Capítulo 10 - Recompensa
Capítulo 10 - Recompensa
Dione Rocha...
Mercedes Agramunt...
Pensão da dona Margarete. 20:05 da noite.
Dione olhou todo o quarto, não era dos melhores, e uma noite naquela espelunca estava lhe saindo muito caro. Era uma pensãozinha de quinta de beira de estrada como tantas que já frequentou em sua vida discreta. Um lugar que não deveria delatar sua presença a nem um dos seus inimigos que fez durante a sua vida. Um refúgio, pra não usar a palavra esconderijo.
Por outro lado precisava urgentemente de um lugar para passar a noite, mesmo que para isso sentisse cheiro de mofo e visse a poeira acumulada nos móveis a madrugada toda, ele não trocaria aquela cama convidativa, aliás a única melhor coisa naquele quarto, por uma estrada fria e deserta na calada da noite. Só esperava que a cama não estivesse cheia de pulgas.
Largou a mochila ao pé da cama e a empurrou com um dos pés para debaixo do colchão. Sentou na mesma e com calma tirou os sapatos. Testou a maciez e sua estrutura e se jogou para trás como se estivesse jogando um morto na ribanceira. Estava mesmo cansado, exausto, e só queria dormir, e tentou. Por longos e intermináveis minutos esperou por um sono que parecia estar a caminho do céu para a terra tão lento quanto uma lesma.
Olhou para o teto na penumbra que o abajur fornecia ao ambiente mirando o nada. Aquela confusão de horas atrás no ônibus o deixara inquieto, talvez se fumasse um cigarro antes, conseguiria relaxar, mas não podia...
Lembrou-se que havia cortado a nicotina de sua vida a cinco dias, o que era um grande avanço, mas que não fazia por si e sim pela filha a qual queria encher de orgulho.
Derrepente, a imagem daquela asiática que trombou em seu corpo, lhe veio a mente. Tão linda, tão perfeita que parecia só existir nos seus sonhos. Qualquer relacionamento com ela, uma simples amizade talvez, seria improvável, levando em conta suas diferenças de idade, e o fato que dificilmente a veria de novo. Suspirou fundo passando as mãos no rosto tentando se livrar da imagem da garota que insistia em permanecer em sua mente.
Ainda agitado ergueu o grande corpo da cama e começou a fazer flexões usando o movel conveniente como apoio. Precisava gastar energia. Mas como ainda podia ter algo para gastar se ao mesmo tempo se sentia cansado? Olhou para o relógio na parede notando que já eram oito e cinco. Aqueles ponteiros se arrastavam, tão vagarosos que o irritaram. Pensou em atirar seus sapatos nele quando alguém bateu à sua porta.
__ Não estou interessado em serviço nenhum. - Gritou de dentro do quarto.
Viu assim que chegou algumas garotas de programa perto da estrada que levava até a pensão, e era comum que alguma batesse as portas dos clientes da pensão oferecendo o seu trabalho. Embora apreciasse mulheres, nunca precisou pagar por serviço algum. Mas outra vez a suave batida insistiu. Dione levantou bravo com a persistência e antes de abrir a porta com incivilidade e arrogância tirou a camisa sentindo calor.
__ Eu já falei que não estou intere... - Engoliu as palavras no momento em que a viu.
__ Me desculpe, eu não queria incomodá-lo. - A mulher quase acertou seu rosto, pois já estava preparada para bater a porta outra vez.
__ Você!? - Ela abaixou o braço e sorriu atenciosa. Embora a luz fosse clara, seus olhos avelãs pareciam brilhar nas sombras. Ele estava surpreso, não esperava por ela.
Mercedes, era a espanhola mais bonita que já havia visto e não negava a verdade. Aquele rosto afilado, com os traços marcantes do continente europeu, de nariz arrebitado, olhos pequenos, sobrancelhas retilíneas e lábios finos, não negava que lhe chamou atenção no momento em que colocara os olhos sobre ela. Mas ali em sua porta algo parecia diferente, os cabelos castanhos levemente bagunçados caindo sobre os ombros os fez descer um pouco mais até aquela bela estrutura física e magra coberto por um mini e fino vestido de seda que marcavam por dentro do tecido o pecado de um corpo sem nada por baixo.
__ Eu posso entrar? - Ela pediu com gentileza.
__ Claro, entra! - Deu espaço para a mulher passar e teve a certeza ao vê-la de costas que aquele tecido que via sobre sua pele, era o único que usava. Ela olhou o quarto que não era nada diferente do seu e não esperava que fosse e mirou Dione outra vez.
__ E sara? - perguntou pela filha dela.
__ A deixei dormindo no quarto.
__ Acha que ela estará segura sem você por perto? - A mulher riu com ironia lembrando da cena mais cedo, no ônibus.
__ Você e eu vimos bem como não importa se estou perto ou não, ela estará em perigo enquanto ele estiver por aí. - Respondeu como se fosse o óbvio e era. Como se fosse ironia do perigo que a cercava.
__ E o que a trás aqui? Está precisando de alguma coisa? - Perguntou. A mulher passou a língua sobre os lábios secos e se aproximou devagar com os olhos profundamente contra os dele incitando desejo. Mercedes beirava seus trinta e cinco anos de idade, falava português fluente mais ainda sim carregado de seu sotaque natal. Dione diria até que era seu charme junto daquela pinta abaixo do nariz.
A mulher sorriu de canto quando finalmente estava perto de mais a ponto de poder sentir aquele hálito quente.
__ Eu queria lhe agradecer decentemente. - A voz saiu tão devagar que ele poderia ter lido seus lábios sem som. Sentiu a mão sinuosa e quente da mulher tocar sua bochecha. Dione aproximou ainda mais o rosto como se fosse beijá-la, mas antes que seus lábios se tocassem, um mísero centímetro antes ele parou.
__ Diga que me trouxe um cigarro! - Ele sabia que ela não havia lhe trago o que queria, afinal, em que parte estaria? Mercedes roçou seus lábios sobre os dele e sorriu
__ Não! - Um riso sex escapou da garganta. - Eu trouxe algo melhor.- A voz manhosa preencheu mais do que só seus ouvidos, o instigou a querer descobrir o que seria tão bom quanto um cigarro naquela madrugada tensa.
__ Você quer? - Sussurrou.
__ Depende. Eu ainda não sei o que é. - Disse baixinho levando a mão de encontro a cintura fina da mulher.
__ Costuma querer coisas sem saber o que são, senhorita Mercedes? - A mulher sorriu outra vez, gostando daquela brincadeira entre eles. Chove e não molha, pensou. Mas ela faria molhar e muito.
__ Costumo arriscar. - Afirmou. Dione aproximou os lábios do ouvido da mulher colando seu corpo ao dela, mordeu a pontinha da orelha arrepiando aquela linda estrutura.
__ Então faz o que é boa em fazer, arrisque. - Olhou para ela que acabava de abrir os olhos. - Me agradeça. - Pareceu mais uma ordem que de fato sentiu adentrar suas veias como o sangue que corria dentro delas.
A mulher o beijou deixando claro o desejo sobre aquele homem que mal conhecia, e embora seu coração talvez tivesse dono, seu corpo o queria, ali, naquela hora, ansiou em cada parte sua.
Dione sentia o gosto daquela boca molhada e macia e acentuava o beijo segurando com as duas mãos o rosto da mulher. Baixou as mãos e segurou firme nas nádegas dela a trazendo para mais perto do seu corpo. A virou de costas e sentiu o seu bumbum macio e perfeito a roçar em seu membro que quase arrebentava sua calça de tão rígido que já estava. Mercedes virou o rosto para trás e Dione se afogou em sua boca gostosa, enquanto massageava um de seus peitos por cima da camisola com uma mão e com a outra, tocava seu clitóris fazendo movimentos circulares com as pontas dos dedos, sem deixar de notar, o quão já estava molhada. Mercedes interrompeu o beijo para ganhar fôlego e Dione buscou logo seu fino pescoço para beijá-lo, mordê-lo, e chupá-lo, deixando a mulher arrepiada da cabeça aos pés. Mercedes acariciava os cabelos de Dione por trás da nuca, e suspirava e gemia cada vez mais alto, e praticamente se pendurava nos braços de Dione, se segurando para não cair ao chão de tanto prazer que lhe dava com sua mão enfiada por entre suas pernas, acentuando cada vez mais os movimentos em sua vagina.
__ De que forma você me quer primeiro? - A voz saiu num suspiro. __ Pela frente ou por trás?
__ Te quero de todas as formas possíveis, mas primeiro quero vê-la. - Dione falou arfando sem parar.
__ O quê, você quer ver minha: "Chucha?!" - Falou um tanto surpresa, achando engraçado o pedido.
__ Quer dizer que é assim que a chamam por lá?! - Dione pergunta divertido.
__ Chucha, Coneja, Cotorra, xoxota... como você prefere, hã? - Falou sex cerrando os olhos e virando o rosto para trás buscando a boca do homem. Dione roçou seus lábios no dela, a deixando na vontade e falou:
__ Quero ver sua Cotorra, pode mostrar ela pra mim, pode? - Dione falou mordendo a pontinha da orelha da mulher.
__ Não sei, sou uma garota muito tímida... - Soltou uma gargalhada tão gostosa que o fez irrigecer ainda mais.
__ Você tem vergonha de mim? Não acredito! - Dione brincou sorrindo.
__ Sou tímida, mas pra você eu mostro... - Sorriu se divertindo.
Ele retirou a mão de sua vagina e a virou para ele. Olhou aquela boca rosada e tentadora próxima a dele, sentindo seu hálito quente e gostoso, e se deliciou mais uma vez, naqueles lábios carnudos. Depois de deixá-la bamba e sem ar, Afastou sua boca da dela, e colocou seu dedo indicador no lugar, a penetrando com ele, com movimentos de vai e vem, dando a ideia de um pênis e uma Vagina.
Mercedes se afastou um pouquinho para trás em direção da cama e mirou Dione com um olhar profundo e cheio de perversidade. Mordeu o lábio inferior e deslizou devagar pelo ombro enquanto sentia a própria pele roçarem seus delicados dedos, a fina alça da camisola de cetim vermelho. E depois a outra. Lentamente para que aqueles olhos lembrassem dela sempre da forma que mais gostava de ser lembrada, deslizou o pano sobre o corpo até que estivesse em seus pés. Cobriu seus seios com um dos braços e sua vagina com a mão, numa brincadeira sapeca se fingindo de tímida e andou para trás sem tirar os olhos do homem que pareceu fascinado por sua nudez.
Mercedes se sentou na cama apoiando as costas na cabeceira ainda com as mãos cobrindo suas partes íntimas e cruzou as pernas, sorrindo, ainda não revelando o que Dione queria.
__ Esse suspense está aguçando ainda mais minha curiosidade! Estou com tanto tesão que quando finalmente tê-la, vou acabar com você, vou destruí-la por completo. - Sorriu malicioso.
__ Isso, se eu não acabar com você primeiro. - Riu ainda mais gostoso.
__ Vai, abra de uma vez essas pernas e mostre ela pra mim. - Dione falou se aproximando da cama. Mercedes riu novamente.
Mercedes fitou Dione com perversidade, escorregou as costas pela cabeceira se deitando no travesseiro, ainda com as pernas cruzadas e mostrou a ele sua vagina por baixo, prensada entre as pernas, o fazendo salivar. Logo descruzou as pernas e as abriu devagar, deixando a sua intimidade descaradamente arreganhada. Com aquele movimento, Dione sentiu seu membro rígido a latejar e o seu corpo a borbulhar de tesão.
__ Não imaginava que seria tão pequena... - Comentou fitando aquela vagina rosada escancarada para ele. Começando pelo monte de Vênus e descendo o olhar minuciomente até o prepúcio caído sobre o clitóris rosado e já rígido. Fitou os grandes e os pequenos lábios, que se assemelhavam com as pétalas de uma rosa. O canal virginal era tão minúsculo que Dione já não via a hora de alargá-lo com a cabeça de seu membro enorme e espesso. O ânus redondo mais a baixo, era convidativo a uma penetração.
O homem abriu sem pestanejar sua calça e abaixou fazendo seu pênis literalmente saltar para fora e se balançar rígido diante da mulher que arregalou os olhos, e levou a mão à boca, admirada e maravilhada de quão enorme ele era. Sorriu safada para Dione e sem palavras apenas pronunciou o seu nome.
__ Dione!
Olhou mais uma vez para o brinquedo de Dele com os vasos sanguíneos agitados em toda sua extensao, e o via latejar, buscando comparações para o seu tamanho. Parou as comparações quando se negou a acreditar que poderia ser quase do tamanho de seu antebraço.
Mercedes levantou a cabeça ainda deitada e o chamou com o indicador.
__ É feio deixar uma dama esperando seu Dione! - Mordeu os lábios e o fitou com perversidade.
__ Por que a pressa, querida? - Brincou fingindo uma calma que não caberia ali de momento. Estava louco pra se satisfazer do corpo perfeito da donzela a sua frente.
Mercedes se ajoelhou no colchão e arqueou para frente todo seu corpo empinando perfeitamente a bunda. Jogou os longos cabelos para os lados e olhou para ele ainda parado.
__ Me foda seu Dione, antes que eu suba palas paredes, de desejo! - O timbre fugiu como sedução, naqueles lábios era uma canção fascinante, e se boa já era falando, imagine gemendo seu nome. Pensou.
__ Pedindo assim... eu não aguento. - Dione falou já se aproximando daquela bunda para o alto, e que bela bunda ela tinha. Bateu com força na popa da mulher lhe arrancando um gemido mais do que gostoso que o fez endurecer ainda mais. A pele clara instantaneamente ficou vermelha denunciando seus dedos nela. Fitou seu ânus redondo e tentador acima do canal vaginal, e fora difícil decidir, qual cavidade provaria primeiro. Roçava seu penis na vagina e logo no anos da mulher, tencionando penetrá-la a deixando apreensiva e na expectativa de qual seria a sua escolha. Por fim, Dione roçou a cabeça de seu membro no minúsculo canal varginal da espanhola e a penetrou devagar sentindo o quão quente estava por dentro. A penetrava com cuidado num movimento de vai e vem, até na metade de seu pênis. A mulher agarrou o lençol e o pediu com força.
__ Seu Dione, não faça cerimonias, me foda com força! E faça ele entrar todinho em mim, eu aguento. - Dione gemeu ante aquele pedido que pareceu combustão para o fogo dentro dele. Não pensou duas vezes e fez como ela pediu, afinal, ninguém conheceria tão bem seus limites quanto ela mesma. Enterrou-se dentro daquela linda mulher com brutalidade. Ela gritou alto com a primeira estocada indo fundo em seu canal. Agarrou com força o lençol e franziu o cenho quase chorando com as estocadas que recebia. Dione enterrava seu membro grande e espesso na mulher fazendo o pequeno canal se alongar a fazendo gemer cada vez mais, consumida pelo prazer que lhe dava. Mas eram seus gemidos altos e gritantes que o fazia querer molhá-la um pouco mais.
Logo a mulher já cavalgava sobre o quadril de Dione, de olhos cerrados, subindo e descendo a bunda, fazendo seu membro enorme aparecer ao subir, e desaparecer ao descer sobre ele. Como Dione adorava quando seu pênis acidentalmente saia para fora em algumas sentadas dela, e ela o segurava com suas delicadas mãos e o guiava novamente até o seu canal o roçando nele e se sentando sobre ele de novo.
Dione se ergueu na cama prensando os seios da mulher contra seu corpo parando com seu membro dentro dela, começou a beijá-la na boca, e ela a rebolar com o pênis dentro na vagina o fazendo ir ao delírio.
__ Vai me matar desse jeito, sua safada! - Dione falou interrompendo o beijo e a vendo sorrir de testas coladas.
Dione levantou-se com ela presa em seu corpo e a jogou na cama de frente para ele. Ela riu gostoso o fitando, e não sabendo suas intenções, começou a masturbar com as mãos, aquele membro enorme rente o seu rosto.
Dione se deitou ao lado dela na cama a fazendo virar a bunda para ele. Ela recostou a cabeça em um de seus braços esticado, entrelaçou seus dedos nos dele e esperou. Dione roçou o pênis em sua vagina por trás e começou a penetrá-la com força, enquanto massageava seu clitóris com as pontas dos dedos na frente, por entre suas pernas. Mercedes acariciava o próprio seio com a outra mão livre e gemia ainda mais agora que nas outras vezes. Dione dava estocadas cada vez mais rápidas e profundas e quase se acaba de prazer pelos gemidos dela. Estavam a um passo de um orgasmo. Orgasmo esse que viria feito um vulcão para eles.
Mercedes choramingava e o xingava. Como pode fodela assim, tão gostoso?!
__ Capullo! Gilipollas!
__( Filho da puta!) ( Desgraçado!)
Aquela cama, agora era testada de verdade. Ela rangia com os movimentos fazendo sua cabeceira se chocar contra a parede e o relógio bem a cima começar a se desprender do que quer que seja que o pendurava na parede.
Ela era bem mais do que imaginava. Era experiente tanto quanto ele. Foi realmente surpreendido pela sua expectativa. Não conseguia imaginar como aquele cretino do seu ex marido, poderia querer machucar aquela moça doce e perfeita. Dione não poderia receber melhor recompensa. Não arriscaria a vida como fez naquele ônibus por uma transa, mas poderia pensar duas vezes se soubesse que a transa seria essa a que a espanhola lhe proporcionou.
[...]
Mercedes enrolada no lençol ainda deitada na cama, delatava a Dione, extasiada, o quanto foi prazeroso aquele momento. Dione sentado na cama já havia se vestido e amarrava os cadarços.
__ Que desempenho seu Dione! Não me enganei, você é realmente tudo aquilo que eu imaginava. - Falou a mulher dando um suspiro com um sorriso de satisfação no rosto.
__ E olha que eu não estou na minha melhor forma. - Brincou se virando para ela, sorrindo.
__ É sério isso?! Não. Impossível! - Falou rindo.
__ Pode acreditar! - Falou rindo novamente. __ Você também é incrível! Não me lembro da ultima vez que tive uma transa tão boa.
__ Mentiroso! É feio mentir, sabia?! Disse ela se ajoelhando na cama e abraçando o homem por trás.
Dione se aconchegou melhor na cama, se virou para ela, e sério a olhou nos olhos. Retirou alguns fios de cabelos que estavam em sua boca, os colocando atrás da orelha dela e lhe fitou por alguns segundos.
__ Como Slander consegue ser mal com você? Você é tão linda! - A elogiou a deixando sem graça.
__ Gracias. Você também és um hombre muim belo. - Sorriu.
__ Amo esse sotaque! - Dione comentou.
__ Eu tenho a explicação para isso. - Mercedes o encarou Séria. Slander sempre gostou de homens.
__ O quê?! Não acredito! - Dione não esperava por essa.
__ Não sei se vai acreditar mas, a única vez que transou comigo, foi na noite que me raptou, me tirando de meu país e me trazendo para o Brasil. Ele me estuprou na frente de todos. Foi graças a essa única transa, não sei como conseguiu, que consegui lhe enganar e o fazer acreditar que Sara é sua filha. Na verdade eu já estava grávida de outro homem antes de vir para cá. Sara é filha de Donatello Ernandes, primeiro e único amor da minha vida. Mas essa é uma longa história, espero um dia poder conta-la na íntegra pra você... Slander nunca me satisfez, ao invés disso, me batia e me humilhava quase todas as noites. - Mercedes deixou uma lágrima rolar de seus olhos. __ Você tem noção do que é ficar sem sexo por quase três anos?!
__ Acho que eu morreria sem sexo. - Dione comentou.
__ Me tocava, me masturbava, mas isso não era o suficiente. Até que não suportei mais e transei com um dos amigos de Slander. O desgraçado me entregou para ele! Nunca apanhei tanto em toda minha vida... - Falou pesarosa.
__ Desgraçado, filho da puta! - Dione se indignou.
__ Eric, seu amigo mais íntimo, satisfazia seus desejos sexuais, o desgraçado que acabou com a minha vida! Slander estava tão apaixonado por ele que acreditou que eu o obriguei a transar comigo...
__ Os dois merecem morrer! - Dione exclamou cerrando os punhos.
__ Se você encontrar um, encontra também o outro, eles não se desgrudam... Branco, meu sogro, exigiu um DNA de Sara. Sabendo que daria negativo, me vi obrigada a fugir. Se já me espancou por traição, imagina agora que descobriu que a filha não é dele?!
Dione a interrompe, segura seu maxilar e a beija ternamente. Afasta seus lábios dos dela e lhe diz olhando nos olhos.
__ Você não deveria ter me contado essa história. Tenho uma filha me esperando em casa, Marina. Ela tem dezessete anos. Faz dezoito amanhã inclusive. - Dione sorriu em bobo.
__ Mesmo! Dê os parabéns a ela por mim, quando reencontrá-la. - Mercedes falou sorrindo.
__ Não posso levá-la comigo. Você atrairia todos os seus problemas para nós.
__ Eu entendo seu Dione. Não se preocupe comigo. Se morrer pelas mãos de Slander for o meu destino, eu morrerei. - Engoliu em seco. __ Eu só queria que nada acontecesse à minha filha... ela é tudo pra mim... - Mercedes se derramou em lágrimas. Se eu morrer, queria que alguém como você cuidasse dela...
__ Shiu... não chore. Eu estou do seu lado. Vou cuidar de vocês duas. Sua história me comoveu... - Dione a tomou em seus braços.
__ Está falando sério?! - Mercedes não acreditava.
__ Sim. Só tenho que arrumar um jeito de não envolver Marina nessa história. A bichinha já sofreu demais nessa vida...
__ Dione, porque calçou os sapatos? Você não vai dormir? - Mercedes falou ao perceber que se vestiu.
__ Vou. Mas não aqui. - A fitou sério.
__ Como assim? - Questionou a mulher, preocupada.
__ Nem vocês duas vão. Se você veio pra cá, com certeza slander a seguiu. Vamos sair desse lugar antes que nos encontre.
Quando ainda falava, ouviram um disparo vindo do vidro da janela quebrada. Tarde demais!
O tempo de Dione pareceu parar naquele momento, olhou em direção da janela e viu a bala atravessá-la com lentidão. Não. Nada estava lento.
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