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02 | a floresta

OS FOREST não eram uma família tradicional americana, apesar das aparências mostrarem isso. A pequena cidade de Leavenworth era tomada por três grandes famílias fundadoras, e os Forest eram um deles —, lê se o maior deles.

Margot Quinn conheceu Jackson Forest quando tinha apenas doze anos, em uma feira municipal de livros. Já naquela época dava para sentir o que ser um Forest significava, apenas por estar na presença de Jackson. Ambos foram para a mesma escola, logo em seguida para a faculdade e é claro que não poderiam evitar se apaixonar. Se casaram com vinte e um anos, e antes de completarem dois anos de casamento, o primeiro filho do casal nasceu, que foi nomeado com: Ford Lincoln Forest. O nome do avô de Jackson.

Os Forest eram conhecidos por serem minimalistas, na maioria dos eventos da cidade eles apenas apareciam para manter as aparências. Quando Ford completou dois anos e meio, Remi nasceu. As pessoas de fora não conseguiam entender como que Margot conseguiu engravidar tão rápido em tão pouco tempo, já que Jackson Forest mal ficava na cidade por tempo suficiente.

Que eram ricos isso era um fato. Então, Margot deu aos filhos o que nunca tinha tido na vida, todas as oportunidades possíveis. Quando Remi completou cinco anos, o caçula da família nasceu: Tate Wright Forest. Eles esperavam que mais um bebê fosse dar luz e esperança a família, o que deu certo nos primeiros meses, até claro desgastar Margot como nunca.

Não era fácil cuidar de três crianças ao mesmo tempo, enquanto o pai era pouco presente. Apesar de Jackson estar sempre viajando a negócios, ele tentava ao todo ser um bom pai para os filhos. Mas, isso era um pouco difícil estando longe quase o tempo todo.

Quando Remi completou dez anos o divórcio saiu.

Naquela altura do campeonato fora mais difícil para Ford, pois ele sempre idolatrou o pai e queria a todo custo ficar com ele. Mas, Jackson não permitia o primogênito a viajar consigo, afinal ele ainda tinha obrigações com o estudo.

Margot ficou na casa, com três filhos e quatro empregados. Porém, três vezes na semana Jackson estava por ali e toda a família se sentava a mesa. De fora pareciam uma família normal, apenas se ajustando a nova realidade. E fora assim por bastante tempo, até o primeiro filho do casal aparecer morto

— Naquela noite achei que ele fosse fumar maconha com os amigos no parque, como acostumava fazer.

Remi sentiu a língua trabalhar sozinha, sendo puxada para os flashs daquela noite. O detetive ainda permanecia sentado a sua frente, com aqueles olhos escuros e analíticos sobre ela. Sentia que se falhasse, se contasse alguma coisa de outro jeito, talvez ele nunca acreditasse em sua inocência.

— Nossos pais não ficam em casa já tem bastante tempo. — continuou Remi — Estávamos acostumados em ser apenas nos três e os empregados. Então, sempre pedi para que avisassem para onde estavam indo e a hora que iriam voltar.

— Não notou nada de estranho ou anormal aquela noite? — a voz pacífica do mais velho soou pelo ambiente, estava anotando algo em um pequeno caderno de bolso.

— Como eu disse, achei que ia sair para fumar com os amigos. — repetiu a frase — Normalmente, era a programação dele em uma quinta feira a noite.

— Como assim? — Pascal cerrou os olhos.

— Jantavamos as seis, depois eu ia ajudar Tate com o trabalho de casa. Ford subia e tomava um banho, quando estava dando quase sete horas ele dizia que ia encontrar os amigos, mas eu sabia que era para fumar maconha. — respondeu, presa nos próprios pensamentos — Desde o divórcio de nossos pais ele tinha se fechado, buscando ajuda ou apoio nas drogas. Eu não sei. Estranho tinha se tornado o novo normal dele. Mas, nada que fizesse alguém o matar.

Pedro balançou a cabeça lentamente, como se assimilasse todas as informações jogadas sobre seu colo naquele instante.

— Você sabe de alguém que gostaria de machucar seu irmão? — perguntou.

— Não. — Remi fungou o nariz, fazendo contato visual com o mais velho novamente — Não tinha alguém que pudesse odiar Ford. Ele era sempre paciente e calmo com todos, acho que a maconha fazia parte disso. Sempre era ele quem bancava a maioria das coisas dos amigos, por quê Ford sempre tinha e eles não.

— Já pensou que isso tudo pode ter começado como uma briga boba por drogas?

Nem Pedro acreditava naquilo que estava dizendo, afinal, de fato poderia ser uma briga boba de drogas se ele não soubesse todos os indícios que ligavam o serial killer até ali.

— Ford nunca brigava. — a mais nova balançou a cabeça em negação — Ele sempre fugiu de brigas, nem discutir ele discutia, sempre me deixava falando sozinha. Se alguém fosse brigar com ele, com certeza ele daria as costas.

— Certo. — Pedro fechou o caderno, estalando os dedos — Sabe me indicar a entrada da floresta? Onde o corpo dele foi encontrado?

Percebeu na hora a maneira que isso afetou a garota a sua frente. Pois, os olhos azulados da mais nova ficaram sem foco e seus lábios esbranquiçados.

— Obrigado pelo seu tempo. — Pedro se levantou, deslizando seu cartão de apresentação sobre o balcão.

Não esperou que a mais nova falasse alguma coisa, pois estava meio em alerta sobre a maneira bruta que havia sido nas palavras.

— Eu te levo até lá.

Remi quebrou o silêncio, pegando o cartão sobre o balcão e enfiando no bolso do short.

— Não precisa. Tenho certeza que consigo encontrar a entrada sozinho. — soou rude, sem querer mais uma vez.

A menina balançou a cabeça em negação, rindo baixo.

— Não é por nada não. Mas, você com certeza não consegue encontrar a entrada sozinho. Os mais velhos tem um pouco de dificuldade em...

— Velhos? — Pedro arqueou as sobrancelhas, incrédulo.

Tinha sido atacado de graça assim.

Remi deu as costas, indo até a porta dos fundos sendo acompanhada pelo mais velho. O quintal da casa vitoriana dos Forest era extremamente grande e extenso, tinha muita árvore. A grama estava perfeitamente cortada e o tom esverdeado era bonito de se enxergar. Pedro observava o ambiente a sua volta com paciência, notou uma casa de madeira na árvore mais alta e imaginou que a vista do por do sol ali de cima deveria ser esplêndida.

Ele até pensou em mandar uma mensagem de texto para Ramires falando que iria até a floresta, mas preferiu não fazer tal coisa.

A mais nova andava a sua frente trilhando o caminho, como se estivesse acostumada a fazer aquilo todos os dias de sua vida. E de fato estava, desde que aprendera a andar.

O tom alaranjado do sol indicava que estava quase perto de escurecer e isso dava a Pedro poucas horas para investigar o ambiente onde o corpo de Ford fora encontrado. Apesar de fazer menos de 48 horas, Pascal esperava que pudesse encontrar algo que lhe ajudasse nas suas diversas perguntas.

— Cuidado aqui.

Remi apontou para o chão, onde continha muita lama. Para tentar não piorar a situação ao passarem por ali, tinha algumas pedras grandes para a pessoa não sujar o sapatos.

Eles dizem que temos cinco etapas do luto, e a primeira delas é a negação. Que Remi Quinn Forest ainda está presa, se afogando cada vez mais sem perceber. Uma parte de você não consegue acreditar no que aconteceu com seu irmão mais velho, aquele que sempre a protegia e que vivia correndo com ela nas costas. Remi estava presa no próprio consciente, apesar de ter chorado muito na noite passada, saber que tinha um policial disposto a descobrir quem que acabou com a felicidade de sua família —, a fazia continuar se mantendo em pé.

Não que os outros policiais não estivessem dispostos, afinal, quando Remi falou com eles estava na beira do colapso mental chorando sem parar. Eles fizeram as perguntas básicas de rotina e depois foram embora, dizendo que iriam manter o caso aberto.

— Aí. — gemeu Pedro, levando a mão até a testa.

Tinha batido a cabeça em uma das pedras quando seguiu a mais nova para dentro da caverna, encostando as costas totalmente. Ouviu a risada nasalada e fraca de Remi e Pedro revirou os olhos, pois ela estava certa.

Não era completamente uma caverna. Era mais um monte de pedras juntas que formava um arco estreito, que levava para os fundos da floresta. O caminho ia ficando cada vez mais apertado e Pedro começou a sentir o peso de seus trintas anos bater em suas costas, seus joelhos arderam ao se abaixar um pouco novamente para passar por outro obstáculo.

Estava ficando mais escuro, Pedro entendeu a razão por muitos não conseguirem passar por ali. Andaram mais seis minutos, até a mais nova parar com as mãos na cintura observando a floresta a sua volta. O detetive se encontrava sem fôlego, o coração acelerado e a língua seca. Remi olhou em sua direção, observando ele totalmente pela primeira vez desde que o vira.

Os olhos tinha tonalidade de whisky caro, as sobrancelhas grossas, os lábios retos, abertos em busca de ar. Dava para ver os vestígios de covinhas em suas bochechas, a barba por fazer contornando seu rosto. E claro, o pequeno corte acima de sua sobrancelha direita.

— O que? — Pedro perguntou, ao notar os olhos curiosos da mais nova sobre si.

Remi balançou a cabeça em negação, dando as costas novamente. O achou bonito.

— Foi aqui? — perguntou novamente, agachando.

Tinha muitas flores pisoteadas, indícios de um corpo arrastado. A polícia com certeza já havia passado por ali, mas eles não tinham os olhos de Pedro.

Bem a frente, alguns vários metros dava para ver o indício da beirada do lago. A água esverdeada, quase em um tom escuro. Também continha mato pisoteado ali ao redor, Pedro suspeitou que o assassino havia mantido Ford com a cabeça embaixo da água até o matar, e depois ter feito o que tinha feito. Suspeitou que ele também tinha sido estrupado, já que as outras vítimas anteriormente também tiveram esse indício.

— Vê algo de importante? — a voz de Remi soou baixa, bem atrás dele.

Pedro não respondeu, pois tinha alguma coisa que estava o incomodando demais. Aquele ali não era um bom ponto para fumar maconha e pelo o que Remi tinha dito sobre o irmão, ele não era burro. O caminho até ali era muito difícil, pois também tinha entradas mais acessíveis pelo outro lado onde normalmente os jovens iam para fumar de fato. Então, Ford sabia que ia encontrar alguém ali. É. Provavelmente essa pessoa o estava esperando.

A luz agora estava em um tom azulado, quase começando a escurecer totalmente. A mais nova apertou os braços contra o corpo, na tentativa de se esquentar. Ali naquela hora o clima esfriava muito rápido.

Pedro olhou por cima dos ombros, notando esse ato simples da garota.

— Você se lembra do que Ford estava usando aquela noite antes de sair? — perguntou, se virando para ela.

Remi pressionou os lábios um contra o outro, forçando a memória.

— O de sempre. Calças jeans, tênis e seu corta vento.

Pascal olhou novamente para a frente, onde os matos estavam pisoteados e tornou a olhar para a garota.

— Ele estava sem o corta vento quando o encontraram. — sua voz soou baixa, mas o suficiente para a garota ouvir.

Dava para ver a interrogação na cara de Remi, tentando acompanhar os pensamentos do mais velho.

— O que isso quer dizer...

Pedro se preparou para dizer alguma coisa, mas um som atrás de ambos os alertou. A escuridão estava mais alta, tornando um pouco difícil de enxergarem completamente o que estava acontecendo. O detetive avançou contra o barulho, tentando pescar o celular no bolso para ligar a lanterna.

Suspeitou ser barulho de passos, de mato sendo amassado. Pedro correu na direção as cegas, tentando enfiar a mão no bolso. Remi foi atrás, com medo de ficar ali sozinha.

E claro, a parede de pedras estava bem a frente. Escura o bastante para Pedro Pascal não ver. Estava tão focado em pegar o aparelho celular que não se lembrou de como era o caminho por onde tinha vindo, seu tronco bateu de frente com as pedras.

Ele tombou para trás, batendo contra a mais nova que estava bem no seu alcance. Os dois caíram de uma vez, rolando o pequeno barranco. Os matos, as flores e metade do barro se misturando junto aos dois. Quando por fim chegaram na beirada do lago, Pedro arfou por ar, se sentindo tonto e fraco, a cabeça explodindo e os olhos ardendo. Seu peito doía tanto, parecia que tinha levado um soco. Demorou alguns segundos para perceber que a dor que sentia em seu peito era do corpo da mais nova, que começara a tossir fortemente ao bater o corpo daquela maneira.

Pedro tentou se levantar, mas Remi gemeu de dor.

A luz da lua começando a bater contra a água do lago, tornando ser mais fácil para ambos verem o rosto um do outro.

Por isso, Pedro viu a maneira que o sangue escorria do nariz da mais velha e sujava toda sua blusa cinza. Aquilo não ia sair tão fácil, teria que esfregar muito.

Remi levantou totalmente a cabeça, encontrando o par de olhos do detetive sobre os seus. E fora a primeira vez em toda sua vida que sentiu alguém preocupado com ela e isso fez seu coração acelerar, como se fosse predefinido.

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