˖࣪ ❛ DANIFICAÇÃO
— 46 —

EU ESTAVA ASSUSTADA.

Com medo do que quer que tenha acontecido comigo na floresta. Com medo do que Jane poderia ter dito ou feito depois que ela me nocauteou. Eu era sagrado por mim mesma. Porque eu nunca fiz nada assim antes. Eu deveria ser destemida, eu deveria ser aquela que se sacrifica para que sua irmã possa viver uma vida que ela estava disposta a jogar fora de qualquer maneira.

Então, por que me sinto tão inútil?

Já se passaram três dias desde a luta, e embora Carlisle tenha costurado minha cabeça, eu tinha hematomas em todo o meu pescoço, e parecia que sempre que Jasper me via, isso o trazia de volta ao que aconteceu.

Falando em Jasper.

— Ei. — ele sorriu suavemente, encostado no batente da porta. — Posso entrar?

— É o seu quarto. — eu resmunguei do meu lugar no chão. Jasper assentiu, silenciosamente cruzando a sala e sentando-se ao meu lado. Continuei a fazer buracos no chão acarpetado, lágrimas nos olhos, mesmo que eu não soubesse de onde elas vieram.

— Você sabe que está segura comigo?

Eu balancei a cabeça uma vez. Eu sei, só não sei se ele está seguro comigo.

— Eles querem que eu desista da minha vida. — a simples frase fez minhas palavras quebrarem e as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. — Eu não sei o que fazer.

Jasper silenciosamente passou um braço em volta do meu ombro, eu enterrei meu rosto em seu peito, soluços silenciosos percorrendo meu corpo.

— Eu também não sei o que fazer.

Eu levantei minha cabeça o suficiente para que eu pudesse ver seu rosto. — O quê?

— Uma parte de mim quer impedir você de viver sua vida. Mas a outra parte de mim quer que você vá.

Suspirei profundamente, minha respiração trêmula e meu pescoço dolorido. É exatamente assim que me sinto. Eu inclinei minha cabeça para trás contra seu peito e fechei meus olhos. — Eu vou me transformar. — falei, sem saber de onde veio, mas sabendo que era a verdade. — Mas eu vou fazer um ano de faculdade primeiro. Eu quero ir para o Havaí e me queimar porque você não pode fazer isso quando você é um vampiro. Eu quero mergulhar, ou paraquedismo, e apenas sentir a descarga de adrenalina que você sente quando sabe que algo é perigoso... Eu quero viver... — fiz uma pausa. — Eu quero ser uma criança.

— Como aquela música.

Eu levantei minha cabeça, não totalmente certa de onde ele estava vindo. — Que música?

— Do musical. — Jasper sorriu suavemente. — Então, podemos ter dezessete...

Eu ri. — Isso é tão difícil de fazer?

Nenhum de nós era um bom cantor.

— Essa música é sobre uma garota tentando fazer o namorado parar de matar pessoas.

— Qualquer que seja.

Eu ri, envolvendo meus braços ao redor da cintura de Jasper. — Obrigada.

— Lembro-me de quando te conheci. — ele de repente desabafou. — Seu primeiro dia de aula. Alice estava tão animada, ela ficava sussurrando que eu finalmente teria alguém com quem sair.

Explodi em uma pequena gargalhada que fez meu pescoço doer. — Parece Alice.

— Eu odiei no começo. — ele admitiu timidamente, passando uma mão pelo meu cabelo. — Foi apenas... Difícil, mas deixou de ser difícil um dia em inglês...

— Ah, aquele professor nos odiava.

— Ele realmente fez. — Jasper riu. — Ele perguntou a você o enredo de um romance... Tipo, sobre o que era, e você olhou para ele, deu de ombros e disse com a voz mais segura: 'Não sei, Vegas?'

Eu mal podia sentir a dor no meu pescoço de tanto rir, Jasper me seguiu, inclinando a cabeça para trás no sofá. — E eu fiquei tipo, 'droga', como alguém pode machucar algo tão precioso?

— E então você realmente me conheceu...

— A aula de inglês foi a mais divertida que já tive. — ele admitiu, abaixando a cabeça para que descansasse em meus ombros. — Continuamos nos separando, porque falávamos muito.

— Era minha missão fazer você rir. — eu confessei. — Quero dizer, quando eu te conheci. Achei estranho que você não... — fiz uma pausa, colocando um olhar pensativo no meu rosto. — Eu também achei estranho você ser tão gostoso.

Jasper bufou. — Sim, eu pensei a mesma coisa.

— Cale-se. — eu corei levemente. — Vocês eram meus amigos, tornaram-se minha família. Você sabe o que eles dizem, 'bons amigos são como um trevo de quatro folhas, difícil de encontrar e sortudo de ter'.

— Você é tão poética.

— Eu sei.

Ficamos sentados em um silêncio confortável por mais alguns minutos, e eu apreciei como era isso. Estar apaixonada. Nunca pensei que encontraria alguém assim, mas agora que encontrei, nunca mais quero deixá-lo ir. — Eu acho que minha paixão terrível por você aconteceu na primeira vez que eu vim para sua casa. Emmett chamou você de menino bonito, e você disse. — eu fiz o meu melhor para copiar seu sotaque. — Estou honrado por você achar que eu sou bonito'.

Jasper riu. — Lembro-me de saber que você era diferente quando quase bateu em Jessica no corredor naquele dia.

— E agora ela é como minha irmã. — eu suspirei. — Eu vou sentir falta dela.

— Ei, não fique triste, não. — Jasper empurrou levemente meu braço. — Lembra da conversa estranha que tivemos no passeio de carro para minha casa?

Eu não pude evitar, eu praticamente me dobrei de tanto rir, me levantando e girando para que eu pudesse enfrentá-lo. — Emmett zombou de como falamos em uníssono, e meu rosto queimou como se eu estivesse no sol!

— Nós dois éramos tão estranhos! — Jasper gemeu, levantando-se e me girando. — Nenhum de nós sabia o que dizer.

— Agora olhe para nós. — eu fiz uma reverência zombeteira. — Quem teria adivinhado?

— Você me beijou sem avisar e eu pensei que ia desmaiar.

— Foi o que veio naturalmente!

Jasper sorriu, segurando minha mão na dele. — Você passou de uma estranha para minha melhor amiga para o amor da minha vida. — ele se abaixou para beijar minha testa. — Eu nunca poderia pedir por alguém melhor. E espero que possamos ficar assim pelo resto de nossas vidas... Em todos os meus anos, eu nunca conheci ninguém como você. Forte, corajosa, bonita, hilária como o inferno.

Eu ri.

— E tão perfeita que eu não entendo... Então eu tenho uma coisa para te perguntar.

Inclinei a cabeça, ainda radiante. — Pergunte.

Tudo depois disso parecia acontecer em câmera lenta.

Lentamente, Jasper deu um passo para trás até ficar em um joelho, alcançando as costas e retirando uma pequena caixa de veludo. Meus olhos se arregalaram, e minha mão acidentalmente viajou para cobrir minha boca da maneira mais clichê possível. — Você quer se casar comigo?

Uma lágrima escorreu dos meus olhos, e eu engasguei, sentindo um sorriso se espalhar pelos meus lábios. Eu tinha dezoito anos, estou sendo alvo de uma organização governamental de vampiros esquisitos, e minha melhor amiga pode estar morta... Ainda assim, havia apenas uma palavra na ponta da minha língua.

— Sim! — eu engasguei, repetindo quando saiu pequeno. — Sim, sim! Oh meu... — eu não terminei minha frase, apenas o agarrei no maior abraço que já dei. Lágrimas caindo dos meus olhos. Lágrimas diferentes, lágrimas felizes. Jasper sorriu, seus olhos brilhando. Ele se inclinou e delicadamente beijou meus lábios, paixão e excitação borbulhando de cada poro de nossos corpos.

— Eu te amo, Courtney Swan.

— Eu te amo, Jasper Hale.