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Capítulo 14 - O nerd inconveniente

Música: do re mi, Blackbear
   

Capítulo 14 – O nerd inconveniente

- Faltam 20 minutos... – meu monitor de álgebra (sim, ele mesmo) disse em resposta a algum aluno que deveria estar tão desesperado quanto eu. Ouvi a sua voz e saber que só faltavam 20 minutos pra acabar a prova potencializaram o meu nervosismo diante das duas questões em branco. Lembrei de respirar e fui encarar as equações de segundo grau e aquelas incógnitas. Os alunos iam deixando a sala gradativamente e mesmo quando o Zayn anunciou que recolheria as provas eu continuava concentrada em acabar as últimas contas. Quando vi, ele já estava parado ao lado da minha cadeira.

-Sophia, eu vou ter que recolher a sua prova. – ele disse compassivo, talvez?  Respondi sem tirar os olhos da prova que só precisaria de um minutinho, o ouvi bufar e se afastar. Yes, vitória!

Eu só usei um minutinho mesmo, o suficiente para passar o resultado, que não tive tempo de conferir, à caneta só para não ter minha questão zerada, regras malucas dessa escola. Entreguei pra Deus, eu nunca sabia administrar bem o meu tempo durante as provas e acontecia exatamente isso: era sempre a última deixar a sala. Quando me levantei senti o cansaço da noite passada mal dormida (álgebra não era mesmo o meu forte), mas, ao mesmo tempo, o alívio de ter terminado a prova (uma a menos, amém).

O alívio, porém, foi substituído pelo típico nervosismo, sintoma já comum e diagnosticado, por estar perto do Zayn. Deixei a prova sobre a mesa e, como sempre, planejava ir embora sem dizer nada ao mesmo tempo que esperava que ele dissesse algo, ou não, já que a nossa última conversa não tinha sido muito amigável.

-Foi bem? – ele pegou minha prova da mesa e a encarava.

-Hm, espero que sim... – soltei um riso abafado e encarei minha mão toda riscada de caneta por conta da prova, eu era uma artista mesmo.

-Você precisa de nota? – ele perguntou e deixei soltar um suspiro, com certeza, por conta do ar que estava prendendo. Como eu ainda ficava tão nervosa com a sua presença? Aght, que raiva.  Balancei a cabeça me lembrando no meu D na última prova, que nota humilhante.

Eu sempre fui uma boa aluna, estudava para as provas e tudo mais, não estava acostumada a tirar notas ruins e aquela nota era simplesmente a pior nota de todas as notas do meu boletim. 

- Eu vou conseguir a atividade valendo ponto extra, o Mr. Fester já liberou, assim que entregar as provas eu passo pra turma... – Zayn disse deixando minha prova de volta na mesa e tirou os óculos de grau.

-Obrigada... – sorri sem graça e saí da sala antes que eu desfalecesse olhando pro Zayn por conta de um ataque cardíaco.

Encostei no meu armário pra respirar, mas logo fui interrompida por uma mão no meu ombro, preciso encontrar algum lugar pacífico nesse colégio pra suspirar sem ser interrompida, pelo amor! 

Abri os olhos e lá estavam os olhos brilhantes do Louis.  Eu estava quase fazendo um cartaz de "procura-se" pra ele, que simplesmente sumiu depois do baile de inverno.

-Hello, Sophy. – ele tinha um sorriso no rosto. Antes que eu pudesse dizer "oi", ele beijou minha bochecha  me fazendo corar, que inesperado.

-Tomlinson... O que traz o rei da King Cross para essas bandas? – brinquei e o fiz gargalhar. A ideia era ser engraçada, mas toda brincadeira tem um fundo de verdade. Eu sentia como se ele tivesse mesmo me abandonado pela coroa no dia do baile, já que tive que encarar quase sozinha o porre que ele havia indiretamente causado, uma vez que foi ele que ofereceu ponche batizado para uma menor, o que, aliás, é considerado crime neste país, se não me falha a memória. Talvez o crime fosse vender bebida para menores, mas, de qualquer maneira, ter me abandonado passando mal com o Zayn (elemento avulso dessa história toda), na minha cabeça, era quase um crime mesmo.

-Tenho ótimas notícias! – ele disse empolgadíssimo e acabou ignorando meu momento irônica-ácida, enquanto tirava um papel do bolso. – Eu fui aceito com bolsa 100%, isso tudo por causa daquele jogo!

Depois que ele parou de balançar freneticamente o que era uma carta de aceite, consegui ler que ele tinha sido aceito na University of Leeds, uma das melhores do Reio Unido para a área de exatas.

-Uau, Louis, parabéns! – deixei a Sophia irônica de lado e o abracei e o parabenizei mil vezes.

-Eu nunca vou te agradecer o bastante por aquele dia, de verdade! – seus olhos pareciam estar brilhando, mas não tanto quanto seu sorriso. Ele se encostou no armário ao lado do meu e me olhava de forma tão incisiva a ponto de me deixar constrangida. – Deixa eu te levar pra jantar? Tipo um desses encontros bem cafonas? Te busco em casa, escuto seu pai me dar um sermão, vamos num restaurante francês, nos beijamos na varanda da sua casa...

E bem, a raiva que outrora Sophia sentia desapareceu mais rápido do que o Louis no dia do baile de inverno, diria o narrador da minha vida. Naquele instante, eu só conseguia pensar que estava sendo formalmente convidada para um encontro, em um restaurante francês, com todas aquelas frescuras. Me sentia a protagonista de uma comédia romântica e estava bem satisfeita com esse papel.

Resumi a dizer "sim", quando mentalmente repetia "queremos encontro cafona" umas mil vezes, ainda que tenha certeza que meu sorriso já dizia por si.

-E como estão as coisas? Tá fazendo as provas finais, né? – Louis perguntou cortando o silêncio que ficou depois do meu "aceite" ao seu encontro.

-Sim... – disse e acabei deixando escapar um bocejo, me fazendo lembrar do sono que estava sentido. – Tive prova de álgebra.

Fiz uma careta e Louis perguntou se eu tinha ido bem. Tive que fazer outra careta, eu não sabia se tinha ido bem.

- O monitor disse que o professor daria um trabalho... Estou contando com esse ponto extra pra passar... – respirei fundo e senti de volta a tensão da prova de agora a pouco.

-Hm, aquele mala do Zayn, né? – o desprezo na voz do Louis era audível, senti um incômodo em ver alguém que não era eu falando mal do Zayn. Ele até poderia ser um mala, mas como monitor ele até que estava sendo bem legal. Aliás, como o Louis sabia que o Zayn era o meu monitor de álgebra?

Minha mente deu um giro de 360 graus e lembrei de todas as vezes em que o Zayn mencionou o Louis e, por consequência, a ideia do encontro já havia sido colocada para o escanteio, enquanto meus neurônios maquinavam uma forma de descobrir por que os dois não se davam bem.

-Vocês se conhecem? – falhei em parecer natural, já que essa era a única pergunta que consegui pensar em pouco tempo, antes que ele pudesse mudar de assunto.  Ele fez uma careta e depois sorriu, o que não significava muita coisa, já que o Louis sempre estava sorrindo.

-Sim, estudamos juntos desde sempre... – ele arqueou as sobrancelhas. – Tá curiosa, é, Sophy? Zayn é só um nerd inconveniente, não deixe ele te perturbar.

Vi todo o meu esforço mental de extrair alguma coiso do Louis ir por água abaixo quando, depois daquela fala ríspida, ele beijou minha bochecha e desapareceu no corredor, dizendo que estava "atrasado" para aula de química, mesmo que o sinal não tivesse tocado ainda.
Voltei a me encostar derrotada no armário somando as frustrações da prova com o insucesso em extrair alguma coisa do Louis, mas nem para isso tive tempo, já que instantes depois o sinal tocou (agora, eu que estava mesmo atrasada). Peguei desapontada meu material de biologia no armário e fui praticamente me arrastando pelos corredores até a sala.

Meu ânimo só atingiu níveis ainda mais negativos quando cruzei pelo caminho com o casal vinte vivendo uma cena de filme, mas dessa vez eu não seria a protagonista: Zayn a erguia do chão em um abraço apertado enquanto ela gargalhava. Eu sentia inveja de tudo aquilo, de estar nos braços do Zayn, da sua alegria, e mais que isso, de ser a pessoa que fazia ele sorrir. Respirei fundo e passei por eles fingindo que aquilo não me afetava, afinal, eu e o Zayn não somos nada, nunca fomos nada, eu só dei azar desde o início, há três anos atrás, quando o vi andando de skate na calçada da sua casa, há seis meses atrás, quando cruzei a porta dos fundos daquela casa, há um mês, quando fui deixada sozinha pelo Louis e lá estava ele, eu só dei azar de não caber naquele abraço.

- Cambridge, amor, eu não acredito! Isso é incrível! – eu estava indo muito bem no meu plano de ignorar o casal, mas a Perrie parecia estar falando para todo o corredor ouvir. Nota: talvez eu tenha que passar no banheiro pra vomitar depois de ouvir ela chamando ele de "amor", eca.

Mas, espera.

Meu Deus, o Zayn foi aceito em Cambridge?

Agradeci por já ter passado pelos dois, pois seria difícil disfarçar o meu queixo caindo no chão. Uau, Zayn, você é mesmo um "nerd inconveniente", e está de parabéns, Cambridge é uma das melhores universidades da Inglaterra, da Europa, quiçá do mundo, eu estava boba com essa recente notícia.

De novo vou ter que perguntar: quem é o Zayn, afinal? Quando ele passou de badboy pra estudante de Cambridge? Inacreditável e, ao mesmo tempo, incrível: ele.

E bem, mesmo que durante 99,9% do tempo eu desejasse que o Zayn sumisse junto com os meus sentimentos por ele, às vezes, bem às vezes, ele conseguia me deixar feliz e me fazia sorrir, ainda que ele não pudesse ver que esse sorriso de agora era pra ele.


n/a: e, então, o que acharam do cap.? Aguardo os votos e comentários de vocês ❤️
Eu prometi que postaria com mais frequência, mas vacilei nesse ultimo mês com vocês. Então, pra compensar e comemorar o mês de abril e o meu aniversario, vou tentar postar outro cap. até o fim da semana 🎁
Eu mudei uma coisinha simples no nome de um dos capítulos aqui da história (lá do início), vamos ver quem nota haha beijos, bom restinho de semana pra todos!

Maria Clara

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