The cavern
EDIT 1: Voltei, pessoal!! Porém vou ficar fora por algum tempo, mas já já volto com mais um capítulo!
EDIT 2: Capítulo está muito grande, desculpa! Tem momento Laurie e John <3
9 de fevereiro de 1961
PESSOAL ACORDA, VOCÊS VÃO TOCAR NO THE CAVERN! –Gritei para todos na sala, John me ouviu do quarto.
Ai, Laurie. Deixa a gente dormir. –Disse Paul.
Não mesmo, vão praticar. –Levanto Paul que quase cai de tanto sono.
Puxo George para o mesmo levantar. Vamos dizer que ele ''acordou''.
Não quero acordar. –Gritou John do meu quarto.
Pessoal, o Pete marcou ensaio daqui a meia hora! –Disse.
Não quero ir. –Disse George.
Você não tem que querer, você vai. –Disse.
Vim morar com uma amiga, voltei a morar com minha mãe. –Disse George se levantando indo até o banheiro escovar os dentes.
Fui até o quarto, subi em cima de John que estava deitado sonolento.
Acorda, meu amor. –Disse já em cima dele, o abracei e distribuí beijos pelo seu rosto.
Vi você conversando com um homem estranho ontem naquela boate, quem era? –John Perguntou.
Bom dia pra você também. –Disse cruzando meus braços.
Ah, desculpa. Bom dia... Agora me fala, quem era? –Disse John seguido de uma pergunta.
Ah, ele é um empresário. Me deu o cartão dele com seu nome e número, o cartão está no meu sobretudo. –Respondi.
Vai pegar então! –Mandou John empolgado com a notícia.
Saí do colo de John e fui procurar meu sobretudo. Quando achei meu sobretudo procurei o cartão nos bolsos do mesmo, sem sucesso.
John, sem querer eu perdi o cartão. –Disse me sentindo triste.
Ah, não acredito. –Disse John.
Desculpa. –Disse.
Desculpas aceitas... Mas pelo menos você sabe o nome dele? –John me perdoou seguido de uma pergunta.
Eu não me lembro de nada da noite passada, sinto muito mesmo. –Respondi.
Não tem problema, vamos esquecer isso. –Disse John me abraçando seguido de um beijo na testa.
Vamos tomar café. –Disse puxando ele para cozinha onde estavam todos reunidos.
Sentamos em uma das cadeiras próximas a mesa.
Como estão se sentindo ao saber que vão tocar no the cavern? –Perguntei pegando uma torrada de George, o mesmo quase me matou.
Minha torrada, garota. Devolve. –Disse George já levantando da cadeira.
Quebrei a torrada em pedaços e coloquei tudo na boca fazendo careta para George.
Laurie, você é ridícula. –Disse George.
Calma, tem torrada pra todo mundo. –Disse Paul.
Mas, então. Como se sentem? –Perguntei.
Nem me recuperei da apresentação de ontem ainda. –Disse Paul.
Me sinto ótimo, como você se sente sabendo que perdeu o contato de um empresário para banda? –Perguntou John.
NÃO ACREDITO, LAURIE. –Disse Paul.
VOCÊ NÃO FEZ ISSO. –Disse George.
Olhei para John depois fui até meu quarto com meu prato com torradas.
Fiquei comendo minhas torradas no quarto, até que John abre a porta.
Me desculpe por aquil... –Disse John até que eu o interrompi.
Olha só, por que você teve que falar aquilo? –Perguntei.
Eu pensei que podia... –Disse John.
Sempre você, né. O gatinho coitadinho da história. –Disse cruzando meus braços.
Gatinho? Sou. –Respondeu ele sua própria pergunta.
John, amadurece, por favor. –Disse indo até a sala, cruzei meus braços deitada no sofá.
Ah, por favor. –Disse ele sentando no chão ao lado do sofá.
Por favor o que? –Perguntei.
É... Não sei. –Respondeu ele.
Revirei meus olhos.
Olha, eu te amo e é isso. –Disse John.
Ok então. –Disse ainda emburrada.
Você está brava? –Ele perguntou.
Não, inferno. –Respondi.
Claro que está, volta ao normal por favor. –Implorou ele fazendo aquela cara de cachorro abandonado que é impossível não o perdoar.
Está bom, estou normal agora. –Disse dando uma risadinha depois.
Uhul! –John me pegou no colo me abraçando.
Eu ri, mas estava com medo de John me deixar cair no chão.
Ele me pôs no chão e selamos nossos lábios.
Olha só se não é meu casal. –George disse aplaudindo, saindo da cozinha indo até a sala onde estávamos.
Amo muito um casal. –Veio Paul também aplaudindo.
Eu e John rimos, olhamos um para o outro nos beijando.
Chega, gente. Acabou o momento de atenção. –Disse George deitando no sofá.
Eu e John paramos o beijo.
Palhaço. –Disse para George.
Ele me deu língua. Eu ri de sua infantilidade .
Temos que ir a casa de Pete! –Disse.
Agora? –Disse Paul com uma voz triste.
É, agora. Parece que eu sou a mãe de vocês! Vão logo se arrumar. –Disse.
Só uns minutos, mamãe Laurie. –Disse George debochando.
Vai você primeiro, John. Você que demora séculos para se arrumar. –Disse o empurrando com a toalha para o banheiro.
Espera, vem você também. –Disse John que segurou meu pulso.
Ai John, por favor. –Disse soltando meu pulso de suas mãos.
Uii. –Disse George.
Vai, Laurie. A gente finge que nada aconteceu. –Disse Paul.
Ai pessoal, vocês são ridículos. –Disse deitando no sofá.
Mais que você, não. –Disse George rindo em seguida
Onde está Cynthia? –Perguntei.
Decidiu ficar em casa, não vai para a apresentação de hoje. –Respondeu George.
Poxa. –Disse com uma voz triste.
Jane irá. –Disse Paul.
Uhul. –Comemorei.
Os meninos sorriram de canto.
John saiu do banheiro e foi se vestir, George foi tomar banho enquanto eu e Paul ficávamos ouvindo um disco de Chuck Berry.
Chuck Berry tem músicas melhores do que Johnny B. Goode. Você não pode se aprisionar apenas em uma música. –Disse conversando com Paul.
Sim, exatamente. Tem pessoas que comprar a discografia toda pra apenas escutar uma música. –Disse Paul.
Palhaços. –Disse.
John chegou na sala com seus cabelos molhados, ele estava vestindo uma blusa branca e uma calça preta. Seus tênis era um Converse preto de cano longo.
Qual é o papo? –Perguntou ele secando seu cabelo com a toalha branca.
Nada demais. –Respondeu Paul.
Apenas música. –Respondi
Super interessante. –Disse ele que se debruçou em meu colo.
Baguncei seus cabelos, ele sorriu.
George saiu do banheiro já vestido, deu passagem para Paul tomar banho.
Pessoal, vocês ficam se arrumando muito pra sair. –Disse revirando os olhos.
É pra atrair as gatas com nosso estilo. –Disse John.
E quais gatas você atrai? –Perguntei olhando para ele.
A única é você. –Disse ele.
Dei um beijo em sua testa.
George foi fumar na sacada, eu e John estávamos trocando carícias.
Depois de um tempo os meninos já estavam arrumados, fui a ultima. Demorei séculos na banheira, fumei dois cigarros apenas para demorar.
Laurie? –Gritou Paul.
Morreu. –Gritei do banheiro.
Ouvi risada deles.
Meu segundo cigarro já estava no fim então decidi sair, me vesti e saí do banheiro com meus cabelos molhados.
Pensei que tinha morrido. –Disse George.
O que seria de vocês sem mim, não é mesmo. –Disse indo ao quarto.
Penteei meu cabelo loiro e médio, saudades de quando tinha alguém para fazer isso para mim.
Quando eu terminei de pentear meus cabelos, eu e os meninos fomos a casa de Pete. O caminho não era muito longo.
Fumei uns cigarros no caminho. Quando chegamos lá, batemos na porta.
A mãe de Pete Best abriu a porta.
Estávamos todos fumando então ela se assustou.
Oi, pessoal. Pete Best está La embaixo. –Disse Mona Best fazendo gestos com a mão para expulsar a fumaça de nossos cigarros.
Licença. –Disse indo até o porão, onde Pete estava.
Os meninos vieram comigo, a mãe dele estava nos guiando.
Cumprimentamos Pete e ele e os meninos começaram a tocar, sentei em um sofá por ali e os vi treinar.
Hora vai, hora vem e os meninos já estavam cansados.
Pessoal, acho melhor vocês pararem um pouco, vocês estão tocando desde uma hora da tarde e já são sete da noite! –Digo e eles se assustam.
Vamos pra casa? –Pergunto para John.
Vamos. –Ele responde.
Pessoal, vamos pra casa descansar um pouco. –Disse para os meninos.
Vamos sim. –Disse Paul.
Até mais, Pete! –Disse subindo as escadas para a saída.
Os meninos se despiram de Pete e seguimos nosso caminho até saída, nos despimos de Mona Best também.
Seguimos nosso caminho até a minha casa. Os meninos estavam cansados, não sei como os mesmos agüentavam horas de show.
Enfim chegamos em meu apartamento, George e Paul deitaram no chão cansados, John deitou no sofá.
Como vocês agüentam horas e horas de show ? –Perguntei.
Muita cafeína antes de qualquer apresentação. –Disse Paul.
Interessante, ninguém tinha me falado sobre. –Disse.
Esquecemos, desculpa. –George se desculpo.
Desculpas aceitas. –Disse.
Passaram alguns minutos, até que ouço o ronco de Paul.
PAUL NÃO DORME. –Gritei fazendo Paul e os meninos se assustarem.
Que horror, sua louca. –Disse George.
Vão tomar um café. –Disse.
Eles se levantaram e foram até a cozinha. Fiquei na sala, estava nervosa com a apresentação dos meninos mas pelo visto eles não estavam como eu.
Me distraí olhando o tapete, cada costura. Olhei a parede, roí as unhas. Nervosismo realmente bateu.
Tocaram a campainha, fui atender. Era ninguém mais que Jane.
Oi! –Ela disse me abraçando.
Oi!-Disse a abraçando.
E aí, nervosa com a apresentação? –Ela me perguntou indo sentar no sofá.
Ah, se estou! –Disse fechando a porta sentando ao lado de Jane.
Ué, Cynthia não está aqui? –Ela perguntou sentindo falta da loira.
Disse George que ela decidiu ficar em casa. –Respondi.
Onde estão os meninos? –Ela perguntou.
Todos na cozinha. –Respondi.
Vou lá. –Ela disse.
Ok. –Disse.
Depois de uns minutos ela voltou.
Ai, to com vontade de me arrumar bastante pra essa apresentação. –Disse Jane.
Quer roupa emprestada? –Ofereci.
Sim! –Ela aceitou.
Fomos em direção ao meu quarto, ela já abriu o guarda roupa.
Achou um vestido branco que vinha acima dos joelhos, fora o vestido que usei pela primeira vez que vi John e sua banda tocar.
Posso pegar esse? –Perguntou Jane.
Encarei o vestido por uns segundos.
Laurie? –Ela me chamou a atenção.
Oi! É, tem outro mais claro igual a este. Deixa que esse eu uso hoje. –A respondi.
Ok. –Ela aceitou minha proposta e procurou o vestido.
Procurou e por fim, achou.
Pode me emprestar sapatos? –Perguntou Jane.
Oi? Ah, pode sim. –Respondi.
Laurie, você está muito ansiosa com essa apresentação. Não tem nada que você possa se preocupar. –Disse Jane.
Eu sorri e ela escolheu o salto. Separamos nossas roupas e colocamos em cima da cama, fomos até a cozinha onde estavam todos.
Sentei no colo de John entrelaçando meus braços em seu pescoço. Jane sentou em uma cadeira ao lado de Paul, eles estavam meio que abraçados.
Só o George Harrison sem namorada. –Disse George.
E a Cynthia? –Perguntei .
Ela terminou comigo. –George respondeu.
AI MEU DEUS. –Disse.
Por que? –Jane perguntou.
Ela disse que queria um espaço, aí terminou. –George disse em seguida dando um gole em seu café.
Passada com a situação. Mas George, não fica assim, com certeza alguém melhor que ela você vai achar. –Disse.
Obrigado por tentar me consolar, mas acho que não. –Disse George.
Ai, George. Sozinho pra sempre você não vai ficar. –Disse.
Ah, gente. Estou de boa, até. –Disse ele.
Forças ao George. –Disse.
Forças. –Disseram John, Paul e Jane em uníssono.
George riu.
Hora vai, hora vem e estávamos conversando tanto que nem vimos a hora passar.
Dez e meia da noite, pessoal! –Disse.
Eles já se levantaram, foram se arrumar.
Eu e Jane fomos nos vestir, quando entramos em meu quarto, fechei a porta.
Troquei minha roupa e vesti o vestido da cor branca. Pus meu salto alto, me olhei no espelho. Estava realmente muito linda.
Arrumei meus cabelos, deixei-os soltos. Passei meu batom vermelho, gostava do tom escuro, passava confiança.
Jane terminara de se arrumar enquanto eu já estava arrumada a algum tempo.
Fomos até a sala, os meninos vestiram o de sempre. Calça preta, blusa branca e um tênis. Eles apareceram na sala, deram passagem para eu e Jane saíssemos de meu apartamento.
O caminho não era muito longo, fomos fumando. Eu estava abraçada a John enquanto Jane e Paul estavam um ao lado do outro, George estava sozinho porém aparentava estar sem preocupações.
Quando chegamos ao the cavern, uma fila de jovens para poderem entrar e apreciar a banda a tocar. Eu e o pessoal passamos na frente, até porque estávamos com os meninos. Chegando lá eu e Jane nos encostamos na parede. Depois de pouco tempo, o público foi chegando, se acomodaram. Até que tinha muita gente.
Os meninos entraram no palco e o pessoal aplaudiu, junto comigo e Jane. Começaram a tocar as músicas, Eles estavam começando a tocar com um pouco de fraqueza mas logo depois foram se soltando.
Quatro horas de show, sim, QUATRO!
(...)
Depois de quase três horas de show, já estava cansada. Os meninos deram uma pausa, viraram copos longos de cerveja e fumaram mais ou menos três cigarros. Nessa meia pausa, George trocava beijos apaixonantes com uma menina que em conhecia. Depois de um tempinho, voltaram para o palco para tocarem .
Tocaram demais, o público estava já bem animados. Mais animado que o público só os meninos.
Por fim, acabou a apresentação, os meninos foram se recompor em seu camarim que não pude ter a chance de conhecer. O público foi saindo e eu e Jane sentadas no chão, cansadas praticamente quase mortas.
Depois de vários minutos demorando a se recompor, os meninos saíram do camarim e fomos em direção a meu apartamento. Eles estavam muito animados, contavam como foi a experiência deles, como foi legal estar ali e etc... John falava a maior parte do tempo, ficava até com raiva.
Chegando em meu apartamento, nos acomodamos na sala e dormimos lá mesmo.
Gente, mas foi muito legal. Quero tocar lá de novo. –Disse George.
Vai dormir! –Dissemos em uníssono.
Por fim, dormimos.
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