Capítulo 30 - Manobra suicida
Judite... ( Jude.)
Jude parada no meio da rua, dava curtas aceleradas na motocicleta. Estava pronta para o que desse e viesse. Fitou ao longe a caminhonete vermelha se aproximando.
__ Droga! Eles já estão vindo... o que eu faço?! - Uma dúvida cruel surgia diante dela. Precisava agir, mas o pavor que a dominava, tirava o seu raciocínio.
Os ouviu atirando sabe lá por quê. Talvez estivessem extravasando sua ira.
__ Não vou deixá-los colocar suas mãos sujas na minha Lisa. Derei se preciso, o meu sangue para isso! Seja o que Deus quiser!
Judite disse para si já mudando a marcha, acelerando e partindo rumo a caminhonete que vinha em direção contrária. Logo, Branco que estava ao volante avistou os faróis da motocicleta se aproximando cada vez mais rápido e exclamou:
__ Mas que merda é essa?!
Já em certa distância, Judite começou a atirar contra os homens. Os tiros atiginham a lataria e danificavam o parabrisas.
__ Quem é esse maluco?! - Branco estando esbravejou assustado. __ Será o desgraçado que procuramos?! Que ousado! Atirem, seus palerma! - Bradou aos capangas que logo acataram sua ordem.
Judite se abaixava e se desviava dos disparos num perigoso zigzag, enquanto se aproximava cada vez mais rápido do veículo.
__ Canalhas! Acham que me assustam?! - Judite exclamou com a adrenalina a percorrer por todo o seu corpo.
__ O que ele pensa que está fazendo? se não parar agora, vai se chocar contra a gente! - Branco comentou para o grupo.
__ Parece que irá até o fim, pai. - Bradou Roney, um de seus filhos, já com os olhos arregalados.
__ Então, nós iremos também. - Falou Branco, franzindo o cenho, e segurando firme no volante.
É tudo ou nada agora... - Jude falou apreensiva. __ ... E eu prefiro o tudo! - Bradou acelerando ainda mais a motocicleta.
Precisaria de uma destreza gigantesca, para realizar a manobra que pretendia.
" Eu posso! Eu consigo, eu sei que consigo! " - Disse para si.
Ela se acocarou sobre a moto e esperava o momento certo de agir. Morava em uma encosta. Próximo a aos rochedos e cachoeiras. Os treinos e a prática do: "Parkour," lhe ajudaria a concretizar a manobra, afinal, PK não era apenas um esporte, mas também uma filosofia de vida.
__ Que cara mais hilário! - Roney o filho de Branco comentou.
__ Atirem, vamos! Acabem de uma vez com ele! - Branco Ordenou.
Judite Contou os minutos que antecedem a batida. Deu uma última e longa acelerada e literalmente jogou a motocicleta contra o carro. O senhor ao volante colocou o braço frente ao rosto e esperou a batida. Antes que Jude recebesse o impacto, saltou para o alto girando o corpo enquanto sacava sua arma e disparava contra os homens da carroceria de cabeça para baixo que não puderam fazer nada mais, além de olharem para o alto, admirados, e acompanhar o giro ornamental da moça que parecia em câmara lenta, enquanto recebiam os disparos. Um dos capangas caiu da carroceria e rolou para trás na estrada. Jude esperava que sua aterrissagem fosse tão perfeita quanto a sua decolagem, mas não foi o que aconteceu. Não conseguiu manter o equilíbrio do corpo pela velocidade que aterrissou e caiu ao chão no asfalto atrás da caminhonete rolando e capotando por alguns metros até parar de braços abertos no meio da rua. Seu capacete se soltou e ficou pelo caminho.
A moto presa à frente da lataria era arrastada pela caminhonete, enquanto soltava faíscas pelo asfalto. Logo ela se desprendeu e ficou para trás no caminho. Jude não conseguiu parar o carro como pretendia. Branco logo segurou firme no volante e continuou o caminho. Não tinha tempo a perder. Olhou pelo retrovisor enraivecido o responsável pela quase fatal tragédia estirado no chão e seu capanga que ficou para trás dando sinal de vida e se levantando. Irritado bateu forte no volante.
__ Dois dos nossos morreram pai. - Marquenze o filho mais velho anunciou. - Branco deu de ombros. Estava grato por não ter sido nem um dos seus três filhos.
__ Não é um homem pai, é uma mulher! - O filho mais novo por nome: Roney falou recebendo a informação da carroceria.
__ Vamos pegar a desgraça da Mercedes e o imbeciu que matou Slander. - Branco Falou levando seu celular ao ouvido.
__ Não deveríamos averiguar se a motoqueira está morta, pai? Afinal ela matou dois dos nossos. Marquenze enfatizou.
__ Sim chefe! - O capanga que ficara para trás atendeu a ligação.
__ Se essa desgraçada ainda estiver viva, acabe com ela. - Branco desligou com raiva o aparelho.
Branco sorriu com desdém quando já avistou o táxi capotado, e o trio parado no meio do cruzamento.
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