Capítulo Único
— Mas que droga! — Bravejou Tetsuro ao fim de mais uma partida perdida. Ao seu lado, Kenma sorria discretamente com mais uma vitória para a lista. — Isso é injusto, você já jogou todos esses jogos, conhece eles como a palma da mão. — Bufou desgostoso, tal qual uma criança fazendo birra.
— Apenas aceite sua derrota, Kuroo. — Kenma falou enquanto se espreguiçava, ainda com a manete em mãos.
Tetsuro estalou a língua, ainda contrariado. Ele olha de canto para o amigo, que agora amarrava o cabelo em um coque frouxo, e então dá um malicioso sorriso ladino.
— Que tal uma aposta?
— Hm? — Kenma olha para o mais velho, confuso com a proposta repentina e, para si, sem pé e nem cabeça. — Você tá mesmo falando de aposta? Você? Que não conseguiu me vencer sem me empurrar e me atrapalhar? Conta outra. — Deu uma risada debochada e se levantou da cama, indo até o frigobar presente no quarto e pegando uma latinha de Coca Cola com café e uma latinha de Redbull.
— Quero uma melhor de três de um jogo que você nunca jogou. — Tetsuro pega a latinha de Redbull no ar após Kenma jogá-la em sua direção e abre a mesma. — É justo, afinal, você é pró player, ganha dinheiro com isso, enquanto eu sou um universitário no último ano de química que mal tem tempo pra ter uma vida social decente.
— E qual é o jogo? — Kenma volta a se sentar na cama enquanto toma a bebida gelada, passa a mão pelos fios soltos, jogando-os para trás. — E qual o prêmio pra quem vencer?
— Esse aqui. — Estica o braço fechado por tatuagens até sua bolsa e tira de lá um DVD Box. — KOF XV, eu sei que você ainda não jogou ele. Como eu disse antes, vai ser uma melhor de três, e o vencedor vai poder fazer o que quiser com o outro. — Sorriu maldoso ao entregar a embalagem do jogo para Kozume, sua confiança estava nas alturas e tinha total certeza que ganharia.
Kenma olhou para a capa do DVD Box e pensou um pouco, a ideia de estar a mercê de Tetsuro não o agradava nenhum pouco, mas já tinha em mente o que faria caso vencesse.
Após pensar por alguns segundos, Kenma abriu o DVD Box e tirou o dvd da embalagem.
— Certo, mas não quero choro quando você perder. — Kuroo soltou uma risada nasal com a fala de Kenma, balançou a cabeça em negação após dar um gole no energético.
— Kenma, meu amigo, dessa vez eu vou acabar com você, pode ter certeza disso.
Após colocar o DVD no aparelho, Kozume pegou sua manete novamente e se sentou ao lado de Kuroo.
Começaram a jogar após escolherem seus personagens, e na primeira partida, Tetsuro, que já sabia de boa parte dos macetes, venceu.
— A vitória já está garantida, meu querido Kenma. — Disse zombateiro com um sorriso convencido. Kenma, por sua vez, não respondeu, passou todo a partida em silêncio e intercalando o olhar entre a manete de Tetsuro e a tela da televisão, analisando os movimentos dos personagens e seus ataques.
A segunda partida começou, dessa vez com Kozume dando mais trabalho para Kuroo, ambos com a barra de vida quase no fim. O mais alto range os dentes enquanto se esforça para derrotar o amigo, adotando até uma posição mais ereta e concentrada, enquanto a de Kenma permanecia relaxada e desleixada.
— Tsk. Foi sorte. — Bravejou Tetsuro quando a tela anuncia a vitória de Kenma. — Ainda temos mais uma partida, essa agora vai ser a decisiva, se prepare pra ser meu bonequinho de pano hoje, Kenminha.
— Você fala demais, Tetsu. — A terceira partida se inicia. Kuroo até pode ter jogado o jogo mais vezes, mas a área gamer é a área de Kenma e ele sabia bem como se virar, fora necessário apenas uma partida para analisar alguns movimentos e ataques, mais uma para pôr em prática e a última para dar uma derrota humilhante para Tetsuro. — O que ia dizendo mesmo, Tetsu? — Agora quem sorria zombateiro era Kozume.
Tetsuro não respondeu, ficou estático encarando a televisão sem acreditar que havia perdido, afinal, ele tinha muito mais experiência naquele jogo do que o amigo.
— Tínhamos uma aposta, não é mesmo? Fazer o que eu quiser. — Tetsuro vira a cabeça para o lado e olha para Kenma, que sorria maliciosamente.
— Como que você fez isso?! Você trapaceou, eu tenho certeza! — O mais novo riu baixo da indignação de Tetsuro. Ignorando as lamúrias do mesmo, Kenma se levantou e foi até seu armário, tirando de lá uma venda preta. — O que você vai fazer com isso? — Ainda com a voz exaltada, Kuroo perguntou ao ver o pedaço de pano nas mãos de Kenma.
— Eu vou pegar meu prêmio, afinal, eu venci a aposta. — O olhar do Kozume para Kuroo estava afiado, por um momento Tetsuro se sentiu pequeno sob o olhar felino do outro, seus passos em sua direção eram lentos, o que estava gerando ainda mais ansiedade em si.
Kuroo engoliu em seco, o clima havia mudado drasticamente. Kenma normalmente é calado e reservado, apesar de ter começado a se soltar mais após ter conhecido Hinata Shoyo no ensino médio, mas aos 21 anos, Kozume ainda continuava retraído, se permitindo se soltar com pessoas específicas. Mas o homem que estava se aproximando de Tetsuro como se fosse um predador atrás de sua presa, definitivamente não era o garoto retraído do ensino médio.
— Vamos, Tetsu. — A voz de Kenma saiu melodiosa, apesar da firmeza presente nela. — Você propôs a aposta, agora você a cumpre. Você seja o meu boneco de pano.
Mais uma vez, Tetsuro engoliu em seco e gaguejou ao falar.
— Certo, eu confio em você. — Essas foram as últimas palavras de Kuroo antes que sua visão fosse tampada pela venda preta, e como o quarto já estava com a iluminação baixa, tinha certeza que realmente não veria nada.
Kenma sorriu satisfeito quando Tetsuro concordou e terminou de amarrar o tecido, dando um nó atrás da cabeça do mesmo.
Os dedos de Kuroo batucavam o colchão incessantemente, sinal de sua ansiedade quanto as próximas ações do Kozume. Sentiu quando os lábios de Kenma roçaram na pele de seu pescoço, enviando um arrepio por sua espinha e fazendo-o assumir uma posição mais ereta. A boca do mais novo continuou a passear pela pele bronzeada do amigo, até chega no lóbulo de sua orelha e mordiscá-la. O coração de Tetsuro batia forte, não sabia o que esperar de Kenma e o fato de estar com sua visão tampada o deixava ainda mais tempo. Sentiu quando os lábios de Kenma roçaram os seus e as respirações se misturaram, abriu suavemente os lábios, esperando que Kozume o beijasse, mas ao invés disse sentiu as mãos dele tirarem sua camisa, em seguida sentiu uma mão em seu peito, o empurrando e o fazendo deitar na cama.
Tetsuro arfou, sentindo a ansiedade e a excitação do momento crescerem. Ele se mexeu em busca de uma posição confortável, mas a expectativa e a tensão fazia seu corpo se contrair involuntariamente.
Kenma observava cada ação do amigo, seus olhos felinos brilhavam com uma mistura de excitação e curiosidade. Ele se inclinou sobre Tetsuro, a mão grande descia por seu tronco enquanto a boca curiosa explorava seu pescoço, deixando selares, mordiscadas e chupões fracos por onde passava. Cada toque de Kenma parecia eletrizar sua pele, e ele não pôde evitar soltar um gemido suave quando os lábios do amigo encontraram um ponto sensível em seu pescoço.
Kenma, notando a reação de Tetsuro, sorriu contra sua pele. Ele continuou a trilhar um caminho de beijos e mordidas descendo pelo beijo de Kuroo, suas mãos explorando cada contorno e cada músculo. Chegando na curva da cintura de Tetsuro, Kenma chupou sua pele com mais força, arrancando um suspiro mais alto do outro.
Satisfeito com a reação que conseguiu, Kozume se demorou naquele região, maltratando a pele do homem abaixo de si, gostando da sensação de ter o amigo a sua mercê. Subindo de volta pelo corpo de Tetsuro, Kenma plantou mais beijos e mordidas pelo caminho. Seus dedos longos e ágeis começaram a desabotar a calça de Kuroo, que respirava de forma cada vez mais pesada.
— K-kenma! — Sua voz fraquejou por um momento. Kenma levantou o rosto para observar Tetsuro, seu rosto estava vermelho, e tinha certeza que por baixo da venda suas pupilas estavam dilatadas. — Até onde você vai?
— Até onde você permitir. — Respondeu com firmeza na voz. Tetsuro demorou um pouco, mas balançou a cabeça devagar em concordância, murmurando um "certo" trêmulo.
Com a permissão de Kuroo, Kozume voltou ao trabalho de abrir a calça do mais velho, seus dedos habilidosos movendo-se com precisão e agilidade. Ele puxou a calça de Tetsuro para baixo, expondo mais da pele bronzeada e fazendo o coração de Kuroo bater mais rápido. A respiração pesada e os ofegos de Kuroo preenchiam o quarto, o som que emitiu quando Kenma deixou um rastro de beijos ao longo de seu quadril revelava o quanto estava gostando.
Kenma continuou o que fazia, seus lábios e mãos exploravam cada centímetro da pele exposta. O volume na cueca de Tetsuro já estava bem aparente e implorava pela atenção de Kenma, que não podia deixar de se sentir satisfeito com o efeito que seus toques tinham sobre Tetsuro.
Os dedos de Kozume começaram a brincar com o cós da cueca de Kuroo, deixando o mesmo ansioso e inquieto por não saber o que Kenma faria. Indo contra a expectativa de Kuroo, Kenma não abaixou a cueca, ao invés disso, sua mão desceu do cós para o volume, segurando o membro coberto com a mão.
— K-kenma... — Kuroo arfou, sua voz inundada de expectativa e prazer. Suas costas arquearam para fora do colchão quando sentiu a língua quente de Kenma passar lentamente por seu cumprimento por cima do tecido, lhe provocando um arrepio intenso.
Kenma repetiu o movimento, deslizando a língua com precisão enquanto sua mão apertava a coxa torneada de Tetsuro.
— Gosta disso, Tetsu? — Perguntou Kenma com a voz baixa e provocante. Repetiu o movimento com a língua mais uma vez, dessa vez mais lento e chupando de leve o topo. Kuroo respondeu com suspiros.
Para o alívio de Tetsuro, Kenma finalmente puxou a cueca para baixo, expondo o membro pulsante de Kuroo. Sem perder tempo, passou sua língua da base até o topo em uma lentidão torturantemente deliciosa, e então o envolveu com a mão, começando uma masturbação lenta enquanto abrigava a glande em sua boca, fazendo Tetsuro soltar um gemido mais alto e rouco.
Kozume continuo a trabalhar com precisão, sua mão se movia em um ritmo constante enquanto sua boca chupava a glande de Tetsuro, que por sua vez não conseguia controlar os sons que saiam de sua boca, cada toque de Kenma parecia que o faria delirar.
— Porra, isso! — Urrou quando Kenma o chupou com mais força. Sua mão instintivamente foi para a cabeça do Kozume e segurou seus fios com força, tentou forçar a cabeça dele para baixo, mas Kenma não permitiu, tirando-o da boca e pegando seu pulso com força para tirar a mão de Tetsuro de sua cabeça.
— Não, não, não. — Cantarolou Kenma, com diversão presente em sua voz. — Quem dita o ritmo aqui sou eu. — Recebendo um resmungo de descontentamento de Kuroo, Kenma soltou seu pulso e voltou a recebê-lo em sua boca.
Devagar e sem aviso prévio, Kenma foi abaixando sua cabeça lentamente, colocado mais de Tetsuro dentro da boca, sua língua hábil se movia por cada centímetro, deixando Kuroo ainda mais a mercê do prazer que Kenma o proporcionava.
Os músculos de Tetsuro estavam tensos e suas mãos seguravam o lençol com força, queria tirar a venda e poder ver a cena que se desenrolava entre suas pernas, mas temia que Kenma não seguisse adiante caso o fizesse. Um gemido ainda mais alto saiu de sua boca quando Kenma o sugou com mais vontade, estava adorando a sensação de ter Kozume Kenma o chupando tão deliberadamente, mas para sua insatisfação, deixou de sentir a sensação quente que o interior da boca do mais novo o proporcionava, estava prestes a reclamar, mas antes que pudesse fazer isso, sentiu os dedos de Kenma invadirem sua boca.
— Chupe-os. — Não era um pedido, era uma ordem, e Tetsuro o obedeceu. Os dedos de Kenma foram encharcados pela saliva de Kuroo, que os chupava sem pestanejar. Kenma afundou mais seus dedos dentro da boca do amigo, fazendo-o engasgar pelo ato, o que arrancou um sorriso satisfeito de Kenma. — Isso, bom garoto. — Retirou os dedos da boca de Tetsuro e os deslizou pela pele do amigo, passando pelos músculos tensionados de seu abdômen e descendo até sua virilha.
O peito de Kuroo subia e descia em um ritmo frenético, seu lábio inferior estava preso entre seus dentes e suas mãos ainda seguravam o lençol com força. Seu corpo se tensionou mais ainda quando sentiu um dedo de Kenma o invadir, a dor mesclada com o prazer se fez presente em um gemido surpreso.
— Relaxe, Tetsu. — Pediu Kenma, com a voz amena e suave enquanto movia seu dedo do meio devagar. Tetsuro respirava pesado e continuava tenso, então Kenma passou a distribuir selares por sua pele. Isso de certa forma ajudou Kuroo a relaxar, notando isso, Kenma intensificou o movimento que fazia com o dedo, indo mais fundo no interior de Tetsuro, que agora gemia apenas de prazer.
Kozume introduziu seu anelar, agora movendo dois dedos dentro de Tetsuro. O desconforto inicial foi substituído por uma sensação gostosa no baixo ventre de Kuroo, afim de mais contato e sentir ainda mais dessa sensação, ele moveu seus quadris contra os dedos de Kenma, rebolando em busca de seu prazer.
Vendo os atos de Tetsuro, Kenma riu em deboche.
— Está gostando, Tetsuro? — Kuroo não respondeu, estava concentrado demais empurrando seus quadris contra os dedos que o proporcionavam prazer. — Quem diria... o "Grande Kuroo Tetsuro", maior galanteador desde o ensino médio, aquele que sempre tira suspiros por onde passa, que seduz várias garotas com aquele maldito sorriso cafajeste... está aqui, rebolando nos meus dedos como uma puta desesperada. — Suas palavras saíram venenosas e atingiram em cheio o orgulho de Tetsuro. — Chega a ser cômico... — Mais uma vez riu em deboche. Passou a estocar seus dedos com mais precisão e intensidade, arrancando gemidos mais altos de Kuroo. — Você é patético, Tetsuro.
Por baixo da venda, os olhos de Kuroo se umideceram pelas lágrimas. Se sentia humilhado, com o ego e o orgulho ferido. E ele adorou isso.
— Kenma... — Tetsuro murmurou com a voz rouca. — Eu... eu não vou mais aguentar. — Se sentia rebaixado, estava praticamente implorando implicitamente para que Kenma o fizesse chegar ao seu ápice logo.
— Que foi? Está demais pra você? — O sarcasmo ainda se fazia presente nas falas de Kenma, assim como em seu sorriso. — Ou está gostando tanto que quer mais? — Os lábios de Tetsuro se contorceram em prazer, estava acostumado a estar no controle, mas agora estava ali, a mercê de Kenma ouvindo suas palavras cortantes o atingirem em cheio.
— Só não pare! — Tentou soar firme, mandão, mas sua voz trêmula denunciava seu estado.
— Essa marra não combina com você, meu bem... pelo menos não mais. — Os dedos de Kenma se curvaram dentro de Tetsuro, fazendo-o engasgar em seus próprios gemidos. — Tão vulnerável, tão entregue... você deveria se ver agora, está uma linda bagunça. — Os olhos de Kenma brilharam com a ideia que se acendeu em sua mente. Tirou seus dedos de dentro de Kuroo, fazendo-o gemer em desaprovação e o puxou pelos ombros, o levantando.
Tetsuro, sem entender o que Kenma queria, se deixou ser guiado, andou às cegas por pouco tempo, Kozume o guiou até o outro lado da cama, o lado que fica de frente para o espelho. O mais novo sentou na cama e puxou Tetsuro para o seu colo, que não pôde deixar de sentir a ereção de Kenma sob as calças. Kenma desamarrou a venda que tampava a visão de Tetsuro, permitindo que ele enxergasse seu próprio reflexo no espelho.
— Esse, Tetsu, é você. — As mãos de Kenma afastaram as pernas de Tetsuro e seus dedos voltaram a invadir seu interior, arrancando sons de prazer do mais velho.
A visão de Tetsuro foi se ajustando conforme ele foi se acostumando a estar sem a venda, suas mãos estavam apoiadas no colchão e seu corpo inclinado para trás contra o de Kenma. Pelo espelho pode ver seu reflexo; seu cabelo estava uma bagunça, em seu tronco exposto havia marcas de mordidas e chupão, os dedos de Kozume vinham e iam dentro de si enquanto seus olhos o encaravam através do reflexo do espelho.
— Esse é o mesmo cara que deixa as garotas de pernas bambas, o mesmo que se gaba por suas conquistas sexuais. — As palavras de Kenma o atingiam tão fundo quando os dedos que o fodiam sem parar. — Você propôs aquela aposta porque queria fazer o mesmo comigo, não é? — Quando Kenma acertou sua próstata, Tetsuro urrou em prazer. — Queria que agora a situação fosse inversa, que eu chorasse de prazer enquanto você me fodia, e ainda queria conseguir isso me vencendo na minha área pra me rebaixar. Mas veja só, Tetsuro, as coisas não saíram como você planejou, não é mesmo? — Kuroo nem tentou responder, de sua boca saía apenas sons que mostravam o prazer que estava sentindo enquanto seu melhor amigo surrava sua próstata com os dedos. Ele conseguia ver a cena pela espelho, era tão humilhante para si estar naquela posição, mas ao mesmo tempo não conseguia desviar o olhar, nem mesmo quando seus olhos voltaram a se encherem de lágrimas. A visão dos dedos de Kenma o fodendo era deliciosamente boa demais para não apreciar, mesmo que isso ferisse seu ego. Sua respiração ficou ainda mais descompassada e os gemidos mais altos conforme seu ápice ia se aproximando, seus olhos estavam pregados em seu reflexo no espelho. Viu o sorriso maldoso nos lábios de Kenma, as lágrimas descerem por suas bochechas, seu peito subir e descer, e principalmente, viu quando gozou em seu abdômen, os dedos de Kenma se demoraram dentro de si pressionando sua próstata, lhe arrancando um gemido arrastado.
As pernas de Tetsuro tremiam pelo orgasmo recente, sua mente tão vazia que não notou quando Kenma o jogou na cama novamente, percebendo apenas quando sentiu o impacto de suas costas no colchão.
— Foi uma visão realmente bela, não concorda comigo, Tetsu? — A língua de Kenma passeou pelo abdômen de Tetsuro, tirando dali todo o esperma presente. A visão fez o mais velho se arrepiar novamente. — Tão bom... — Os olhos felinos de Kenma cruzaram com os de Tetsuro, seu olhar afiado e sedutor ainda estavam ali. — Você não sabe por quanto tempo esperei por uma oportunidade de fazer isso, e você me dá ela de graça.
—... então você já me desejava, gatinho? — Perguntou Kuroo, tentando recompor sua postura zombateira com um sorriso debochado, mas esse sorriso de desfez quando Kozume aproximou seu rosto do de Tetsuro, tanto que as respirações se misturaram.
— Você nem imagina o quanto... — Sussurrou antes de tomar a boca de Tetsuro em um beijo afoito. A luta pela dominância deixou o beijo ainda mais intenso, fazendo com que ambos se entregassem ao momento e ignorassem tudo em volta.
Em um movimento repentino e rápido, Tetsuro inverteu as posições, ficando sobre o corpo de Kenma e segurando sua cintura com força, mas quem dominava o beijo era Kozume. A mão de Kenma segurou com força o cabelo de Tetsuro, puxando-o sem delicado alguma enquanto seus lábios se moviam em uma dança ardente. A mão de Kenma desceu até o pescoço de Kuroo, o apertando nos lugares certos e separando o beijo.
— Se me lembro bem, deixei as regras claras desde o início. — Kozume murmurou, ainda com os lábios próximos dos de Kuroo. Com sua mão livre, empurrou o peito de Tetsuro, fazendo-o deitar-se na cama novamente e ficando por cima dele mais uma vez, sua língua voltou a invadir a boca de Kuroo e sua mão permanecia pressionando seu pescoço.
A excitação voltou a tomar conta do corpo de Tetsuro. Kenma soltou seu pescoço e quebrou o beijo mais uma vez, se livrou de camisa que usava, a jogando em um canto qualquer.
— Não achei que gostasse de ter o controle, Kenminha.
— E eu não achei que você gostasse de ser fudido como uma puta, mas vi que estava enganado. — Respondeu no mesmo tom sarcástico que Kuroo usou consigo, sorrindo satisfeito com a expressão desgostosa que o amigo fez. — E eu ainda não acabei, afinal, te ganhei em um jogo que nunca joguei, mereço um prêmio a altura, não acha?
Os olhos de Tetsuro acompanharam Kenma se levantar da cama e ir até a cômoda do quarto, e então se arregalaram quando o viram pegar um pacote de preservativo e lubrificante.
— Está brincando comigo, né? — Riu nervosamente, não sabia que onde Kenma iria e talvez estivesse com medo de descobrir.
— Que foi, Tetsu? Está com medo de gostar do meu pau do mesmo jeito que gostou dos meus dedos? — Seu tom descontraído e debochado irritou Kuroo, toda aquela pose do Kozume ia contra a personalidade preguiçosa e indiferente do rapaz. Mas ali estava ele, Kozume Kenma, se livrando do restante de sua roupa e voltando para a cama, mais especificamente entre as pernas de Kuroo, com um ar confiante de quem sabia o que estava fazendo, e de fato sabia.
— Me humilhar daquele jeito não foi o suficiente pra você? — Kuroo acompanhou Kenma abrir o pacote do preservativo e desenrolar a camisinha em seu membro pulsante.
— Não fale como se não tivesse gostado. — Kenma murmurou, a voz baixa carregada de provocação. Ele olhou para Tetsuro com aquele olhar penetrante que fazia o outro estremecer, mesmo que não quisesse admitir isso.
Tetsuro sentiu seu corpo inteiro se arrepiar com aquele olhar, sentindo-se ainda mais exposto do que já estava. Seu corpo queimava em uma mistura de desejo, ansiedade e excitação, não conhecia aquela face de Kenma, mas não podia negar que uma parte de si queria o conhecer mais ainda e explorar aquele novo mundo.
— Você não presta, sabia? — Falou Kuroo com a voz rouca de desejo. Kenma riu em resposta.
— Pensei que esse título fosse seu, gatinho. — O apelido saiu em uma provocação melodiosa deliciosa de ter sido proferida por Kenma, que saboreou o deboche que pesava em suas palavras e que sabia que Tetsuro havia sentido.
Após fazer o uso do lubrificante, Kozume se posicionou entre as pernas de Kuroo com suas mãos firmes segurando as coxas do mais velho.
— Pronto, Tetsu? — Tetsuro respirou fundo, seu coração estava a mil. Ele acenou com a cabeça, os olhos fixos nos de Kenma, esperando ansiosamente pelo próximo movimento. Kenma sorriu, um sorriso que era ao mesmo tempo tranquilizador e provocante, e começou a mover-se devagar, entrando em Kuroo com cuidado.
Um gemido arrastado vindo de Kuroo preencheu o quarto, suas costas se arquearam e suas unhas cravaram na pele de Kenma, fazendo o mesmo grunir baixinho. Mais lágrimas brotaram dos olhos de Tetsuro e seu respiração voltar a ficar ofegante. Apesar de não doer tanto devido a preparação inicial, o incômodo ainda estava lá.
— Está tudo bem? — Kenma perguntou, estava parado esperando que Tetsuro se acostumasse com seu cumprimento dentro de si. Tentou as secar lágrimas do amigo, mas Tetsuro foi rápido em afastar sua mão e secar suas lágrimas ele mesmo, tentando de algum modo manter a compostura.
— Sim, estou. — Tentou soar firme e respirou fundo. — Continue.
Kenma assentiu, começando a se mover lentamente e com cuidado, pois sabia que o orgulho de Tetsuro não o deixaria admitir que ainda era incômodo e não estava de todo modo acostumado com a invasão do Kozume. A pressão das unhas de Tetsuro sobre a pele de Kenma aumentou, os gemidos de dor se misturavam com os de prazer e aos ofegos de Kenma.
Aos poucos, confirmo Kenma se movia no mesmo ritmo lento, o incômodo e a dor diminuíram, dando mais espaço ao prazer e a tensão crescente entre os corpos. Percebendo isso, o mais novo não tardou em aumentar o ritmo de seus quadris, investindo contra os de Tetsuro com mais velocidade e força.
— Isso... Assim... — Tetsuro murmurou entre gemidos, suas mãos segurando firmemente os braços de Kenma como se isso o desse algum apoio.
Agora com os movimentos mais firmes e ritmados, Kenma se afundava mais em Tetsuro, seus gemidos se misturando com os dele.
— Parece que no fim eu estava certo, não é mesmo? — Kenma provocou entre gemidos, sua voz carregada de provocação e satisfação.
Tetsuro não respondeu, sua mente estava nublada pelo trazer. Ele não queria admitir em voz alta, mas sabia que estava certo. A entrega completa do momento é algo que não tinha como negar. As investidas de Kenma, que diferente de antes agora estavam mais precisas e brutas, estavam o deixando nas alturas.
— Você deveria ver o que eu estou vendo... — Kenma passou seus dedos pelo contorno do rosto de Tetsuro com delicadeza, contratando com os movimentos de seus quadris. — Tão belo... tão entregue a mim... — Seus dedos desceram até o pescoço de Testuro, mais uma vez o pressionando. A sensação de ter seu amigo de infância apertando seu pescoço enquanto o fodia era tão boa que Tetsuro mal conseguia raciocinar.
— Kenma... — Kuroo gemeu, sentindo-se vulnerável naquela situação. Ele estava uma verdadeira bagunça, seu rosto vermelho estava molhado pelas lágrimas e pelo suor, suas pupilas dilatadas pelo prazer e seu cabelo desarrumado. A visão de Kenma debruçado sobre si com as mechas soltas sobre o rosto suado, sorriso fechado e provocante e olhar afiado também o estimulava.
— Você é lindo assim, Tetsu. — Kenma sussurrou com a voz rouca. — Todo meu...
Os gemidos de Tetsuro aumentaram em volume, a pressão em seu pescoço e o ritmo implacável de Kenma estavam o levando à beira do êxtase. A intensidade do momento era quase demais para suportar, de célula de seu corpo vibrando com prazer. O barulho dos corpos suados se chocando estava sendo a música que preenchia todo o cômodo.
— Kenma... eu vou... — Tetsuro tentou avisar, mas suas palavras foram cortadas por um gemido alto quando Kozume acertou sua próstata. Todo seu corpo estremeceu, uma onda avassaladora de prazer o atingiu em cheio e seus gemidos se transformaram em gritos de prazer quando atingiu seu ápice pela segunda vez.
— Gozou sem ao menos ser tocado? Pelo jeito um pau te fodendo já é o bastante pra te satisfazer, não é mesmo? — Kenma zombou em meio aos próprios ofegos. Sua provocação fazia Kuroo sentir-se ainda mais vulnerável e excitado.
Kenma se retirou do interior de Tetsuro e afastou por um momento, apenas o suficiente para o virar de lado e, em seguida, puxá-lo para ficar de quatro. Ele passou a mão pelas costas suadas de Tetsuro, sentindo os músculos e a pele quente sob seus dedos.
— Quero te ver nessa posição. — Kenma murmurou, sua voz baixa e cheia de desejo.
Tetsuro obedeceu, apoiando-se nos braços e joelhos, seu corpo ainda tremendo levemente. Sentia-se exposto, ainda mais que estava de frente para o espelho, podendo ver com clareza Kenma atrás de si o penetrando novamente e o arrancando um urro de prazer.
— Olhe só pra você... porra, Tetsuro, te ver assim acaba com minha sanidade mental. — A voz de Kenma transbordava o desejo que estava sentindo. Kuroo mordeu o próprio lábio enquanto Kenma investia seus quadris com intensidade, estava tão sensível pelo orgasmo recente que se sentia mais lerdo, mal conseguindo pensar direito.
As mãos de Kenma seguravam os quadris de Tetsuro sem poupar forças, afundando seus dedos na pele bronzeada, tendo a certeza que ficaria marca depois.
— Você gosta disso, não gosta? — Kenma agarrou o cabelo de Kuroo sem delicadeza alguma e puxou sua cabeça para trás, se debruçou mais sobre o corpo maior e aproximou sua boca do ouvido alheio. — Hein? Me responda.
— S-sim! — Tetsuro respondeu alto com a voz trêmula, ainda não havia se recuperando totalmente do último orgasmo e estar sendo fodido pelo Kozume o deixava com a mente ainda mais vazia, só pensava nos estímulos que recebia.
— Bom garoto... gosto assim. — Kenma chupou a pele do pescoço alheio e voltou a se erguer, voltando a se concentrar nas estocadas e indo atrás de seu próprio alívio.
A cada movimento, Tetsuro sentia mais ondas de prazer por todo seu corpo, o olhar fixo no espelho observava seu próprio reflexo enquanto era dominado e possuído pelo amigo, e isso aumentava ainda mais sua excitação. Kuroo estava sensível, sentia que qualquer estímulo mínimo iria o fazer explodir de prazer.
Kenma deixou um palavrão escapar, seus movimentos, agora mais erráticos, denunciavam o qual próximo estava de atingir seu orgasmo. Ele agarrou os quadris de Tetsuro com ainda mais força, cravando as unhas na pele do mesmo.
— Mais... mais forte, Kenma. — Tetsuro pediu entre gemidos, sua voz cheia de necessidade.
Kenma atendeu seu pedido, suas estocadas se tornando quase brutais. Cada movimento acertava Tetsuro da forma certa com precisão, enviando ondas intensas de prazer por seu corpo.
— Não para... por favor, não para... — Kuroo praticamente implorou. O som dos corpos se chocando se mesclava perfeitamente aos gemidos de ambos em uma perfeita sinfonia.
Kenma atingiu seu orgasmo, afundou-se por completo em Tetsuro enquanto sentia o prazer tomar conta de seu corpo. Kuroo veio logo em seguida em meio a gemidos e lágrimas de prazer, e sem conseguir mais ficar naquela posição, se deixou cair por completo no colchão. Ambos estavam ofegantes, cansados e suados, mas acima de tudo, satisfeitos. Kenma se retirou de Tetsuro e tirou o preservativo que estava usando, o amarrou e jogou na pequena lixeira perto da cama. Se deitou ao lado de Kuroo com os olhos fechados, estava cansado e suado, duas coisas que ele odeia.
— Argh, eu tô um caco. — Resmungou tirando o cabelo grudado na testa e o jogou para trás. Tetsuro o olhou com indignação, ainda cansado demais para sair da posição que estava.
— Você tá um caco?! Eu tô acabado! — Tetsuro rebateu, sua voz rouca e cansada refletindo o esforço físico que acabara de experimentar. — Eu nunca mais aposto com você, ouviu bem? Nunca!
Kenma riu de Tetsuro se divertindo com sua indignação. Ele estava satisfeito, exausto, mas satisfeito, e seu ar despreocupado tão característico estava de volta.
— Acho que aprendeu a lição, não é? Entenda, Tetsu, não tem como você me vencer na minha área.
— Não isso que eu planejei. — Murmurou Tetsuro com um bico emburrado, fazendo Kenma rir mais. — Da próxima vez eu vou acabar com você, Kozume.
— Se houver uma próxima vez, eu vou te fazer implorar por mim. — Kenma provocou com um olhar travesso e ergueu o corpo se sentando na cama.
Kuroo sorriu em desafio.
— Implorar? Vai precisar mais do que isso pra me convencer a fazer algo do tipo. — Tetsuro respondeu com um sorriso malicioso, seu tom desafiador mostrava que não estava brincando.
— Está mesmo falando isso depois do que aconteceu aqui? — Kenma segurou o rosto de Tetsuro, inclinou seu corpo para aproximar os rostos. — Acha mesmo que pode resistir a mim? — Sussurrou provocante, atingindo Kuroo em cheio, que por sua vez engoliu em seco e sentiu seus pêlos se arrepiarem. Kenma encarou os lábios convidativos de Tetsuro e passou seu polegar por eles, Kuroo já estava pronto para beijá-lo. — É o que vamos ver. — Kenma sorriu em desafio e soltou o rosto de Tetsuro.
Kuroo observou Kenma sair da cama, seus olhos brilhando em desafio e expectativa, tendo total certeza que a partir daquele dia sua amizade com Kenma iria ficar mais interessante.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro