Não para
☼
Claro que ele saberia que eu o estou provocando assim que me visse, mas eu não vejo como pode acabar mal. Encarei a roupa que separei, era o que eu usaria em um dia de calor, uma saia tão curta que mais parecia uma tira de roupa, e uma regata branca, sem sutiã, Jasper sentiria meus desejos e eu duvidava que fosse necessário falar mais.
Ouvi ele desligar o chuveiro e me apressei para me vestir, correndo. Enfiei a regata para dentro da saia preta de cintura alta, e penteei os cabelos na frente do espelho apesar de geralmente evitar me encarar por medo dos meus olhos em rubi. Eu sou absurdamente linda agora, mas esses olhos nada naturais sempre me deram arrepios, até onde me lembro. Ouvi Jasper se mover no quarto de hóspedes do outro lado da casa, se vestindo, mas em breve não precisaria mais de suas roupas. Sorri maliciosa para meu eu do espelho, e ela retribuiu, quase sussurrei um boa sorte, mas não queria dar pistas para Jasper tão imediatamente. Controlei minha ansiedade e me distraí olhando o mar pela janela do quarto, está escuro e eu nem vi o dia passar, não me fez falta pelo menos, eu teria uma eternidade pela frente para aproveitar. Observei a lua cheia e as estrelas, mal podia acreditar como eu era cega quando humana, nunca tinha visto mais do que uma parcela mínima da beleza do mundo. Sorri satisfeita com tudo ao meu redor, o clima, o cheiro do mar, os sons dos grilos cantando ao redor da casa. Respirei fundo sentindo o ar rodopiar em meus pulmões, e me concentrei em meu plano principal, evitando pensar que provavelmente Alice veria isso. Jasper suspirou, na sala, parece calmo. Ótimo.
Eu não consigo mais andar na lerdeza humana, é surpreendentemente irritante, não faço ideia de como Jasper aguentara me acompanhar por tanto tempo, então corri para sala, parando na porta. Jasper levantou os olhos do livro aberto em seu colo e, por incrível que pareça, estamos combinando, ele veste uma camisa branca de gola larga, que dá pra ver parte do seu peito e toda clavícula, todas suas cicatrizes expostas, veste uma calça preta jeans um pouco folgada. Ele está sentado em uma poltrona perto das janelas e o vento balança as cortinas brancas ao seu redor lhe dando um ar mais angelical possível. Seu cheiro chegou a mim muito bem vindo, vi que ele conteve um sorriso e voltou a baixar o olhar para seu livro, os cachos molhados escondendo seu olhar.
Andei devagar perto da prateleira de livros lhe encarando descaradamente, pensando em como no começo dessa loucura eu achava a casa pequena demais para nós dois, agora ela ainda parecia, mas dessa vez não de um jeito incômodo. Quanto mais perto ele estiver, melhor.
Ele sorriu, olhando o livro, mas eu sei que não está mais lendo, sente meu olhar sobre si. Encostei as costas na prateleira com o máximo de delicadeza que consegui e o observei, confortável. Ele me olhou de novo, mas não esperava que eu dissesse nada, só queria me ver. Deixei ele me analisar mais abertamente, me mediu de cima a baixo, me devorando. Balancei o quadril e me virei de costas para ele, satisfeita com sua atenção, fingi ir pegar um livro na prateleira mais alta, ficando nas pontas dos pés, erguendo o braço e sentindo o que eu queria que acontecesse: minha saia já curta, subindo mais um pouco. Jasper fechou o livro e em menos de um segundo estava com uma mão nas minhas costas, me apoiando. Deixei a malícia dominar de vez meus pensamentos e minhas emoções, quero que Jasper sinta o que eu sinto, quero que isto molde todo o clima tenso ao nosso redor, como uma bolha, quente e gostosa.
Parei de tentar alcançar um livro qualquer e me deixei levar quando Jasper me virou para si. Me senti incrivelmente pequena com a sua proximidade.
Ele sorriu, malicioso.
— Procurando algum livro em especial?— perguntou num sussurro, seus olhos ardiam em minha direção. Dei de ombros, incapaz de conter o sorriso.
— Queria ler algo para passar o tempo, pegaria o grandão lá encima— apontei para cima, Jasper não tirou os olhos dos meus, sabe onde cada livro está.
— Não é um livro tão bom, não seria um bom passatempo.
— É uma pena— não fiz questão de sequer fingir lamentar— Agora não sei mais o que fazer.
— Eu tenho umas ideias— ele sussurrou, terrivelmente sedutor, se meu coração batesse certamente se aceleraria agora, Jasper se aproximou mais, o rosto a centímetros do meu.— Quer que eu lhe mostre o que pode fazer para se distrair, querida?— sussurrou baixinho, minha respiração se acelerou, embora eu não precise respirar, parece a reação correta.
— Estou aberta à sugestões— admiti, o olhando com a mesma intensidade, um deus personificado. O rosto de Jasper relaxou num sorriso doce a malicioso.
— Só procure não quebrar muitas coisas— ele disse levando a mão a minha nuca, me puxando para mais perto.
— É exatamente o que eu pretendo fazer— murmurei e ele riu me beijando, enfim. Foi como se mil fogos de artifício explodissem ao meu redor, como se fosse o nosso primeiro beijo, e ainda melhor do que sonhava ou me lembrava. Jasper não se seguraria dali em diante e eu não podia estar mais grata. Ele me pegou no colo e me encostou na parede, enquanto minhas pernas envolviam seu quadril, suas mãos subiam e desciam pelo meu corpo como se não soubesse por onde começar. O beijo logo ficou intenso, como uma luta por poder, eu fico ansiosa por mais, quero sentir seu gosto, tê-lo todo, inteiramente só para mim.
Puxei a gola de sua camisa, rasgando-a em vários pedaços para que ele não tivesse que parar de deslizar as mãos pelo meu corpo, ele logo deu o mesmo fim bruto a minha saia, mas esta apenas precisou de um puxão ao lado para cair no chão. Jasper passou a língua nos meus lábios, me atentando e enfim juntou-a à minha, as mãos indo mais para baixo, ele me dando apertões que nunca ousaria fazer caso eu fosse humana. Nossas línguas se abraçaram como o toque mais íntimo e doce do universo, e eu perdi o controle.
Jasper beijou meu pescoço com paciência, e se livrou da minha regata de forma mais racional tirando-a por cima da minha cabeça. Ele se afastou um pouco e eu o deixei admirar a vista. Seu olhar sem igual, fervoroso, apaixonado, excitado, fosse o que fosse a definição exata, eu sentia o mesmo. Vi meu reflexo em seus olhos, descabelada e ofegante, um olhar determinado que pedia por mais, sorri para minha imagem, mas não apressei as coisas.... Talvez só um pouco ao derrubar Jasper no chão em um movimento rápido, ficando por cima.
Ele pareceu completamente satisfeito com a visão, deslizou as mãos pelas minhas coxas, subindo para meu quadril, desenhando a curva da minha cintura.
— Ainda melhor do que imaginei— ele falou, soando mais para ele mesmo do que para mim. Me encara como se eu fosse a criatura mais perfeita no mundo, e eu me delicio nesta sensação, como se fosse sua deusa. Me inclinei encostando nossos peitos e cheirei seu pescoço, dançando suavemente no seu colo. Jasper rompeu o próprio cinto com pressa, o jogando cegamente pela janela. Mas eu decidi levar a provocação mais a frente. Só mais um pouquinho...
Beijei seu pescoço suavemente, com carinho, cada uma de suas cicatrizes, no pescoço, nos ombros, nos braços. Beijei a palma de sua mão e a levei a meu peito, peguei a outra e chupei seus dedos, tanto indicador quanto o do meio, olhando sempre nos seus olhos. Jasper abriu um belo sorriso malicioso e se levantou me pegando no colo, correu pela casa comigo nos braços e me jogou na cama vindo por cima possessivamente, a cama rangeu com nosso peso repentino, mas se manteve forte.
— Não sei se consigo ser gentil— ele falou, sem se lamentar.
— Nunca pedi que fosse— falei baixo, e ri estourando o botão da sua calça, provocando-o. Jasper levou os lábios ao meu pescoço, se livrando de sua calça habilmente, jogando-a longe aos chutes. Me beijou de maneira muito mais ansiosa, necessitada, agradeci mentalmente por não precisar respirar, nós nunca nos cansaremos, não precisamos nos separar.
Apertou meu seio com delicadeza, enquanto com a outra mão ele se livrava da minha calcinha. Seus lábios tornaram a descer pelo meu corpo, indo para meus seios. Ele passou a língua suavemente ao redor dos meus mamilos e eu ofeguei apertando a cabeceira da cama, quebrando-a facilmente, joguei-a para o lado, irritada. Jasper me virou, me obrigando a me sentar de costas para ele. Seu peito colado às minhas costas, sua respiração no meu ouvido.
— Me faça um favor, Becca— pediu ele naquela voz baixa e grave que me obrigava automaticamente a fazer o que quer que ele pedisse. Deitei minha cabeça em seu ombro, deixando meu pescoço mais exposto. Aguardei ansiosa por seu pedido. Ele tirou meu cabelo da frente, fungando meu pescoço, seus braços me envolvendo, uma mão brincando com meu peito, a outra subia devagar pela minha coxa, na parte interna. Eu certamente me arrepiaria como nunca nesse momento.
— Qualquer coisa— sussurrei, não precisava ver seu rosto para saber que ele sorriu.
— Seja uma boa garota— pediu ao pé do meu ouvido, e foi quando seus dedos finalmente chegaram ao meu local de anseio, sua mão que estava no meu peito, subiu para envolver meu pescoço, ele não demorou em achar meu clitóris, pressionou o ponto movendo os dedos depressa, meus gemidos ecoaram meus ouvidos, eu tentei me mexer no seu colo, mas Jasper me manteve imóvel, absolutamente controlador. Lambeu o lóbulo da minha orelha e beijou minha cicatriz no pescoço.
— Ah, Jazz!— gemi alto, mas me concentrei em manter as mãos paradas, apertando a coberta sob nós. Eu rasguei ela, incapaz de controlar minha força, Jasper me abraçou com firmeza quando enfiou seus dedos em mim, a mão se movendo tão rápido que eu pensei que entraria em colapso. Levei a mão para trás, agarrando sua nuca, e virando a cabeça para o beijar, mas não consegui conter os gemidos o suficiente para manter o beijo, Jasper gostou disso acabando por compartilhar seu prazer comigo, intensificando o que eu já sentia. Ele passou a língua suavemente nos meus lábios entreabertos e enfiou mais os dedos quando eu estava me acostumando com o movimento.— Não pare— pedi a meia voz, e me contradizendo completamente, Jasper parou. O olhei furiosa, e ele me virou de novo, se enfiando entre minhas pernas.
— Shhh— pediu pra minha cara de frustração— eu nem comecei, amor.— riu perverso e abriu mais um pouco minhas pernas, não tive a chance de ver que ele tinha tirado a cueca, de tão concentrada que estava em seu rosto. Só percebi quando o senti dentro de mim, segurando minhas mãos no topo da minha cabeça, afundei a cabeça no travesseiro, revirando os olhos— Olhe para mim— ele disse numa voz autoritária, obedeci e ele colou nossas testas, indo com força, a cama protestou bem mais alto dessa vez e eu ouvi suas rachaduras se espalhando depressa, conforme eu conectava minha alma com a do meu loiro, meu garoto de ouro.
As entocadas foram ficando cada vez mais brutas e eu mordi o travesseiro para controlar o rugido de prazer. O tecido se rasgou facilmente e plumas de ganso voaram pelas nossas cabeças. Jasper sorriu me beijando e acelerando mais os movimentos. A cama não resistiu, suas pernas quebraram e fomos direto ao chão, mas nós não paramos.
— Olhe para mim— Jasper repetiu, resisti, e ele me deu um tapa firme no rosto para chamar minha atenção. O olhei com uma surpresa pra lá de excitante e sorri rosnando para ele. Prendi minhas pernas em seu quadril e mudei de posição ficando por cima, cavalguei com força, Jasper tentou se sentar mas o empurrei para permanecer deitado e bati no seu rosto por vingança, ele me olhou possesso com a minha audácia.
— Shh, seja um bom garoto— levei o indicador aos seus lábios, sussurrando com ironia. Jasper se contentou comigo por cima por um tempo, mas estava claramente irritado por não estar no comando, eu não podia estar me divertindo mais.
Mudamos de posição de novo, ele me colocou de quatro e penetrou profundamente, indo com calma antes da tempestade dentro de nós, ele me deixou eufórica, eu não poderia estar com mais tesão. Coloquei a mão na parede, pressionando-a até ficar a marca da minha palma rodeada de rachaduras.
— Ah! Cacete, não para!— arfei, meus olhos revirando de prazer. A sensação sem igual, a explosão muito mais intensa, subia a cabeça em ficar fodendo para todo sempre. Jasper arfou e eu mudei de posição o empurrando para a parede do outro lado quarto deixando os restos do que minutos atrás foi uma cama para trás. Ele riu malicioso e me pegou pelo pescoço me girando para que eu ficasse presa na parede. Rosnei irritada por ser a submissa e o empurrei para o colchão rasgado de novo. Beijei seus lábios e o masturbei com velocidade, foi a vez dele não conseguir conter os gemidos entre os beijos, sorri mais que satisfeita e fiz um caminho delicado de beijos dos seus lábios a linha do maxilar, descendo pelo pescoço, desenhando a clavícula com a língua e descendo o peitoral esculpido. Beijei os pontos sensíveis do seu quadril e enfim cheguei ao seu pau. Desacelerei os movimentos com a mão, Jasper agarrou um punhado do meu cabelo e nos encaramos fixamente conforme eu o lambia e chupava devagar. Jasper afundou a cabeça no travesseiro rasgado gemendo alto. Música para os meus ouvidos. Eu realmente tinha ficado nervosa por um breve momento de ter me esquecido também sobre sexo, mas aparentemente estou mandando bem.
— Isso, Rebecca— ele ofegou, a voz tensa e baixa me deixando mais animada, mas decidi me vingar e eu parei de chupá-lo, me sentei no seu colo, esperando seu olhar de ultraje. Ele me queimou com o olhar, eu dei uma risadinha e subi de novo procurando seus lábios. Nos beijamos suavemente, perdidos no toque um do outro, foi o mais romântico até o momento, suas mãos seguravam meu rosto e, apesar de amar seu toque, eu o afastei um pouco por não suportar ficar sem implicar.
— Calma, meu amor, eu nem comecei ainda— zombei, e ele riu me deitando sob si de novo.
— Senti sua falta— ele me olhou apaixonado, sorri boba e o abracei.
— Eu sei que sim.
— Eu sei que sabe— ele tornou a me beijar.
— Eu te amo— sussurrei quando seus lábios desceram para meu pescoço, céus, é normal sentir falta de falar algo tão banal? Jasper riu, perverso.
— Eu sei que sim— argumentou, revirei os olhos, mas foi de prazer. A noite será longa.
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