053
˖࣪ ❛ OLHOS DOURADOS
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EU SEI, A verdadeira pergunta que todo mundo tem feito... Nós acabamos tendo uma lua de mel?
Bem... Com certeza parecia.
Sim, eu sei que a imaginação está correndo solta agora, o que fizemos? Bem, meus queridos amigos, eu gostaria de convidá-los a usar sua imaginação.
Mas agora, há assuntos mais urgentes para discutir. Como Jacob Black acabou de entrar na sala, e ele parecia louco.
Eu nem cheguei a falar com ele, porque se eu falasse, eu estava um pouco nervosa que acidentalmente iria bater nele por ter abandonado meu casamento.
— Idiota. — eu rosnei, quando ele saiu da casa, sabendo muito bem que ele podia me ouvir. Rosalie riu às custas de Jacob, enquanto o resto apenas mantinha seus olhos preocupados em minha irmã. A barriga do bebê não era redonda como deveria ser, era grande e com formato errado... Também um pouco torto. Eu odiava olhar para isso, eu odiava ter que pensar que eu seria tia desse pequeno demônio. A coisa que está matando Bella.
E eu sei que Edward concorda comigo, já que nenhum olhar gelado foi enviado em minha direção.
— Você está recebendo algumas vibrações de menino? — eu perguntei, sentando ao lado da minha irmã. — Algum nome em mente?
Sim, normalidade. Algo que todos nós precisamos. Então eu estou fazendo parecer que Bella está apenas... Grávida normal. Pode ser para mim também, porque não gosto de ver minha irmã definhar diante dos meus olhos.
— Eu não sei... Eu meio que quero fazer uma mistura de nomes, como para pessoas que são importantes para mim. — Bella disse, movendo-se ligeiramente em seu assento, sua mão plantada em seu estômago. — Eu só não tenho certeza de como.
— Divertido. — eu cantei, minha voz calma, vacilando ligeiramente. Bella se virou para mim. — Você tem algum bom nome?
— Uh. — eu senti meu rosto esquentar um pouco. — Bem... Eu tenho um monte de nomes diferentes que eu gosto para uma menina, para um menino... Eu não tenho nada. — eu fiz uma careta, virando-me para olhar para Jasper. — Caramba, isso é muito difícil.
Bella riu um pouco, um som que eu só conseguia ouvir dela ocasionalmente. — Eu nunca pensei que veria você sem nada para dizer.
— Eu tenho algo a dizer! — eu defendi, cruzando os braços indignada. — Hum... Bem, eu gosto da ideia de dar a uma criança o nome de alguém próximo a nós...
— Oh não. — eu me virei onde Jasper estava parado, olhando para nós com os braços cruzados, um brilho divertido em seus olhos. — Você não chamaria nosso filho de Paul, não é?
Eu ri, afastando uma mecha de cabelo do meu rosto. — E Embry?
O olhar em seu rosto foi o suficiente para me fazer cair na gargalhada. Bella estava rindo baixinho ao meu lado, enquanto eu me levantei e caminhei para envolver meus braços ao redor do torso de Jasper. — Eu estou apenas brincando, querido. — eu zombei de seu sotaque, sorrindo enquanto ele beijava suavemente o topo da minha cabeça. — Estou desesperada quando se trata de nome.
— Ainda bem que eu não estou.
— É uma coisa boa.
Sorri, olhando para minha irmã, que até parecia ter ganhado um pouco de cor nas bochechas... Talvez tudo fique bem.
★
Alerta de spoiler: nem tudo estava bem.
Fui acordada naquela noite por um grito de gelar o sangue vindo do andar de baixo. Eu estava grogue, mas podia sentir meu coração pular na garganta. — O que é que foi isso?
O rosto pálido de Jasper parecia fantasmagórico na escuridão, e eu pulei da cama. — Foi Bella, não foi?
Ele não respondeu.
— Ela está bem? Jasper!
Seu nome parecia ser o que o tirou de seu transe, e ele agarrou minha mão, correndo para fora da sala. — Ela está bem por enquanto.
Um enorme suspiro de alívio veio com sua declaração, e eu segurei sua mão com mais força enquanto entramos no quarto de Carlisle, que havia sido transformado em um hospital improvisado. Bella estava deitada na cama, um brilho de suor cobrindo seu rosto pálido, um raio-X na parede.
Eu não soltei a mão do meu marido, correndo até a mesa. — Bella, oh meu Deus.
— Ele quebrou uma de suas costelas. — Edward explicou, seu lábio enrolado sobre os dentes.
— Não há lascas, não perfurou nada. — Carlisle anunciou, fazendo Bella suspirar e Edward cerrar os dentes.
— Ainda.
— Edward. — Carlisle deu a seu 'filho' um olhar severo, voltando para a tela, eu andei, arrastando Jasper atrás de mim. A tela mostrava o que parecia ser uma barreira protetora ao redor do feto.
— Que diabo é isso?
— Não sei. — Carlisle admitiu. — Algum tipo de barreira de muco ao redor do feto... Como se estivesse se protegendo.
— Está quebrando ela de dentro para fora! — Edward retrucou. — Diga a ela, Carlisle, conte a ela o que você me disse!
Em vez de se dirigir a Bella, o vampiro loiro se virou para mim. — O feto é incompatível com o corpo dela. É muito forte, e não vai permitir que Bella obtenha a nutrição que ela precisa. Está deixando-a faminta, eu não posso retardá-lo, eu não posso pará-lo, neste ritmo, ela calor vai acabar antes que ela possa dar à luz.
Para mim, chega.
Eu me virei e vomitei, uma comida que eu tinha no estômago derramando no chão. A mão de Jasper esfregou minhas costas suavemente enquanto eu me dobrava, segurando meu estômago, tremendo como uma folha em uma árvore. Cuspi uma vez no chão, um gosto ruim na boca. Eu me virei, e Jasper passou os braços em volta de mim, eu agarrei sua camisa, lágrimas caindo dos meus olhos, meu corpo inteiro tremendo. Bella não pode morrer.
Mas Bella pode se transformar.
— Você pode transformá-la. — eu apontei para Carlisle. — Se o coração dela ceder, você pode usar o veneno para ajudá-la! Você conseguiu!
— Courtney, o que você precisa entender é que há algumas coisas que o veneno simplesmente não pode consertar...
— E daí? Veneno é tipo 'às vezes funciona, às vezes não'? — eu rebati, parte de mim se sentindo mal por gritar com Carlisle, mas uma parte maior de mim brava com a coisa dentro da minha irmã. — Eu pensei que o ponto inteiro era vida ou morte!
— Insuficiência cardíaca é...
— Outra palavra para morte! — eu gritei, antes de dar uma olhada no rosto pálido da minha irmã, zombando da idiotice de tudo isso. — Eu não vou apenas sentar aqui e esperar que algo ruim aconteça.
Eu me virei, empurrei Rosalie, e não parei até que eu estava do lado de fora, meus pés me levando o mais longe possível daquele quarto. Foi sufocante, a percepção ardente de que minha irmã vai morrer. Isso tudo é tão estúpido! É um bebê, deveria ser um humano, não um... Monstro esquisito!
Cego pela minha raiva imprudente, eu empurrei meu pé para trás e chutei o toco de uma árvore, imediatamente gritando com a dor que atravessou minha perna, caindo no chão e soluçando. Bella não merece isso. Ninguém merece.
Eu senti uma onda desnecessária de calma correr sobre mim, e eu cegamente joguei uma pedra naquela direção. — Pare com isso.
— Desculpe. — Jasper se sentou ao meu lado, mas eu não olhei para cima, apenas olhei fixamente para um ponto no chão. Finalmente, inclinei minha cabeça para descansar em seu ombro.
— Não é justo. — eu sussurrei, as lágrimas ainda escorrendo pelo meu rosto. — Isso nem deveria ser possível.
— Eu sei.
— Eu só gostaria de saber o que era! — eu exclamei estupidamente, cheirando uma vez. — Eu não sou tecnicamente tia? Não é certo odiar seu próprio sangue.
Espere...
— Sangue. — eu sussurrei novamente, olhando para cima para encontrar os olhos de Jasper. Ele estava olhando para mim com a mesma percepção abrupta que eu senti. — É parte vampiro.
— Ele precisa de sangue.
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