não será transferido até trinta deste mês. — a voz de um dos comensais se fez presente, logo, sendo interrompida por Snape.
— Está é uma pista, falsa! — falou calmamente. — Os aurores não participarão da proteção de Harry Potter.
Hermione que estava ao seu lado, começou a se sentir nervosa, coisa que havia aprendido a não ficar muito, principalmente na presença de Voldemort.
Porém, era difícil não se mostrar preocupada, quando o nome de seu melhor amigo, estava em jogo.
— Os mais próximos a ele, acreditam que estamos infiltrados no Ministério. — continuou a explicar.
— Nisso então certos não é? — outro comensal especulou, rindo da situação, fazendo todos os outros rirem.
— O que nos diz Pill? — Voldemort perguntou a outro servo, que se encontrava sentado na outra ponta da grande mesa. Suas feições eram de um homem desconfiado e com medo, ainda mais com Nagine ao seu lado, pronta para atacar.
— São muitos boatos Milorde! Porém se são verdadeiros não está claro. — falou tenso.
— Falou como um verdadeiro político. Acho que você demonstrará ser muito útil para nós. — o ofídico tinha o escárnio no rosto. — E para onde levarão o garoto? — voltou a se dirigir a Severus.
— A uma casa protegida. — fez uma pausa para continuar. — Provavelmente a casa de alguém da Ordem! Foi me dito que o lugar recebeu toda a proteção possível, e uma vez lá, será praticamente impossível atacá-lo.
Hermione que ouvia tudo atentamente, não conseguia entender como Severus podia dar tanta informação assim, de bandeija.
Ela sabia que ele não gostava nenhum pouco de seus amigos, porém era Harry. Harry Potter! Ele mataria Voldemort e...... Mesmo sabendo que tudo fazia parte de um plano mirabolante de Dumbledore, era difícil acreditar que as coisas dariam certo.
Ao menos se pudesse contar a Harry os planos do bruxo...
— Milorde? Eu me ofereço para essa missão! — a voz rouca de Bellatrix chamou a atenção de todos, trazendo a garota um certo nojo. — Eu quero matar o garoto. — pediu quase implorando.
Antes mesmo que pudesse responder a serva insana, um grito tortuoso foi ouvido no salão onde estavam, deixando o Lorde das Trevas desgostoso.
— RABICHO! — gritou, chamando atenção do servo, que se escondia entre as pilastras de gesso. — JÁ NÃO LHE DISSE PARA MANTER NOSSO CONVIDADO CALADO? — gritou mais uma vez, fazendo o homem com cara de rato se assustar, e concordar com o mestre.
— Sim... Milorde. — sua respiração estava descompassada, tamanho era o medo. — Agora mesmo Milorde.
Ao seu lado, havia uma mulher, aparentemente tinha uns quarenta anos de idade, loira, esta estava suspensa no ar por conta de um feitiço.
Granger sabia que ela estava lá, porém não tinha certeza se era ou não coisa de sua cabeça, afinal, não tinha coragem de olhar para nenhum lugar, que não fosse para baixo.
Rabicho se mexendo, foi em direção a grande mesa onde todos se sentavam.
— Por mais que sua sede de sangue me inspire Bellatrix... — voltou ao assunto de antes ser atrapalhado. — Somente eu posso matar Harry Potter.
Não precisava dizer mais nada, que a comensal insana e maluca, se encolhesse em sua cadeira.
— Mas... Enfrento uma infeliz complicação. — falou se levantando. — Minha varinha, e a de Potter... Dividem o mesmo núcleo. — fez questão de mostrar a varinha para todos que tinha atenção nele. — São, de alguma maneira, gêmeas. Podemos ferir, mais jamais matar um ao outro.
Observando cada ser ali presente, Voldemort depositou sua varinha em cima da mesa de mogno negro, e voltou a caminhar pelas costas de seus servos.
— E para poder matá-lo, terei de usar a varinha de outra pessoa. — todos no momento em que ele falou aquilo, se encontraram nervosos e tensos. — Um de vocês vai querer essa honra. Huum, que tal você, Lucius?
Parando atrás da cadeira onde Malfoy se encontrava, já mais do que tenso com a aproximação do ofídico, o loiro de cabelos longos sentiu o corpo tremer quando as mãos pálidas tocaram seus ombros.
Ao olhar para o lado, para encarar o trevoso, Lucius disse incerto.
— Milorde! — falou sem certeza alguma que queria aquilo.
— Milorde! — falou debochando do comensal. — Eu estou pedindo a sua varinha. — falou esticando as mãos para receber o objeto.
Com medo do que ele poderia fazer naquele mesmo instante, vagarosamente Lucius o entregou, imaginando o pior.
— Ela é feita de Olmo? — perguntou.
— Sim Milorde.
— Ahhh... — concordou, alisando a varinha, e logo quebrando a prata em formato de cobra que Lucius usava para segurar a varinha. — E o núcleo? — perguntou.
— Dragão.... Fibra do coração Milorde.
— Fibra de coração de dragão. — falou analisando.
Jogando o objeto de prata que antes quebrara na mesa, e apontando a varinha para a mulher que ainda se encontrava suspensa no ar, continuou a falar enquanto a trazia mais para perto.
— Para aqueles que não sabem, essa noite estamos na companhia da senhorita Caridade Burbage, que até recentemente lecionava na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. — enquanto falava, a cobra, Nagine, já serpenteava pelo chão, aos pouco subindo na mesa. — Sua matéria, o Estudo dos Trouxas.
Todos riram quando o nome "trouxa" foi dito.
O corpo de Hermione se retezou por inteiro quando viu quem era aquela mulher.
Sua professora, uma mulher gentil e adorável, que adorava seu trabalho e a matéria que lecionava... Aquilo era demais para ela, e tentando pedir que Severus fizesse algo para a ajudar, ela pegou a mão dele por debaixo da mesa, este não fazendo nada, só apertando de volta tentando a trazer algum conforto, e suspirando fundo.
— A senhorita Burbage acredita que os trouxas, não são tão diferentes de nós. Por ela, se fosse possível, casariámos com trouxas. — todos alí presentes, rindo, mostraram seu devido nojo com a idéia, jamais aprovariam no-majs em seu mundo. — Para ela, a mescla espúria do nosso sangue com sangues ruins, não é uma abominação. E sim, algo a ser encorajado.
Já em sua cadeira, Voldemort voltou a se sentar, e olhando cada um alí, não teve piedade quando a mulher começou a pedir ajuda a Severus, que não disse nada.
A pobre mulher quando viu Hermione, deixou mais lágrimas caírem, e antes que pudesse pedir ajuda a cacheada, o grito da morte foi dito.
O corpo morto de Caridade caiu num baque só na mesa, fazendo todos se assustarem com o ato.
— Nagini.... — chamou a serpente, que subiu em seu colo recebendo carinho. — Jantar!
A cobra deslizou pela mesa, não tendo formalidades em começar a devorar o corpo da professora.
Hermione deixava uma solitária lágrima escorrer, lágrima esta que não durou muito tempo, pois antes que alguém visse, a enxugou.
ههههه
Mesmo não gostando nada da idéia, Severus se encontrava em seu laboratório de poções enquanto esperava o cabeça oca de Potter.
Alvo tivera a brilhantíssima idéia, de tentar mais uma vez, fazer com que o garoto aprendesse oclumência, e por azar do destino, ele quem teria de o ensinar, de novo!
— Está atrasado, Potter! — falou assim que ouviu a porta se abrir, mesmo estando de costas para ela, sabia que era o garoto.
— Desculpe eu...... — tentou se explicar mais foi interrompido.
— Nenhuma explicação que possa dar, irá me convencer que continua sendo um muleque impertinente, que acha que todos devem ceder de seu tempo, para o paparicar. — ele se virou, encarando o garoto que olhava de forma estranha para sua mão.
Dando um leve sorriso de tédio e escárnio com a atitude do garoto, Severus não continha a vontade de acabar logo com tudo aquilo, e ir para casa.
Não acreditava que perderia seu tempo com Potter, quando deveria estar com sua filha, e namorada.
— Eu não tenho todo o tempo do mundo para ficar te bajulando, então comecemos logo. — falou puxando uma cadeira para que o garoto se sentasse. — Acho que sua cabeça oca, deve se lembrar da primeira vez que estivemos aqui para aprender oclumência, então devo avisar que não será nada muito diferente.
— Sim senhor.... Eu lembro. — a atenção do menino que sobreviveu, ainda mantinha em uma das mãos de Severus, algo não estava certo no que ele via.
Não demorou para que Snape explicasse a situação para Harry, que tentava se preparar para evitar que sua mente fosse invadida, porém o tempo de preparo não foi o suficiente, uma vez que Severus citou o feitiço, conseguindo rapidamente entrar na mente do garoto.
— Tente resistir Potter! — falava seco enquanto vasculhava cada canto da mente do rapaz. — Não seja fraco. Não resista.
Harry gritava pela dor lascinante que era ter a mente invadida, a sensação de tudo, o que se passava por ela estar sendo observada, era horrível.
— Para... Para! — pediu, logo tendo o que queria. — Isso continua sendo difícil. — falou ofegante.
— Não é que é difícil. Você quem é fraco Potter. Fraco, e covarde. Legillimens! — citou mais uma vez o feitiço, não se importando se o garoto estava ou não preparado.
Harry continuava a gritar, e mesmo que tentasse afastar Snape de seu cérebro, parecia que a dor só piorava.
Imagens de momentos dele na casa dos Dursley's começaram a passar como um filme, tanto em sua própria mente, quanto na de Severus, que via tudo que o garoto havia passado. Petúnia não havia mudado nada, pelo que viu.
Imagens dele em seu primeiro dia em Hogwarts, quando ele conheceu o cabeça de abóbora do Weasley, e sua bela, doce e delicada Hermione.
Todas as memórias do garoto, Severus teve total acesso, não conseguindo conter um mínimo sorriso ao ver como Hermione havia mudado tanto, agora sendo uma mulher incrível.
A última imagem que viu, foi a de Harry em frente ao espelho de O-jesed. Ao lado do pequeno garoto, havia a imagem de Lilian, e Thiago Potter.
— Então foi isso que viu! — não foi uma pergunta, e sim uma constatação de Snape.
— Não é da sua conta. — o garoto com a aparência irritantemente igual a do pai, retrucou o bruxo.
— Insolente! — retrucou. — É triste que a única coisa boa que tenha herdado de sua família, seja os olhos dela, porque o resto, e tudo igual ao seu pai. É fraco, insolente e um covarde como ele.
Severus em partes tinha a consciência limpa, afinal, quando vira Lilian nas memórias de Harry, não pôde sentir mais do que um peso tirado de suas costas. Um alívio.
Já não podia mais sofrer por causa dela, não conseguia mais se importar... Não a amava mais, nem sabia se o que sentia por ela, era realmente amor, ou necessidade de ter alguém por perto, porém sabia que seu coração não nutria mais nada pela ruiva, como se ela nunca houvesse existido. Porém as lembranças eram inevitáveis.
Estava feliz agora, porquê todo o amor que sentia, tinha um nome, e isso já era o suficiente para lutar. Hermione e Agnes, os amores de sua vida.
— Jamais ouse falar do meu pai! — o garoto bravejou, se levantando e apertando os punhos para tentar se conter.
— Eu ouso falar de quem bem entender. — Snape se aproximou lentamente. — Seu pai foi um covarde, que precisava de dois ou três para o defender. Sequer tinha coragem para o fazer sozinho, então sim, ele era um covarde.
— Ele não era um covarde!
— Era, e você é igualzinho, se escondendo atrás de Hermione e daquele miolo mole do Weasley.
Severus ao menos notou que chamara sua aluna pelo nome, o que Harry não notou de primeira, porém iria querer uma explicação.
Snape não se importava se Harry estava ou não zangado por ouvir verdades sobre seu pai, ele estava alí a pedido de Dumbledore, então rapidamente esqueceu da intriga, voltando ao que deveria ser um treino de oclumência.
O garoto ainda estava possesso, tinha a respiração ofegante, e estava mais do que cansado.
Mas percebendo que o homem de vestes negras não iria facilitar pra ele, e já erguia a varinha em riste para poder invadir sua mente mais uma vez, ele se levantou da cadeira que nem vira que havia se sentado novamente, e citou um feitiço de proteção, que pegou Snape desprevinido.
Num flash rápido, Harry pôde ver cenas do passado de Severus, não era muita coisa, porém quando as cenas de sua infância mudaram, para ele adulto, cenas o deixaram sem reação.
Ele viu.... Hermione?
Por que ela estaria mas lembranças de Snape?
De alguma forma, ele nem precisou tentar se aprofundar mais, para ver as cenas mais perturbantes que alguma vez já viu.
Hermione gemia o nome dele, de Snape, assim como o professor fazia o mesmo com o nome dela.
Viu todas as vezes que o professor e sua melhor amiga foram um do outro.....
Depois viu Agnes, a garotinha que vivia na cola do Severus, e sempre se sentava a mesa com Hermione.
Ela.... Era filha deles.....
Pôde ver também, quando Snape deu a Hermione o anel que ela usava, a pedindo em namoro, qual ela aceitou.
Agora entendia a fascinação pelo anel nas mãos de Snape. Era igual o de Hermione, e quis se matar por nunca ter chegado a essa conclusão antes.
— Já chega! — Severus bloqueou a mente, fazendo Harry cambalear para trás com o choque que sentia.
Severus quis se matar pelo o que tinha acontecido, de nenhuma forma, imaginou que aquilo poderia acontecer.
— Saia daqui Potter! — falou se virando de costas para o garoto.
— Você.... O que você fez com ela? — perguntou ainda chocado com o que viu. — O QUE VOCÊ FEZ COM A HERMIONE? — gritou, como se aquilo fosse o ajudar em alguma coisa.
— O que você viu não te interessa garoto insolente. — Snape falou tentando se controlar.
— VOCÊ A ENFEITIÇOU NÃO FOI? A ENFEITIÇOU PARA SE APROVEITAR DELA..... SEU DESGRAÇADO. — o desespero e a raiva era tanta, que Harry não se conteve e teve de partir para cima de Snape, que mesmo estando de costas, percebeu o ato, e se virou rapidamente, apontando a varinha para o jovem rapaz.
— O que faz você pensar que eu enfeitiçaria alguém por beneficio próprio? — um sorriso debochado surgiu no rosto de Severus.
— Hermione jamais ficaria com alguém como você. Um professor velho, e ainda por cima um maldito comensal. — o ódio ainda era mútuo. — Ela nunca faria isso, nunca me esconderia.... Isso. — mostrou sentir nojo com a situação.
— Preste bem atenção seu pirralho enxerido.... — não se aguentando, Snape pegou Harry pelo colarinho da camisa e o ergueu o fazendo bater as costas num baque na parede fria. — O que Hermione faz, ou deixa de fazer, não é de sua conta. E se está tão na dúvida assim do que viu, eu posso com todas as palavras lhe confirmar tudo. Não sei se você sabe, mais Hermione tem uma vida a se viver, fora ter que cuidar e proteger um fedelho como você, e sim.... Antes que pergunte temos uma filha. E já vou avisando, que se for chegar perto de uma delas, para falar alguma besteira do que aconteceu aqui, eu mesmo faço com você o que o Lorde das Trevas devia ter feito a tempos.
Soltando o rapaz que caiu num baque no chão, Severus com seu pior olhar de comensal, o encarou de cima.
Ele tinha raiva e ódio pelo o que acabara de acontecer. Muita coisa iria mudar agora que o garoto havia descoberto algo que não era para saber, e não podia contar com o silêncio dele.
— Se eu souber, que você abriu essa boca nojenta, para contar seja pra quem for o que viu, eu acabo com você. Irei pra Azkaban, mais irei feliz. — sua voz era mais demoníaca do que o normal, fazendo Harry rapidamente sair a passos rápidos e dali.
ههههه
Não era uma decisão, contar para Hermione o que havia acontecido em sua sala com o Potter.
Sabia que era o certo a se fazer, porém já tinham problemas demais para serem atormentados por mais um.
Enquanto estava na Torre de Astronomia, onde era seu lugar preferido para pensar, Hermione se encontrava indo até a comunal da Grifinória, para terminar alguns trabalhos pendentes.
Harry depois que saíra da sala de Snape, não conseguia colocar os pensamentos em ordem.
Primeiro, que Hermione havia mentido, ela estava transando, seja lá o que tinha com Snape, e não disse nada.
Segundo, que podia ser qualquer um, mais ela escolheu Snape. O homem que sentia um ódio tremendo por ele, que o tratava mal a vida toda, o homem que a humilhava nas aulas quando ela respondia algo corretamente....
Um maldito comensal, que sabia o que ele era, mesmo Dumbledore confiando cegamente nele.
Um maldito, desgraçado...... E ela mentiu, ela tinha uma filha! Aquela garotinha era filha dela, e ela não havia falado nada? Como isso aconteceu? Como....
Ele não deixaria de lado. Ele tinha de tirar satisfação com a cacheada, afinal, onde estava a verdadeira amizade que tanto presavam?
Ainda atordoado por tudo, ele conseguiu sem saber como, chegar a sua comunal, e não sabia se era sorte, ou azar, ele encontrou Hermione, que quando o viu, lhe deu um sorriso.
— Boa noite Harry! — ela falou sorrindo, terminando de enrolar um de seus pergaminhos, logo começando a escrever em outro.
O garoto não respondeu nada, estava irado demais para dizer algo.
Se lembrou do que Snape falara, então ficou quieto, mais com cara de poucos amigo.
— Está tudo bem? — a cacheada voltou a perguntar, recebendo uma resposta curta e grossa.
— Por que não estaria? — ele a olhou zangado, logo, se jogando no sofá.
Hermione estranhou a atitude do amigo, fazendo uma nota mensal para lhe perguntar depois o que estava acontecendo.
ههههه
✨♪In Noctem.♪✨
A harmoniosa melodia que ecoava no salão principal, deixava tudo mais tenso.
Mesmo sendo a mais bela música, cantada pelo coral que Filius Flitwick ensaiava no grande salão, era possível notar uma certa tensão no ar.
A melodia era bela, porém um tanto inefável, pelos vários sentimentos que ela podia trazer.
Minerva andava pelos corredores abertos do castelo. Seus passos eram longos e rápidos, podia denotar extrema urgência e preocupação.
Seus ombros conforme seu andar, demonstravam a preocupação que a assolava. E parando na beira de um dos arcos de pedra que enfeitavam o corredor escuro, ela se apoiou na parede, e encarou o céu.
O tempo estava escuro, não só pela noite, mais sim pela tempestade sombria que ameaçava cair.
Os raios cortavam os céus, iluminando o rosto preocupado da velha bruxa. As nuvens negras e pesadas se aproximavam cada vez mais, e como um dementador, a alegria parecia não existir mais.
Severus se encontrava na Torre de Astronomia, não estava no parapeito como gostava de ficar, porém se mantinha em outro canto, que era mais aberto, dando a ele a visão de todo o terreno de Hogwarts.
Porém, não eram os terrenos que lhe chamavam a devida atenção. Seu olhar preocupado encarava o céu negro, e as nuvens que cada vez mais encobriam todo o lugar.
Alguns alunos que se encontravam no pátio, também encaravam o céu, pois parecia uma simples tempestade que iria cair, mais a diferença que eles sentiam eram grande.
Tudo se escureceu completamente, e até a pouca luz da lua que iluminava a comunal da Grifinória, foi dissipada com as nuvens pesadas e negras, fazendo tanto Hermione quanto Harry, se levantarem para olhar o tempo a fora, com certa curiosidade e nervosismo.
Severus sentia um aperto no coração, ele sabia o que aquilo significava, mais era difícil acreditar.
O 'sinal' havia chegado, e ninguém podia fazer nada, a não ser, esperar pelo pior que estava a um fio de começar.
Capítulo feito por: 007_Aylin
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Bisous 😙💚
Até o próximo 💚
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