˖࣪ ❛ EVA
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— HOJE, TODOS VOCÊS terão que descobrir até onde estão dispostos a ir para impedir uma guerra.

Eu estreitei meus olhos para o grupo de vampiros na minha frente, Jasper ao meu lado. Eu estava conduzindo esta sessão de treinamento, e foi uma das últimas antes dos Volturi chegarem. — Eles têm armas que não temos e pessoas com habilidades que não temos. Mas hoje vou ensinar a todos como contornar essas ameaças.

Uma grande mão se levantou da multidão e eu revirei os olhos, acenando para Emmett. — Sim?

— Tem certeza de que está qualificado para isso?

— Não.

O rosto de muitos vampiros na minha frente murchou, e Emmett ergueu as sobrancelhas em confusão. — Como assim 'não'? —

— Quero dizer não, quer ouvir em espanhol? No!

Emmett pulou ligeiramente, e eu inalei, esfregando minhas mãos sobre meu rosto, e decidindo que não deveria assustar muito essas pobres pessoas. — Tenho muita experiência em ignorar as coisas e em ser forte. Essas são minhas qualificações e terão que ser boas o suficiente. — olhei em volta, meus olhos passando por cada par de olhos dourados e rubi na multidão. — Espero que não tenhamos que lutar, mas se o fizermos, teremos que matar pessoas... Até a morte.

As sobrancelhas de Jasper franziram, mas ele não disse nada enquanto eu continuava meu discurso.

— Nós vamos ter que trabalhar juntos... Para proteger Renesmee, que, eu sei, é um nome ruim, mas ela ainda é minha sobrinha e eu não quero que ela seja frita.

Clara caiu na gargalhada, mas tossiu uma vez e ficou em silêncio com o olhar que Bella deu a ela. Carlisle estava lá dentro, ocupado com alguns vampiros estrangeiros que decidiram invadir nossa festa, então ele me encarregou de testar o escudo de Bella, porque ela precisa ser capaz de trabalhar sem pensar nisso. Para a sorte dela, sou excelente em não pensar.

— Então, o que vamos fazer é - ataque furtivo! — girei nos calcanhares, lançando meu canivete fechado para minha irmã, que gritou de surpresa e ergueu as mãos. Para meu prazer e surpresa, o golpe da faca parecia ser uma parede e caiu inutilmente no chão. Eu sorri, batendo palmas. — Bom trabalho, Bella!

— Que diabos, Courtney? — minha irmã e seu marido gritaram exatamente ao mesmo tempo, com uma expressão quase idêntica de horror em seus rostos. — Jesus Cristo, você poderia ter me matado!

— Mas eu não matei! — pisquei para minha irmã, estendendo a mão enquanto Clara pegava a faca e a jogava de volta para mim. Enfiei no bolso da minha calça jeans, limpando a garganta. — De qualquer forma, só temos que esperar que Sadie e Alice cumpram com o que Bella disse que fariam...

— Elas estão trazendo ajuda.

— Elas estão trazendo ajuda! — apontei para minha irmã. — Sim, obrigada, Bella! Elas supostamente estão recebendo ajuda para nós, o que seria ótimo! A partir de agora... Todos me mostrem o que vocês podem fazer.

Então foi exatamente isso que fizemos. Os vampiros vieram um a um e demonstraram o que podiam fazer. Gostei especialmente de Benjamin, que deu um show magnífico com sua manipulação de elementos. Sério, ele convocou uma bola de fogo para a mão, e eu disse a ele que parecia alguém dos Vingadores... Foi impressionante. 

— Você nunca assistiu os Vingadores? — exclamei incrédula, e Benjamin sorriu.

— Eu juro, se voltarmos vivos, eu vou assistir aos filmes.

— É melhor mesmo!

Kate foi menos educada do que Benjamin, enquanto caminhava silenciosamente até mim e segurava minha mão, uma pontada aguda de dor subindo pelo meu braço. Eu pulei. — Ai!

Jasper descansou a mão no meu ombro, olhando para a loira na nossa frente. — Isso foi necessário, Kate?

— Ela é parte humana. — a garota retrucou, seus lábios curvando-se sobre os dentes. Seu rosto inteiro estava fixo em um sorriso de escárnio, mas ela literalmente pareciauma maldita modelo. — Ela nem deveria estar aqui.

Fiz uma pausa no silêncio, limpando minha garganta sem jeito. Essa garota era obviamente uma vadia, isso é óbvio. — Acho que esta é a parte em que digo algo espirituoso.

Nós nos olhamos, e eu sorri de volta, certificando-me de que ela viu meus dentes agora assustadores. — Eu não sou espirituoso. Próximo!

Tanya foi mais legal comigo, enquanto ela sorria e me dava um abraço. Eu sabia que ela não gostava muito de Bella, e estava um pouco feliz por eu não ser odiada por associação, já que isso me rendeu mais do que suficientes vampiros inimigos. — Courtney! É tão bom ver você, como você está?

— Um pouco chateada por ser uma fugitiva, mas fora isso, estou ótima! — sorri com sua risada musical, embora só me lembrasse de Alice, o que me deixou triste de novo. Tentei me lembrar de que ela e Sadie ficariam bem. Elas ficariam bem, voltariam para cá e se casariam... Exatamente como planejado. 

— Isso vai dar certo... Carlisle é sábio.

— Ele é.

Olhei para onde os grupos estavam se reunindo, os olhos de Bella fechados em concentração enquanto um véu translúcido de proteção ganhava vida na frente dela. O escudo é um dos maiores detalhes de proteção que temos. Sei que estou tentando ser toda leve... Mas estou apavorada.

Bella é minha família, portanto Nessie também. Eu desisti de tanto por esta vida, e agora que estou aqui, não posso perder mais ninguém. Eu quero a vida perfeita com a qual eu sonho, com Jasper, e Bella, e Alice, e Sadie... Diabos, até mesmo Clara. A garota pode ser um pé no saco, mas ela merece felicidade tanto quanto qualquer outra pessoa aqui, e espero que isso seja algo que eu possa conceder a ela.

Espero que possamos vencer.

★

— Você acha que podemos fazer isso?

A sala silenciosa anteriormente morta foi quebrada enquanto eu falava. Minha voz não falhou como eu gostaria, ela permaneceu teimosamente suave. Estávamos deitados na cama que não precisávamos, envoltos nos braços um do outro enquanto ambos pensávamos sobre o que o amanhã traria.

— Você acha que podemos vencer?

Jasper beijou minha testa, seu toque persistente enquanto seus dedos frios traçavam padrões em minha mandíbula. — Acho que podemos convencê-los de que Nessie não é uma ameaça. Acho que podemos acabar com isso e voltar para nossas vidas.

— Isso é um sim?

— Sim.

Suspirei, inalando seu cheiro enquanto enterrava minha cabeça em seu peito. Senti as lágrimas impossíveis de derramar inundarem meus olhos e respirei fundo. — Eu só... Eu não quero que tudo isso desapareça.

Jasper passou o braço para que pudesse passar os dedos pelo meu cabelo, a simples ação me acalmando mais do que gostaria de admitir. — Não vai. Eu sei porque tenho todo um futuro planejado com você, e alguns idiotas italianos não podem tirar isso.

— Como... Como o quê?

— Bem, teríamos que ter nossa própria casa. Uma boa, nem muito grande, nem muito pequena... E poderíamos ter aquele cachorro que você sempre quis.

Eu ri levemente.

— E podemos convidar todos para o beisebol e feriados porque, sejamos honestos, Esme merece uma folga... Luta de braço.

Eu ri de novo.

— E poderíamos ficar com nossa família... Porque é assim que sempre foi para ser... É nosso para sempre.

Eu sorri, relaxando ao ponto que eu estava tão perto de dormir quanto eu poderia conseguir.

— Obrigada... Estou ansiosa por isso.