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A neve caía de forma fraca sobre o Estado de Nova York, apesar do clima frio. Era a terceira vez que a campainha do apartamento de Bucky soava e a terceira vez que ele gritava que já estava quase pronto. 

Correndo de um lado ao outro, Bucky catava as chaves, a carteira, o celular e os presentes que precisava levar para a casa dos Monroe's. Alpine, que também passaria o natal com eles a pedido de Hannah, também corria de um lado ao outro, mas rolando pelo chão, enquanto tentava tirar o laço vermelho que Bucky ajeitou na coleira da gata. 

Por duas vezes, ele precisou pular a bolinha de pelos branca, que estava com a barriguinha para o ar, coçando o próprio rabo peludo com os olhos azuis totalmente arregalados. 

-Bucky Barnes! Se eu tiver que tocar essa campainha de novo…! 

-Espera, porra! - Bucky gritou, irritado, calçando um par de botas. 

-A gente vai chegar atrasado e eu ainda tenho que ir pegar a Yelena e a Kate!

Bucky franziu a testa, confuso, enquanto amarrava os cadarços das botas com dificuldade, especialmente, quando Alpine desamarrou o pé que ele tinha acabado de amarrar. 

-Quem é Kate, homem?! 

-Uma amiga da Yelena… Parece que foi ela quem ajudou com algo a ver com a Heather… Sei lá o que! - A voz de Sam soou alta de novo. - Cara, o que diabos você está fazendo?! 

Bucky ignorou e tornou a amarrar o cadarço da bota, segurando Alpine em seu colo, que esperneava, irritada, querendo brincar. Por fim, ele vestiu o casaco e enfiou a gatinha dentro, que finalmente, parou quieta, ronronando. 

Pondo a mochila sobre o ombro direito, Bucky pegou as sacolas de presentes e, enfim, abriu a porta. Sam quase caiu dentro do apartamento, balançando os braços no ar, enquanto seu corpo capengava para trás. No entanto, ele se agarrou no portal da porta e, fuzilando Bucky com os olhos, se ajeitou, o olhando desconfiado. 

-Não podia falar que ia abrir a porta? 

Bucky empurrou o homem pelo quadril para fora e fechou a porta, a trancando. 

-Tinha que ficar grudado na porta? 

-Oi, Pine! 

Sam sorriu, assim que a gatinha pôs o rostinho para fora do casaco do pai, olhando tudo ao seu redor, miando. O miado saiu tremido devido ao ronronado que se intensificou assim que Sam fez um carinho atrás da orelha dela, antes de Bucky começar a andar pelo corredor. 

-A Tania não vai? 

-Ela trabalha hoje. - Sam explicou, dando de ombros. - Mas ela vai folgar no Ano novo. Acho que vamos aproveitar para ir para a Carolina do Norte. Quer ir com a gente? 

-E ficar segurando vela? - Bucky fez uma careta e rolou os olhos, negando. - Não, valeu! Prefiro ficar aqui mesmo! 

Os dois homens desceram as escadas do prédio rapidamente e logo, chegaram no portão. Ao mesmo tempo, Yelena e uma garota morena esperavam em frente ao carro de Sam:Um Siena prata, 4x4. 

-Hey, achei que eu ia passar para te pegar! 

-Em qual endereço, oh, gênio? - Yelena perguntou, erguendo uma sombrancelha na direção de Sam. 

Fazendo uma careta, o homem se deu conta de que não fazia idéia e calou a boca quandp Yelena apontou para a garota morena ao seu lado. 

-Essa é a Kate Bishop. Kats Bishop, esses são o Bucky Barnes e o Sam Wilson! 

-Prazer! - Kate sorriu, empolgada, apertando a mão dos dois. - Sou a parceira do Gavião arqueiro! 

-Ele tem uma parceira? - Bucky perguntou, confuso.

-Agora, ele tem! - Kate explicou. - Foi meio que recente, sabe? Tem poucas semanas… Sou a segunda melhor arqueira do mundo! 

-A Kate Bishop tem um ego enorme…

Eles entraram no carro. Sam e Bucky na frente, enquanto as mulheres e os presentes iam atrás. Foi Bucky quem perguntou: 

-Por quê você fica chamando ela de Kate Bishop? 

-Para irritar. 

-Ah… 

-Ah, meu Deus! Isso é uma gatinha?! 

A voz de Kate soou alta e ela se inclinou para frente assim que Alpine escalou o peito do pai e olhou, curiosa, para elas, cheirando o ar. Bucky confirmou e apresentou Alpine para as mulheres, contando como a resgatou da rua e ouvindo como Kate também adotou um cachorro chamado Lucky. Ou cachorro Pizza, como ela preferia chamar. 

O caminho até a casa de Heather levou cerca de quarenta e seis minutos e, enervantemente, Kate e Sam não calaram a boca. Enquanto Yelena e Bucky ficaram quietos a maior parte do tempo, claramente irritados com tanto falatório. 

A mansão dos Monroe era ainda mais impressionante no Natal e Kate arregalou os olhos, surpresa, quando exclamou: 

-Caramba! Isso é a casa dessa tal Heather? 

-Qual a surpresa? - Yelena perguntou, franzindo a testa. - Você mora numa maior! 

-Morava! - Kate corrigiu, dando de ombros. - Sei lá, só achei que ela não era tão… Rica. 

Isso fez Bucky franzir a testa ao guardar a gata de volta no casaco, saindo do carro. Pegando as compras, ele perguntou: 

-Ela é muito rica? 

-Por essa casa, eu chutaria, no mínimo, trezentos mil dólares entrando todo mês! - Kate afirmou para depois, sorrir, culpada. - Quer dizer… Não pesquisei sobre a família dela antes de vir! De jeito nenhum… 

Bucky rolou os olhos e deixou Sam ajudar Kate a Yelena a saírem do carro. Ele encarou a entrada da casa, onde beijou Heather pela primeira vez, na enorme varanda. Haviam muitas pessoas por lá, mas dessa vez, também tinha um segurança enorme na porta.

-Nome? 

-Bucky Barnes. - Bucky informou, esperando o homem procurar a lista, até lembrar que, na verdade, Simon o chamava de James. - Ah, não! Você deve achar no J. James Bucky Barnes. 

O homem franziu a testa, desconfiado, mas logo achou o nome dele na lista e autorizou a entrada do grupo após conferir nome por nome.

O salão de recepção era grande e tinha vista de cara para uma escadaria em espiral, de pedra. Bucky se lembrava do quarto de Heather ser lá em cima, mas como não podia mais fingir ser o namorado, Bucky se contentou em passar pelas pessoas e ir para na enorme sala, onde a maior parte da família de Heather estava. 

Hannah literalmente levantou do colo da namorada e saiu correndo em sua direção, mas não para abraçar ele e, sim, para encher a gata de beijos e abraços junto com Cassey. 

-Ah, Bucky! Oi! 

Erguendo o olhar, ele viu Linda se aproximar dele, em um vestido vermelho escuro e comprido. Ela o abraçou e sorriu, apertando os ombros dele. 

-Olhe para você! Está um príncipe! A Heather está por aí… Vou pedir para avisarem que chegou! Ah, olá, Sam e Meninas! Você deve ser a Kate! 

-Sou, sim! 

-Certo, eu sei que você está em uma festa, mas venha comigo! Preciso fazer um orçamento com você! 

Kate assentiu, sorrindo, enquanto a acompanhava para algum lugar fora da sala. Yelena, que estava ao lado de Bucky quando as duas desapareceram, se virou para os dois homens e sorriu, apontando para uma mesa cheia de bebidas. 

-Eu não sei vocês, mas eu vou encher a cara! 

-Sério? - Sam perguntou, rindo. 

-Ué? Bebida de graça, Capitão América! Se eu fosse você, aproveitava! Não é sempre que temos oportunidade de vir em uma festa na casa de ricaços! 

Rindo, Sam observou Yelena seguir até a mesa de bebidas para então, virar para Bucky, que parecia tenso e atento ao seu redor. 

-O que houve? Procurando a Heather? 

Bucky desviou o olhar para Sam, parecendo confuso, afinal, estava tão distraído que precisou se concentrar para entender a pergunta do amigo. 

-Que? Não! Eu só estava tentando ver se via alguém suspeito… 

-Acho que é mais uma festa de família. - Sam ponderou, encostando o quadril no braço do sofá e se sentando alí mesmo, já que estava ocupado por alguns jovens. - Não que isso exclua as suspeitas, mas… Relaxa, Bucky. Vai curtir a festa. 

Bucky revirou os olhos, ainda tenso. Então, sorriu educadamente, erguendo o canto dos lábios, quando Noah entrou no ambiente, empurrando a cadeira de rodas da irmã. Ela parecia tão fraca e frágil quanto na última vez que se viram e Bucky chegou a sentir uma pontada de pena dela em seu peito. 

Porém, seu olhar logo se desviou para o canto onde Yelena estava. Havia uma cabeleira ruiva intensa na frente dela. E isso fez o coração de Bucky disparar, reconhecendo Heather, que estava linda em uma calça preta larga e um top também preto, amarrado nos seios fartos. 

-Melhor eu ir beber algo… 

-É, eu concordo… - Sam riu, tendo em vista que acompanhou o olhar dele e percebeu que ele havia visto Heather. - Aliás, trás uma para mim!

Bucky revirou os olhos, ignorando Sam, enquanto aproveitava para manter a calma, saindo de dentro da casa, ficando longe daquela quantidade de pessoas. 

Enquanto isso, Heather ouvia Yelena falando sobre como achou os rapazes no dia em que ela foi sequestrada e como estava feliz de ver a mulher bem. 

-Sabe? Eu até estava falando com a minha amiga, a Kate Bishop… 

-Da Bishop Segurança? - Heather perguntou, surpresa. - Uau! Eu conheci ela.. Quer dizer, na verdade, não nos conhecemos… Mas já estivemos em um evento juntas quando ela era adolescente e eu mais nova! Mas o que você estava dizendo mesmo?

Yelena abriu a boca para falar, mas foi interrompida pela chegada repentina de Kate, que quase escorregou no fio das luzinhas de Natal que enfeitavam a mesa de bebidas. A loira revirou os olhos, batendo na própria testa, enquanto Kate sorria, sem graça, guardando um papel com o pré-contrato da Senhora Monroe. 

-Ah, você deve ser a Heather! Oi! - Kate apertou a mão dela, sorrindo. - Tô feliz que você não morreu!

-Eu também! - Heather riu, olhando ao redor e acenando para Sam, que conversava com um primo e um tio dela. - Na verdade, eu até estou um pouco animada e eu já estava… 

-Te entendo. - Yelena deu de ombros. - Nunca comemorei o Natal, só quando eu era criança, mas… Sério, eu adorei o clima da sua família! Isso tudo é parente? 

Heather olhou ao redor, pondo as mãos nos bolsos da calça, concordando. 

-Bem, aqueles são meus tios, Teresa, Peter, Patrick e Robin. Os meus primos… Tio avós Margarida e Renner… Eu não conheço essa loira aí, não… 

-E você fala com isso tudo de gente?

-Ah… - Heather deu de ombros, franzindo os lábios tingidos por um batom vermelho intenso. - Bem… Socialmente… Em algumas festas. 

-Onde está o Bucky? 

Yelena a interrompeu, olhando ao redor, com a testa franzida. 

-Não vi… 

-Nem eu. 

-Hnmm… - Yelena sorriu. - Ótimo! Eu queria falar com você sobre ele… 

Heather franziu a testa, curiosa, sem perceber que, por trás dela, Sam e Scott fizeram um sinal de incentivo. Afinal, os dois homens tinham um plano arquitetado por Hannah e Cassey e Yelena era parte fundamental dele. 

-É? Sobre…? 

-Sabe se ele está solteiro? Quer dizer… Caramba, ele é um gato! 

-Um gatão mesmo! - Kate concordou, dando apoio a Yelena. - Aqueles músculos e aquela cara de mau… 

Heather não respondeu nada, completamente surpresa pelo assunto. Quer dizer… Tudo bem, agora eles não eram mais "namorados" e todo mundo podia dar em cima de Bucky, mas por algum motivo, Heather ficou irritada o suficiente para forçar o sorriso e pegar o champagne da mão de uma prima sua que passou na hora, pedindo desculpas a ela. 

Bebendo de um gole só, Heather explicou que, na verdade, não sabia muito da vida romântica do amigo e se deu conta de que era verdade. Apesar de serem amigos, Heather não fazia idéia se ele tinha alguma ficante ou alguém que gostava, então, quando Scott e Sam vieram para perto, Heather deu a desculpa de que precisava falar com a mãe e saiu andando pela sala. 

Um pouco de ar fresco, na verdade, por mais que tenha sido uma desculpa, poderia fazer realmente bem, então, ela entrou em um atalho para a cozinha e passou por alguns funcionários do buffet contratado pelos pais, saindo pela porta traseira. 

Havia uma varandinha que dava vista para um pequeno quintal compartilhado com o vizinho, mas separado por uma cerca de madeira pintada de branco. E para sua surpresa, era Bucky Barnes quem estava sentado nos degraus da varanda, distraído, enquanto brincava com a gatinha. 

Alpine foi a primeira a ver a mulher e correr para ela, se entrelaçando entre seus tornozelos. Isso fez Bucky se virar ela Heather e sorrir amplamente. 

-Ah, a Margarida apareceu! 

-Já está aqui há muito tempo? - Heather perguntou, pegando Alpine no colo para se sentar ao lado dele. 

-Uma hora, eu acho… 

-E por quê está aqui fora? - Heather tornou a perguntar, sentindo a pele arrepiar com o vento gelado. - Está mais quente! 

Bucky, que prestava atenção na pele do pescoço dela, percebeu o arrepio e no mesmo segundo, retirou o próprio casaco, mesmo com a ruiva insistindo que ele não precisava e que ela já se aqueceria. Porém, a insistência foi tanta, que ela cedeu e se aconchegou contra a jaqueta preta, impregnada do perfume dele. 

Por alguns segundos, nenhum dos dois disse nada. 

Heather apenas olhava para o céu, reflexiva, enquanto Bucky a admirava, pensando em como era possível que uma pessoa só fosse tão linda e especial. Se sentia ridículo, mas não conseguia frear as borboletas e o sentimentos, fazendo com que ele, apenas, tentasse acostumar a estar ao lado dela, sem ter mais desculpas para a abraçar e beijar. 

-Sabe? - Heather começou a falar, ainda sem o olhar. - Eu realmente tô feliz de estar viva, sabia? Por algum tempo… Eu achei que ia morrer… 

Então, seus olhares se cruzaram e Heather tentou sorrir, mesmo em vão. 

-E agora, eu tô aqui… Mas ainda não sei por qual motivo queriam me matar, me sequestraram ou porquê meus pais estão fugindo de mim… Não sei porque o Noah era amigo de caras da Hydra ou o que ganharam me torturando daquela maneira… Entende? 

Bucky assentiu, olhando para a gatinha enroscada nas pernas dela.

- Você está com medo dessa felicidade ser passageira… 

-É…

Bucky lambeu os lábios, dando de ombros. 

-Minha psicóloga diz que nenhuma felicidade ou tristeza é eterna. É tudo passageiro, então… Se eu fosse você, eu aproveitava a festa e depois, me preocupava com isso. 

Heather assentiu, cutucando uma unha antes de erguer o olhar para ele de novo, chegando mais perto do homem. 

- Você não pode adiantar nada? 

-Esse é um assunto para você e os seus pais, Heart. - Bucky puxou ela pelos ombros, fazendo com que Heather de acomodasse sobre seu colo, equilibrando a gatinha no dela. - Mas eu juro que, se assim que a conversa terminar, você precisar de mim, eu largo tudo e vou te atender correndo, okay? 

Heather sorriu, amplamente, escondendo o rosto contra o peito de Bucky, inalando o cheiro dele. Era algo parecido com suor, perfume caro e um aroma que exalava da pele dele e Heather nunca tinha sentido em cheiro nenhum. 

Então, se lembrando da informação que seu cérebro acumulou aleatoriamente, Heather comentou: 

-Hey, sabia que mesmo se duas pessoas usarem o mesmo perfume e tiverem os mesmos hábitos de higiene, os cheiros delas nunca vão ser cem por cento iguais? 

Franzindo a testa, confuso, Bucky a encarou. 

-Ah… Legal… Eu acho… 

-Desculpa! Eu lembrei que li isso em um livro outro dia e aí quando senti o seu, eu só… Falei… 

Bucky riu, esfregando o rosto. Heather era aleatória demais às vezes, mas ele gostava disso, até. 

-Não que eu esteja te cheirando, claro! Isso é falta de educação, não é? 

-Olha… Mesmo que você não esteja me cheirando , ainda bem que eu tomei banho antes de vir para cá, né? Imagina se eu tô fedido e você associa meu cheiro a isso! 

Heather soltou uma risada alta que fez Alpine erguer a cabeça das pernas da mulher e miar, indignada, pela interrupção do sono. 

Bucky sorriu para as duas, enquanto Heather voltava a ajeitar a gata sobre as pernas, ajeitando o lacinho vermelho na coleira dela. 

-Ah… Lembrei de uma coisa! 

Heather voltou a se sentar, ereta, quando Bucky fez menção de levantar o corpo dos degraus da varanda, observando ele enfiar a mão no bolso da calça, catando uma coisa, com uma careta. 

-Onde foi que eu deixei mesmo? Espera… Eu tenho certeza que pus com as chaves… 

-O seu celular? 

-Seu presente! - Bucky corrigiu, tateando os bolsos de trás. 

Heather ficou vermelha e estava prestes a dizer que ele não precisava se incomodar quando Bucky a encarou e deu um tapinha na testa. 

-Tá no casaco! Que idiota! Me empresta aqui… 

Heather deixou que Bucky enfiasse a mão no bolso do casaco e, finalmente, ele tirou um saquinho de veludo vinho com uma fitinha dourada. O sorriso no rosto dela não pôde ser disfarçado quando Bucky voltou a se sentar ao lado dela, dessa vez, pondo uma perna de cada lado do corpo de Heather, para acomodar a mulher próximo a si. 

O vento ainda estava gelado, mas a neve fina já tinha parado de cair. O casal conseguia ouvir o zumbido de vocês, talheres e música vindos de dentro da casa, mas tudo que importava para ambos era aquele momento, quando Bucky esticou o saquinho e pôs na mão delicada de Heather. 

-Feliz Natal, Boneca! 

-Feliz Natal! 

Mas antes que Heather pudesse dizer algo a mais ou até mesmo abrir a embalagem, Bucky começou a falar, coçando a nuca com a mão de vibranium: 

-É bem simples, na verdade… Até meio brega e se você não quiser usar, tudo bem. Mas eu… Bem, queria que você ficasse com ele… 

Heather deixou o objeto cair sobre seu colo, pesado, bem ao lado da gata. Era dourado e quando ela o segurou, percebeu se tratar do medalhão em formato de coração que pertenceu à mãe e à irmã dele. 

Seus olhos se arregalaram e sua boca se escancarou, observando o brilho do objeto e negando, com a cabeça. 

-Meu Deus! 

-Eu sei… Ninguém mais usa essas coisas, mas… 

-Eu não posso aceitar! 

Bucky franziu a testa e deixou a cabeça pender para o lado, confuso. 

-Que? Por quê não? 

-É seu, James! Uma relíquia de família… - Heather mordeu o lábio e ergueu o olhar para ele, sentindo o peso do coração dentre suas palmas. - Melhor você guardar para outra pessoa mais especial…

Bucky interrompeu o ato dela de esticar o medalhão para ele e olhou no fundo dos olhos dela, negando. 

-Você é especial para mim, Heart. 

-Mas isso… 

-É um presente! - Bucky insistiu, notando as bochechas dela mudarem para um tom quase arroxeado. - E não se recusa um presente, viu?

Os olhos de Heather se encheram de lágrimas e ela sorriu, abrindo o pingente. A foto não estava mais lá, mas havia um pedacinho de papel com a letra desenhada de Bucky, onde se podia ler: "Te amo!". 

Enquanto eles se olhavam, Heather se perguntou, pela primeira vez, com uma dúvida real, se, por acaso, Bucky não sentia nada por ela, mesmo. 

Porque, naquele instante, enquanto eles estavam sozinhos naquela varanda, abraçados e se olhando, ela conseguia enxergar algo nos olhos azuis que não parecia apenas amizade. Era quase como se ele quisesse beijar ela, exatamente, como no Observatório, semanas antes. 

E na verdade, era exatamente isso. 

-Obrigada! - Heather sorriu, pondo o cordão no pescoço para fugir do olhar dele. - Eu amei, James. 

-Que bom! - Bucky se remexeu, chegando alguns centímetros mais perto. - Escuta, Heather… Eu estive pensando e será que você não quer sai…? 

-Bucky! Cacete, homem! Onde você se meteu?! 

O casal se separou rapidamente, tomando consciência súbita da mínima distância que os separavam naquela varanda assim que Sam franziu a testa e pendeu a cabeça de lado, se dando conta, tarde demais, que Heather estava junto e que ele tinha interrompido um momento importante. 

Mantendo a paciência e a calma que ele não tinha, Bucky esfregou o rosto e encarou Sam, sério e contrariado. 

-O que foi agora, seu sem noção?! 

-Eu interrompi algo?! 

-O que caralhos você acha, Samuel Wilson?! 

Heather controlou a vontade de rir quando Sam se encolheu e deu de ombros. 

-Tem quarenta minutos que você disse que ia pegar uma bebida e sumiu! Além disso, estavam procurando feito loucos pela Heather até um garçom lembrar que viu uma ruiva passando para cá! 

Heather esfregou o rosto, tentando disfarçar a vontade de bater nele e gritar de frustração, já que Bucky parecia estar prestes a falar algo importante antes de serem interrompidos. 

-E daí?! - Bucky retrucou, cruzando os braços. 

-E daí que eu só vim avisar isso! - Sam fez uma pausa e, com a maior cara de paisagem do mundo, perguntou. - Vocês iam se beijar? 

-Não! - Heather sentiu o pescoço esquentar violentamente. - Claro que não… Bucky! 

A ruiva começou a rir alto quando o homem pegou a bota do pé e, em um rompante de raiva, atirou com força na direção de Sam, que arregalou os olhos e desviou, fazendo o calçado bater na parede. 

-Ahá! - Sam apontou na direção dele, com o dedo em riste, sorrindo. - Você errou, Sargento Barnes! 

Bucky rosnou e puxou a outra bota, que ficou presa, e por isso, deu vantagem a Sam para sair correndo, rindo, desviando do calçado de novo. 

Heather estava deitada nos degraus, rindo com falta de ar até sua barriga doer, enquanto Bucky parecia estar planejando um assassinato ao calçar as botas que foi buscar. 

-Coitado dele!

-Coitado o caralho! - Bucky retrucou, claramente, com raiva. 

-Ah, Bucky! - Heather continou rindo, porém, mais calma. - Você parece uma criança! 

Bucky rolou os olhos e levantou do chão, esticando a mão para ela levantar, já que Alpine ainda estava em seu colo, sujando todo o pano preto com  pelinhos brancos. 

Piscando em sua direção, Heather pigarreou e perguntou: 

-Hey, você ia perguntar se eu não quero…? 

Bucky ponderou, por alguns segundos. Tinha perdido a coragem, então, negou. 

-Não lembro. 

-Tem certeza? - Heather perguntou, um pouco decepcionada. - Mesmo? 

-É… Acho que era algo sobre entrar Porque está frio… Enfim, vamos? 

Heather soltou o ar e deixou os ombros caírem, concordando. Talvez, ele não sentisse mesmo nada e tenha sido só a imaginação dela trabalhando para fazer ela pensar que sim. 




Oiie, Meus Amô! 💖

Tudo bem com vocês? Então...

GOSTARAM DO CAPÍTULO? Eu tô TÃO boiolinha com o Bucky dando o cordão para a Heather, cês não tem noção!

E sério, acho que esse foi um dos capítulos que eu tive mais facilidade e gostei de escrever 😭❤

O próximo é beeem interessante, digamos assim, e acho que vocês vão gostar, hein 👀

Espero vocês na semana que vem!

Beijos 💋💋

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