Capítulo - 31
Quando Sírius disse aquelas palavras, Remus se viu completamente tentado depois que sentiu os lábios do moreno nos seus.
Mesmo que o beijo houvesse durado um curto espaço de tempo, Lupin pôde processar cada detalhe do ato.
Os lábios de Sírius eram tão quentes, molhados e habilidosos.
Quando levou as mãos para o rosto, e a outra para os cabelos do moreno, pôde sentir o cheiro inebriante que o maroto possuía.
Contudo, devaneios invadiram a cabeça do lupino.
Em sua mente surgiu a imagem de Hermione, as lembranças que tiveram, depois, Tonks.
Fazia alguns dias que estava saindo com a metamorfa, e estavam se dando maravilhosamente bem.
Então, o pensamento que o que fizera fôra por impulso o assolou. Afinal, Sírius e ele eram apenas bons e melhores amigos, nada mais.
Sabia que ultimamente ele e Sírius estavam bem mais próximos, o animago por sua vez, estava agindo de forma estranha, e agora, só agora pôde entender os motivos.
— Sírius eu.... eu, não.... — tentou dizer algo enquanto se afastava de Black, que tinha uma das mãos na boca, como se pudesse absorver toda a sensação dos lábios de Remus nos seus.
— Você não o que? — perguntou, dando um sorrisinho de lado, voltando a se aproximar do Aluado.
— Não se aproxima. — falou sem graça, mantendo uma das mãos cobrindo o rosto, sentindo o rosto queimar só em lembrar do que acabara de fazer. — Isso foi errado, muito errado. A Tonks.... Eu....
— Confessa logo Remus, confessa que eu sou irresistível, e que queria fazer isso a tempos. — sorriu de lado.
— O que? Não! — falou nervoso. — O que você tem na cabeça Sírius? Somos só amigos, eu estou tentando algo com a Tonks e... Meu Deus! — falou a última frase mais para si mesmo do que para o outro ouvir.
— Você não estaria tentando algo com a Ninfafora, se fosse menos lerdo, e percebesse que estou dando em cima de você faz tempo. — cruzou os braços, vendo que Lupin o encarava incrédulo.
— O.. o que? — Lupin ficou extremamente sem jeito. — Olha, isso não deveria ter acontecido okay? Eu vou...eu vou dar uma volta.
Não querendo prolongar a conversa, o professor saiu porta a frente, deixando Black entendiado, ao mesmo tempo com um sorriso de escárnio no rosto.
Feliz por ter conseguido pelo menos um beijo do Lupino, Black sabia o que estava por vir.
Conhecia muito bem Lupin, a ponto de saber que o maroto iria o evitar o máximo possível. Contudo, Sírius sabia que teria de ter paciência com o amigo, sabia que ele estava confuso, mais nada que seus métodos não pudessem clarear seus pensamentos.
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Remus on.....
Eu definitivamente não sabia onde estava com a cabeça. Tudo que conseguia lembrar, era de Sírius me beijando, e num ato impulsivo, eu o correspondia.
Antes disso, havia me lembrado quando ele disse para que eu o escolhesse, e se não fosse pelo seu ato repentino de me beijar, eu não teria entendido sua insinuação.
Eu gostava de Sírius, a final, ele tem me ajudado muito, porém era difícil entender que ele gostaria de algo a mais que uma ótima amizade. Eu não entendo...
Eu posso estar sendo tolo, afinal eu o correspondi, porém não consegui achar motivos o suficiente para ter o feito.
Sentir os lábios de Sírius nos meus foi uma sensação inefável, e isso só me fez pensar no quanto a situação era loucura.
Eu estava me saindo bem com Tonks, ela era divertida, inteligente, e me fazia me sentir bem, mais agora.....
Talvez eu devesse esquecer o que aconteceu.
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Dois dias se passaram, e na mansão Black as coisas iam mais tensas do que se podia imaginar.
Quando Sírius estava na biblioteca que a casa possuía, lendo um livro, ou relaxando com um copo de whisky na mão, Lupin evitava entrar naquele cômodo, a não ser claro, quando queria pegar um livro para ler. Porém não ficava menos do que cinco minutos para escolher algo de seu agrado, e ir embora.
O almoço era mais tediante que o normal, Black mesmo tentando puxar algum assunto, era sempre atacado com respostas curtas e breves.
Lupin sequer o olhava menos do que dois segundos, e isso já começava a irritar o anfitrião, que 'jogou tudo para o ar' e decidiu jogar o mesmo jogo que Remus, porém, o inverso.
Se Lupin iria o evitar, ele faria de tudo para chamar a atenção do outro maroto.
Em um encontro informal dos membros da ordem, onde só se encontrariam para conversar algumas banalidades, e trocar um pouco de assuntos sérios, Sírius que conversava animadamente com Arthur Weasley, não deixou de observar o lobisomem mesmo que de longe, que conversava com a metamorfa animadamente.
Pedindo então licença para o meio primo o cacheado se aproximou dos membros da Ordem com um belo sorriso.
— Aluado como vai? — sorriu levando uma mão até o ombro do maroto. — Ninfafora, gostei do cabelo. — sorriu vendo as mechas de cabelos da mulher ficar púrpura de raiva, sabia que ela odiava ser chamada pelo nome.
— Não me chame de Ninfafora! — comentou zangada. — É Tonks.
— Oh desculpe docinho. Velhos hábitos. — sorriu provocativo.
Black gostava muito da mulher a sua frente, porém não conseguia evitar em provocá-la não agora que sabia que ela gostava de Remus, enquanto Lupin, ele, bem, ele não sabia disso, mais ele não gostava dela.
— Um passarinho verde me contou que vocês estão saindo. — sorriu mais uma vez, vendo a expressão nervosa de Lupin, que queria dizer "o que pensa que está fazendo?".
— Pois é! Estamos sim. — Tonks sorriu, olhando para Lupin que sorriu envergonhado.
— Bem... Isso é ótimo! — sorriu, logo dando os parabéns. — Espero que não tenha sido difícil pra você fazer ele prestar mais atenção nos sinais que deu a ele.
— O que? Como assim? — ela perguntou achando a afirmação engraçada.
— Sabemos muito bem o quanto o Aluado é desatento. Ou seja, ele demora demais para prestar atenção quando se trata de alguém dando em cima dele. — alfinetou o professor, que o olhava perplexo.
Erguendo a taça de vinho que tinha nas mãos, como um brinde ao provável novo casal, Black saiu do lado deles com um sorriso no rosto. Sabia que Remus havia ficado num estado de torpor.
Porém, Black não se importava, estava decidido a tentar Remus.
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Depois de uma aula totalmente estressante com Horácio Slughorn, o trio de ouro seguia em direção ao salão comunal da Grifinória.
Harry estava um tanto quanto quieto, diferente de Rony que não parava de comentar com Hermione, as novas espécies de dragões que seu irmão Carlinhos estava cuidando na Romênia.
Hermione estava achando muito interessante por sinal as informações de Rony, se lembrara de Agnes, que certa noite, não queria dormir de nenhuma forma, enquanto Severus não lhe disse mais sobre os "animaizinhos" — segundo ela, — que havia no mundo bruxo, e os dragões pareceram lhe chamar atenção, mesmo sentindo medo quando Severus a contou o quanto eles eram enormes e ferozes.
Chegando a grande sala, deixaram seus materiais de lado, e como de costume, foram se sentar no sofá, que ficava de frente para a lareira.
Harry por sua vez, se sentou no chão, e ficou encarando o nada.
Rony e Hermione se encararam por um tempo, ambos discutindo com olhares, quem iria perguntar primeiro o que havia acontecido.
— Harry! Se eu não lhe conhecesse bem, diria que não tem nada de errado, porém sabemos que isso não é verdade. — Hermione comentou, e vendo que o moreno não respondia nada, cutucou Ron, mostrando a ele ser sua vez de tentar algo.
— É cara. A Mione está certa. Concordamos que você está bem estranho. E não só você, o pançudo do Slughorn também.
— Ele não estava te elogiando como sempre, muito pelo contrário. Ele parecia estar te, evitando? — perguntou retóricamente.
Harry ouvindo atentamente os amigos, não deixou de pensar nas várias coisas que aconteceram no dia do 'Baile de Natal' dado por Dumbledore.
O que os amigos não sabiam, é que depois da comemoração, Harry e Slughorn, continuariam a conversa afável que antes estavam tendo no salão de festas.
Suspirando fundo, tendo noção de que precisava contar tudo a eles sobre aquela noite, Harry que estava sentado no chão de costas para os amigos, se virou os encarando pensando em como começar a falar.
— Lembram da festa de Natal certo? — perguntou encarando os amigos.
— Como não lembrar, Sírius puxou a McGonagall para dançar, foi ilário. — Rony comentou.
Hermione ficou surpresa com o que o ruivo disse, deixando um sorriso escapar imaginando a cena.
— Bem, essa não é a questão. Depois que todos foram embora, o professor Slughorn e eu decidimos que ainda era cedo para acabar a conversa que estávamos tendo no salão. Por isso ele me convidou para tomar uma cerveja amanteigada de seu estoque pessoal.
Harry tinha o olhar atento nas expressões dos amigos, queria dar a eles tempo para processar cada palavra que dizia.
— Como a conversa estava fluindo de forma agradável, eu achei que estava na hora de tentar conseguir aquelas lembranças que Dumbledore me disse sobre Tom Riddle.
— E aí? Conseguiu alguma coisa? — Hermione agitada, perguntou curiosa, sabia o quanto essas lembranças seriam úteis para uma provável queda do Lorde das Trevas.
— Bem... Eu esperei que ele houvesse bebido um pouco mais para poder o interrogar. Porém quando o fiz, a expressão dele mudou completamente. Ele até tentou me expulsar de sua sala, mais eu insisti tanto....
— Você já contou a Dumbledore o que descobriu? Espera, você descobriu algo, não foi? — o Weasley perguntou meio confuso.
— Deixe Harry terminar de falar. — Hermione comentou impaciente.
— Enfim.... O intimei para que me desse respostas, e depois de muito ceder, ele me deu suas lembranças. Confesso que o olhar dele me deixou mal. Ele me pareceu decepcionado depois que me deu suas memórias, e quando as vi entendi o motivo. Ele devia ter muito apreço por Tom Riddle em sua época aqui em Hogwarts, porém quando este questionou sobre as horcruxes, bem, as coisas ficaram meio tensas.
— O...o que é isso? Horcruxes? — o nervosismo do ruivo já começava a aparecer.
— Eu também queria poder saber, mas nessa parte as memórias começaram a ficar fracas, e não pude entender direto o que são. Tentei questionar o professor Horácio, mais quando fui ver, já estava trancado para fora da sua sala.
Os três ficaram quietos por poucos minutos, isso, até Granger resolver dizer algo.
— O que vocês acham que Tom Riddle queria com essas horcruxes? Quer dizer, se ele estava interessado, coisa boa não deve ser.
— Eu pensei o mesmo Mione, porém ainda não conversei com Dumbledore para descobrir algo útil.
— Talvez esteja mais do que na hora de falar com ele. Afinal já demorou demais para tirar essa dúvida. — olhou o amigo enquanto se levantava.
— Onde você vai? — Harry perguntou se levantando rapidamente.
— Eu vou a biblioteca ver se acho alguma coisa sobre o assunto. Não podemos desperdiçar algo que possa nos ajudar a derrotar você-sabe-quem. Enquanto isso, você vai até Dumbledore.
Sem falar mais nada, Hermione correu comunal a fora, tinha uma vaga idéia de que Severus não havia voltado para casa, e que estava a esperando para irem juntos, porém sua curiosidade Grifinória era maior. Precisava pesquisar na biblioteca primeiro.
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Hermione on......
Os corredores do castelo estavam bem menos agitados que o normal, o que era de se esperar, já que a noite estava bem próxima.
Porém, isso não me impediu de ir até a biblioteca, afinal, quanto mais demorasse, menos coisas acharia sobre as horcruxes, e menos entenderia o que Voldemort queria com elas.
Madame Pince não era uma mulher muito divertida, geralmente tinha uma carranca na cara, assim como Severus, porém a mulher sabia ter simpatia a maioria das vezes.
Seu jeito sério, se dava por muitos alunos não obedeceram suas regras na biblioteca, e por muitas vezes, ver que os livros não eram tratados como mereciam, o que dava para entender, principalmente alguém como ela que tinha uma paixão descabida pelas capas grossas.
Como disse, ela não era o tipo de pessoa que se fazia alguma amizade rapidamente, porém era bom saber que ela tinha um pouco de empatia por mim, uma vez que quando entrei na biblioteca, ela me deu um sorriso amigável.
Fui direto a seção de livros nos quais falavam sobre objetos mágicos. Não tinha nenhuma certeza o que encontraria alí, pois sequer sabia o que eu estava procurando era.
Por fim acabei por não achar nada, então passei para um livro de feitiços antigos, depois comecei a folhear outro livro que continha curiosidades sobre o mundo bruxo, e artefatos misteriosos, mais nada.
Havia perdido a conta de quantas vezes voltei para a mesma página, achando que algo poderia bater, mais era em vão.
Cansada, olhei para o pequeno e delicado relógio em meu pulso, e constatei que havia permanecido na biblioteca por um bom tempo, já que o horário mostrava ser mais de oito horas, e o jantar já deveria ter sido servido.
Então, guardando os livros cada um em seu lugar, rumei diretamente para as masmorras, tomando o devido cuidado para que ninguém me visse.
Já na sala de Severus, um silêncio completo se instalava no local, o que me fez pensar que ele havia voltado para casa, porém quando me virei para fazer o mesmo, ouvi sua voz grossa em barítono, que me arrepiou por completo.
— Achei que havia se esquecido que iríamos embora juntos. — ainda de costas para ele, pude sentir seu característico perfume amadeirado e ervas, era divino.
Constatei que ele havia acabado de tomar banho, pois quando ele me abraçou por trás, o cheiro se intensificou, me inebriando por completo.
— Eu perdi totalmente a noção da hora na biblioteca. — suspirei, sentindo ele me apertar.
— Huuuum. Minha tracinha de livros. — sorri com o apelido que ele acabara de me dar. — O que chamou tanto sua curiosidade, para que me deixasse esperando tanto? — resmungou, tirando toda minha concentração quando senti suas mãos tirarem meus cabelos que cobriam meu pescoço, logo começando a depositar beijos quentes e molhados na curvatura que ligava ao ombro.
— Harry me disse algo muito importante então..... — parei por um momento enquanto sentia seus beijos, e uma mão boba entrar por debaixo da camisa do meu uniforme.
Seus toques eram tão excitantes, que era impossível em me concentrar, e responder algo concreto.
— Sevie.... — gemi quando senti sua mão apertar um dos meus seios. — Você... Nem está prestando atenção.
— Em que exatamente? — murmurou, me virando para ele de forma rápida.
— No que estou dizendo sobre Harry! — comentei, vendo ele grunhir só em mencionar meu amigo.
— Aquele testa rachada não me importa em nada. — suspirou me olhando. — Agora você....
Antes mesmo que eu pudesse dizer algo, rapidamente senti suas mãos passarem por detrás de minhas pernas, me puxando para ficar em seu colo.
Percebendo que fui pega desprevenida, ele sorriu descaradamente, e céus, aquele sorriso acabava comigo.
— Você é um tarado! — ri enquanto ele me colocava sentada em sua mesa.
— Isso é uma reclamação Granger? Pois se for... — mal terminou de falar, e deu um sorrisinho quando gemi ao sentir sua mão, agora entre minhas pernas.
— Sevie... Eu.... Não para. — pedi, vendo que ele voltara a beijar meu pescoço, vez ou outra sussurrando em meu ouvido.
— Sempre tão molhada.... — sua voz saiu rouca e abafada me dando êxtase. — E sempre deliciosa. — comentou, tirando seus dedos que me massageavam e os levando até os próprios lábios.
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Sentados na poltrona de couro negro que ficava na sala de Snape, Hermione e o mestre em poções trocavam mais algumas carícias depois de algumas rodadas quentes de sexo.
O homem de cabelos negros estava sentado com a garota em seu colo, seus corpos suados e cansados, porém não queriam se desgrudar de nenhuma forma.
— Você é minha perdição Hermione! Céus, me deixa louco cada vez mais. — exclamou, alisando as costas da namorada, que agora mantinha a cabeça encostada em seu ombro.
— Estou cansada demais para pensar em um argumento melhor, então faço de suas palavras as minhas. — sorriu se aconchegando mais no corpo do homem. — Sevie?
— Huum! — exclamou fechando os olhos, esperando que Hermione continuasse.
— Eu tenho um pergunta, e acho que você possa a me responder. — falou, não fazendo nenhum movimento que pudesse tirar o conforto que era estar nos braços de Snape.
— Então faça. — pediu, a apertando mais contra seu corpo.
— Você sabe o que é uma horcrux? — não vendo o rosto do amado com sua pergunta, Hermione não teve certeza de qual sua reação a tal pergunta.
Arqueando uma das sobrancelhas, Severus ponderou em responder a pergunta da garota, porém, antes que a fizesse, precisava entender o motivo de tal.
— Por que quer saber? — perguntou calmo.
— Bem.... É uma longa história.
— Então me conte!
Depois de contar toda a história para Severus, sobre o pedido de Dumbledore para que Harry descobrisse as memórias que Horácio Slughorn tinha de Tom Riddle, e de falar que nelas continham algumas lembranças que falavam sobre as horcruxes, a bruxa ficou em completo silêncio, talvez Snape não tivesse gostado nada da história.
— Tenho um breve conhecimento sobre. Porém não acho que te dará muitas respostas. — comentou vagamente.
— Acha que devemos usar isso ao nosso favor? Quero dizer, é uma ótima chance de descobrir os planos de Voldemort, porém contar a ele o que sabemos que Harry pode descobrir, nos deixará a par de suas futuras idéias.
— Eu não sei. Preciso conversar com Alvo, porém não pensemos nisso agora, sim? — respirou fundo. — Está um pouco tarde, e bem, não creio que iremos encontrar a casa inteira se demorarmos mais. Agnes deve estar esperneando por não termos voltado ainda.
Por um breve momento, Hermione se culpou por ter esquecido da garotinha. Tinha pegado tanta afeição a ela, porém esse momento com Severus a deixou desnorteada.
Havia se esquecido como era bom só eles dois, mesmo que Agnes tenha vindo num ótimo momento, e tenha colocado suas vidas de cabeça para baixo com tanto amor e carinho que ela tinha a oferecer.
— Meu Deus Severus! — falou num rompante se afastando rapidamente do amado, deixando os pensamentos de lado para se questionar. — Quem está cuidando da Agnes? — falou preocupada.
Snape rindo do modo preocupado da jovem, tentou a acalmar, ainda com um sorriso no rosto.
— Como sempre, Winky se dispôs a ficar com ela. — sorriu. — porém na hora do almoço, recebi uma carta de Remus, avisando que estava na mansão para ficar um pouco com ela. Ele deve estar lá até agora! — e mais uma vez sorriu, imaginando o quanto a garotinha estava deixando Lupin de cabelos em pé. — Já que ele será padrinho dela, e está devidamente controlado, não vi motivos para não o deixar ir.
— Você.... — ela o olhou imprecionada. — Você a cada dia me surpreende mais. — sorriu logo dando um beijo demorado nos lábios finos do homem.
Hermione não poderia estar mais feliz, afinal, Severus estava deixando sua rivalidade com os marotos de lado. Claro, Lupin era o único que se salvava, porém já era um belo começo.
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Era uma típica sexta feira, Severus mesmo dormindo de mal jeito, já que Agnes havia tomado todo seu espaço na cama, não podia estar se sentindo melhor.
Levantando mais cedo que o normal, desceu as escadarias indo direto para a cozinha, onde decidiu fazer um café da manhã para ele, e para as garotas da sua vida.
Claro que essa disponibilidade toda, se dava ao fato de que as coisas estavam bem tranquilas nos últimos dias. Malfoy estava lhe dando alguns problemas, mais nada que não pudesse resolver.
E ainda havia Potter! Desde o que Hermione havia lhe contado, seus pensamentos andavam a mil, porém, não estava se preocupando tanto.
Hermione ainda estava dormindo, assim como a garotinha, que depois que havia se desgrudado de Hermione para aproveitar o melhor espaço na cama, passou a agarrar o coelhinho de pelúcia, que Severus começou a achar uma gracinha a atitude da pequena.
Preparando algumas torradas, suco e outras coisas mais, Severus não resistiu em se servir de uma xícara de chá enquanto esperava as torradas ficarem prontas.
Porém, sua atenção foi tirada, quando sentiu bracinhos pequenos abraçarem em volta de uma de suas pernas.
Ao olhar para baixo, pôde ver Agnes, que tinha o rostinho inchado pelo sono, e os cabelinhos todos bagunçados.
Deixando a xícara no balcão, ele se virou para ela com um sorriso no rosto, e a pegou no colo.
— Bom dia minha princesinha! — deu um beijo casto da ponta do narizinho pequeno, fazendo a menininha dar um sorrisinho.
— Bom dia pincipe. — falou com a voz manhosa.
— Posso saber o que faz acordada tão cedo? — perguntou, voltando sua atenção ao café da manhã, enquanto mantinha a pequena em seus braços.
Não recebendo nenhuma resposta, Snape viu que a garotinha havia dormido em seus braços. Foi tão rápido, que não segurou um sorrisinho no rosto.
Ele ficava admirado o quanto ela tinha confiança nele. Nunca fôra bom com crianças, e as que tentava se aproximar dele, sempre fugiam por medo.
Porém Agnes era diferente, ela sempre que podia o agarrava, e se pudesse não soltava mais. E isso esquentava seu coração.
Se lembrou então das palavras de Dumbledore quando surgiu na sala do diretor, e se pôs a chorar no colo de Minerva, pela perda do filho.
“É possível encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias,
basta se lembrar de procurar pela luz.”
Agora ele podia entender melhor. Agnes era essa felicidade, a luz que ele deveria procurar, mais surgiu para ele e Hermione de forma tão inesperada.
✧*:.。.✨.。.:*✧
Depois de tudo pronto, Severus levou a menininha de volta para o quarto, a depositando delicadamente na cama, depois a cobrindo.
Hermione não estava mais dormindo, e não a encontrando, supôs que ela estava no banheiro tomando um banho.
Seus pensamentos estavam certos quando dele, saiu a jovem, com seu uniforme no corpo, e os cabelos úmidos por os ter lavado.
Vendo que a filha estava deitada e dormindo, Hermione se aproximou do namorado, o desejando um bom dia com um beijo lento e molhado.
— Bom dia pra você também! — Severus comentou. — Eu fiz o café da manhã. Só vou me arrumar, te encontro lá em baixo daqui a pouco.
Em concordância, a garota sorriu, e saiu do quarto.
Minutos depois de tomar um banho e se arrumar. Severus desceu para tomar o café, se surpreendendo ao ver Agnes acordada.
Ela mal havia acabado de voltar a dormir, e já ostentava uma agitação fora do normal.
— Olha só quem acordou de novo! — falou, a pegando e colocando em seu colo para comerem juntos. Não podia negar que havia se apegado muito a ela.
— Como assim, de novo? — a cacheada perguntou curiosa.
— Quando me levantei para preparar o café, minutos depois ela apareceu, e acabou dormindo no meu colo segundos depois. — Hermione não pôde deixar de rir, logo dando um beijo demorado no rosto da garotinha, pelo simples fato de ser extremamente fofa e adorável.
Por precisar fazer algumas atividades extras na escola, Hermione se despediu cedo da filha, que a deixou ir de bom grado, dando um breve adeus a Severus, que encontraria pelos corredores do castelo.
Arrumando tudo para poder aparatar também, Severus estava prestes a deixar instruções para Winky, quando Agnes apareceu com seu coelhinho em mãos, e pediu para que Snape a levasse com ele.
Mesmo explicando mais uma vez o porque ela deveria ficar em casa, o pocionista não conseguiu resistir aos olhinhos brilhantes e o beicinho que a filha fez quando ele disse que não a levaria.
Foi difícil não ceder a aquele olhar pidão, e não conseguindo, deu o dia livre a elfa, levando a garotinha consigo para Hogwarts.
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Em sua primeira aula, tanto as alunas da Grifinória, quanto as da Lufa-lufa e Corvinal, não paravam de suspirar ao ver Agnes sentada em uma cadeira ao lado do pocionista, agora mestre em DCAT.
Enquanto ele explicava feitiços protetores aos alunos, Agnes desenhava em um pedaço de pergaminho.
Severus por sua vez, estava satisfeito com o comportamento da criança.
De onde estava, a pequena deixou de fazer o que fazia, e começou a observar toda a sala, os movimentos que seu pai fazia, e os alunos que não prestavam atenção, e os que prestavam, alguns até demais.
Mesmo no entendendo nada do que acontecia, Agnes observou cada ser ali presente, o que a deixou em dúvida em certo ponto.
Quando a aula acabou, seguiram rumo ao salão principal para o almoço, onde mais uma vez, Hermione ficou perplexa ao ver que Agnes estava ali, mais desta vez, parecendo estar tudo bem.
Na mesa dos professores, Minerva e Alvo babavam pela garotinha, que ficava enroscando suas mãos na barba do velho, e dando risada.
Seu divertimento foi melhor ainda, quando ela conseguiu pegar o chapéu de minerva e colocá-lo na cabeça, mesmo não enxergando nada depois.
Na mesa dos leões, Hermione já começava a ficar irritada com os comentários descabidos sobre Severus.
— Eu nunca pensei que diria isso, mais o professor Snape já é sexy, agora cuidando de uma criança.... — a garota deixou suspenso no ar sua malícia.
— Nem me fale.... Sortuda ela por sempre ser carregada por aqueles braços....
Não aguentando tamanho absurdo, Hermione deixando de comer, bradou furiosa.
— Vocês duas deviam ter um pouco mais de vergonha na cara. — falou zangada. — Ela é uma criança, e vocês ficam aí, fazendo comentário tão descabidos. Um pouco de respeito seria maravilhoso.
As garotas olhando estranho para com a atitude da colega de comunal, ficaram quietas, logo depois voltando a cochichar.
De longe, Severus podia ver o que estava acontecendo, principalmente entender, já que uma das alunas cabeças ocas, sequer sabia ser uma boa oclumente, o que deu a ele espaço para ver seus pensamentos.
Granger com toda certeza estava furiosa com elas, e isso animou o dia do professor, que constatou que Hermione era uma leoa feroz e ciumenta.
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Depois do almoço, Severus seguiu para sua aula de poções que teria com o sexto ano, sabendo que deveria tomar mais atenção com Agnes, que se mostrava curiosa com o vapor que saia dos caldeirões.
Depois de um caldeirão explodir, Snape acabou com a aula, e enquanto limpava o rostinho de Agnes que estava sujo de fuligem pela explosão, não notou a presença de uma sonserina que se aproximou.
— Ãhm... Professor Snape? — chamou meio incerta de como conseguir sua atenção.
Se virando para ver quem era a dona da voz, Severus se manteve indiferente, mesmo que fosse alguém de sua casa.
— Senhorita Greengrass, o que faz aqui se minha aula já acabou? — perguntou de forma ferina.
— Bem.... — olhando para trás do professor, vendo a garotinha sentada ali, a loira sorriu, pensando muito bem antes de falar. — Achei que poderíamos continuar a aula. — sorriu presunçosamente.
Arqueando uma das sobrancelhas, Severus a olhou com desdém, não fazia idéia do que a criatura a sua frente realmente queria.
— Eu acho que fui bem claro, quando disse que a aula acabou senhorita.
— Eu não me referia a essa aula. Se bem ouvi das outras alunas, o senhor é muito bom no que faz. — sorriu maliciosamente. — Porém, elas só começaram o achar interessante porque um homem cuidando de uma criança o deixa sexy, mais quero que saiba que meus interesses vão além disso.
Dafne Greengrass era uma jovem realmente audaciosa, tanto que cada palavra dirigida a Snape, era bem calculada, e se possível, ela fazia de tudo para dizer de forma sussurrada, tendo pelo menos o pouco de respeito para que a criança não ouvisse nada.
— A senhorita está me propondo o que exatamente? — Severus sabia onde a jovem queria chegar, porém estava achando divertido a tentativa.
— O senhor é inteligente, sabe o que quero. — se aproximou mais do homem. — Eu sou toda sua, quando e a hora que quiser. — mordeu os lábios, quando conseguiu levar uma das mãos ao colarinho do sobretudo que Snape usava.
Snape deixou que um sorriso de escárnio escapasse de seus lábios, o que deixou a loura confusa.
Ele não podia acreditar o que estava acontecendo, uma de suas alunas estava sugerindo uma noite com ele, de forma tão descarada que ele não podia acreditar.
Antes mesmo que ele pudesse a afastar e tirar suas mãos de si, Agnes que estava sentada em cima da mesa, protestou.
— Tila a mão do pincepe. — o homem olhando a garotinha, sorriu com seu jeitinho emburrado, que o lembrou um pouco ele mesmo quando o fazia.
A descendo da mesa, para que ela não caísse, já que estava tentando descer sozinha, Severus encarou a loira que se abaixou para ficar na altura da criança.
— Você é muito fofa sabia? — apertou as bochechas de Agnes, que não gostou nada daquilo. —
— Não gosto de você! — a menininha falou, cruzando os braços.
— Por que não? — sorriu diabólicamente, já odiando a atitude da criança.
Enquanto se levantava para a encarar de cima, a loura não percebeu que havia dado motivo o suficiente, para Agnes chutar sua canela, assim como fizera com Sírius um tempo atrás.
— Ahh sua.... Sua mal criada. — vociferou, levando a mão para onde Agnes havia chutado.
Sua raiva era tanta, que se aproximou da garotinha e quando estava prestes a agarrar pelo braço, Severus interveio.
— Se ousar colocar um dedo nela senhorita, me certificarei eu mesmo, que a senhorita não volte a botar os pés neste castelo. — comentou de forma ameaçadora.
— Mais essa fedelha me atacou, você não pode.....
— Ah eu posso sim. — pegou Agnes no colo que começou a chorar. — Tá tudo bem minha coelhinha, não foi nada. — tentou acalmar a filha.
— Você vai proteger essa pirralha sem educação? — indignada.
— Escute bem Greengrass! Eu não tolero esse tipo de atitude. Você está assustando uma criança, e ainda por cima ousou vir até aqui para me assediar, ou fazer sei lá o que. Então sugiro que suma da minha frente, antes que eu perca o pouco de paciência que me resta. A senhorita irá cumprir detenção com Hagrid no final de semana, poderia ser expulsa se dependesse de mim. E sugiro que não apareça mais em minha frente.
A garota assustada com a atitude de Snape, deu uma última olhada para a garotinha, e saiu mancando da sala e bufando.
Vendo que Agnes escondera o rosto em seus cabelos, Snape a chamou para ver se estava tudo bem, porém quando ela o olhou, um sorrisinho arteiro se esticava em seu rosto.
— Você a chutou de propósito não foi? — a olhou abismado.
— Ela meleceu. Meu pincepe. — sorriu colocando os bracinhos em volta do pescoço do mais velho e dando um beijo estalado na bochecha dele.
— Você é danadinha mocinha. — sorriu. — Porém se mamãe ficar sabendo disso, ela vai me matar. Então vamos ficar quietinhos, tá bom?
— Tá bom pincepe.
⊰᯽⊱┈──╌❊╌──┈⊰᯽⊱
No outro dia, o sol estava radiante.
Era um belo sábado, e Hermione não desperdiçou tempo, e saiu para brincar nos jardins da mansão Prince com Agnes, que corria por todos os lados.
Severus havia ido para Hogwarts, precisava conversar com Dumbledore, então deixou avisado que iria voltar durante a tarde.
O clima estava completamente agradável, o que possibilitou uma tranquilidade fora do comum na cacheada.
Como estava nos jardins do fundo, Hermione não percebeu que dentro da casa, uma mulher extremamente elegante aparatava na sala.
Só percebendo, quando esta começou a chamar alto por Severus.
Deixando que Agnes brincasse com seus brinquedos, ela entrou para dentro da casa, chamando atenção da mulher que estava de costas, observando a casa.
— Quem é você? — perguntou com a varinha em riste.
Se virando para ver quem a falava, um sorriso encantador se fez nos lábios da mulher, ao ver Hermione.
— Oh minha querida, não se preocupe. Não precisa apontar a varinha pra mim. Não irei fazer nada a você. A não ser que eu queira.
Franzindo o cenho, Hermione baixou a varinha, pois havia percebido que as intenções da mulher não eram más.
Porém sua curiosidade falava mais alto.
A mulher era muito bonita apesar da idade, tinha a pele branca, os lábios bem vermelhos, e os cabelos eram muito negros, assim como os olhos.
— Desculpe mas, quem é a senhora, e o que faz aqui? — se havia um jeito de ser menos invasiva, Hermione desconhecia.
Sorrindo pelo jeito desconcertante da garota, a bruxa mais velha falou apenas o necessário.
— Vejo que Severus não fez questão alguma de falar sobre mim. É um prazer conhecer a mulher que o faz feliz. Me chamo Eileen. Eileen Prince Snape. — sorriu vendo a cara de espanto de Hermione.
— Eu... Eu, ó céus me desculpe. Eu não queria apontar a varia pra você.
— Queria sim. Mais não me incomodo, afinal você não sabia quem eu era. E estava completamente desavisada de minha vinda. Enfim..... Me dê logo um abraço.
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Depois de uma conversa estendida com a sogra, Hermione nunca imaginou que se sentiria tão bem.
A mulher tinha as feições de ser rígida, porém bastava cinco minutos de conversa, para ela perceber que não era nada daquilo.
Hermione estava tão concentrada na conversa, que se sentiu culpada por estar falando de sua vida desde que ela e Severus decidiram ficar juntos sem parar.
Eileen estava adorando a nora, em sua mente, ela não poderia ser melhor.
— Eu fico muito contente em saber que você e meu filho estão juntos. — sorriu para a castanha. — A infância de Severus não foi nada fácil, muito menos a minha vida, porém sempre me preocupei com ele.
— Eu entendo. — Hermione disse, sentindo a dor do que Severus pôde ter passado.
— Aquele menino levado. Acredita que fiquei sabendo de você por Minerva? Ele nem sequer me mandou uma carta. — disse indignada, mais rindo da atitude do filho que não mudou nada. — Ele sempre foi alguém fechado, então quando soube que ele tinha alguém na vida dele, eu literalmente pulei de alegria.
— Eu sinto muito por isso. Ele quase não citava a senhora em nossas conversas, então não sabia o tipo de relação de vocês. E as coisas estão tão agitadas, e depois da chegada de Agnes...
Eileen estava tão centrada na conversa, que se achou idiota por se esquecer de um dos assuntos mais importantes que veio o caminho inteiro se questionando para não esquecer.
— Primeiramente, me chame de 'você'. E segundo, céus como fui tola em esquecer.... — colocou a mão na cabeça se repreendendo. — Eu tenho uma neta. — sorriu. — Onde ela está? — sua animação foi tanta, que Hermione não disse mais nada, apenas se levantou de onde estava, e guiou a sogra até o jardim onde Agnes estava.
Voltando ao espaço arejado, Hermione avistou a garotinha que brincava com seu coelhinho de pelúcia, mais outros brinquedos, não precisou nem chama-lá, quando ela percebeu veio correndo em sua direção.
— Mamãe! — gritou pulando no colo dela.
— Oi meu amorzinho! — sorriu dando um beijo na menininha.
Agnes quando viu a mulher ao lado da mãe, arregalou os olhinhos, mais não por estar com medo, mais sim por se lembrar de seu pai.
— Ela palece com o papai Sevelus. — apontou com os dedinhos.
— Você me acha parecida com ele? — Eileen tomou as rédeas da situação, se derretendo pela neta.
— Sim... Mais um pouquinho difelente.
— E você sabe porque somos parecidos? — ela perguntou sorrindo, e vendo que a garotinha acenou com a cabeça em um 'não', ela prosseguiu. — Bem, eu sou a mamãe do seu pai. Sou sua vó!
A garotinha arregalando os olhos surpresa, deu um sorriso enorme, que encantou as duas mulheres.
Ela claramente estava muito feliz por conhecer Eileen.
Então sem pensar, a garotinha jogou o corpo para frente para que Eileen a segurasse, e quando a mulher o fez, ela disparou a falar.
— Você também faz coelhinhos com valinha? — perguntou, se lembrando que Severus sempre fazia o feitiço para a distrair.
— Mais é claro. Não só coelhinhos como borboletas, gatinhos, o que você quiser.
— A vovó é uma bluxa diveltida. — sorriu enlaçando seus bracinhos no pescoço da sua agora vó.
⊰᯽⊱┈──╌❊╌──┈⊰᯽⊱
Eram quase cinco horas da tarde, e Severus havia acabado de chegar.
Ele podia ouvir gritos e risadas de Agnes que vinham do jardim, então imaginou que ela e Hermione estariam brincando.
Então antes de ir se juntar a elas, seguiu até a cozinha, porém se assustou ao ver a imagem de Hermione fazendo um bolo.
— Oi.. Como foi sua reunião com Alvo? — perguntou se virando para ele enquanto limpava as mãos.
— Bem! Quem está lá fora com a nossa filha? — perguntou desconfiado, pois ninguém os encontraria alí, a não ser Alvo e Minerva, que não podiam estar alí, pois ele acabara de sair de uma conversa com eles em Hogwarts.
— Não se preocupe, ela está em boas mãos. Já você, não sei se irá se safar tão fácil! — sorriu se lembrando de quando Eileen disse que daria uma coça no filho por emitir tanta coisa.
Arqueando uma sobrancelha, Severus seguiu até o jardim, estancando no meio do caminho, quando viu a cena de sua mãe e sua filha brincando no gramado.
— Sevelus. — a garotinha deixou a vó plantada no chão, para ir até Snape, que a pegou nos braços. — Eu tava com saudade. — ela falou abraçando o homem de vestes negras.
— Oh, eu também meu anjo. — sorriu.
— Olha só quem tava blincando comigo! — ela apontou os dedinhos para Eileen, que se levantou e vinha em sua direção.
Severus voltando a criança novamente no chão, endireitou o corpo ficando em postura reta, e a senhora Prince vendo que Agnes entrara para dentro, aproveitou a deixa, para bater na cabeça do filho com um ursinho de pelúcia que estava em suas mãos.
— Posso saber o motivo de tal atitude? — Snape perguntou arrumando os cabelos furioso por ter levado uma ursada na cara.
— O motivo? Você quer mesmo saber o motivo? Severus Prince Snape, eu não acredito em você! — rugiu feroz. — Estou sem notícias suas a meses. Sabe o que é isso? Aí eu recebo uma carta de Minerva me contando as novidades.....
— E você está brava por isso mulher? — Snape a olhou desanimado.
— Olha o respeito comigo rapaz! Eu posso muito bem te azarar. — respirou fundo. — Sabe qual a sensação de descobrir tudo por outra pessoa, em vez de você? O que custava me escrever? Tenho certeza que sua mão não iria cair se fizesse um esforço.
Não aguentando olhar para a cara de poucos amigos de Severus, Eileen pegou novamente o ursinho e começou a bater nele.
Da janela da cozinha, Hermione olhava tudo, rindo descaradamente de toda a cena.
— Já chega! Pode parar com isso. — desviou de levar o brinquedo na cara.
— Você pelo menos ia me contar sobre minha neta? Hum? — falou um pouco mais calma.
— Quando eu tivesse tempo eu...
— Ora seu desmiolado. — reclamou. — Quer saber, esqueça isso. Eu já conheci minha nora, que é uma garota incrível, e pude brincar com minha neta que é um pinguinho de gente. Tão fofa. Não vou deixar você estragar isso.
Snape franzindo o cenho para o que a mãe dizia, apenas deu um sorriso soprado, e quando tentou virar as costas para entrar para dentro, sentiu as mãos da mulher segurar seus braços.
— Pode voltar aqui seu teimoso, eu quero meu abraço e meu beijo. E se pensa que nossa conversa acabou está muito enganado. — puxou o filho que deu uma risada divertida e anasalada, e a abraçou forte.
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Enquanto Hermione preparava o café da tarde, Agnes, Eileen e Severus conversavam na sala de estar.
A cacheada achou que deveria deixar mãe e filho conversarem, pois pelo modo que ela ficou brava com ele, eles não se viam a tempos.
Snape contou tudo a mulher, que certamente não apoiava as atitudes do filho, porém, quando a história mudou, e ele começou a contar sobre ele e Hermione, a conversa embalou.
Ele contou sobre como ele e Hermione acabaram juntos, e como ele acabou cedendo as tentativas dela de o ter.
Contou tudo, até mesmo da gravidez de Hermione, e do que aconteceu depois para que ela perdesse.
— Mais ai eu cheguei né papai? — Agnes comentou sorrindo, vendo que o assunto de seu 'irmãozinho' abalou os ânimos.
Ambos riram da forma doce e gentil da criança de ser. Ela era um bálsamo para a vida da grifana e do sonserino.
— Sim meu amor. Aí você chegou, e me fez muito, mais muito feliz. — sorriu.
— Quem diria que você seria um pai babão. — a matriarca comentou sorrindo, o que fez com que Severus voltasse a seu estado normal.
— Eu não sou um pai babão. — fez uma carranca, logo voltando a dar atenção a Agnes que mexia em seus cabelos.
— Sei que a história de como você a encontrou foi bem, como posso dizer, complicada. Porém, não posso deixar de pensar que ela é muito parecida com você filho. — a bruxa questionou, ainda boba de como a menina se parecia com Severus.
— Não foi a primeira a dizer isso. Alvo e Minerva também comentaram sobre o assunto, mais não acho que isso seja verdade. Ela é linda e delicada, e talvez, só talvez, a convivência a tenha dado alguns traços que a fazem se parecer conosco.
— Bem, talvez sim. Mais olhe bem para ela. Tem os cabelos negros dos Prince, a pele alva e delicada também. Os olhos lembram muito Hermione, assim como as poucas sardas que tem no rosto. — comentou. — Qualquer um que vê, pensa que é sua filha legítima. Sem falar que ela tem o seu gênio.
— Isso tenho que concordar. — Hermione surgiu na sala, se sentando do lado da sogra. — Ela passa tanto tempo grudada com Severus, que está pegando as mesmas manias dele. — sorriu.
— Viu. Até mesmo minha nora concorda comigo. — elas riram da carranca que Severus fez por o insultarem por ter um gênio, complicado.
— Bem, pelo que vi a conversa está muito boa, porém porque não continuamos enquanto tomamos um café? — a cacheada perguntou já se levantando, mais antes que pudesse seguir até a cozinha, a campainha tocou.
Agnes num pulo havia saído correndo para atender a porta, porém era pequena demais para conseguir abrí-la, então Severus atrás dela, a ajudou.
Quando a porta foi aberta, Lupin que estava de costas se virou, dando um sorriso para o anfitrião, que sem falar nada, lhe deu passagem para entrar.
— Boa tarde Severus! — cumprimentou.
— Remus. — se limitou a dizer muita coisa.
— Tio Lemus. — Agnes gritou animada, esticando os bracinhos para que o Lupino a carregasse.
— Oi princesa, como vai?
✧*:.。.✨.。.:*✧
Depois da chegada de Lupin, o café da tarde na mansão Prince foi bem agitado e divertido, ainda mais com a presença de Sírius, que havia chegado minutos depois.
A garotinha ria das brincadeiras do maroto, que não parava de olhar Lupin de longe.
O lobo tentava o evitar o máximo, mais Black tinha o poder de conseguir ser inconveniente quando queria.
Severus e Hermione olhavam tudo de longe, ambos achando estranho a atitude dos marotos um com o outro, mais não podiam questionar, afinal não sabiam o que se passava.
Já durante a noite, com Agnes dormindo em seus braços, Sírius fazia carícias no cabelinho da criança quando Severus e Hermione comentaram junto de Eileen, que a cerimônia de apadrinhamento de Agnes aconteceria a poucas semanas.
— Isso é sério? — Remus perguntou animado.
— Sim. Não temos motivos para demorar a fazê-lo. Agnes está bem animada. — Hermione comentou.
— Como não poderia? Afinal ela terá o melhor padrinho de todos. — Sírius comentou convencido, fazendo Snape revirar os olhos.
— Espero que esteja se referindo a Remus! — Eileen comentou, fazendo todos rirem da cara que Black fez.
⊰᯽⊱┈──╌❊╌──┈⊰᯽⊱
— Lucius, Bellatrix e os demais. Vocês ficarão responsáveis em trazer a profecia para mim. — o Lorde dizia de forma agitada, enquanto andava de um lado para o outro.
— O garoto Milorde! Ele não tem correspondido as visões? — Lucius perguntou curioso.
— Ele é burro o suficiente para pensar que tudo não passa de um sonho. — sorriu diabólicamente. — Porém estava ficando tudo chato demais, então mandei um aviso através de Arthur Weasley. Confesso que era para ele ter morrido, porém o importante é que o garoto entendeu o recado. Com sorte, ele estará no Ministério, e eu acabarei com ele.
Voldemort a poucos dias, havia tido para seus comensais, a brilhante idéia de invadir a mente do menino que sobreviveu.
Achando que conseguiria chamar a atenção do garoto com visões, dando dicas do que ele iria fazer, Riddle se sentiu satisfeito quando seu plano deu certo.
Para ele, Potter era tão burro, que cairia facilmente em sua armadilha, e funcionou.
Ao pedir que seus fiéis servos fossem ao Ministério para pegar a profecia, ele teria a chance de enfrentar Harry, que sabia de todo o plano do ofídico.
Voldemort queria a profecia para que ele pudesse saber completamente o que ela dizia, no caso de conter qualquer informação que pudesse ajudá-lo a acabar com o garoto, porém, não sabia se ela serviria de algo, já que pretendia matá-lo rapidamente num breve duelo, onde ele sabia que Harry lutaria para não deixar que o presságio caísse em suas mãos.
Atravessando pelas portas do salão, os comensais mais importantes estavam a frente do Lorde, principalmente Hermione e Severus, que foram mantidos a par de tudo.
— Você ficará ao meu lado Severus. — o homem sorriu para o pocionista. — Já a senhorita LeBlanc....
— Milorde. — Hermione ousou em interrompê-lo. — Não sei quais seus planos para mim, mas peço que me deixe lutar ao lado do Potter.
A olhando de forma incrédula, Riddle esperou uma melhor explicação da cacheada.
— Você quer lutar ao lado de Harry Potter? — perguntou com raiva na voz.
— Milorde. Eu estou aqui para servi-lo, porém não poderei o manter informado do que ele faz, se ele descobrir que o sirvo.
— A garota tem razão Milorde! — Lucius deu um passo para frente, concordando com Hermione. — Mesmo que seja difícil dizer, ela tem sido bem útil.
Ponderando o que a grifana dizia, mais a opinião não muito importante de Malfoy, Voldemort chegou numa conclusão.
— Pois bem. O faça então LeBlanc.
✧*:.。.✨.。.:*✧
Se encontrando com Harry, Rony e alguns membros da Armada de Dumbledore em Hogwarts, todos armavam um plano de como procederiam para entrar no ministério sem serem notados, principalmente pelos comensais, que estariam vigiando todo o local.
Harry havia dito que não queria ninguém o ajudando, não queria colocar ninguém em perigo, mais a forte amizade que todos alí tinham, era maior, e a vontade de acabar com tudo aquilo e Voldemort, também.
Conseguindo então todos entrarem, caminharam todos juntos por um corredor estreito, onde Harry comentou estarem no lugar certo, pois era igual as visões que tinha.
O lugar era completo por um breu, que diminuía aos poucos conforme as varinhas se acendiam.
Quando podia se ver melhor, estavam todos em uma sala com longas e altas prateleiras. Todas, cheias com esferas parecidas com bolas de cristais. Eles só precisavam achar a certa.
— Isso é incrível. — Rony sussurrou, olhando todo o lugar.
— Acha que estamos sozinhos? — Gina perguntou, segurava sua varinha firmemente, preparada se algo acontecesse.
— Não faço idéia, mais acho que devemos ficar juntos. — foi a vez de Harry dizer.
O silêncio era aterrorizante, porém se tornou pior quando Luna disse ver algo se mexer no fundo da enorme sala em que estavam.
— Eu acho que não estamos sozinhos Harry? — sua voz mostrava um pouco de preocupação.
Sons de aparatação começaram a ser ouvidos, e os adolescentes não sabendo de onde vinham, se juntaram um de costas para os outros, protegendo a retaguarda de cada um.
Feitiços começaram a vir na direção deles, desprevenidos, começaram a correr pelos corredores, vez ou outra se virando para trás para tentar acertar algum feitiço nós comensais que surgiam em grande quantia.
— Se separem. — gritou Harry, vendo que seria mais fácil.
— Harry! Não! — Hermione bradou, mais quando foi ver o amigo já havia sumido.
As esferas começaram a se quebrar elas rajadas de feitiços que os atacavam. Vinham com tanta força, que as prateleiras começavam a desabar em cima deles, restando como única alternativa, correr.
Hermione estava ao lado de Neville, não se importava se seria julgada por atacar um comensal, mais não deixaria Longbottom sozinho.
Mais uma vez os amigos se encontraram em meio a confusão, Harry conseguira achar a profecia, mais Lucius foi mais rápido em cercá-los.
— Me dê a profecia Potter! — pediu com um sorriso diabólico, que piorou ao ver que Harry não o daria a esfera brilhosa.
Quando tentou tomá-la a força, um feixe de luz o atingiu, fazendo o voar para longe.
Os garotos olhando para trás, sorriram brevemente ao ver Shacklebolt, Lupin, Tonks e Sírius na porta de entrada.
A Ordem da Fênix estava ali para os ajudar.
Em um lugar com melhor espaço, a luta se iniciou mais uma vez.
Malfoy não iria desistir tão facilmente, começando um duelo acirrado com Sírius, que havia lhe dado um soco na cara, antes de começar a desferir azarações para cima do loiro.
Ao seu lado, Harry tentava derrubar alguns comensais, sentindo uma raiva tremenda quando Bellatrix surgiu com sua risada extridente.
Ele tentava a acertar de todas as maneiras, porém sempre ela desviava, zombando da sua cara.
Por um momento, ele pensou que ela desistira de o provocar, mas ela aparatou atrás de Sírius, um pouco longe, lhe lançando uma imperdoável.
— Avada Ked... —
Harry sequer teve tempo de pensar direito, e quando pensou que perderia Sírius, Remus foi mais rápido em a atacar primeiro.
— Estupore! — Remus bradou, acertando Lestrange que caiu inconsciente.
— Isso foi incrível Aluado. — Sírius gargalhou, logo voltando a duelar.
✧*:.。.✨.。.:*✧
Quando todos pensaram ter acabado, e muitos já se retiravam para tratar alguns feridos, como Neville que havia sido machucado, e Luna que tinha batido a cabeça, a imagem negra de Voldemort surgiu.
Ele tinha um sorriso diabólico no rosto, de forma que ressaltavam o vermelho de seus olhos.
Seu olhar causou um arrepio em Harry, que percorreu toda sua espinha, o fazendo suar frio.
Harry segurava a varinha firmemente, de forma que as unhas ficassem em sua palma da mão e a machucasse.
De longe, ambos se encaravam, e como um aviso que um duelo entre e eles iria começar, Voldemort gritou seu nome.
— HARRY POTTER! — levantando sua varinha em aste, feixes de luz começaram a sair de suas varinhas.
Hermione que via tudo de longe tentou ir até o garoto para o ajudar, mais Lupin a segurou, deixando que os dois fizessem o que tinham de fazer.
Sem saber como, a figura alva de Dumbledore surgiu para dissipá-los, e outra batalha começou, terminando com o Lorde da Trevas sumindo numa fumaça negra.
A profecia havia sido destruída, e nem Voldemort e Harry saberiam o que nela continuam, porém algo dizia que as coisas só iriam piorar daqui pra frente.
Escrito por: 007_Aylin
O que acharam?💚
Bisous da Tay 😙💚
Até o próximo 💚
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