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Capítulo 3 - Tombo na escada

n/a: hello! Sei que dei uma sumida, mas estou de volta!! Espero que gostem!

Música: Fools, Troye Sivan (música MARAVILHOSA, tema da minha vida hahahaha)

Capítulo 3 - Tombo na escada

Ocupei uma das mil cadeiras vazias da biblioteca, afinal esse não era o lugar preferido da maioria dos alunos durante a hora do recreio, e abri o livro que havia pego emprestado agora a pouco: Orgulho e Preconceito.

"'É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro , possuidor de boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa..." (Jane Austen, Orgulho e preconceito, p. 1)

Deixei um risinho escapar diante desse costume bizarro do século dezenove e continuaria minha leitura em paz se uma mão não tivesse pousado sobre o meu ombro me fazendo quase cair da cadeira de susto, obviamente não foi pra tanto, mas Harry riu ao ver que ele de fato tinha conseguido me assustar. O olhei irritada, não se pode ter um minuto de leitura pacífica nesse colégio.

-Hmmm, Orgulho e Preconceito ... - ele disse sugestivo avaliando o livro que estava em minhas mãos. Dei de ombros e lancei aquele olhar questionando o que ele estava fazendo aqui.

- O que você está fazendo aqui? - ele me direcionou a pergunta que estava no meu olhar.

-Como se não fosse óbvio, estava tentando começar a ler. Mas fui interrompida. - disse incomodada por ele ter atrapalhado o meu momento de paz. Os corredores desse colégio e o refeitório me deixavam com dor de cabeça, muita gente idiota junta falando alto, eu tinha direito de me refugir na biblioteca, não tinha?

- Isso é pro trabalho do Sr. Becker? - ele me questionou ignorando toda a minha irritação. Confirmei com a cabeça.

-Você é da mesma turma que eu? - fiz uma busca mental pela imagem do Harry na sala ontem e não encontrei.

-Não, faço literatura não-avançada, não sou nerd como você. - revirei os olhos, qual o problema de fazer literatura avançada no primeiro ano?

- E eu não faço nem química nem física avançada. - rebati, ele que era o nerd daqui.

-Que seja.... - ele deu de ombros. - Quem é sua dupla?

-Waliyha... - disse como se fosse óbvio, pois sempre fazíamos trabalho juntas e isso era um fato universalmente conhecido, pelo menos no nosso grupo.

-Eu estou fazendo com um veterano que pelo visto reprovou essa matéria setenta vezes, sorte a minha. - e Harry continuou contando a história como se eu estivesse interessada e não quisesse continuar a ler o meu livro. História essa que incluia ele chegando atrasado e ficando com o tal do veterano que tinha sobrado.

- Hm, interessante... Agora me diz porque veio até a biblioteca, hein. - disse querendo que ele desembuchasse logo, sabia bem quando Harry estava mascarando alguma coisa. Essa história do trabalho de literatura era só plano de fundo pra alguma outra coisa.

- Achei que você ficaria feliz de saber que minha dupla é o tal do Tomlinson. - arquei as sobrancelhas, o que eu tinha a ver com aquilo? E mais, o que isso influi na minha felicidade?

- O que Waliyha colocou na sua cabeça hein? - questionei sabendo bem quem tinha falado da história do Tomlinson pra ele.

-Nada... Só achei que você poderia querer que eu te apresentasse o cara na festa de sexta. - ah não, até Harry.

-Harry, eu não vou a essa festa, mas muito obrigada pela boa intenção. - coloquei uma pitada de ironia na segunda parte, isso era coisa da Waliyha, com certeza.

-Vamos, Soph, por favor! - Harry implorou um pouco mais alto e desesperado do que deveria uma vez que bibliotecária enviou aquele olhar cortante de "calem a boca". Sinalizei com as mãos como se sentisse muito, pois não poderíamos conversar ali.

-Vai ser a nossa primeira festa no ensino médio, sério, temos que ir. -ele continuou ignorando a advertência da bibliotecária. O que Waliyha tinha feito com ele? Hipnose? Harry não tinha coragem nem de mentir para a mãe dele, muito menos sobre ir a uma festa, a não ser que a mãe dele tenha deixado. O  que era pouco provável, tendo em vista que a mãe do Harry era mais superprotetora que os meus pais, talvez seja por isso que eles se deem tão bem.

-Não estou entendendo da onde surgiu esse seu lado festeiro...

- Estou cansado de ser o nerd de sempre. - o analisei rapidamente... E sim, Harry era bem nerd mesmo, mas um nerd fofinho. Qual o problema de gostar de estudar e usar gola pólo afinal? Porque temos que taxar isso de alguma coisa e sermos excluídos por isso?

-Harry, você não é nerd. Você é você, não tem que ir a uma festa pra provar isso. - respondi vendo seus olhos esperançosos crentes que seus argumentos tinham me convencido.

-Eu quero ir nessa festa. Sério Soph, não vai ser a mesma coisa sem você.

Ele me olhou incisivo, vi seus olhos verdes brilharem mesmo estando no meio dos cachos castanhos que caiam sobre sua testa. Se continuasse me olhando desse jeito eu com certeza iria ceder. Foi nesse momento que minha cabeça começou a maquinar mil coisas sobre a tal da festa, incluindo como pedir para os meus pais ou como omitir deles, com qual roupa iria, a chance de encontrar um menino legal que me fizesse esquecer a existência do Zayn. Droga, eu estava cedendo... É, Waliyha estava certa em mandar Harry, ele sempre foi bom em me convencer. Essa voz meio rouca, esses olhos verdes devem ter algum poder de hipnose, ou era só eu admitindo que talvez eu quisesse mesmo ir a essa tal festa.

-Tudo bem, eu vou nessa festa. Mas com uma condição... - me rendi.

Vi seus olhos atentos sobre mim, ele estava se contendo muito pra não comemorar, provavelmente temendo qual seria a condição:

- Você não usar gola polo.

-Ei! - ele se fez de ofendido, mas entendeu bem, se ele não quisesse parecer tão nerd assim, pelo menos trocasse a gola polo por outra camisa.

-Ah, e nem camisa social. - e ele se fez de ofendido novamente com o meu adendo à condição.

- O que eu vou usar então? - ele disse como se camiseta foi algo desconhecido.

- Qualquer camisa, ué. Ah e também não vale nada com estampa de anime, vídeo game ou The Big Bang Theory. - vi sua boca se abrir em indignação. - Foi você que disse que não queria parecer nerd.

-Tudo bem, condição aceita. - ele então estendeu sua mão para que déssemos uma aperto de mão, como se de fato estivéssemos selando um acordo, enquanto tentava conter um sorriso enorme que se formava em seus lábios. É, eu teria que ir nessa festa. Conclui em seguida que todos os planos de começar o colegial de forma pacífica estavam indo ralo abaixo.

O resto das aulas nem passou tão devagar. Bem, talvez porque eu não estivesse exatamente prestando atenção, pelo contrário, estava ocupando a minha cabeça com a tal festa. Fiz até uma lista mental das roupas que poderia usar e, como sempre, acabei a chegando a conclusão de que nenhuma delas serviria. O que era óbvio, pois o meu parâmetro de vestimenta adequada eram aqueles filmes ridículos americanos, eu nunca teria algo hollywoodiano que atendesse esse padrão. Logo depois comecei a pensar em como pediria aos meus pais para dormir na casa de Dani na sexta, o que não seria um grande problema, pois eu já havia dormido lá algumas vezes e nossos pais se conheciam. É, eu faria isso hoje durante o almoço...

Logo quando o sinal tocou me encaminhei ao meu armário, antes de ir pra casa precisaria buscar alguns livros para fazer as tarefas de amanhã. O caminho até lá teria sido a mesma chatice de sempre, mil pessoas tentando descer as escadas ao mesmo tempo, se eu não tivesse captado a figura do Zayn com o meu olhar periférico. O que me surpreendeu é que dessa vez ele não estava com o olhar distante, ele estava sorrindo e falando. Esbocei um sorriso, mas esse mesmo sorriso se desfez quando percebi quem era o seu interlocutor: uma menina loira com o cabelo preso em um rabo de cavalo alto, olhos azuis, calça jeans justa e blusa do uniforme amarrada de modo que aparecia a sua barriga. Quase tive uma queda de pressão bem no meio da escada quando notei que os dois estavam de mãos dadas. Alguns xingamentos vieram a minha mente enquanto me questionava quem era essa menina e porque ela fazia o Zayn sorrir. O Zayn nunca sorria, ele sempre andava sozinho nos corredores.

E o momento subseqüente à quase-queda-de-pressão foi o dos questionamentos: O Zayn tinha uma namorada? Ainda mais uma namorada que amarrava a blusa do uniforme. Sério que é esse tipo de menina que o Zayn se interessa? É isso mesmo que eu estou vendo? Eu precisava mesmo desse soco no estômago logo na primeira semana? E a resposta para todas as perguntas era SIM.

A festa passou de assunto principal para uma nota de rodapé insignificante na minha mente enquanto eu tentava decifrar a cena de agora a pouco como se não estivesse mais que claro. Pelo amor Sophia, mais cedo ou mais tarde ele iria arrumar uma namorada, cresce! Me dava tapas mentais, tentando levantar o meu ânimo que tinha rolado escada abaixo.

-Amiga! - Dani se aproximou do meu armário me dando um susto, se não bastasse o susto de descobrir que o Zayn tinha uma namorada. Acho que vou ficar repetindo isso até se tornar natural: Zayn tem uma namorada; Zayn tem uma namorada; Zayn tem... Que droga, ele tem mesmo uma namorada. Minhas chances com ele passaram de zero para negativas.

Respondi Dani com um "oi" prolongado e ela começou a falar algo sobre a aula de biologia que eu simplesmente não conseguia absorver.

-O que aconteceu com você? Você tá branca... - ela questionou um pouco preocupada. Me lamentei internamente por não conseguir controlar as respostas do meu corpo à descoberta bizarra que era o Zayn estar namorando, pois eu não queria mesmo falar sobre isso. Tendo em vista que, para as minhas amigas, Zayn era só peça de museu pra mim. No caso, era aquela peça de museu que eu continuo visitando diariamente, várias vezes por dia. Tratei de dizer que não era nada, que estava tudo bem e pedi que ela repetisse o negócio de biologia mudando de assunto. E em seguia mencionei a festa, tentando me distrair e também me informar melhor sobre o esquema.

Nos encontramos com Waliyha na entrada do colégio e íamos andando para casa enquanto ela desandava a falar sobre as mil roupas que poderia usar na festa. Eu juro que tentei prestar atenção, mas não rolou mesmo. Minha cabeça estava presa à cena de mais cedo tentando compreender como em um dia esse ser não falava com ninguém dessa escola e no outro dia surge de mãos dadas com uma loira muito bonita, essa conta não fechava. A não ser que isso fosse produto das férias de verão, o que me dá um leve enjôo só de imaginar os dois vivendo aquele típico "amor de verão", passeando pelas praias, ou parques, afinal não existe nada em Bradford que possa ser chamado de praia.

É, Bradford é essa cidade maravilhosa pra onde meu pai foi transferido há alguns anos (vamos fingir que não houve ironia nenhuma e que não estou louca pra fazer faculdade em Cambridge e me mudar daqui). Até os meus dez anos morávamos no condado de Sussex, no sul da Inglaterra, no que me lembrava era uma cidade bem pequenininha, bucólica. O que não posso dizer de Bradford, que passa longe da tranqüilidade. A cidade não é tão ruim assim, estou exagerando... A questão é que parece que tudo na minha cabeça se tornou motivo de drama depois da recente descoberta que Zayn é um menino comprometido. Estava tipo querendo pular para aquela parte da minha vida em que sou uma universitária e estou namorando um daqueles caras que vão fazer com que eu nem me lembre quem é o Zayn. Pena que não estou com o controle remoto da minha vida, ele está perdido por ai, e infelizmente não posso adiantar e pular essa parte merda em que estou sofrendo por uma pessoa que nem sabe o meu nome.

Chego em casa depois de alguns minutos de caminhada e o cheiro maravilhoso da comida da minha mãe me faz esquecer do Zayn por instantes e me lembrar que eu estava com fome. Passo na cozinha para falar com a minha mãe e vou em direção a escada estreita de madeira que leva ao segundo andar e meus pés me levam à segunda porta à direita, meu quarto. A bagunça me incomoda um pouco logo quando abro a porta, cama desarrumada e alguns roupas no chão, mas nem me preocupo em arrumar agora, meu estômago fala mais alto, só largo a mochila e vou à cozinha ajudar minha mãe a terminar de preparar o almoço.

Tento achar um momento adequado durante a refeição para pedir aos meus pais para dormir na casa da Dani e acredito que este seja depois da pausa após algum comentário de descontentamento relacionado ao Primeiro Ministro. Os dois se entreolham e minha mãe dá de ombros como se não concordasse nem discordasse, provavelmente esperando a aprovação do meu pai. Que depois de alguns segundos de suspense diz "por mim tudo bem, o que você acha Lizzy?". Aquele consenso irritante que os pais sempre precisam chegar.

-Vocês estão pretendendo sair pra algum lugar? - quase engasguei com aquela demonstração incrível do quão sobrenatural era o tal do "instinto materno".

-Talvez para o boliche. - e foi a mentira mais rápida que eu consegui inventar na minha vida. Pensei mesmo em falar sobre a festa, mas ela com certeza ia suspeitar, talvez eu pudesse dizer que ia a uma festa, não uma festa de ninguém só pra encher a cara e pegar caras gatos, uma festa de aniversário.

-Numa festa. - complementei tentando manter a segurança na minha voz, mas deu errado quando minha mãe me lançou aquele olhar de quem estava desconfiada. - Quero dizer, uma festa no boliche. Uma colega de sala vai comemorar lá...

E eu estava me embolando, droga. Notei isso quando minha mãe chegou a sugerir que meu pai poderia me levar, que não era necessário incomodar os pais da Dani. Joguei aquela leve desculpa de que queríamos nos arrumar a e chegar juntas. Minha mãe revirou os olhos e disse algo como "ah, essas adolescentes" e acabou concordando. Me senti levemente culpada por mentir, eu nunca mentia pros meus pais. Mas toda aquela pressão do colegial estava me fazendo ceder, que droga.

Talvez eu nem tenha levado o trato com o Harry pra frente, estava ate pensando em desistir da festa. Mas depois de ver o Zayn com aquela menina (logo depois da fase depressiva veio a fase "já superei") decidi que talvez eu precisasse mesmo de uma festa. Provavelmente era um raciocínio tipicamente adolescente, mas era isso que eu era mesmo, não espere muito de uma menina de 15 anos que acabou de passar por uma "desilusão amorosa".

n/a: sei que está rolando uma super expectativa pra festa, mas juro que amanhã eu posto o próx cap... É que originalmente era um cap. só, mas como estava com 11 págs achei melhor dar aquela dividida haha Espero mesmo mesmo que estejam gostando! Votem e comentem, por favorzinho! Beijoss, boa noite!

Maria Clara

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