Draco realmente não voltou a falar com Hermione, não tem porque fazer diferente. Se ele não a quer por perto não vai ser ele que fará questão disso, ele nunca fez questão de nada.

Mesmo assim a ruiva não saia dos seus pensamentos enquanto ele organizava tudo para entrar na sociedade dos contrabandistas, e de preferência como líder deles.

Ele conhecia um contrabandista que já fizeram serviços para seu pai e logo entrou em contato com o mesmo, marcando um encontro na Travessa do Tranco.

- Pequeno Malfoy, soube que os heróis do mundo bruxo te livraram de Azkaban. - O homem estava vestido todo de preto, incluindo uma capa com capuz que lhe tapava a face. Sua voz era de puro desdém.

- Sneaky, teria sido melhor ir para Azkabam do que olhar para aqueles três, mas não tenho culpa da tolice deles.

- Você por outro lado...

- Sempre muito inteligente, é claro.

- É claro. - O contrabandista se aproximou ainda mais e Draco conseguiu ver seus olhos verdes brilharem de diversão. - O que veio fazer aqui?

- Como sabe Voldemort está morto, sem chance de retorno dessa vez. Preciso ocupar minha cabeça com algo divertido.

- Trabalho é? - Sneaky gargalhou  com a face virada para o céu. - Sabe do que seu pai nos chamava garoto? De escória, aqueles que não tinham poder o suficiente para servir Voldemort, e agora você vem aqui pedir trabalho?

- Que bom que diferente de vocês eu sou um comensal. - Draco puxou a manga da sua camisa social preta para cima mostrando a tatuagem. Ele não gostaria de ter mais ela, mas ninguém precisa saber disso. - Não me importo com o que meu pai disse, não sou ele. A única coisa que me importa é quanto de dinheiro podemos fazer juntos.

- Juntos?

- Me leve na próxima reunião de contrabandistas e eu vou te colocar como meu braço direito.

- E vai valer a pena para mim?

- Decida na hora, se não me aceitarem vão me matar mesmo.

- Entro em contato em breve. - Sneaky saiu dali sorrindo, Draco acreditava que ele esperava que o Malfoy fosse morto e que pudesse participar disso.