˖࣪ ❛ NÃO
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TODOS NÓS SENTAMOS ansiosos enquanto Bella trazia um pequeno copo aos lábios. Eu tinha uma careta permanente no meu rosto enquanto ela bebia a substância vermelha como tinta. Sangue. 

Jacob parecia estar tendo pensamentos semelhantes, enquanto seus lábios se curvavam sobre os dentes, e seus olhos estavam tão estreitos que eu não conseguia descobrir como ele podia ver. O braço de Jasper apertou ao meu redor, e eu coloquei uma mão tranquilizadora em sua cintura.

— Tem um gosto bom.

Uma pequena mordaça saiu da minha boca, que eu fiz o meu melhor para esconder atrás da minha mão. Uma coisa era ter um vampiro bebendo sangue animal, ter minha irmã bebendo sangue humano é uma coisa totalmente diferente... É meio nojento.

— Seu pulso já está ficando mais forte. — Carlisle murmurou com admiração, me fazendo relaxar, mas ainda não assim.

— Está funcionando! — Esme sorriu. Eu tentei dar um sorriso de apoio, mas quando uma pequena gota de sangue escorreu pelo queixo de Bella, eu tive que me virar.

— Uau... Eu sou uma espécie de gênio.

★

Eu nunca tive que falar com bebês vampiros mutantes antes... Então fazia sentido que eu estivesse nervoso.

Eu estava sentado na beirada do sofá, ao lado de Bella e Edward. Aparentemente Edward podia... Ouvir seus pensamentos? Não sei, só estou aqui para dar apoio emocional. Jasper estava caçando com Alice porque eu o forcei também, então fiquei sozinha com a família Adams... E Jacob. 

— Ele gosta da sua voz.

— Minha? — eu levantei uma sobrancelha, confusa e um pouco preocupada em como Edward sabia que o bebê gostava da minha voz. — Uh, obrigada?

— Vamos, eu não sou louco. — Edward sorriu levemente enquanto Bella esfregava sua barriga. — Fale com ele, ele precisa conhecer a voz de sua tia legal, Courtney.

— Eu sou muito legal. — eu sorri, me inclinando para que minha cabeça ficasse ao lado do estômago de Bella. — Uh, e aí garotinho? Eu sou sua tia Courtney... Eu, uh, sempre vou ter chiclete... Se isso é algo que você gosta.

Os dois ao meu lado riram.

— O que mais? Hum, eu sou casada com o tio Jasper... Sim, você vai amá-lo. Cara sulista esquisito. Eu provavelmente serei a única humana nesta casa quando você vier, então eu agradeceria se você fizesse isso. Não tente... Me morder ou algo assim.

O tom de provocação na minha voz fez Bella rir. — Eu tenho a pele muito sensível... E meu cabelo muda constantemente de comprimento, então se você é um daqueles bebês que são meio burros e não entendem cortes de cabelo... Ainda sou eu... — algo a dizer ao pequeno bebê demônio. — Acho que vamos nos dar bem... A menos que você machuque minha irmã, nesse caso, eu posso ter que...

— Tia Court está saindo agora! — Bella me deu um sorriso duro, e eu acenei para ela. — Ei! Uma garota não pode brincar? Qual vai ser o seu nome?

— Não pergunte isso a ela! — Rosalie apareceu na porta, me fazendo quase pular para fora da minha pele. Eita, ninja, muito?

— Ei, você está bem? — Bella de repente perguntou a um lobisomem muito distraído, me fazendo piscar. Sinceramente, esqueci que ele estava aqui.

— Eu estou bem, não é como se eu estivesse carregando um demônio.

— Isso é muito importante, Bella. — Rosalie se sentou ao meu lado. — Por que você não diz a Courtney o que você decidiu?

Eu sorri, olhando entre a loira e minha irmã. — O que?

— Rose tem tentado falar com Bella sobre seus nomes de bebê. — Edward explicou, um leve sorriso em seu rosto bonito.

— Sim, ela os odeia.

— Eu serei o juiz disso. — sentei-me mais ereta no meu assento, animada para ouvir o desastre que Bella pensou. Ela batizou seu gato de brinquedo, Ferdinand, aos três anos... Theodore era muito melhor. Moral da história: Bella não sabe nomear.

— Ok, para um menino eu estava pensando em EJ, para Edward Jacob.

Dei de ombros. Claro que não é o melhor, e eu não estou no melhor lugar com Jacob agora, mas é melhor que Ferdinand. — Isso não é ruim.

— E para uma garota, eu estava brincando com Renee e Esme, e eu estava pensando... Renesmee.

— O-o que agora? — eu repeti, qualquer esperança que eu tivesse para Bella ser capaz de nomear uma criança correndo pela janela. Renesmee? Poderia muito bem nomear o garoto Ferdinand! — Renesmee? É tipo, holandês ou algo assim?

Jacob e Rose caíram na gargalhada quando Edward deu um tapa de leve no meu braço. — Eu gosto disso! — ele defendeu sua esposa, sorrindo carinhosamente para Bella. — É lindo e único. Certamente se encaixa na situação... Eu gosto de Renesmee.

— Vou te dizer uma coisa, vamos nos mudar para a Holanda, e depois me pergunte novamente.

— Courtney!

— Tá bom! — Eu levantei minhas mãos em defesa. — Contanto que o nome do meio dela possa ser Courtney.

— Combinado.

— Todo mundo! Renesmee está passando por Courtney agora! — eu gritei para ninguém em particular, antes de sair correndo da sala, rindo dos gritos que me seguiram. Eu ri para mim mesma. Claro que Bella chamaria sua filha de Renesmee. Com um nome como Bella, você quer ser o mais criativo possível... Vamos esperar que ela tenha um menino.

Eu não subi muito a escada, antes que uma comoção viesse do andar de baixo.

E esse foi o começo do meu fim.

★

Tem sido uma hora inteira. 

E hora de roer todas as minhas unhas, esperando em um silêncio meticuloso enquanto Bella poderia estar morrendo na sala atrás de mim. Ela entrou para... Bem, acho que se pode chamar de trabalho de parto. Tudo o que poderia ter dado errado, deu. Carlisle, Alice, Esme e Jasper se foram. Deixando apenas Edward, Jacob e Rosalie para salvar a vida de Bella.

Ah, e eu.

— Nós precisamos de você. — Edward agarrou meu braço antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, me arrastando para o quarto. Bella estava deitada, o que eu acho que é o que me assustou.

— Morfina.

— Agora! — Rosalie retrucou, fuçando ao redor. — Courtney, pegue sua faca!

Fiz isso com os braços trêmulos, entregando a pequena lâmina para Rose.

— Não! — Edward retrucou. — Deixe a morfina se espalhar!

— Não há tempo! Ele está morrendo!

— Tire-o para fora!

Rosalie fez um corte na pele de Bella, provocando um grito dela. Lágrimas começaram a inundar minha visão com o quão horrível essa cena era. Foi um pesadelo... Não, foi pior que um pesadelo.

Olhei para cima bem a tempo de ver Edward empurrar Rosalie para fora da porta, um olhar enlouquecido em seus olhos e ele enfiou a faca ensanguentada em minhas mãos. — Você tem que fazer!

— Não. — eu balancei minha cabeça, o mero pensamento de abrir Bella me fazendo tremer. — Não, eu não posso.

— Você tem que, ou ambos morrem!

Olhei para Bella soluçando, e seu estômago ensanguentado, e senti algo em mim estalar.

E então eu apenas agi. Agir para salvar minha irmã, agiu para salvar meu sobrinho.

Bella gritou novamente enquanto eu enfiava a faca na placenta, lágrimas inundando meus olhos e palavras aleatórias saindo da minha boca. — Me desculpe, me desculpe. — fechei os olhos, afastando-me apenas do conhecimento de livros e programas de TV, alcançando minhas mãos já encharcadas de sangue em seu estômago, sentindo uma bola viscosa que eu sabia que era o bebê, e a puxei para fora, engasgando e soluçando com o quão horrível isso era. Eu me virei e empurrei o bebê nos braços de Edward, e em um movimento rápido, cortei o cordão umbilical e cambaleei para frente para agarrar as mãos de Bella nas minhas. No meu que estava pingando com o sangue da minha irmã. 

Se ela morrer, a culpa é minha.

— Está bem. — eu sussurrei para minha irmã ofegante, seus olhos estavam arregalados e seu rosto estava branco como um lençol. — Shh, apenas mantenha esse coração batendo.

Inconscientemente, comecei a cantar 'Staying Alive', a música que nos ensinaram no ensino médio quando estávamos aprendendo RCP. — Apenas fique viva, Bell. Faça isso pelo bebê.

Essa foi a última coisa que eu disse, antes de ser agarrada e empurrada para fora da porta. Eu não lutei contra isso, eu não podia. Não consegui ver o que aconteceu a seguir. Eu não queria também.

Virei minha cabeça, vendo o resto da família Cullen olhando para mim com horror em seus olhos ao me ver. Meus braços, das pontas dos dedos até os cotovelos, estavam manchados de vermelho, e meu rosto provavelmente não parecia melhor.

Eu nem disse nada. Eu apenas desmoronei no chão, tudo ao meu redor ficando preto.

★

Quando acordei, estava deitada em uma cama no escritório de Carlisle.

— Ei, bela adormecida. — uma voz familiar chiou, e eu me virei para ver Jasper me dando um sorriso de dor. — Como você está?

— Depende. — minha voz estava rouca quando falei, mas não fiz nenhum esforço para limpá-la. Meus olhos estavam fixos na forma inconsciente de Bella. — Ela está viva?

Jasper veio e se sentou ao meu lado, pegando minha mão e envolvendo seu braço em volta do meu ombro, me segurando firme em seu corpo. — Uh, tecnicamente.

Um suspiro de alívio diferente de tudo que já senti clareou minha cabeça, e um pequeno sorriso lacrimoso abriu caminho para o meu rosto. — Ela se transformou?

— Ela está viva. — Jasper corrigiu. — Você está fora há quase dois dias, eu estava quase...

— Dois dias? — eu o interrompi, gritando incrédula, eu estava dormindo há dois dias? Como isso funciona mesmo?

Como se estivesse lendo minha mente, Jasper respondeu. — Ataque de pânico foi o motivo original, Carlisle disse depois que você provavelmente estava recuperando todo o seu descanso perdido.

Eu sorri para o meu marido, me inclinando para que eu pudesse pressionar meus lábios nos dele, neste momento grata por estar viva. — Eu te amo.

Jasper sorriu, seus olhos tão lindos quanto no dia em que nos conhecemos.

Eu me levantei, deslizando para fora de seus braços para ficar em perto de Bella. Ela parecia tão pacífica. Tão pálida, tão mais saudável e pacífica.

Eu nem ouvi o grito de advertência de Jasper, quando seus olhos se abriram, os braços agarrando meus ombros, os dentes afundando no meu pescoço.