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Corações Quebrados

Música <> Sorry - Halsey.

{Desculpe}

Parece que não atendi suas ligações por meses
Não me dou conta do quão cruel eu consigo ser
Pois, às vezes, eu posso tratar as pessoas
Que amo como joias
Porque eu posso mudar de ideia a cada dia
Não foi minha intenção te usar
Mas eu ainda sei o dia do seu aniversário
E a música favorita da sua mãe

Então me desculpe, meu amante desconhecido
Desculpe-me por não conseguir acreditar
Que alguém, um dia, realmente
Começasse a se apaixonar por mim
Desculpe-me, meu amante desconhecido
Desculpe-me por ter sido tão cega
Eu não pretendia abandonar você
E tudo aquilo que tínhamos
Ooh, ooh, ooh

Eu fujo quando as coisas estão indo bem
Eu nunca entendi de verdade
A forma como você me olhava
De uma maneira que ninguém jamais poderia olhar
Então parece que eu parti seu coração
Minha ignorância ganhou mais uma vez
Eu não pude perceber isso desde o início
E te machuquei tanto

E me desculpe, meu amante desconhecido
Desculpe-me por não conseguir acreditar
Que alguém, um dia, realmente
Começasse a se apaixonar por mim
Desculpe-me, meu amante desconhecido
Desculpe-me por ter sido tão cega
Eu não pretendia abandonar você
E tudo aquilo que tínhamos

E alguém vai te amar
Alguém vai te amar
Alguém vai te amar
Mas esse alguém não sou eu
Alguém vai te amar
Alguém vai te amar
Alguém vai te amar
Mas esse alguém não sou eu

Desculpe-me, meu amante desconhecido
Desculpe-me por não conseguir acreditar
Que alguém, um dia, realmente
Começasse a se apaixonar por mim
Desculpe-me, meu amante desconhecido
Desculpe-me por ter sido tão cega
Eu não pretendia abandonar você
E tudo aquilo que tínhamos

E alguém vai te amar
Alguém vai te amar
Alguém vai te amar
Mas esse alguém não sou eu
E alguém vai te amar
Alguém vai te amar
Alguém vai te amar
Mas esse alguém não sou eu

.................................

Descobrir seu pior medo, aquilo que parte de uma vida inteira, fez de sua alma, cujo parte de você, uma parte volúvel, até o último viver desta, para muitos se é um grande alívio, como uma sensação muito angustiosa, esvaindo do peito lentamente, até que não há mais resquícios desta ferindo lá.

O alívio de sentir a proteção do que lhe faz bem, aquecendo sua pele, lhe tornando assegurada de seu pesadelo mais vivido e profano...

Mas afinal, para muitos outros, também é a pior sensação, aquela mais dolorosa, que lhe faz sentir tamanha dor, afetando lentamente a alma, sendo assim, capaz de a amplificar, e lhe fazer vir a tona, pior do que antes, outrora fora...

Durante uma parte de sua vida caçando criaturas horripilantes, Alexander Lightwood pensara que seu maior medo, sequer era perder uma mão, perante uma missão parte de seu trabalho como shadowhunter, mas aranhas. Certamente aranhas sempre o deixara assustado, em nível demasiado para um caçador de demônios, que sem sombras de dúvida, devera já ter enfrentado coisas pra lá de mais assustadoras, um dia, constatou Alec, provavelmente mais do que aranhas.

Descobriu desgraça e desumanamente, do pior jeito possível, que seu maior medo, aquilo que o fazia tremer de pavor até o último fio de cabelos negros, era perder o amigo.

O irmão. O parabatai...

As lembranças de sua infância feliz, ao lado do parabatai, Jace, invadiam sua mente, e repentinamente, ele se viu sendo o garotinho inábil que outrora não conseguia acertar a flecha no alvo. Ele se recordou de Jace, na maneira sagaz com que o irmão usara para lhe ajudar, pacientemente a acertar, tornando-o parte um bom lutador, claro, não tão bom, a ponto de alcançar as incríveis e admiráveis, habilidades invejáveis de Jace.

Perante recordações do passado, e a dor incandescente de perder Jace, a angústia. Por uma mulher tão atroz e abominável - talvez tanto quanto Valentim, Alec julgou ser - que não era capaz de inconsilidar, nem mesmo perante o fato de Jace possivelmente ser o único a ter laço familiar com esta. Aquela mulher de terceira idade, por quem Alec nutria uma formalidade e toda educação que lhe foi concedido, durante parte de sua vida, possível. Agora, a mulher virara alvo de seus pensamentos malignos, onde o vilão existia, e não era capaz de amar, sequer cogitava tal sentimento amoroso dentro do peito, eram apenas atrocidades, gelando o coração. Era assim que Alec enxergava ser Imogem Herondale, talvez até sentisse pesar, misturado a uma espécie de comiseração pelo irmão, parabatai, em ter um laço familiar com alguém tão deplorável, capaz de considerar que a lei da Clave é mais válida, tanto quanto poderia ser importante, do que um mero garoto, agora já um homem.

Seu neto...

Cujo sofrera demasiadamente sob a criação execrável do homem maldoso, Valentim Morgenstern...

A lembrança terrível, de como Imogem fizera menção em se retirar, sem ao menos demonstrar um resquício de penitência sob seu comportamento desumano, a Jace, fez com que uma raiva incontrolável, comandasse o sangue decorrendo em seu pulmão.

Ele se pôs a falar compulsivamente, o nervosismo excessivo era perceptível, tanto que ficou a imaginar, o que Jace acharia de seu comportamento, nada similar ao de um shadowhunter guerreiro. Tinha a certeza sugestiva, plena em sua mente, que o parabatai, conectado a ele, não se orgulharia em nada com tal descontrole do moreno.

- O que a Imogem... - a voz de Alec parou subitamente, embolando suas próximas palavras. Ele próprio o corrigiu, se forçando a dirigir-se a juíza, de maneira formal e minimamente bem-educado, como fora ensinado a ser até com quem não merecia tais respeitos, desde sua infância, por pais cujo não descartavam sequer um resquício de minino respeito, este sendo usado pelo filho. E Imogem definitivamente não era digna de tais respeitos, dirigidos a ela, como se esta fosse uma rainha, e todos ao redor eram ordenados a tratá-la como cervos da tal. - O que a juíza vai fazer com Jace.

Magnus revirou os olhos, talvez pela milésima vez. Do minuto em que Clary saiu com o namorado vampiro - e ele percebeu com resquícios demasiados de um breve divertimento, talvez até mesmo com pena, que sua garotinha shadowhunter, por quem nutria um amor afetuoso, e cheio de carinho, estava prestes a passar por um momento ruim típico, com o namorado - Magnus teve de aturar a grande encheção de saco de Alexander. Claro, ele era um magnífico, o alto feiticeiro do Brooklyn. Mas ainda não tivera virado vidente para redarguir as perguntas de Alec, como se o feiticeiro, ao invés de um magnífico feiticeiro, fosse um vidente poderosíssimo em prenunciar o futuro.

Ele até desejava, claro, quem não, um dia desejou prever o futuro, e conhecer o que de mais terrível e belo, este lhe guardava...

- Alexander, eu não sei. - vociferou o namorado de Alec, um tom sério de convicção, acionado em sua voz, geralmente tão doce, que fazia Alec encontrar conforto, quando só o que sentia era o medo e pavor, durante os últimos mais difíceis meses de sua vida. - E da para parar de me perguntar como se eu tivesse a resposta. Não é como se eu fosse um vidente, Alexander. Ainda sou um magnífico feiticeiro e posso lhe transformar em um rato carrancudo se não parar com a encheção de saco. - uma vez que a indignação fora jogada para fora, desabafada para o namorado, juntamente com a ameaça de o transformar em um rato, Magnus se sentiu leve e brevemente satisfeito por tais palavras rígidas dirigidas ao amado.

Seus olhos de gato, brilharam, para algo que fisgara sua atenção, quando os dedos macios, passearam sob uma página de seu livro de feitiços. Ele encarou a página com severidade e uma contida alegria.

- Eu estou desesperado, e você não está me ajudando, Magnus. E nem ouse levar suas ameaças a diante, não quando a juíza está dando a louca, Clary e o vampiro escolheram um péssimo momento para discutir e a mãe da garotinha está parada feito uma estátua na catedral do instituto. Por favor não, Magnus. - rebateu Alec, aquilo era típico de seu feitio contumaz, jamais se dando por vencido, nem ao menos quando já houvera ganhado tal briga. Magnus não encarou o namorado, mas fora domado por pensamentos alvorados de como se viu perdidamente encantado, mais tarde apaixonado, pelo jeito obstinado, muitas vezes de forma pejorativa, do Lightwood. Nos olhos azuis como o oceano, de seu caçador de sombras, Magnus enxergou, assim que o vira pela primeira vez, o homem incompreendido e - que jamais se sentiria vivo rodeado de pessoas que só o enxergavam como o parabatai sobrevivente nas sombras mais sexy e únicas do parabatai - posposto sob um amor incondicional por Jace.

- Ah, aí está você. Te encontrei. - a voz do bruxo não passou de um sussurro, que Alec mal pode escutar, quando se entreteu com a mulher atrás do amado, com um par de olhos verdes e bem delineados, o rosto iluminado e a figura corporal esguia, herdando belos cabelos ruivos, tão bonitos que Alec mal podia ver a semelhança na mãe de Clary e na menina por quem este, tratava com ódio e repulsão.

Alec observou com convicção em seu olhos lindos - tais lindezas que por vezes era capaz de causar o pavor mais sufocante nas pessoas - ,quando a mulher perseverante, mãe de Clarissa, se aproximava por de trás do namorado, que por sua vez, consistia em falar sobre alguma coisa, cujo Alec não estava prestando atenção, instigado com a mulher - mãe de Clary - que vira horas mais cedo, antes de todo o transtorno desgastante.

- Magnus. - a mãe de Clarissa, sussurrou o nome do alto feiticeiro, Alec não teve a chance de a indagar, com seu feitio desconfiado.

Lightwood observou atentamente, enquanto o namorado deixava sua expressão satisfeita - talvez até encantada - para encarar seu lado esquerdo, deixando de prestar a mínima de sua atenção no livro de feitiços.

- Jocelyn Fray. - ele falou, euforia presente em sua voz. Alec observou, não muito contente, quando Magnus ergueu os braços, purpurina brilhante transpassando seus olhos - que poderia até deixá-lo cego - ,e então o amado, abraçou Jocelyn.

- Magnus Bane. Sou uma caçadora das sombras, mas minha audição é aguçada como a de um vampiro, sabia que tinha escutado sua voz em algum canto daqui. - ela contou, sentindo a necessidade de enterrar o rosto iluminado por uma forte luz que invadia a fresta aberta das janelas, nos ombros de Magnus, cobertos pelo tecido brilhando de seus vestes ilustres e inusitados. - Palo anjo, parece que eu acordei de um sonho longo, estou me sentindo a Bela adormecida, besteira não... - brincou a mulher mais velha que Clary, e tornou a se afastar gentilmente, quase tomada por receio, do aperto afetuoso de Magnus.

- Ah querida Jocelyn - ele tornou a se dirigir a ela com intensa amenidade, e Alec constatou certa condolência por trás do carinho com que falara. qualquer que fosse as próximas palavras do feiticeiro, este estava receoso de tais. - , aparentemente a sua volta de Idris parece ter despertado certo interesse em ações de atrocidades em alguém, vamos chamar assim. - Magnus tratou de explicar vagamente, odiando instantaneamente o fato de poder causar o estresse na mulher, mãe de Clary.

- Eu não entendo do que você está falando, Magnus. - ela admitiu, incerta quanto ao que reagir, e como fazê-lo. - O que diabos e em nome do anjo, está acontecendo. Onde está a Clary. - desespero soou perceptível na voz desta, que por sua vez, não tratou de esconder tamanho da sensação intensa e devastadora, atingindo o peito. Em pensar na filha, adulta, mas tão criança para sua mente materna, fez-lhe um terrível, nunca desejável, sentimento de medo, percorrer-a por completo, preenchendo o coração com tal, antes acumulado por sentimentos de tamanho carinho pelo feiticeiro.

- Jocelyn, a Clary está bem, não precisa se preocupar quanto a isto. - Magnus tratou com rapidez, de responder as indagações preocupadas de Jocelyn, antes que a mesma estivesse a beira de um ataque cardíaco, por tamanha preocupação maternal, quanto a filha, ele considerou ser até exagerado a preocupação, visto que Jocelyn já o fizera a vida inteira, e de modo errado, agira, apagando as lembranças da menina, sem que esta tivesse o controle de tais decisões.

Uma sensação de alívio, como se uma dor abominável tivesse esvaido completamente, sem deixar resquício de seu aspecto doloroso, do peito, comandou o coração de Jocelyn, quando Magnus alegou o bem-estar da menina tão linda e jovem, que criara ao longo de anos atrás, com amor e carinho, que outrora não imaginava, nem mesmo considerava o fato de que todo o ensinamento para a filha, fora excessivo demais. Agora, visto a mulher forte e guerreira, que se tornara a jovem Clarissa, ela nutria dúvidas quanto se fora certo tê-la privado de uma vida coerente como caçadora das sombras, como um dia, a mais velha fora. Claro, ela não se arrependia em nenhum instante das medidas precipitadas que tomara, para proteger Clary e salvá-la de seu temível ex-marido, mas agora, ela constatara o quão egoísta fora com as medidas impensáveis que fizera com a pobre filha, indefesa, quando lhe arrancara suas preciosas memórias.

Se sequer pudesse voltar nos tempos antigos, em que seus erros foram tragicamente cometidos...

- Jocelyn, receio que você deva se preocupar com outra coisa, ou melhor dizendo, outra pessoa. - destacou o feiticeiro. A voz de Magnus soando longe demais e aguda excessivamente, despertou a mulher, muito amiga do bruxo, de seus devaneios, constatando o turbilhão de erros cometidos no passado, enquanto o feiticeiro entrava em sua mente com muitos anos de vivência, procurando uma forma sábia de contar a mulher sobre os últimos acontecimentos desagradáveis.

- Magnus, se tem alguma coisa a mais, por favor trate de me dizer, se possível agora mesmo. - exigiu a mulher, para um instante depois de proferir tais palavras, sentir um par de olhos sob ela, tão rígidos, que poderia lhe causar uma tremenda dor, como se uma adaga perfurasse seu coração, acelerado em batidas turbulentas, até mesmo para esta.

Alec era levado por um entretenimento que não o agradou em nada, enquanto tornava a observar os diálogos da mãe de Clary, uma mulher felizmente adorável, ele tinha que admitir, visto que a mulher era de agrado repleto a Magnus, porém quando tratava-se da filha, ela poderia ser fria e desagradável, tanto quanto a própria mãe de Alec, o rapaz constatou, desconfortável perante a visão que avistava, de imenso carinho entre Jocelyn e Magnus. Ele constatou ciúmes, sob a situação afetuosa, porém debateu contra o pensamento possessivo, quando a lembrança romântica de seu casamento indesejado, não sendo possível pela intervenção amostrando amor, de Magnus, viera a tona em sua mente, e tão repentinamente, quanto viera o pensamento, um sorriso brotou de seus lábios.

- Magnus, eu já estou ficando preocupada. - o tom de voz controlado, deixou a voz de Jocelyn, quase tão de repente, que Alec se forçou a voltar a compostura anterior e rígida, como sempre fora, privado de sentimentos e emoções, seja lá quais forem estas. - Por todos os incontáveis anjos do céu, Magnus, você não está colaborando. - Jocelyn gritara o nome do feiticeiro. Como uma corrente puxando a corda depois de várias tentativas em vão, o surto momentâneo da mais velha, fora no fim das contas, a gota final para Alec.

- Ei afinal, quem você pensa que é para gritar com o meu namorado, me diga se for um anjo, por que se não for, é melhor pedir perdão em nome do anjo por estar sendo tão rude com Magnus. - um momento atrás, Jocelyn encarava Magnus, os olhos em verde esmeraldas, rígidos, exigindo uma resposta explicativa do bruxo. Em outro instante, ela estava olhando para Alec, o esmeralda dos olhos, expressivos, em um choque espontâneo, dado a intervenção repentina do Lightwood.

- Uau Robert Lightwood. - murmurou, em um tom de voz fino e desempenhando o choque na expressão séria demais. Dessa vez, quem ficara chocado com o nome do homem que lhe criara ao lado da mãe, Maryse, esvaindo com convicção da boca de mãe de Clary, fora Alexander.

- Me diga, por acaso sou tão velho assim para você pensar que sou meu pai. - a indagação foi direcionada a Jocelyn, antes mesmo que este pudesse detê-las, reconsiderando como soara mal educado proferindo as tais palavras.

O rosto sério demasiado de Jocelyn, se contraiu em um alívio constrangedor, ao perceber que a expressão relaxada, fora vista por Alec, e constatar que o rapaz desgostou.

- É claro, você é Alec Lightwood, o filho dos Lightwood. - um sorriso singelo, tomado por encanto, iluminou o rosto de Jocelyn, enquanto a mulher falava tais palavras.

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Ter medos a serem sentidos de maneira horripilante no ser humano, é tão normal, quanto a morte separando-os de pessoas amadas, tanto que este ser, pudesse ser capaz de dar a vida pelo outro.

O medo é o pior inimigo da coragem, e de seu aspecto de determinação. O medo mas do que tudo, lhe domina e o faz acreditar que aquilo que você mais teme aconteceu, e fora do pior jeito possível.

Clary Fray, como fora seu nome outrora. Clarissa Fairchild, durante sua vida inteira, desde que se entendera por gente, esta continha um único medo, que a fazia temer até o último fio de seu cabelo ruivo. Este era magoar aqueles que ela amava. Aqueles que ela amava tão intensamente, que era como se sua vida não incluísse um verdadeiro significado, sem estes.

- Para Clary, já chega disto tudo, não consegue enxergar que você mesma se encarcerou dentro desta mentira embusteira de que Jace é só o cara bonitinho, como qualquer outra cara de balada. E eu sou seu namorado vampiro sexy e atraente, que você jura amar até a eternidade. Seria incrível, na verdade, perfeito, se fosse essa a verdadeira realidade em que vivemos, mas não é. Não é essa a realidade, o cara lindo, sexy e atraente para você, não sou eu, talvez nunca seja. É Jace, ainda é Jace, talvez nunca deixe de ser Jace. E mesmo a verdade estando praticamente escrita nos seus olhos, você insiste com tanta perseverança mentir, mentir para mim. Mas por favor, Clary, eu lhe peço em nome de tudo o que já passamos juntos, não minta, não minta para mim. - a voz de Simon soou aguda e altamente estridente, enquanto o vampiro, tornava a falar para a namorada, se é que ainda poderia titular a ruiva, por tal laço amoroso com ele.

Clary constatou a dor emocional na voz do rapaz vampiro, e como se ela fosse a quem levava uma facada fatal no peito, Clary sentiu a dor de o magoar e saber que nada do que falasse a respeito - cujo provavelmente seria um evento de mentiras, dado a seus sentimentos oprimidos, para convencer a si mesma de que não sentia nada, daquilo que ela mais temia sentir. Seu amor imprevisível por Jace. - tiraria o pesar que a mesma carregava consigo, como uma armadura inquebrável, cada vez que se deixava levar por tais sentimentos confusos, e esquecia de amar o que era mais racional. Mas era onde ela, falhou miseravelmente, em não sentir amor.

- A verdade é tão visível, quanto o porquê seus olhos brilham em florescimento quando Jace passa na frente deles. E esse tempo todo estava tão óbvio, tão visível, mas por confiar e amar muito você, de olhos fechados até, eu precisei ouvir você, ver você olhando nos meus olhos e dizendo que o ama, que o ama e é como você nunca vai me amar, por mais que tente todos os dias de sua vida. - a voz do recém vampiro, trouxe a Clary, a fatal e avassaladora lembrança da ausência momentânea de seu autocontrole, ao dizer em bom e valioso alto som, o quanto amava o cara loiro, de sorriso esbelto e arrebentador para o coração de seja lá, a menina que ele escolhesse para tornar fatal, usando abusadamente de sua beleza irreparável. A maneira irreversível como fora uma cadela promíscua na forma desgovernada como infringira o que sua mente raciocinara bem governada, a seguir o padrão de suas ações, fez dela uma sentenciada algoz, encarcerada em seu frágil casco de coração, que nem sua mente, que se encontrava em um turbilhão de devaneios desgovernados, conseguia determinar uma ordem numerada.

Ela mesma, era a sentenciada perpetuamente por seu momento de desatento, imperdoável para o frágil coração de Simon, agora aflito, como se tivesse sido pisoteado uma sentença de mil vezes...

- Não, claro que não Simon. Jace nunca, nem em um milhão de vezes, vai ser o cara que eu amo tanto que é como se minha vida não incluísse um verdadeiro significado sem ele, você é esse cara, só você. Por que raios não consegue enxergar isto. - ela proferiu, a voz não passando de um fiapo, fracassando sua tentativa de se manter firme, não importando quais as circunstâncias, perante a tais constatações do rapaz, seu namorado. Tudo o que Simon insistia em falar, era nada mais e nada muito menos que um engano embusteiro que ele criara em sua mente infantilizada e fértil. Ela jamais amaria Jace do jeito que Simon insistia dizer que enxergava. Ela nem sequer poderia cogitar, ama-ló de outro jeito...

De todos os jeitos possíveis, o amor nutrido pelo rapaz habilidoso, era completamente errado, e poderia causar um resultado atroz para o frágil coração do vampiro. - Jace é... - Jace é o Jace, mas juro em nome do anjo, eu não o amo. Juro. - a menina ruiva, sentiu tamanha necessidade em jurar a mentira depravada que ela própria criara em sua mente, talvez assim, Simon pudesse crer em tais palavras da ruiva, ela pensou, antes de notar a expressão do rapaz. Agora este não estava mais magoado em tudo o que julgava ser os verdadeiros sentimentos de Clarissa, ele estava simplesmente morto. Morto vivo, Clary diria, ele estava pálido como um papel. O rosto era inexpressivo, e isso causou em Clary uma dor abominável que ela nunca sequer cogitou sentir tal, causando a lhe uma dor fatal no coração. Ela sempre conseguira ler Simon, tão bem, quanto um livro de criança, fácil demais para entender. Agora, ele era tão difícil de se ler, quanto um livro escrito em uma língua latina, complicada para se traduzir. E este fato, deixava Clary com o coração dolorido, como se o batimento cardíaco, e o peito apertado em uma dor a muito tempo acumulada, agora se esvaindo sem deixar resquícios do que um dia fora aglomerado de uma abundante de paz e harmonia.

- Chega Clary, por favor para, para de olhar na minha cara e mentir, como se achasse mesmo que eu, o cara que conhece você de olhos fechados, não desvendaria o que o verde dos seus olhos deixam visíveis só bastando olhar. Eu quero tanto saber em que língua você fala e escuta, porque essa com certeza não é a mesma que a minha. - balançou a cabeça em negação, seus olhos castanhos estavam cobertos por lágrimas, preenchendo ao redor, conforme a voz de Clary invadia seus ouvidos. Se ela, Clarissa, insistia em mentir, enganar a si mesma, ele iria ser dócil e convicto o bastante para ir contra todo o julgamento embusteiro da antiga melhor amiga.

- Simon... - ela tentou falar, sua voz fraca demais para persistir naquilo que ela tanto insistia em negar, com a força de todo o seu ser espírito altruísta, como fora ensinada desde muito cedo, pela mãe, Jocelyn, a ser. Por poucas vezes, até mesmo ela própria, tornou consciência de o quão egoísta consigo mesmo era, pensando em todos a sua volta, e deixando-se de lado, como uma garotinha, que podia esperar para ser amparada.

- Existe algum laço entreligando você e o Jace, um laço além de um laço fraternal, se é que já existiu isso entre você e ele um dia. Mas você não pode negar isto, não negue por favor, Clary. Você nem pode fazer isso, nem mesmo um milhão de centenas vezes, até realmente deixar de amar ele. - uma dolorosa, nunca bem-vinda, dor no peito, fora se formando no peito de Clarissa. As palavras de Simon doíam, até mesmo porque ela sabia que era verdade, e jamais poderia prosseguir negando tais honestidades para si mesma.

Ela sentia no fundo da alma. No fundo de sua alma, ela sentia...

<-------****--------->

A inexplicável verdade, a muito tempo escondida, agora expandida de um jeito desumano e atroz, era como uma tapa forte, dado com força bruta demasiada no rosto de Clarissa. Os verdadeiros e mais sinceros sentimentos, oprimidos por muito tempo, era como a dor de se ter conscientizada de querer algo que não se pode alcançar, ou que simplesmente é racional demais para poder tê-lo. A dor de desejar convicta, o terrível proibido e saber que por mais que este fosse como uma irresistível fruta, onde ela não devesse ser tentada a devorar, a escolha não cabia a ela controlar, doía demais e de repente ela desejou compartilhar da dor de desejar o proibido. E ela já houvera sentido essa dor, quando supostamente ela e Jace foram apontados como irmãos. Ela sentiu a dor de o querer com toda a força do coração bom, que ela aprendera desde sempre, desejar apenas bondades. E também sentiu a dor repleta de ruindades, de não o poder tê-lo para si, o apertar como fazia com seu velho urso de pelúcia que continha em sua antiga infância, repleta de uma felicidade contagiante, ao lado de sua mãe e o homem inalado de bondade, cujo sempre considerara um pai, tinha em mente, a certeza de que até mais pai que o verdadeiro um dia poderia tornar a ser.

Agora estava acontecendo o mesmo, ela desejava o proibido, e saber que nunca poderia tê-lo, era um incentivo, um empurrão para querer mais e mais, até que o pudera conter em meio as mãos.

Mas sabia, que ter Jace só para si, perto dela, aquecendo com muito amor seu coração, era como vencer em uma tentativa miséria de escapar de um temporal chuvoso sem ter de roupas pingando água, era impossível.

- Eu sei o que você sente e não quer falar por medo de me magoar, Clary. Sei porque consigo ver, você é a pessoa que eu mais conheço no mundo inteiro, e eu consigo ler você tão bem, e as vezes desejo até que não o pudesse fazer. Porque dói, dói em mim tudo que você sente por ele, e que era para sentir por mim, mas não sente. Dói porque eu te amo, Clary, mas acima de tudo, me fere porque o amor que eu sinto por você, é o amor que você sente por ele. - a dor áspera presente na voz de Simon, era imperceptível, sendo possível constatar, apenas porque ela o conhecia muito bem, talvez até até mais do que o que gostaria. - E me dói saber que a casa pensamento mágico onde o mundo parece mágico ao seu redor, eu sinto que você imagina o tal, porque pensa nele e é como se os seus problemas estivessem esvaindo do mundo de pouco a pouco instante. Eu conheço você desde quando éramos crianças. E eu lembro da vez em que você...

... - você perguntou porque eu me incomodava em ver você com outros garotos que não fossem eu. E a resposta era tão óbvio quanto o porquê de Romeu e Julieta não poderem ficar juntos. Tão óbvio que eu queria sentir raiva por você não perceber, gritar ou ofender você por não enxergar o óbvio, como eu enxergo quando encaro profundamente no fundo de seus olhos. Eu desejava mais do que tudo sentir outra coisa que não fosse um amor cego e muito intenso por você. Mas eu não conseguia, amar você era como se minha vida tivesse um sentido completamente diferente e melhor que não fosse viver enfurnado dentro do quarto, lendo mangás de super-heróis. Sequer ouvir o seu nome, me fazia conter a ansiedade de te encontrar, te abraçar, tocar, beijar e ser para sempre o cara que ia fazer um sorriso aparecer nos seus lábios, mesmo nos dias mais terríveis de sua vida. Era para mim ser esse cara, eu desejava com a força do mundo inteiro, para ser eu esse cara. Mas eu não era cego, Clary. Desde aquela época, eu vi como você olhava para mim. E vejo como você olha para mim até hoje. Seus olhos não brilham, eles me olham de acordo como você se sente por mim. E está muito claro para mim que você não se sente como uma namorada se sente em relação a um namorado. Com muito amor, destinado a esse amado, talvez para sempre... - como, desde aquela desgraçada época infantil, Clarissa fora tornar-se a ser tão ingênua. Percebera tão tarde, mas qualquer dor que causava afetação em Simon, era capaz de lhe causar alfinetadas três vezes pior no peito e seu corpo inteiro, tal como Deus determinou ser, com qualquer pessoa, seja lá quem fosse, muito tentado a ferir Caim.

Ferido sete vezes pior, este ser seria...

Clary não sabia dizer o que mais lhe deixava consumida de uma terrível dor, dolorosa até mesmo quando esta ousava respirar mais pesadamente, inalando o cheiro de rosas que era a única coisa que a deixava se sentir familiarizada desde que mudara de sua casa, para o instituto. O peito parecia carregar um turbilhão de sentimentos em pedaços, cada fragmento de tais, como se estes a destruísse e esta estivesse estupefata com tais sensações inebriantes de maneira pejorativa. Ela desejou com a força de um coração dilapidado por sentimentos caóticos, que tais dores enquadrando o peito, acumulando continuamente mais de tamanhos sentimentos ruins, não fugisse de um tempo fugaz. Ela sentiu uma náusea lhe atingir o estômago. Prosseguindo, a náusea a deixou embriagada, tanto que ela sentia estar prestes a beira de um delírio inebriante, se intensificando enquanto Simon, por sua vez, sem mostrar um resquício de afeto perante tais sensações antipáticas, causadas por si na ruiva, tornou a falar uma vez que o silêncio o deixara com um pequeno resquício de solidariedade por Clarissa, e ele não poderia se permitir fracassando em seu julgamento, tentando transparecer total sinceridade, talvez assim Clary o fizesse também, sendo sincera por fim, sobre seus reais sentimentos por Jonathan.

Ele sentia que não poderia ser mais o cara ameno conhecido e muito bem falado por todos a sua volta, se Clarissa persistisse falando convicta o que ele mais ansiava ser verdade, mas sabia que não era o caso...

As últimas palavras, foram as mais dolorosas de serem ouvidas para Clarissa. Era como sentir uma grande quantidade de sangue, correndo por sua pele humana, caminhando lado a lado com tamanha ardência, enquanto algo pontiagudo, lhe espetava o auditivo. Mas ela também tinha a vaga e plena certeza, de que tais palavras, se tornaram as mais difíceis de serem proferidas para Simon também.

- Como um amigo, Clary. É assim que você me olha, que me enxerga e que me deseja. Sou a pessoa que você sabe que vai estar lá para te ajudar, te dar todo o carinho e atenção da qual você precisa. Um irmão, você me olha de um jeito tão fraternal, e é bem visível que não é assim como você olha para o Jace. Nem quando supostamente vocês eram irmãos, isso impediu você de ama-ló como jamais vai poder fazer comigo. Ele passa, seus olhos brilham em um verde esmeralda tão lindo e florescente, que eu desejo com todo o meu coração, que eles brilhem para mim. Porque isso seria como observar uma estrela cadente, tão bonita e brilhante, que nem a noite pode apagar o brilho. Mas para ele, tenho certeza de que seria nada mais do que ver mais uma em um milhão de mulheres, com olhos lindos, brilhando por ele. Ele te deixa hipnotizada, você parece tão encantada, que é como se estivesse vendo um príncipe a cavalo, e talvez, você considera o Jace, o tal príncipe, e nem percebe o quanto eu me acabo em lágrimas, vendo você feliz e saber que essa repleta sensação de alegria, não é comigo. E nunca vai poder ser, porque você encontrou o amor onde é mais complicado. E eu estou aqui, sempre vou estar, mas a cada suspiro que você da, eu sinto que você o faz porque pensa nele. E sempre vai ser ele nos seus pensamentos mais lindos, onde os demônios não existem, e só o que há, é o lindo e invejável amor de você e Jace. - a constatação de o quão houvera magoado Simon, tanto quanto possível, tocou o fundo de sua alma, e Clary sentiu a terrível sensação de ser deplorável tanto quanto o pai execrável, Valentim.

Amar é destruir, a voz de Jace, viera em sua cabeça, quando o mesmo lhe contou como descobrira que o amor era nada mais e nada muito menos do que uma arruinação. E quem ama, também destrói... Ela se lembrou das finalizadas palavras dolorosas dele.

- E agora eu sei qual é o seu medo de amar o Jace. Você tem medo, você sente esse medo, porque esse amor é tão imenso, tão intenso, que um dia você teme cair do precipício dos malefícios desse amor, e magoar aqueles que ama, além do Jace. - a voz de Simon soou como um barulhento chocar de adagas se chocando uma na outra, causando assim então, uma dor audível nos ouvidos. Sua visão começara a ficar embaçada com as lágrimas ao redor, ela sentiu um aperto no peito e sentiu que a única coisa que poderia fazer, estava em seu alcance, e uma alegria contida, preencheu seu peito, depois de longos instantes tendo de escutar verdades nunca bem-vindas, cujo Simon fizera menção de desabar sob a garota, sua amiga tão amena, de tão longa data.

Era inexplicavelmente constante a sensação deleitável boa de sentir alegria preenchendo o coração tão indeciso, que parecia estar fragmentado em pedaços pequeninos e dolorosos, pisado por quem ela mais amava, mesmo que este, não conhecia tal amor, era como deveria amar Jace...

Tomada por uma motivação desconhecida, Clarissa se aproximara do submundano, enquanto o fizera, fez menção em deixar as lágrimas caírem, sem se importar o quão volúvel estava e o quão expandida de todo o seu espírito guerreiro e estilo de uma digna caçadora de sombras, como era conhecida, desde que entrara no mundo, onde descobrira que seus piores fantasmas existiam e não eram apenas criaturas fantasminhas aterrorizante, mas também nojentas e por muitas vezes enganosas...

- Simon. - puxando a mão do garoto, muito magoado com esta, Clary tomou os dedos médios do mesmo, entrelaçando-os em seus próprios. O frio dos dedos dele, quase a fez tremer até a espinha, ela recuou para longe dele, soltando os dedos e a palma deste. Esfregando as mãos uma na outra, Clarissa tremeu com o quão frias, estas se encontravam. Tinha tempo demasiado que ela e Simon não tocavam sequer nas pontas dos dedos um do outro, como namorado e namorada, era assim que deveria ser um casal de namorados, Clary constatou. - Eu... eu, me desculpa, Simon. Eu sinto muito, tinha esquecido e... - e eu sinto muito...

As últimas palavras proferidas, foram deixadas pendentes, sendo assim então, Simon prosseguiu por Clary.

- Tudo bem, Clary. - era estranho o dizer, quando em questão de poucos instantes atrás, ele estava desempenhando o protagonismo de causar tais lágrimas emotivas de Clary.

- Não, não está tudo bem, sinto muito, sinto muito mesmo, eu confesso que fiquei preocupada com Jace e acabei exagerando... - Mas de nenhum jeito, Simon, de maneira nenhuma amo ele como é com você. Gosto dele, sim é verdade, mas eu prometo que não é nada comparado como é eu e você. Nada nem sequer próximo do que eu sinto por você. - em tempos passados, quando o mundo venenoso ainda não fora expandido aos seus olhos, a sinceridade sempre fora uma prioridade repleta, que Clary fazia questão de seguir realizando. Agora, expandida perante a um mundo periculoso, Clary sentia dentro do peito, um vazio profundo, quase como se sempre existisse ali, cada dia se aprofundando mais fundo, e desempenhado a lhe causar uma formidável dor.

A maneira como a pequena Clarissa Fairchild, a garotinha desde cedo amena e tão petulante em todos os seus respectivos desempenhos de vida, não era mais a mesma, as vezes, era capaz de tragar até a ela mesma, certa confusão descomunal.

Talvez, nem a tal garota, tão admirada por sua simpatia afável, fora o que e como a mãe lhe ensinara a ser ao princípio, desde que viera ao mundo...

- Para com isto Clary. - quando a voz de Simon fora ouvida, por meio a grande multidão de devaneios confusos, Clary quase sentiu uma inebriante sensação de que a voz estava perfurando seus ouvidos, a cada palavra proferida do menino vampiro. Teve a plena certeza de que nunca o ouvira ser rígido, até mesmo brutal com ela. Simon, na verdade, era o que se podia chamar de amor de pessoa com Clarissa, a voz sempre tão êufona em tom eufórico, destacando toda sua alegria para a garota saber o quão o deixava honrado por sua grande participação amigável em sua vida. - Há algo entre você e o Jace, e você não pode, não pode ter a capacidade de me negar isso.

Desta vez, o que ganhou em resposta tal audácia em persistir contradizendo a garota, fora o acerto das costas de suas mãos, agredindo-o no rosto, fortemente...

- Não, para com isto você, Simon Lewis. - a necessidade de gritar, jogar as cartas que continha na manga para Simon, fora mais forte, ela não pode se conter, sinceramente ao menos sabia se o queria. Quando as costas de sua mão esquerda, atingiu a bochecha de Simon, a mão formidou. Formidou, doeu, ardeu. Mas tais sensações dolorosas, era o resultado da maneira violenta com que agira com o garoto, sua calma mantida para a situação, se esvaindo de pouquinho em pouquinho. Nunca, ao menos do que suas lembranças lhe faziam recordar, agira como agora, sendo tão bruta e demasiadamente irascível com o amigo. - Simon...

A expressão no rosto do namorado, mostrava como o tapa dado com total autocontrole de força, fora recebido e espantou-o como se tivesse sendo espetado por um espinho de rosas bonitas, porém enganosas...

- Sinto muito, eu... - O que deu em mim... - a expressão de Clarissa, cogitava a Simon que esta estivesse tão espantada quanto ele.

O coração estava agora batendo dentro do peito de maneira vagorosa, ele sabia que o tapa da tão amada Clary, não fora proposital de suas ações, na verdade, ele cogitou, também precisava se acalmar, ou deixaria os nervos momentâneos, o levar a raiva descompassada e ações totalmente impensáveis, similar a como agora Clarissa, agora em sua frente, ao acertá-lo.

- Acho que já deu por hoje. - engolindo um grande aperto em sua garganta, um nó que o deixava embaraçado perante sua situação tensa, Simon tornou a dizer, sua voz muito emotiva e falha por lágrimas muito bem prendida pelas pálpebras. - Ambos estamos muito tensos e eu não quero machucar você, Clary. Damos continuidade amanhã, eu passo aqui. - disse, decidindo por fim, encerrar a conversa com Clary, caso não o tivesse feito, ficaria nervoso como a garota ficou ao acertá-lo, bruscamente.

- Não, por favor não faça isso comigo, não faça isto com nós dois, o nosso amor. - quando Simon tomou a ousadia de lhe virar as costas, mostrando que o garotinho sempre derrotado por seu jeito de o persuadir com um de seus inúmeros sorrisos bicudos, agora era um homem decidido e audacioso, ela cedeu ao lado de sua mente racional, chamando por Simon. E teve de ser forte para derrotar a outra parte de seu coração rebelde... implorando por Jace.

Virou-se depressa, a mão não tão habilidosa, se movendo com brusquidão para alcançar a mão de Simon. Quando isto aconteceu, teve de bater firmemente os pés no chão, para não ceder a vontade quase invencível, de desfazer as mãos do aperto de mão fria do antigo melhor amigo.

- Não vá, só por favor não vá, fica aqui comigo. - implorando, Clary não pode conter a tremedeira de suas mãos, quando estas, receberam o aperto dos dedos de Simon, o frio aprofundando-se nas mãos.

Novamente, se sentindo eufórica e invencível, Clary lutou com a vontade de se desfazer do toque das mãos frias.

- Por favor, Clary, não faça disto mais difícil e complicado do que já está sendo para nós dois. - a súplica de Simon, doeu a seus ouvidos, mas Clary honestamente, não se incomodava, na verdade sequer podia sentir tal dor, com o coração ardendo em chamas negras de uma dor invencível. O chão pareceu tremer aos seus pés, o mundo de repente, não era mais o mesmo. Se é que, ela cogitou ao interior de seus pensamentos confusos, um dia fora o que pode-se chamar de normal.

Os pés agora estavam frios, as mãos tremendo descontroladamente. O peito, tão preenchido por turbulentos sentimentos de seu resplendor, pareceu rasgar, porém ela mal o pode sentir em sua ação a machucando. Era como se tudo, o mundo, ela própria, todos ao redor, Simon especificamente, tivessem sumido. As mãos do rapaz era tudo o que ela podia sentir enquanto sentia os pés vencer suas ações. Novamente, vencida por algo que não se dava a suas ações, Clarissa concluiu em meio pensamentos desconexos, que precisava dar seu ultimato a Simon. E ser o mais possivelmente honesta que seu ser esplêndido de amenidade, poderia ser.

- Você diz que eu não amo você... - ,mas não é verdade... - Eu te amo Simon, só não posso afirmar que é como você gostaria, mas eu te amo com todo o meu resplendor, Simon Lewis. Para toda a eternidade, juro que te amo mais do que já amei qualquer pessoa. - com as mãos cortando o contato com as mãos de Simon, Clary se permitiu, em passos largos, escorregar o corpo minúsculo nos braços do vampiro, só então, com o coração acelerado, sentindo as pernas lhe apunhalar traiçoeiras, as mãos minúsculas com seu toque suave, percorrendo a nuca de Simon, até mesmo para ter seu apoio físico.

E então, os lábios trêmulos de Clary, e frios como gelo, tomaram a ousadia sem conscientização de Simon, de beijar o garoto na boca, a boca macia trabalhando em passar o amor sincero, que ela sentia por Jace, para Simon. Sentia com a força de um coração culpado, que devia tal a ele.

Quando o corpo lhe atraiçoou por completo, ela sentiu a última força lhe restando guardada por trás de suas ações, se esvair.

Até que suas forças, de repente deixaram-a por sorte própria, e só o que tal sentiu, fora o toque das mãos de Simon, acariciando suas costas.

Não sabia dizer, dado a seu estado desfavorável, mas a última visão avistada por seus olhos esverdeados, fora os lindos cabelos loiros, caídos sob o rosto tão angelical, de Jace.

"Me perdoa, do fundo do coração, seja capaz de um dia me fornecer a dignidade do perdão. Desculpe-me, perdoe-me por ser tão cega por ele, perdoe-me por não acreditar que ambos garotos tão cheios de pureza e leveza, possam me amar ao mesmo tempo. Sinto em dizer, mas não mereço nem um, nem o outro, então mais uma vez, peço que perdoe-me, meu velho e eterno melhor amigo..."

Clary, se sentindo um poço de seus sentimentos traiçoeiros, queria com muita força, ter sua energia de volta, dizer tudo o que sua mente martelava para dizer, mas seu corpo, tais como seus sentimentos, lhe passavam a perna cada vez mais. E a última coisa de que teve plena certeza, se deu ao nome do esbelto rapaz, Jace, deixando seus lábios...

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