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Capítulo 54 - Em Busca do Sangue Raro ( Reta Final)

Hospital Regional de Nova Filadélfia.

Jude acordou assustada na cama do hospital se levantando de rompante e quase fazendo o suporte do soro que tomava injetado em sua veia, cair sobre si.

__ Filha, se acalme! Está tudo bem, você está em um hospital. - Dona Rosa falou já se levantando da cadeira que estava ao lado da cama e segurando a filha.

__ É sério que eu estou em um hospital?! Eu não posso ficar aqui, eu tenho que salvar a Lisa, mãe, sua casa explodiu... - Falou já arrancando o escalpe do soro em seu braço e se levantando.

__ Acalme-se Filha! Não tire o soro, você precisa da medicação inclusa nele!

__ Eu não preciso de soro nem um, não vê que estou bem?!

__ Você foi atacada por um maluco e desmaiou quando a jogou contra a cerca. Olha seu pescoço... está vermelho e arroxeado pela pegada dele. - Judite levou a mão à garganta. O sentia dolorido, mas decidiu ignorar, queria notícias de Lisa.

__ Não se desespere, Lisa não estava na casa. - Rosa a confortou.

__ Graças a Deus! - Falou aliviada.

__ A mãe dela deu entrada no hospital, pouco depois de você. - Rosa falou.

__ Dona Jane?! Mas por quê?! O que ela tem?! - Falou espantada.

__ Parece que sofreu um atropelamento. A vi quando o enfermeiro abriu a porta do quarto para observá-la e perguntei.

__ E em qual quarto ela está?! Eu quero vê-la! - Jude perguntou aflita.

__ Como assim quer vê-la?! Filha, aquela mulher te odeia! - Dona Rosa queria entender.

__ Eu sei mãe, mas nada muda o fato de que é a mãe da Lisa. Eu faria tudo que estivesse ao meu alcance para ajudá-la, e se vê-la é a única coisa que eu posso fazer no momento, então eu quero vê-la.

__ Judite, volte para aquela cama agora mesmo! Você ainda não está bem. Fizeram um raio-x, você tem uma pequena fratura no tornozelo. - Jude olhou para os pés descalços.

__ Onde estão minhas botas?

__ Você não vai sair desse quarto! - A mãe falou a desafiando.

__ Nem tente me impedir... - Falou abrindo a porta e tencionando avançar pelo corredor em direção a saída.

__ Filha, volte aqui! Será que teremos que te amarrar na cama?!

__ Eu vou atrás da Lisa, preciso saber como ela está. Eu não confio nem um pouco naquele sujeito! Eu estou com um mal pressentimento, eu sonhei que... - Se calou ao se virar e ver a correria dos funcionários que abriram a porta dupla no início do corredor entrando com uma paciente deitada na maca. Estreitou os olhos e não acreditou.

__ Lisa!? - Falou baixo. __ É a Lisa mãe! - Gritou para ela ao ter a certeza. Correu mancando de encontro a maca e já foi questionando:

__ O que houve com ela?! - Perguntou aflita, acompanhando os passos apressados da equipe pelo corredor.

__ Ela foi baleada. Precisa urgente de uma cirurgia! - O enfermeiro respondeu.

__ Como assim, foi baleada? O que aconteceu?!

__ Eu não sei os detalhes, moça. Você é o quê dela? Está atrapalhando o nosso trabalho. - Falou sério, incomodado com os questionamentos.

__ Mas ela vai ficar bem? - Perguntou preocupada.

__ Espero que sim. Só uma avaliação médica pra confirmar isso.

Dona Rosa levou a mão à boca quando a maca passou por ela.

__ A Lisa foi baleada, mãe! Ela pode morrer! - Judite já se derramou em lágrimas, e recebeu o abraço reconfortante da mãe.

__ Acalme-se filha, ela vai ficar bem.

__ Ela não parece nada bem. - Jude falou incrédula. __ Está desacordada, por que?!

__ Devem ter dado algum medicamento a ela, para relaxar e não sentir dores. - Rosa procurava respostas convincentes para acalmar a filha.

__ Aquele sujeito nunca me enganou! - Falou com o olhar severo, fitando o nada. Acreditava cegamente que Dione era o culpado.

__ Como tem certeza que é ele o responsável? - Dona Rosa a olhou nos olhos. __ Não faça conclusões precipitadas.

(...)

Já havia se passado meia hora desde que Lisa entrou para a sala de cirurgia. Judite na companhia da mãe, no corredor, já havia roído todas as unhas, esperando impaciente, notícias da amiga. Logo o médico se apresentou, saindo do quarto.

__ E então doutor, qual é o estado dela?! - Jude pergunta já indo ao encontro dele.

__ Já extraímos a bala. Infelizmente seu estado ainda é crítico. Ela perdeu muito sangue, precisa urgentemente de uma reposição. O problema é que seu tipo sanguíneo é o: "AB." O tipo mais raro de se encontrar.

__ Porcaria! - Exclamou decepcionada. __ O meu é: O positivo.

__ Se souberem de um parente, um amigo que seja AB, Tragam o mais depressa possível. A vida dela depende disso. - Falou o doutor as fitando, sério.

__ Eu posso vê-la, doutor?! - Jude perguntou esperançosa.

__ Sinto muito, mas no momento ainda não. - Respondeu ele colocando as mãos no bolso.

__ Olá! - Bernard, o guarda, falou ao chegar. - Todos se viraram para ele.

__ Doutor... - Bernard falou timidamente. O médico assentiu com a cabeça.

__ Eu prestei os primeiros socorros. Vim saber como a moça está. - Bernard falou tirando seu chapéu.

Dona Rosa cutucou Judite com o cotovelo e cochichou:

__ Quem é esse bonitão que acabou de chegar? - Jude revirou os olhos e chamou a mãe, já caminhando.

__ Hei! Aonde pensa que vai?! - Perguntou confusa. __ Vai me tirar daqui, logo agora que o bonitão chegou.

__ Vou atrás de um doador pra Lisa. Não consigo ficar aqui de braços cruzados sem fazer nada.

__ E qual é o plano? Vai sair por aí, perguntando para um e outro o tipo sanguíneo deles? - Dona Rosa falou debochada.

__ Quero que a senhora faça uma campanha na Internet.

__ Uma campanha?! - Perguntou confusa.

__ Sim. Use todas as suas redes sociais, inclusive as minhas, para tentar achar um doador compatível, na cidade, o mais depressa possível. - Jude falou, já saindo do hospital e chegando a rua.

__ Consigo fazer isso. Mas e quanto a você? - Perguntou curiosa esperando a resposta.

__ Eu vou até a casa de um amigo. Tenho quase certeza que ele tem esse tipo sanguíneo. Liguei, mas só vai pra caixa postal. Ele mora fora da cidade. Precisarei de uma moto. Táxi! - Gritou levantando a mão para um automóvel que passava por ali. Elas entraram,

e partiram.

__ Vá o mais depressa que puder rapaz, é uma emergência! - Dona Rosa alerta o motorista.

__ Alô! Ivã! Eu preciso de sua moto. É urgente! - Jude faz uma ligação e já adianta as coisas pra viagem.

__ E por que não vai de táxi?! Eu adoraria ir junto.

__ De moto eu consigo pegar um atalho que diminui o tempo da viagem pela metade. E a senhora já está incumbida de outra tarefa.

Mãe e filha ouviam uma música relaxante no rádio quando um noticiário entrou...

" Atenção para esse alerta! Um suspeito de cometer uma chacina na Catedral Central, e de explodir uma casa na zona Norte, nesta tarde, ainda não foi capturado. O suspeito fugiu levando um cadillac. As autoridades pedem para ficarem em alerta máximo, e evitar saírem de suas casas. O fugitivo é perigoso e os cuidados devem ser redobrados. Um cadillac circulando por aí é um tanto inusitado, essa é a principal característica do suspeito."

Mãe e filha se entreolharam.

(...)

Judite já havia pego a moto emprestada e já estava a caminho da casa do amigo, na esperança que ele seja AB.

Passava por um caminho difícil de estrada de terra no meio da mata, e foi bem sugestiva na escolha da moto. A moto de trilha é ideal para esse tipo de solo. Pedras, buracos, morros e poeira, muita poeira.

Logo já chegara ao seu destino. Parou a moto e retirou o capacete balançando os cabelos e já analisando o lugar. Era um pequeno sítio à beira da estrada. Ela percebeu que o lugar estava mais bem cuidado da última vez que esteve ali, que agora. Parecia que o lugar estava abandonado. Uma simples casa com varanda na frente e uma garagem ao lado.

"Mas o que o Luigi anda fazendo pra deixar esse lugar tão bagunçado assim!?!" - Judite se pergunta.

"Os seus pais morreram há um ano. Talvez seja esse o motivo do sítio estar tão mal cuidado. Ele parece ter parado no tempo." - Pensou.

Judite entra pelo pequeno portão e já de frente para a varanda tenciona gritar, quando vê alguém abrindo a porta e saindo.

__ Mas que porra é essa?! - Jude exclama surpresa, se negando a acreditar no que vê bem a sua frente. __ Você?! - Exclama, mais uma vez surpresa e saca logo a sua arma.

Ela tem a visão de Dione saindo da Casa comendo um sanduíche e tomando uma lata de cerveja.

__ Fique parado onde está, ou eu atiro! - Ela bradou colocando o homem na mira.

Dione embasbacado para no mesmo lugar, na varanda, e as mastigadas rápidas em sua boca, são diminuídas.

__ Jude?! O que faz aqui?! - Dione pergunta confuso.

__ Eu é que te pergunto! Onde está o Luigi?! - Pergunta preocupada.

__ Posso saber quem é o Luigi? - Dione pergunta.

__ É um amigo meu que... há! Eu não tenho que dar satisfações pra você!

__ Não sei quem é Luide. Mas Talvez seja o cara morto aí no chão da sala. - Dione aponta para trás.

__ O quê?! - Judite já imagina o pior. __ Levante as mais pra cima e saia devagar para fora. - Judite ordena e se afasta pro lado. Dione faz o que ela pede.

__ Agora se afaste da casa. - Ela pede e ele obedece.

__ Não precisa de nada disso. Eu não vou tentar nada contra você. Aliás, Lisa me falou muito sobre você, sabe.

__ Não pronuncie o nome dela! Por sua culpa ela está morrendo agora! - Judite bradou irritada.

__ Minha culpa?! - Questiona indignado, e da um sorriso sarcástico.

__ Cale a boca! Não quero mais papo contigo. Fique quieto aí. Eu vou entrar. Não tente nem uma gracinha. - Judite falou dando passos para trás, enquanto entrava na casa.

__ Eu não posso esperar. Estou fugindo da polícia. Eu preciso ir.

__ Você não vai a lugar nenhum! Você será preso e pagará por todos os seus crimes, e principalmente pelo o que fez a Lisa.

__ Eu não fiz nada com a Lisa, eu...

__ Cale a boca! - Jude bradou e atirou rumo à ele, queria o assustar. Dione se moveu enérgico para o lado, levando o braço a frente do rosto.

Judite entrou e logo já viu o corpo estirado no chão com várias marcas de tiro. Viu a mesa da cozinha com cartas de baralho sobre ela e sobre o chão. Cadeiras caídas e objetos quebrados e fora de lugar, uma bagunça por toda parte, que denunciava uma briga. Deduziu que Luigi lutou bravamente pela vida. Se desesperou ao ver que realmente era o Luigi. Ela se derramou em lágrimas.

__ Luigi, não! Isso não pode ser verdade... - Baixou os braços desolada.

Dione ainda esperava no mesmo lugar. Poderia ter aproveitado a deixa e ido embora, mas queria saber notícias sobre o estado de Lisa.

__ MALDITO! EU VOU MATAR VOCÊ! Ele a ouviu gritar do lado de dentro e já saindo para fora com a arma em punho.

__ Viu o que você fez?! - Dione olhava confuso. __ Luigi era "AB" o tipo sanguíneo que Lisa necessita pra sobreviver, e você o matou! - Dizia gesticulando a arma, cega de ódio. __ Lisa está entre a vida e a morte, precisa de uma reposição sanguínea urgente, ou ela pode morrer!

__ Não está achando que eu matei o seu amigo né?! - Dione pergunta.

__ Não estou achando, eu tenho certeza! - Jude gritou para ele.

__ Não. Eu não o matei. Quando cheguei aqui, ele já estava morto. O cadillac acabou a gasolina, vim ver se o morador desse lugar me arranjava um pouco. Gritei e como ninguém respondeu, eu entrei ao ver a porta semiaberta. O vi morto no chão. Pelo que parece ele foi morto ontem a noite. Imagino que estava jogando cartas e bebendo com alguém, daí bêbados que estavam, começaram a discutir e a brigar, e um matou o outro. Eu estava com fome, furtei um sanduíche e uma cerveja. Agora vou pegar o moto que ele tem aí na garagem, e me mandar.

__ Não. Você não vai a lugar nenhum. Ligarei para a polícia e você será preso. - Falou ela ainda com ele na mira.

__ Não. Não vai ligar, por aqui, não existe sinal. E Lisa, como ela está? - Quis saber.

__ Está morrendo, eu já disse! Luide era a única esperança para ela e você o matou. Por que atirou nela? - Jude começou a chorar.

__ Não se precipite em julgar. Acha que eu seria capaz de matar o amor da minha vida?! Você não sabe o quanto eu a amo! Eu só queria tirá-la daquele inferno ao qual ela vivia, e a fazê-la feliz, mas Neco, aquele desgraçado... atirou nela pelas costas. - Dione contava sua versão dos fatos. __ Mas eu a vinguei, eu o explodi em mil pedaços. - Jude o olhava com espanto.

__ Você é bom em contar histórias seu Dione. Confesso que quase me convenceu. - Jude falou com desdém, já saindo da varanda e caminhando rumo a ele.

__ O que eu falo, é a pura verdade, se você não acredita, isso é problema seu. Agora dá licença que eu preciso me mandar. Vou pegar a moto do seu amigo emprestado e ir embora. - Dione falou já caminhando até a garagem e já abrindo o portão duplo de madeira.

__ Pare onde está! Ou eu atiro! - Jude bradou.

__ Atire então, vamos ver se tem coragem... - Dione deu de ombros.

__ Não me subestime, não sabe do que sou capaz! - Jude bradou indo atrás dele com a arma em punho.

__ Você não tem coragem de atirar em mim. Lisa já me falou que você tem um bom coração. - Falou entrando na garagem.

__ Eu atirei naqueles caras na picape e matei o sujeito que ficou para trás e tentou me matar.

__ Obrigado por tudo que fez pela gente. - Respondeu sarcástico.

__ Não fiz por você, fiz pela Lisa. - Ela enfatizou.

__ Se fez por ela, fez por mim também. - Disse montando na moto.

__ Se eu matei uma vez, posso matar de novo. Prometi pra mim mesma que lhe mataria se cruzasse o meu caminho mais uma vez e olha você aqui... não sou de quebrar promessas. - Falou séria a frente do portão

__ Se você tivesse mesmo coragem de me matar, já tinha feito isso. No fundo você sabe que eu não fiz mal a Lisa e está fingindo acreditar nessa ideia pré-definida que criou de mim em sua cabeça. Seu ciúmes a faz ter ódio de mim! - Dione funcionou a moto e se surpreendeu ao pegar de primeira pelo estado precário dela. __ Olha só! Não esperava por isso! - Falou debochado.

Judite fechou os olhos, e sentiu um ódio a escalar pela espinha pelo comportamento dele de parecer não a levá-la a sério. Dione saiu com a moto a tirando para fora, a descansou e saiu dela caminhando rumo a casa.

__ Não está me levando a sério seu Dione?! - Bradou enraivecida e ele deu de ombros continuando a andar e entrou na casa. Ela bufou de ódio dele.

Dione retornou, trazendo o capacete em mãos.

__ Tá na hora de começar a me levar a sério! - Judite falou olhando para ele. Quando Dione estava a poucos passos de alcançar a moto, Judi apontou e atirou nela. O contato da bala aquecida com o combustível fez com que a moto explodisse diante deles. Jude que estava mais longe, cobriu o rosto com o antebraço e Dione foi impulsionado para trás pelo impacto da explosão e caiu ao chão soltando o capacete.

__ O que você fez, sua maluca?! Tá tentando me matar é isso?! - Dione gritou furioso do chão.

__ Se quiser ir agora, terá que ir a pé. Mas assim vai ser mais fácil pra polícia te alcançar. - Falou com desdém ainda com ele na mira.

__ Agora você me deixou nervoso! - O homem falou se levantando enérgico.

__ Hei, não se aproxime de mim, ou eu atiro! - Jude alertou apreensiva. Dione ignorou e continuou a marcha.

__ Você não atira nada! - Ele rebateu se aproximando dela e segurando enérgico o braço com a arma e o girou a fazendo gemer. Em seguida retirou a arma com a outra mão e a soltou nervoso.

__ Desgraçado! - Jude bradou enraivecida, cerrou o cenho e lhe acertou o rosto com um soco. Dione não esperava por essa. Mexeu o maxilar com a mão de um lado a outro, não querendo transparecer o quanto foi dolorido.

Logo ela tentou lhe acertar novamente, mas Dione se defendeu de seu golpe desviando o soco com o antebraço. Tentou mais uma vez, e ele segurou sua mão e torceu seu braço, a fazendo se virar para frente enquanto torcia seu braço para trás. Segurou firme a prendendo em sua pegada.

__ Me solte, está me machucando, canalha filho da puta! - Ela o xingava rangendo os dentes.

__ Não coloque minha mãe no meio disso! - Rebateu sarcástico.

Dione a puxou para mais perto de si, e falou ao pé do ouvido:

__ Hum... cheirosa, você! - Disse debochado. Ela revirou os olhos e se debateu ainda mais tentando se soltar de sua pegada. Dione torceu ainda mais o seu braço lhe arrancando um gemido.

__ Olhe para a estrada... - Ordenou. Ela olhou e já entendeu.

__ Filho da puta! - injúriou.

__ Equanto você dava o seu showzinho, alguém se aproximou sorrateiramente, e levou a sua moto.

__ E ela nem era minha! - Se indignou sabendo que teria que ressarcir ao dono.

__ O seu amigo morto lá dentro, não é AB. - Jude arregalou os olhos. __ Ele é B negativo. Vi no adesivo colado naquele capacete personalizado com o seu nome caído aí no chão. Quando eu subi na moto que você fez questão de explodir, eu estava justamente indo doar o sangue para Lisa. Independente se eu seria preso ou não, a vida dela é o mais importante pra mim. Eu sou "AB."

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