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Epílogo

REBECCA WHITLOCK

O dia está nublado então podemos sair de manhã para passear. Hoje o ponto turístico é a praça vermelha de Moscou.

Estamos viajando há quase um ano, pulando de um lugar para outro, e eu ainda nem consigo me comunicar com ninguém sem a ajuda de Jasper. Ouço os nativos falando e sinto como se fosse ter uma pane no cérebro, ok, eu admito, eu preciso ter umas aulas.

Nosso hotel é um pouco afastado da praça, e estamos indo a pé, as pessoas por aqui vestem casacos grossos e tremem andando depressa, imagino que deva estar um frio do caralho, mas nem eu nem Jasper tentamos agir como os humanos. Estamos vestindo casacos grossos e botas, andando de braços dados com certa lerdeza, admirando a paisagem em silêncio.

Estou imersa encarando a paisagem ao longe, o castelo vermelho se destacando a uns bons quilômetros de distância, quando gritos atraem minha atenção vindos do meio dos prédios mal acabados que estamos passando para cortar caminho, eu e Jasper nos entreolhamos. Movidos pela curiosidade da gritaria, nos aproximamos do som em passos apressados. Qualquer coisa no idioma já parece xingamento, mas dessa vez o tom é especialmente grosseiro. Jasper não parece nada feliz com o que ouve.

Eu e Jasper avistamos o homem gritando, ele está num beco sujo com um garoto e o chuta enquanto o menor chora no chão. Eu vejo o rosto indefeso da criança, vermelho e com um corte na bochecha, não deve ter mais que onze anos. Avanço na direção deles em passos firmes sem pensar nem por um momento e agarro o homem feito de banha pelo colarinho o erguendo do chão antes que ele sequer raciocine minha presença.

— Ele é só uma criança!— eu rosno embora eu tenha certeza de ele não entende, Jasper segura meu braço olhando para a rua verificando se estamos mesmo sozinhos. Relutante e com raiva, deixo o homem pôr os pés no chão, ele me encara apavorado, tentando me fazer soltá-lo enquanto grita comigo em russo, ergo o punho para socá-lo.

— Rebecca— Jasper aperta meu ombro em censura e nós dois olhamos para a criança, o garoto loiro e magricela está tão maltratado! Ele arregala os olhos se encolhendo contra a parede encardida, a bochecha tem um corte leve que faz minha garganta arder, mas nada que vá me fazer perder o controle, já tive lá minhas provações e sobrevivi. Solto o homem e o empurro com força, fazendo-o voar uns metros e cair de cara no chão, já na saída do beco, ele se levanta agoniado e sai sem dar um pio, correndo, mancando e olhando freneticamente para trás. Me volto para o garoto, Jasper mantem o olhar na rua.

Ninguém aparece.

O garoto treme, olhando direito reconheço uns traços do homem em seu rosto, os cabelos loiros no mesmo tom, ondulados um pouco compridos como os de Jasper, o queixo igual o do homem, mas aquele homem tinha olhos castanhos e o garoto tem os olhos mais azuis que eu já vi na vida. Ele é lindo e está assustado.

Jasper me olhou por um momento como se fosse comentar algo, mas desistiu. O garoto tenta segurar o choro enquanto o encaro, sua boca abre e fecha, ofegante, a falta de dois dentes da frente me confirma o fato de que ele ainda não está na adolescência, sua boca também sangra. Enfio a mão no bolso e tiro um lenço que uso para limpar as lentes dos óculos e o estendo ao garoto. Ele hesita, mas pega o lenço da minha mão rapidamente, levando-o a bochecha. Ele cospe sangue no chão entre nós, a postura completamente defensiva.

Dou um sorriso de canto, admirada com a valentia do pirralho.

Jasper o pergunta algo na língua que o garoto entenderia. Ele encara Jasper com as sobrancelhas unidas e assente nos medindo de cima a baixo.

— O que foi?— pergunto.

— Perguntei se aquele homem era o pai dele— Jasper me responde, meu olhar vai de seu rosto para o rosto do garoto. Eles podiam se passar perfeitamente por pai e filho, abro um sorriso confuso e encaro o céu como se ali fosse estar escrita alguma piada que explicaria a coincidência.

Suspiro, realmente não esperava por essa.

— Pergunte a ele como está— pego a mão de Jasper, e ele obedece.

O garoto rosnou para Jasper como se o estivesse xingando horrores, mas era para mim que ele olhava.

— E o que ele disse?— perguntei.

— Ele tem uma língua afiada— Jasper riu— Disse: o que você acha, sua burguesa?

Ri encarando o garoto.

— Pergunte o nome dele— peço sem me deixar abalar. Jasper fala com o menino, novamente. Os olhos azuis do garoto se tornam desconfiados, mas ele responde.

— Nikolai— ele diz.

Coloco a mão no peito e digo:

— Rebecca— o encaro, o garoto vai se acalmando. Sei que é por causa de Jasper.

Ele também se apresenta e fala mais um pouco com o garoto, tombo a cabeça de lado, encarando sua interação, pacientemente.

Jasper assente sério um momento, enquanto Nikolai fala, então o garoto o faz uma pergunta, Jasper dá de ombros o respondendo. Ah, eu devia ter insistido nas aulas de idiomas!

— Tradução?— peço, Jasper ri de mim, fala algo para o garoto que assente. Uma corrente de ar atinge o beco e o garoto estremece, se abraçando. Eu tiro meu casaco e estendo na sua direção, sem pensar, ele me olha como se eu fosse louca, porém não recusa.

— Perguntei quantos anos ele tem, ele tem nove— Jasper começa— Perguntei por que aquele homem estava o agredindo, ele disse que o pai o odeia, vive o chamando de viadinho— Jasper fecha a cara, irritado— e dizendo que tem vergonha de tê-lo como filho. Ele disse que seu pai iria matá-lo só porque acha que ele não é homem o suficiente.

Rússia. Um lugar tão lindo, mas com pessoas tão detestáveis e sem visão! Encaro o garoto, ele fica tentando arregaçar as mangas do meu casaco para que possa ver as próprias mãos.

— Ele perguntou de onde viemos e eu contei que de vários lugares— Jasper bufa.

— Ele tem para onde ir?— pergunto, sentindo um pesar pela criança.

— Espere— Jasper pede e troca de idioma, o garoto o encara e balança a cabeça, aponta para mim com uma mão enquanto com a outra pressiona sua bochecha cortada— Ele não tem ninguém, só ele e o pai.

— Por que ele apontou para mim?— fico confusa. Jasper sorri.

— Ele está sendo irônico, diz que graças a você agora nem pai ele tem, disse que agora ele deve estar correndo para a igreja se mijando de medo— Nikolai fala mais alguma coisa, o tom eu reconheço ser de pergunta— Ele quer saber como você é tão forte.

Dou um sorriso e me abaixo na frente do garoto, ele arregala os olhos para Jasper e olha para mim de novo.

— Diga a ele que é meu segredo— falo sem olhar Jasper, ele o faz, imagino eu, o garoto revira os olhos e eu não consigo conter a risada.

Ele faz uma pergunta.

— Ele quer saber se pode ficar com o casaco— Jazz traduz. Eu assinto e olho para Jasper.

— Não seria melhor se a gente comprasse um para ele?— indago, meio sugestiva. Jasper me encara, como que tentando entender que idioma eu estou falando.

— Acho que imaginei coisas— ele me encara questionador.

— Eu acho que não— rebato, dando de ombros. Jasper me encara imóvel— A gente pode ajudar ele, não pode?

Jasper toma fôlego e fala algo para o garoto, o loirinho responde e se levanta, o encarando, confuso. Também me levanto.

— O que você disse?

— Se ele quer sair daqui, com a gente— Jasper fala, a cara séria, como se tivesse travado nesse modo.

— Rebeka— Nikolai me chama com sotaque carregado, eu o encaro, ele hesita, então fala com Jasper. Jasper sorri parecendo confuso, ele começa a mexer no zíper de seu casaco, o abrindo e fechando.

— Ele quer saber se você pode o levar no colo— Jasper fala, agitado, esfrega o rosto quase a ponto de começar a saltitar— Quer ver se você é forte mesmo.

Eu dou risada e dou de ombros, abrindo os braços e me abaixando para o garoto, meu sobretudo em seu corpinho arrasta no chão enquanto ele envolve meu pescoço com seus braços magricelas, o levanto e suas pernas envolvem minha cintura, ele se agita tentando fazer peso, aparentemente. Ele me encara zangado ao ver que não está fazendo o efeito que queria.

Sibila algo e nós fazemos caminho para fora do beco.

— Ele disse que você é durona— Jasper ri, não consegue segurar a onda de alegria estampada no seu rosto e nos ronda extra animado. Ele e o garoto trocam mais algumas palavras, Nikolai fica confortável nos meus braços apesar de eu ter certeza que ele sente a frieza da minha pele, não sei se fala disso com Jasper.

Meu marido parece a ponto de explodir, com um sorriso no rosto ele ri o tempo todo, eu fico contagiada pela sua felicidade enquanto caminhamos para onde nosso hotel fica.

— Eu tenho que falar com Alice— ele anuncia tirando o celular do bolso— A gente vai cuidar dele, Becca, isso vai dar certo— ele corre para minha frente em velocidade humana e me rouba um beijo. Nikolai faz cara de puro nojo e revira os olhos. Baixa o lenço de seu rosto e o encara, o olhar sério demais para uma criança, o olhar de quem lamenta, vejo ele ficando triste e ele seca as lágrimas antes que elas corram pelo seu rosto, o balanço atraindo sua atenção. Ele me encara e eu dou um sorriso amigável.

— Eu vou cuidar de você— sussurro para ele. Olho para Jasper, ele fala rapidamente ao telefone, Nikolai segue meu olhar— Nós vamos— corrijo e, embora eu tenha certeza que não tem como ele ter me entendido, ele me encara como se soubesse do significado das minhas palavras. Sorrio para ele, ele toca meu rosto com a mão suja de poeira, o esfrega tentando limpá-lo ao notar o que fez, eu começo a rir e o ajudo porque sinto que ele só está piorando as coisas. Ele sorri, é suave e ele não mostra os dentes, mas eu juro que ele é o menino mais lindo que eu já vi.

Ele aponta para meu peito com o indicador.

— Rebeka— ele diz. Sinto-me boba e aponto para seu peito também.

— Nikolai— falo imitando seu sotaque, ele sorri mais uma vez e me abraça.

Eu vou cuidar dessa criança. Nunca tive tanta certeza de algo na vida. O abraço de volta, com cuidado.

Ninguém estranha, ninguém se demora com o olhar na nossa direção e eu só tenho mais certeza de que eu posso mudar a vida dele

Depois eu faço uma visitinha para seu pai, vamos ver se ele é o homão que parece se garantir numa luta contra um menino indefeso. Talvez eu trapaceie um só um pouquinho...

NOTAS FINAIS DA SEGUNDA PARTE:

E É ISSO, VAGABUNDA! Quem gostou bate palma, quem não gostou silêncio!

Muito obrigada se você chegou até aqui, principalmente se você é uma das pessoas que pediu para que eu trouxesse a fanfic de volta e veio ler tudo de novo. Espero que tenha comentado porque sim, eu estou carente de comentários!

Gostaram do final? Esperavam por algo diferente?

Eu pensei que nunca mais traria esta história de volta, mas aí me dou conta que não devo ter vergonha de nenhum dos meus trabalhos. Foi a partir daqui que eu comecei, e não devo me arrepender.

Por mais que não morra de amores por essa fanfic, vou mantê-la em ambas plataformas até o fim dos tempos e espero que ela volte a ser grande como foi um dia.

Agora que acabou, está na hora de ir ler minhas outras fanfics, quem sabe meus trabalhos originais? Espero te ver mais vezes em meu perfil, vadia.

Um beijo da Bella, até mais ver?

OBRA CONCLUÍDA: 06/06/2021

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