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Capítulo 4 - Pai Fujão.

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Marina Machado...🌺🌺🌺

《《《》》》

Um dia depois... ⏳️

Santa Bárbara. 08:00 da manhã...🕖

Marina tirou a camisola que usava para dormir confortavelmente e enfiou pelas pernas seu short jeans curto, vestiu a primeira blusa que encontrou e a sua jaqueta de capuz predileta. Pronta, saiu a procura do pai, espreguiçando lenta e preguiçosamente pelo caminho.

Era seu primeiro dia em uma outra nova casa, e era cansativo e irritante arrumar tudo quase sempre sozinha. Se mudaram no dia anterior e mesmo assim não puderam dar jeito nem na metade.

Não esperava que as ruas estivessem tão cheias e se por ali estava daquela forma, com toda certeza onde pretendia encontrá-lo estaria ainda pior.

Ela continuou sua busca, caminhando por mais algumas quadras, seus olhos atentos a cada detalhe ao seu redor. As fachadas das casas, as lojas abrindo, as crianças indo para a escola – tudo era novo e intrigante.

Era uma manhã, o que as pessoas teriam tanto para fazer na rua pela manhã? Quer dizer, não é todo dia que saía em busca do pai, embora fosse muitas as vezes que sumisse como naquele momento.

__ Olha! É a Marina. - Comentou um dos garotos em uma rodinha enquanto não tiravam os olhos da jovem que se aproximava. Marina era mesmo uma garota muito bonita, de inegável atenção. A loira de cabelos longos que balançavam de um lado para o outro a cada passo que dava, arrancava suspiros, com seus um metro e cesenta e cinco de altura e olhos cor de mel era gravada por cada par de olhos que insistia acompanhá-la até que sumisse em alguma esquina ou estivesse longe demais para ser bem vista.

- Ela vai morar perto da minha casa. - Concluiu animado.

- Ela é muito gata, cara! - Comentou o outro.

Eles foram ao delírio quando ela lhes falou um oi e acenou lhes dando um tchauzinho. O breve cumprimento parecia ter sido o ponto alto da manhã deles.

Marina andou mais algumas quadras de olho em tudo que podia avistar o procurando por algum daqueles lugares, até que o encontrou. O pai estava distante, de braços cruzados com uma mochila nas costas que ela não o viu saindo de casa. Ele observava os moleques jogarem bola no campinho de areia.

— Ah! Então ai está você, seu Dione! - Disse para si mesma estreitando os olhos na direção do homem de costas.

Dione era um homem de presença imponente, medindo 1,85 m de altura. Seus cabelos crespos, sempre bem cuidados, emolduravam um rosto expressivo e forte, realçado por olhos azuis penetrantes que pareciam desvendar a alma de quem os fitava. Aos 37 anos, seu corpo era resultado de anos de dedicação e esforço, exibindo músculos definidos que contavam histórias de superação e disciplina. As tatuagens que adornavam seus braços eram mais do que meros desenhos; cada uma carregava um significado profundo, um capítulo de sua vida marcado na pele. A combinação de sua aparência robusta e o magnetismo de seus olhos fazia de Dione uma figura inesquecível.

Dione Rocha


A jovem foi a passos rápidos rumo ao pai passando pela calçada, tendo tempo de enxergar um garoto que atravessava a rua mais adiante, indo na direção dele, e logo o entregando algo. Dione o agradeceu com um toquinho de mãos fechadas.

Marina cerrou o cenho para o que acabava de testemunhar. Estava certa de que não podia mesmo confiar naquela cabeça velha e dura que era seu pai.

— Mas que droga! - Ela murmurou irritada. Ele lhe havia feito uma promessa. Bufou de punhos apertados. Se aproximou com uma carranca na cara e ordenou:

— Pode ir passando essa carteira de cigarros pra cá! - Ela estendeu a mão  frente ao seu rosto o fazendo fitar primeiro aqueles dedos, antes de seus olhos.

— Da forma que chegou eu poderia ter te acertado! — disse com a voz calma mas carregada com uma firmeza que só a experiência pode trazer. Seus olhos fixaram-se em Marina, avaliando-a cuidadosamente.

Marina revirou os olhos, mas sabia que ele estava certo. O pai,  tinha reflexos rápidos e uma habilidade quase instintiva de se defender. Ele cruzou os braços, destacando a postura vigilante que assumia mesmo em momentos de aparente descanso.

— Sorte a sua que anda como um cavalo pesado e usa um perfume mais forte do que deveria. — completou com um leve sorriso se formando no canto da boca, suavizando a seriedade de suas palavras.

Marina bufou, mas não pôde evitar um sorriso. Seu pai sempre tinha uma maneira de misturar bronca com humor. Ela sabia que, se ele não reconhecesse seus passos pesados e o perfume floral que sempre usava, provavelmente ela teria saído com um olho roxo, um braço quebrado, ou coisa pior. As memórias de treinos de autodefesa improvisados com ele vinham à tona — lições duras, mas cheias de carinho e preocupação.

— Pai, você está se auto sabotando?! Você prometeu pra mim que iria parar com os cigarros! - Dione suspirou cansado lembrando de como a filha era precipitada em suas conclusões.

A quem será que ela havia puxado? Não fora ele. Acreditava que não.

— Sim. Eu prometi. E estou cumprindo. - Olhou quando um dos garotos da pelada, colocou o pé para o outro cair, e ele caiu. — Que idiota, acha que vai vencer na vida trapaceando. - Falou como se estivesse totalmente sozinho no lugar. A filha revirou os olhos outra vez, sentindo-se ignorada por ele.

— Hello! - Estalou os dedos o fazendo olhar para ela. — Eu ainda estou aqui e eu vi aquele garoto. Você pediu para ele comprar...

— Por favor, Marina, eu não pedi! - Se sentiu impaciente com a insistência dela.

— Eu vi de lá. - Respondeu brava com a mentira que acreditava. Afinal ela havia visto.

—  O que você viu? - Virou para ela de braços cruzados e encarou aqueles belos olhinhos cheios de rímel, já cedo.

Marina ajeitou sua postura mais ereta e revisou rapidamente em sua cabeça o que ela realmente havia visto.

— O garoto lhe entregou os cigarros. - Sua voz parecia menos segura aquela altura.

— O que te garante que são cigarros, Marina? - Perguntou. Ela balançou o ombro incomodada.

— O que me garante que não são? - Dione suspirou outra vez, mas admitiu por dentro como aquela garota tinha resposta na ponta da língua. Aquele jeito dela lhe dava orgulho.

— Tem que confiar mais na minha palavra. - A garota estreitou os olhos e ele soube que não acabaria por ali.

— Então eu quero ver! - Disse se aproximando ainda mais do pai. -Onde está? Me entregue agora!... - Começou a apalpar a jaqueta dele que até quis rir da cena de surto da menina, mas se conteve.

— Marina! Marina! - A segurou pelos braços ao ver que simplesmente não parava e a afastou de seu corpo. A menina soprou os cabelos que estavam sobre o rosto fracassando em tirá-los.

— Você não conseguirá me policiar o tempo todo. Por isso eu digo que tem que confiar em mim. - A soltou.

— E essa mochila aí, onde pensa que vai?! Esqueceu que temos uma mudança enorme pra organizar? - Enrolou os cabelos e fez um coque.

— Preciso ir até Nova Filadélfia, a cidade vizinha. Ganhei um prêmio e vou logo buscar. -  Tentou manter um tom casual. A garota de semblante confuso estreitou outra vez os olhos.

— Um prêmio?! Quer dizer que conseguiu recuperar o bilhete do pobre mendigo?

— Sim. - Respondeu sorrindo.

— E ele não tem nem um parente? Deveria entregar o prêmio para algum familiar.

__ Ele não tem ninguém. Me certifiquei disso. O corpo ainda está no IML.( Instituto Médico Legal.) Se não for reconhecido, será sepultado como um indigente. Vou garantir que tenha um enterro decente. Um bom caixão, um bom cortejo... Vou pagar para alguns mendigos para acompanharem o velório. Marina riu do que o pai disse.

— Desculpa. Sei que eu não deveria rir, mas não me aguento. - Continuou a rir. Dione, apesar da seriedade da situação, esbouçou um sorriso.

— Vamos fazer o possível para você e eu estarmos presentes.

Marina recuperou a compostura, embora ainda houvesse um brilho divertido em seus olhos.

— Se você voltar a tempo para terminarmos de arrumar a bagunça...

— Não demorarei. - Sorriu.

— Já sabe o que é o prêmio? - Perguntou com curiosidade.

— Não sei ainda. - Olhou outra vez para o campinho vendo os garotos irem embora. Não queria olhar nos olhos da filha depois de ter mentido. — Mas espero que compense meu deslocamento até lá. - Concluiu.

— Não dá pra esperar um pouco? Tem muita coisa dessa vez para uma só pessoa dar conta. - Sentiu-se decepcionada sabendo que iria, como muitas outras vezes já fizera, organizar a grande bagunça sozinha.

— Não se preocupe. Eu não me demoro. Eu prometo. - A menina franziu os lábios mas decidira lhe dar aquele voto de confiança.

— Assim espero. Amanhã é o meu aniversário. Nesse, quero você ao meu lado. Não repita novamente o que andou fazendo nos anteriores... se você não aparecer, eu juro que nunca lhe perdoarei por isso... - O alertou com seriedade nos olhos, como um avizo silêncioso.

Dione sentiu um aperto no peito ao ouvir aquilo.

— Minha nossa! Minha menina está crescendo... Amanhã já será de maior... - Se tocou disso, e sorriu em bobo e a emoção suavizou suas feições. Marina revirou os olhos.

— Eu estarei aqui. Eu prometo! - Falou levantando um dos braços com a mão espalmada do lado do rosto, como um soldado, fazendo o seu juramento. Marina não conseguiu segurar o riso. Seu pai era mesmo uma peça! A moça sempre sustentava uma postura séria. Ainda não havia superado por completo os seus traumas sofridos.

— Eu preciso ir pro ponto agora. O meu ônibus já deve estar vindo. -Segurou as bochechas da menina e beijou sobre seus cabelos. — Eu sei que não tem sido fácil, mas estou tentando mudar, por você.

— Por favor, não se demore mesmo, pai. Eu não conheço ninguém nesse lugar, é tudo novo pra mim, eu tenho medo de ficar sozinha...

__ Não vou demorar. Eu liguei para o Maximiliano, (Max) ele vai lhe fazer companhia enquanto eu estiver fora.

— Max virá?! - Falou gostando da ideia, com seus olhos faíscando de alívio. Poder ver um rosto conhecido em meio a tanta gente estranha, não seria nada mal.

—  Sim. Só espero que se comportem. - Dione franziu o cenho para filha. Ela revirou os olhos outra vez.

— Max, é o meu melhor amigo pai! Se é isso que te preocupa, pode ficar tranquilo, não vai rolar nada!

— Vou confiar em você, então. - Sorriu debochado. — Até daqui a pouco, querida! - Dione já ia saindo quando a garota o fez parar.

— Ei! E os cigarros? - Perguntou descansando as mãos nos quadris. -Ele quase se esqueceu de provar a ela que não era mesmo o que estava pensando.

— Está na bolsa pequena da mochila, pode pegar. - A garota se achando vitoriosa pela descoberta da mentira do ano, esperou o pai se virar de costas e começou a vasculhar a bolsa dita. Mas tudo que retirou fora uma cartela de pastilhas de NiQuitin, conhecida entre quem realmente tinha que lutar contra o desejo de fumar.

— Não são cigarros! - Pareceu triste ao dizer. Claro que ela não queria mesmo que o pai estivesse mentindo, mas também não esperou que ele estivesse dizendo a verdade e por fim havia pegado no pé dele atoa.

— Tenho mastigado uma, toda vez que sinto vontade de fumar. - Olhou para ela por cima dos ombros que devolvia a cartela de volta à bolsinha. Parou de frente para o pai sentida por tê-lo acusado daquela forma.

— Me desculpa por duvidar de você. - Pediu com sinceridade. Dione firmou uma das mãos no ombro da menina e sorriu com ternura.

— Está tudo bem, querida! Você só está tentando cuidar de mim e eu entendo ser difícil confiar. - A compreendeu.

— Então diz que me desculpa? - Pediu. Precisava ouvir sair de sua boca.

— Claro que a desculpo, Marina. - A puxou para uma abraço apertado.

— Boa viagem pai. - Desejou em meio aquele lugar quente e seguro que amava estar.

Dione a beijou sobre os cabelos outra vez e partiu relutante em deixar aquele momento. Caminhou em direção ao ponto já vislumbrando o coletivo surgir ao longe. Cada passo o levava não apenas para a cidade vizinha, mas para um destino incerto, cheio de desafios que testariam sua coragem e força de vontade.

A moça suspirou fundo tentando acalmar a ansiedade que crescia dentro de si, ao ver o onibus levando seu pai para longe dela. Uma sensação estranha apertou o seu peito. Quis correr atrás do veículo, mas pedir para não ir, já era tarde de mais.

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