Capítulo - 21
Desde o fatídico dia no qual Snape e Hermione haviam tido um contato um pouco maior, - que na opinião do mestre em poções não devia ter acontecido, - os encontros entre eles se tornaram não mais que um simples treino, o que deveria ser desde o começo.
Snape não confessaria nem sobre tortura, mais estava muito satisfeito com o progresso com que Granger havia tido em questão de seu controle mágico e sentimental.
Por mais que se fizesse indiferente ao que acontecera em seus aposentos a alguns dias, não conseguia esquecer o motivo que fazia a castanha surgir em sua mente naquele momento.
Mesmo em muito pouco tempo, estava com sucesso conseguindo evitar a grifana, por mais que a proximidade que permanecia diante delas em seus treinos, o deixasse balançado.
Ela era maluca por o beijar enquanto ele 'dormia' quando estavam em sua casa, mais insana ainda quando fizera aquilo em seus aposentos nas masmorras.
Bebendo um copo de firewhisky enquanto mantinha se sentado em sua poltrona, lembrava do momento em que entrou no laboratório de sua casa na Rua da Afiação, e viu a castanha parada, observando o líquido verde meio azul escuro derramado no chão.
Uma sensação estranha tomou todo seu corpo. Amortentia! Reconheceu de imediato mas..... O que o causou certo desconforto, foi que não mais sentia o cheiro doce e perfumado de Lírios. Não sentia mais o cheiro dela. Lily!
Seria o cheiro de Hermione aquele com toque de baunilha e morangos? Mas..... Ele não a amava, então por que sentiu seu cheiro? Certamente ela havia sentido o cheiro de Lupin, por isso evitou a pergunta que a fizera.... Mais isso não interessava a ele.
Só, que a garota era maluca se achava que ele teria algo com ela. Era seu professor, e além de tudo, um maldito comensal que havia feito, e ainda faz coisas que o faziam indigno de qualquer apreço.
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Enquanto Severus permanecia envolto de seus pensamentos, Hermione se encontrava sentada de frente a mesa decorada com objetos curiosos, enquanto Alvo Dumbledore alimentava sua tão amada fênix Fawkes.
A jovem grifinória o olhava atentamente, sorrindo e pensando o quanto o velho diretor era um homem tão incrível, e simples ao mesmo tempo.
Certamente um bruxo muito habilidoso e poderoso, mais seu jeito peculiar e doce de ser mudava tudo. Além de ser um conselheiro indispensável. Se bem que muito do que dizia, era um novo enigma a ser revelado.
- Como andam seus treinamentos com o professor Snape senhorita Granger? Ou devo dizer LeBlanc? - perguntou o velho de olhos azuis, voltando a sua mesa enquanto limpava as mãos nas vestes.
- Ainda não parei para pensar qual sobrenome prefiro. - argumentou, sorrindo envergonhada.
- Entendo! Creio ser uma decisão complicada. - a olhou docemente. - Mais me diga minha jovem, Severus tem sido paciente em seus treinamentos?
- O professor Snape tem me ajudado muito, apesar de quase tê-lo matado algumas vezes. - sorriu de lado.
- Oh..! Bem, Severus sabia no que estava se metendo quando se ofereceu para ajudá-la. Ele é forte, não é atoa que Voldemort o apreciava como seu melhor servo.
Hermione sentiu o desconforto ao nome do Lorde das Trevas ser mencionado.
Se lembrava da conversa que tivera com Snape sobre ser comensal, e mesmo que tivesse aceitado, não se sentia bem com isso.
- A senhorita provavelmente já sabe o do porquê a chamei, não sabe? - perguntou ajeitando os oclinhos meia lua no rosto.
- Não senhor! - disse, o olhando com curiosidade.
- A pouco tempo, o professor Snape compareceu a meu escritório, comentando sobre um fato que a muito vínhamos falando. - se ajeitou na cadeira antes de continuar. - O assunto, se tratava sobre o Lorde das Trevas não estar mais confiando nele, e para isso, teria de mostrar sua lealdade.
- Sei onde o senhor quer chegar! - comentou um pouco aflita. - O professor Snape e eu conversamos sobre isso, o que confesso não ter sido nada agradável.
- Então sabe que a senhorita, mesmo sendo uma decisão complicada, está em jogo. Quero dizer, que está na hora de se juntar a eles.
Hermione havia aceitado a proposta quando falara com Severus, mas mesmo assim não pôde conter a pequena lágrima que escorria por seu rosto.
Fazia isso por Harry, para protegê-lo, não só ele como todos do mundo bruxo. Havia algum jeito de ajudá-los, mesmo que fosse da pior forma possível, que seria de tornar uma comensal.
- Sei que é uma decisão difícil senhorita, e sei que como boa amiga que é, não poderá contar nada disso a Harry muito menos a Rony.
- Eu....entendo! - comentou cabisbaixa.
- Senhorita....entenda que por mais difícil que seja, é para uma boa causa. O professor Snape precisa da confiança de Voldemort novamente, sem isso não poderíamos nos manter a frente da guerra.
- Eu entendo diretor... Só, só é tudo muito estranho. Estar lá, do lado negro e ao mesmo tempo na Ordem.....
- Compreendo, mais saiba que nada irá lhe acontecer. Severus estará ao seu lado e irá se encarregar de protegê-la e lhe dar álibi quando necessário. Por enquanto, peço minhas desculpas, e que a senhorita procure o professor Snape para que possamos começar o plano.
Com um maneio de cabeça em concordância com o diretor. Hermione se despediu com um singelo sorriso, e passou a se encaminhar atrás do morcego das masmorras.
Um sorriso desprevenido a pegou em se lembrar do apelido do professor, sem dúvidas o melhor que Rony poderia ter inventado.
Em meio a tudo que estava se colocando, um certo conforto acalmava seus ânimos ao se lembrar do professor.
Ela não estaria sozinha em meio aquela confusão.
Contudo, ao mesmo que se sentia aliviada por tê-lo por perto, causo algo de ruim acontecesse, não conseguia evitar em pensar que estava sendo ruim que Snape estivesse a evitando.
Entendia com o que ele quiz dizer quando expressava com dor, o que tivera de fazer em seus anos como comensal, como são as coisas em meio a eles..... Mais ele não podia se culpar por tudo.
Por um breve momento, pode sentir que ele se culpava de muitas coisas, de que ele não se sentia merecedor de coisas boas. Ser feliz era uma delas.
Enquanto procurava pelo homem, continuava pensando em coisas, como o que sentia de fato por ele.
Se sentia tão confortável, mesmo que ele não a desse espaço para isso, segura e calma..... Quando sentia sua presença, algo inefável invadia seu corpo.
Não podia dizer que era amor, já que tal sentimento era muito complexo, só sabia que era algo extremamente bom, mesmo que não soubesse explicar o que era.
Eram tantas coisas a serem resolvidas, como tentar explicar a marca em seus pulsos, o fato de se tornar uma comensal...... Por que tinha de ser tudo uma bagunça?
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Chegando em frente a porta de madeira pesada e escura que dava entrada aos aposentos de Snape. Granger suspirou fundo antes de bater, logo recebendo uma ordem para que entrasse.
O ambiente que deveria ser frio, estava confortável pela lareira estar acesa, com suas chamas estalando.
Próximo a ela, podia ver a estante de livros que perdia toda a atenção com a figura de Snape, que lia o Profeta Diário em sua poltrona enquanto bebia algo que provavelmente era whisky.
- O que deseja Granger? - a voz grossa percorreu por toda a sala, chegando a Hermione a arrepiando.
Hermione sabia que havia abusado da sorte quando beijara Snape, duas vezes.
Foi loucura, mais não seria mais do que se imaginar desabotoando cada botão do sobretudo que ele usava.
Ah, quantos botões... Não se negaria a desabotoar um por um, até poder ver a pele alva por trás da camisa branca que ele usava por debaixo do pano grosso e negro.
- É Hermione! - o corrigiu, tentando o fazer usar seu nome em vez do abitual "Granger" que ele fazia questão de dizer. - O diretor Dumbledore me pediu que o procurasse.
Ouvindo o nome do velho enfadonho que sempre o amolava. Snape dobrou o jornal no meio, dando a castanha a visão de seu rosto.
Seu cenho franziu ao vê-la. Os cabelos estavam soltos, a pele com as maçãs do rosto rosadas.... Mais o que mais lhe chamou atenção mesmo, foi a roupa que usava.
Era simples, usava um suéter bege com alguns detalhes marrons escuro pouco colorido em cima, e um casaco verde.
Ela definitivamente ficava bem de verde, tão bem quanto ficava de vermelho.
- O verde lhe cai muito bem Granger! - comentou dando ênfase em seu sobrenome, logo estendendo a mão para lhe mostrar a outra poltrona para que esta se sentasse.
- Obrigada Severus! - sorriu minimamente se sentando.
Snape não negou que seu nome saindo dos lábios da garota ficara melhor do que imaginara, mais desviou esses pensamentos assim que se interessou em saber o que ela fazia ali.
- Professor Snape pra você grifinória insolente! Creio que está perdendo a noção do perigo ao achar que pode me tratar como um de seus amiguinhos. - reclamou a encarando. - O que Alvo queria que a senhorita viesse fazer aqui?
Foi a vez de Hermione franzir o cenho, não deixaria se desanimar com tal comentário, o provocando mais já que não gostava que se referisse a ele por seu primeiro nome.
- O diretor Dumbledore pediu que viesse para que você me desse instruções..... Sobre... Sobre os comensais. De acordo com ele, já está na hora.
Snape inclinou o corpo para frente com a notícia que Hermione dera.
Ele teria de levá-la ao Lorde o mais rápido possível, e de lá, não saberia o que ocorreria.
Como herdeiro de Salazar, Voldemort era tão traiçoeiro quanto uma cobra, - se isso é possível, - e levar Granger até ele, era um prato cheio para os miseráveis que habitavam aquele lugar.
- Bem.... Sugiro então que não devamos esperar mais. - suspirou fundo se levantando.
- Como assim? - a garota perguntou vendo que Snape pegava sua capa.
- Creio que o quanto mais rápido a levar para o Lorde, mais rápido saíremos de lá. - comentou parando no meio da sala, encarando Hermione ainda sentada. - Espero que esteja bem agasalhada.
- Vamos agora? Mas.... A idéia era que você me desse instruções do que fazer, como reagir em meio a eles, me treinar para me proteger do quê quer quê eles tentem fazer comigo e..... - foi interrompida pela voz grossa.
- Silêncio Granger! - falou ferino. - Primeiro que você não irá se tornar uma comensal de uma hora para outra, isso requer que o Lorde confie em você primeiro, e sabemos que ele não é burro.
- O que quer dizer? - perguntou atônita.
- Verá quando chegarmos lá.
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Severus deu tempo para que Hermione fosse a sua comunal, a fim de reforçar a roupa do corpo, já que lá fora a temperatura se encontrava de bater os queixos.
A esperando em frente ao salão principal, traçava em sua brilhante mente, situações que poderiam acarretar com a presença da jovem na mansão.
Seria necessário a manter bem perto de si, já que aqueles malditos e nojentos servos sentiam a presença de carne nova a distância, assim como urubus.
Não precisava ressaltar mais uma vez, que não gostava nada da 'brilhante' idéia de Alvo.
Hermione era uma bruxa excelente, poderosa e muito inteligente, mais não significava que precisava a submeter a essas circunstâncias.
Mesmo com os avisos, comentários sobre o que acontecia naquela casa, Alvo ainda tinha certeza de que queria a mandar para lá. Ele era maluco.
Mais uma vez sendo tirado de seus devaneios, por Hermione que aparecera, Severus a pegou pela braço e a conduziu para fora do castelo.
Já fora dos portões, antes que Hermione abrisse a boca para falar algo, Snape levou um das mãos a cintura da garota a puxando para ele.
Um suspiro da parte dela com o ato de Snape poderia ter sido ouvido por ele,isso se não estivesse mais concentrado em aparatar para a mansão dos Malfoy.
Enquanto Severus andava a passos rápidos pelos jardins até chegar a entrada, Hermione tentava o alcançar.
Revirando os olhos vendo que seria difícil a garota conseguir o acompanhar, Snape parou para esperá-la, e quando a cacheada se aproximou, continuou andando um pouco mais devagar, enquanto ditava algumas ordens.
- Quando entrarmos, quero que fique perto de mim. Não olhe para os lados, se possível mantenha a cabeça baixo. Eu estarei por perto todo o momento. Se o Lorde se dirigir a você, responda o que for necessário.... Sugiro que não de bola para comentários hediondos que algum possa fazer. Resumindo... Comporte-se. Me entendeu Granger?
Tudo o que Snape dizia Hermione em certo momento queria questionar, perguntar o porquê de muitas coisas. Mesmo sabendo onde estava, a curiosidade era grande, o nervosismo maior ainda.
- Por um acaso, você está me escutando? - Snape perguntou parando, em frente a uma enorme e chique porta de madeira.
Só agora percebendo que já estavam a segundos de entrarem dentro da casa, Hermione sentiu o frio no estômago, um amargo na garganta.
Olhando para o homem de olhar profundo e misterioso, pedia silenciosamente para que voltassem em outro dia.
Severus pareceu entender seu pedido mudo, mais não podia voltar atrás.
- Lembre-se, fique perto de mim, e nada lhe acontecerá.
Segurando o braço da garota, - não com muita força para que não a machucasse, - abriu a porta com força, vendo alguns dos comensais que andavam pelo salão os encarar.
Sua face era indiferente a todos que estavam alí. Nunca temeu nenhum deles, o que era prazeroso, já que tinha o respeito e ao mesmo tempo o ódio de todos pelo ofídico o eleger seu braço direito.
Os olhares pecaminosos e maldosos encararam Hermione por inteira. E mesmo tentando fazer o que Snape lhe pedira, para que não mantesse contato visual, os olhares que sentia sobre si eram palpáveis.
- Olha só que gracinha! - Rebastan Lestrange que descia as escadas esclamou, seu comentário sendo acompanhada por assovios maliciosos. - Você não vai se divertir com essa bela criatura sozinha, vai Snape?
- Você não seria digno de encostar em alguém como ela Lestrange. E não que te deva alguma satisfação mas ela é do lorde.
Snape não fez questão de dizer de que modo ela seria de Voldemort, mais sabia que Rebastan não chegaria perto dela se soubesse que ela era para o Lorde, não importasse em quais intensões.
Hermione grudou mais ao corpo de Snape conforme ouvia comentários nojentos a sua pessoa, se sentindo um pouco mais segura de alguma forma.
Snape sem avisar, entrou na próxima sala, que era tão espaçosa quanto o salão que estavam agora pouco.
Hermione se sentiu mais acuada ainda, quando viu que na enorme mesa que havia no centro, bem na ponta, se encontrava ele, o homem de olhos vermelhos ea face ofídica, com Bellatrix inclinada sobre ele.
Aquela mulher lhe causava asco, nojo e medo ao mesmo tempo.
- Olha se não é o servo desleal que vem por aí! - sua risada exagerada ecoou por toda a sala. - Eu não acredito!
A passos rápidos, a mulher de feições insanas se aproximou, logo, levando uma das mãos ao rosto de Hermione, apertando com força. Só faltava cravar suas unhas pontiagudas na pele alva.
- Você trouxe mesmo a sangue-ruim para nós. - riu debochada, ainda segurando o rosto em mãos.
Severus não gostando nada de seu gesto, grudou a mão no punho da bruxa, tirando aqueles dedos nojentos do rosto da aluna.
Sugiro que não ouse tocar nela Lestrange.
Severus lhe lançou o olhar mais mortal que podia, fazendo Bellatrix contorcer a cara numa careta feia, e se afastar.
- Não achei que realmente traria a amiga do Potter até mim Severus! - a voz do bruxo soou, fazendo com que o pocionista se aproximasse até ele com Granger ao seu encalço.
Se curvando, e fazendo Hermione repetir seu gesto, continuou ouvindo o mestre.
- Isso só mostra que sua competência continua intacta. - um sorriso malicioso surgiu no rosto pálido.
Se aproximando da garota, Voldemort levou as mãos nos cachos brilhosos dela, logo, tocando o rosto agora pálido da menina que olhava para os próprios pés.
Hermione estava tensa, seu corpo travara, não conseguia ter a coragem para poder olhar o bruxo que a tocava.
Levando a mão até o queixo dela, Riddle levantou o rosto delicado para que ela o olhasse.
- Uma garota muito bela. Só em vê-la se pode notar o quanto deve realmente ser inteligente. Mas como tudo que é belo, tem seus defeitos.
- Perdão Milorde? - Snape o olhou.
- Ela não é sangue puro Severus. Espero que não tenha a trazido aqui, no intuito de me insultar, achando que eu não descobriria esse mero fato.
Hermione ouvia tudo, e constatara que Voldemort era muito pior do que imaginava.
- Jamais o insultaria Milorde. Por isso a trouxe! Além de ser amiga do imprestável do Potter, ser inteligente, ela não é uma sangue-ruim como pensávamos.
Voldemort não estava para muitas palavras naquela noite, então apenas reuniu todos na mesma sala, e pediu para que alguém lhe trouxesse uma adaga.
- Se diz mesmo que ela não é uma maldita sangue-ruim Severus, faça as honras...
Entregando a lâmina nas mãos de Severus, no intuito de que ele cortasse Hermione para testar o valor de seu sangue, todos se aglomeraram para mais perto deles, para ver o que acontecia.
Hermione olhando atentamente o fio da lâmina, encarou Severus assustada, e antes mesmo que pudesse reagir, sentiu a palma de sua mão queimar com o corte que era desferido nela.
Severus não pensou muito antes de fazer o que seu mestre lhe pedia, quando se deu conta, já deslizava o corte do objeto nas mãos pequenas e delicadas da aluna.
O sangue vermelho vivo escorria da mão de Hermione, que deixava uma lágrima solitária escorrer por seu rosto.
Voldemort, insano como era, se aproximou e levou a mão da garota a frente de seu rosto, no qual ele pode sentir o cheiro metálico do líquido que escorria.
Pegando sua varinha, murmurou um encantamento desconhecido por muitos, logo, não demorou que sua expressão fosse de surpresa.
Todos o olhavam com curiosidade, enquanto Hermione com a mão ainda ensanguentada, limpava a lágrima que escorria com a outra.
- Impressionante! - a voz reverberou deixando muitos curiosos. - Nunca pensei que veria os traços desse sangue novamente! Uma LeBlanc. - disse ainda surpreso, olhando para Hermione. - Diga minha jovem.... A que casa pertence.
Hermione demorou raciocinar direito, ainda se sentia acuada, tão assustada quando entrara alí.
- Gr... Grifinória. - sussurrou com medo.
- Lamentável.... Mais extraordinário. Você nos trouxe uma mina de ouro Severus. - sorriu levando as mãos aos ombros de Snape, que ensaiou um sorriso.
Bellatrix que estava em um canto com os braços cruzados, fez uma feia careta ao ver que o Lorde se surpreendera com a linhagem na qual Hermione viera. Não gostara nada de toda aquela atenção a uma bruxa insignificante.
- A tempos não ouço falar dos LeBlanc, uma família um tanto quanto poderosa. Leve-a de volta Severus, não me importa qual desculpa tenha de inventar para aquele velho do Dumbledore, mas essa raridade e especiaria de garota, não escapará de minhas mãos.
Olhando para Hermione, Voldemort mais uma vez tocou seu rosto a fazendo o olhar,e sorriu logo a dando suas boas vindas.
- Sejam bem vinda minha cara, espero que seja muito bem recebida. - um sorriso assustador Hermione diria.
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De volta ao castelo, em um completo silêncio, ambos andavam calmamente sem comentar absolutamente nada.
Já nos jardins, o ar gelado da noite batia no rosto de Hermione, bagunçando um pouco seus cabelos, o que fez Severus rir minimamente, com a expressão zangada da aluna ao tentar tirar os fios do rosto.
Sem perceber que Hermione havia parado no meio do caminho, quando foi dizer algo, não a viu mais ao seu lado, e só virando para trás, a viu se sentar em um banco de pedra, observando a lua.
- Não pretende entrar? - falou, parado atrás dela enquanto olhava para o mesmo lugar que ela olhava.
- Entre se quiser... Quero tomar um pouco de ar.
Severus não queria nem um pouco ter de ficar ali fora, no frio, mais a noite no Castelo não era muito aconselhável, e não arriscaria deixar uma aluna sozinha, ainda mais depois do que aconteceu da última vez, quando Granger quase fôra morta pelo maldito lobisomem.
Se sentando ao lado dela, com as pernas uma de cada lado do banco de pedra, Snape encarou a mão de Hermione, que ainda sangrava um pouco.
A garota não parecia se importar, mais sentiu que devia suas desculpas.
- Sinto muito por isso! - pegou na mão machucada,sentindo a pele gelada pelo frio.
Se virando para ele, Hermione encarou as mãos grandes na sua e suspirou.
- Tudo bem....
- Não! Não está. - comentou mais sério que o normal, enquanto tirava o lenço branco que ficava em volta de seu pescoço. - Mal entrou naquela maldita casa e já saiu machucada por minha causa. - resmungou.
Olhando melhor para Snape, enquanto ele tirava o lenço de seu pescoço, Hermione sorriu com a visão do pescoço do homem, era sempre bem coberto com o pano, agora tinha a visão total da pele, sem falar que mesmo que estivesse alí para tentar esfriar a mente, não conseguiu evitar achar a cena sexy, ainda mais depois de notar que a pele de seu pescoço, arrepiara em contato com o vento gelado e o pescoço quente.
Com o tecido branco nas mãos, Snape fez um feitiço para que o corte fosse limpo, mas o corte havia sido um pouco fundo, fazendo com que as gotas de sangue voltassem a se derramar ao poucos.
Segurando delicadamente na mão pequena de Hermione, Severus sem pressa alguma começou a enrolar o tecido em volta da pele, estancando o sangue.
Depois que terminou,a encarou, e disse.
- Foi muito bem lá! - continuou a encarando, sua pele em contato com a luz da lua era uma visão sem igual.
- Eu não gostei de estar lá. - a voz saiu meio embargada.
- Sei que não, mais infelizmente é sua realidade agora. E tocando no assunto, teremos de treinar muita coisa em você Granger!
- Como assim? - o olhou com os olhos meio marejados.
- Quando cortei sua mão... Não pense que ninguém reparou na lágrima sorrateira que deixou cair, pois repararam. Precisamos treinar suas expressões.
- O que? Eu não...
- Ouça atentamente Granger! Aquele lugar não é nenhum pouco agradável e você pôde perceber. Por mais que eu odeie ter que lhe dizer, cortar sua mão foi o menor dos problemas. Eles não terão piedade em matar, torturar, esquartejar até mesmo estuprar alguém na sua frente.
Mais algumas lágrimas caíram de seus olhos, molhando todo seu rosto.
- E isso.... - apontou para o rosto da aluna que deixava as lágrimas caírem. - Não pode acontecer! Tem que aprender a ser indiferente a tudo o que acontecer lá, e começaremos o quanto antes.
Hermione já ouvira muitos comentários sobre os comensais, mais de alguma maneira Severus confirmando isso foi pior do que imaginava.
Não conseguia manter seu olhar longe do dele, por isso continuou o encarando. Por que ele tinha de ser tão cabeça dura assim, e tentar a afastar?
Um simples abraço, - o que precisava agora, - não faria mal a ninguém.
Escrito por: 007_Aylin
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