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08. boyfriend

— Yamero! — Kagami exclamou. — Parem! Gente, sério, hoje vocês estão uma droga.

Luka largou a guitarra tentando não demonstrar violência. O ensaio estava mesmo horrível. Ele não conseguia se concentrar de jeito nenhum.

Adrien franziu a testa e se distanciou do teclado, mas se afastando ainda mais do guitarrista. Nino tinha uma cara de interrogação maior que o instrumento; Kagami também.

A banda ensaiava na parte interna do navio naquela tarde de sábado, mas pelo visto nada ocorria bem. Desde que Luka escutou a conversa de Marinette e Adrien - cinco dias atrás - ele pouco andava na escola, e quando ia, evitava falar uma palavra com o loiro, tampouco com os outros membros da banda. Estava mais afastado do que nunca. E ver o garoto ali bem atrás dele era um incômodo.

A japonesa tirou a alça do baixo e pousou o instrumento no apoio do chão. Olhou carrancuda para os dois meninos e cruzou os braços.

Luka pegou uma lata de refrigerante e abriu calmamente, o que era irônico, pois Adrien não parecia nada feliz. Não entendia o motivo de ser ignorado a semana inteira.

— O que aconteceu? — Nino perguntou. Nenhum dos dois respondeu. O baterista deu um suspiro pesado. Aqueles garotos pareciam duas crianças mimadas que brigavam e logo depois voltavam a brincar. — Tudo bem, gente, podem contar! Estava tudo tão bem uma semana atrás e agora estão aí de braços cruzados?

— Ele me ignorou a semana inteira — Adrien acusou o outro. Luka deu uma risada rouca e breve.

— Ah, então você não sabe o motivo? Nem sequer tem uma ideia? — rebateu. Poderia chamá-lo de muitas coisas como riquinho, mimado, filho do papai, modelinho, pois sabia que o loiro detestava as definições. Deixaria para mais tarde.

— Não...? — ele disse, desviando o olhar. Não queria que tivesse saído como uma interrogação, pois fez Luka revirar os olhos e manter o desprezo.

Kagami mal podia acreditar. Eles realmente tinham coisas em comum, inclusive a 'birra' e mesma cara de nojo.

Ela desligou os equipamentos, pegou o celular e chave do carro de Nino. Quando seguiu na direção das escadas não olhou para trás. Apenas disse bem alto e claro:

— Venham logo. Vamos resolver isso no Bugsy's agora!

E eles não resistiram à comida.

• • •

O rock mais leve ecoava nos ouvidos de ambos os meninos. Adrien sentou no banco de frente para Luka. O menino não parava de notar as mechas do cabelo, agora roxas. Já que nenhum deles dizia nada, Adrien achou melhor observar. Não queria que Luka notasse, pois com certeza zombaria mais uma vez.

As unhas pintadas, cabelo, brincos, a jaqueta apoiada atrás de si na cadeira, tudo combinado à música fazia parecer um encontro perfeito, exceto a ignorância, Kagami e Nino os observando de longe em outras cadeiras. Os dois encaravam Adrien piores que Sherlock e Watson. Ele não gostava disso.

— Está anoitecendo. Você quer conversar?

— Só quando a comida chegar — Luka olhou pelo vidro fazendo bico. Adrien achou aquilo adorável, e visou o menino por tempo demais até a comida chegar. Com sorte, Luka nem havia notado pois estava magoado demais para sequer olhá-lo.

Um garçom tatuado deixou os hambúrgueres e refrigerantes na mesa. Luka não quis parecer ansioso na frente do loiro, mas tinha muita fome. Ele pegou a comida e deu uma mordida.

Adrien engoliu saliva de nervoso e encarou os amigos do outro lado do estabelecimento. Kagami tomava um milkshake e mostrava um semblante raivoso como se dissesse "vocês não vão sair daqui até se resolverem".

Adrien suspirou alto o suficiente para Luka encará-lo novamente.

— Eu vou te contar o meu lado da história e você fica calado — disse ele, tirando uma mecha roxa da frente do rosto. — Depois vou comer mais um pedaço enquanto diz algo em sua defesa. Aceita?

— Tá — respondeu e mordiscou o hambúrguer delicioso. Luka começou:

— Nós somos amigos, não somos? Desde que você entrou pra banda te conheci melhor e percebi que não era exatamente o que eu imaginava que fosse — recostou-se no banco e cruzou os braços. Nem acreditava que estava dizendo aquilo. — Eu comecei a gostar de você, Adrien.

O loiro parou de mastigar e engoliu. Por sorte não ficou engasgado. Ele abriu a boca para dizer algo, mas lembrou que não podia, ainda.

— E então você fala pra Marinette que não aconteceu nada? Quer dizer, acontece mais ou menos. A questão é que eu gostei muito de dançar com você e fiquei magoado depois. Só estou abrindo o jogo porque sou sincero: se eu gostar de um cara ou uma garota, vou dizer para ele ou ela sem medo! Não escondo meus sentimentos.

— Eu... — Adrien engasgou. Tentava desviar o olhar dele para os guardanapos, mas acabava vendo o próprio reflexo e se sentia pior. — Eu não sabia que você tinha escutado, Luka. É complicado.

— Na verdade é bem simples.

Silêncio. Ambos sentiam coisas parecidas, mas Adrien não entendia o que se passava na própria cabeça. Não havia se apaixonado antes, beijado alguém ou algo do tipo. Agora nutrir esses sentimentos por outro garoto? Mais confusão ainda.

— Desculpe — conseguiu dizer. Luka ergueu a cabeça para ele e deu um pequeno sorriso.

— Tudo bem.

— Não sei o que sinto por você ainda... E se a Marinette soubesse ficaria tão magoada! — disse frustrado e coçando a nuca. Luka estava sério. — Podia ter confusão, as pessoas começam a espalhar boatos! E o meu pai...

— Nós nem tivemos algo! Eu não ligo para o que vão pensar, Adrien — disse pousando as mãos na mesa com insistência. O loiro bufou começando a se preocupar por nada.

— Mas eu sim! Minha vida é diferente. Nós somos diferentes. Não foi minha intenção de te magoar, porque o problema é esse: eu gosto de você mas não sei como! Estou confuso.

— Pode crer — Luka quis rir da ingenuidade do outro. Era adorável, o que o fez sentir um leve rubor na face.

Luka olhou para trás encontrando os outros amigos. Nino ergueu uma sobrancelha com expressão cansada. Ele ergueu o polegar perguntando se estava tudo certo, e Luka assentiu com o mesmo gesto.

Kagami murmurou algo em japonês e tomou o resto de milkshake. Adrien sorriu sem exibir os dentes e falou:

— Quer conversar lá fora? Preciso esfriar a cabeça — disse tímido. Pensou que Luka recusaria depois de toda a confusão, mas ele deu um sorriso travesso já pegando a jaqueta de couro.

— Vamos fugir antes que eles percebam que não pagamos a conta!

• • •

— Então seu pai foi embora assim do nada? — Adrien reclinou a cabeça para observar a água do rio. Os cadeados da Pont des Arts estavam gelados até quando encostava no tecido da calça.

— Eu devia ter dez, talvez onze anos. Não lembro — respondeu ele dando ombros. — Ele queria ser músico nos Estados Unidos e nada o impediu. Então eu, Ju e a mãe mudamos para Paris, a cidade natal dela.

Estava frio. Adrien abraçou a si mesmo tentando tirar aquele cabelo infernal da frente dos olhos. Havia algumas pessoas na ponte, mas longe o suficiente.

— Sente saudades da Escócia ou do seu pai?

— Da Escócia? Sim. Lembro de muita coisa. Era tão divertido e... frio — Luka riu. Uma "nuvem" de vapor saiu com a risada, dissipando-se aos poucos. — O papai? Ele era um idiota com todo mundo. Lembro que já falei pior e desejei coisas horríveis, mas vou te poupar dos xingamentos por hora.

Adrien também riu. Era difícil falar de família com qualquer um. Às vezes sequer dizia algo sobre o próprio pai, e ouvir aquilo de outro amigo trazia confiança. Foi tão natural o modo que Luka contou e tão seguro com as palavras.

— Meu pai também é um... chato — conseguiu dizer. — Mas ele sempre foi protetor. Até demais, na verdade. Depois que a mamãe foi embora as coisas mudaram mais. Mal o vejo em casa, só se tiver algum evento importante, sessão de fotos... Essas coisas.

— Só faz essas coisas para passar mais tempo com ele? — Luka perguntou e o loiro assentiu. Ele o encarou nos olhos. — Sua mãe...

— Faleceu há dois anos — completou. Luka conseguiu ver a dor recente nos olhos de Adrien. Com certeza não queria falar disso ainda.

Então Luka chegou um pouco mais perto e pôs a mão sobre a do garoto como um gesto de cumplicidade.

Era difícil, ele sabia. Não precisava contar tudo, pois Luka também não disse a história completa do pai e como foi duro na época. O moreno queria quase chorar ao lembrar das coisas horríveis que o pai dissera para a família, lembrou do refúgio que teve na música e como ela virou seu refúgio, além da irmã.

E ali estava Adrien. seus fios loiros balançavam na testa com o vento frio, mas seus olhos verdes não brilhavam como antes. Ele estava tão singelo e calmo. Era reconfortante vê-lo assim, e próximos demais, com os pés avançando involuntariamente.

Adrien sentiu uma sensação estranha na barriga. O que estava acontecendo? Luka inclinou-se e desceu o olhar para a boca de Adrien. Ambos sabiam exatamente o que estava para acontecer.

Um beijo.

Os lábios demoraram a se encontrar. Adrien conseguiu ver as pequenas marcas nas bochechas de Luka, milésimos antes de se encostarem. Foi molhado, gelado e ainda com o doce gosto do açúcar vindo do suco que tomaram ainda há pouco, o que deixou mais delicioso e insistente.

Adrien fechou os olhos e viajou para outro espaço. Era como se a gravidade houvesse mudado e o enorme peso nos ombros se fosse se esvaindo a cada segundo.

Luka afastou um pouco os lábios para encontrar uma brecha nos do loiro. E se ele negasse? O que estava pensando? Era tão irresistível e suave. O friozinho da ponta do nariz de Adrien fez pequenas cócegas no seu, e ele adorou a sensação.

Antes que pudesse preencher a boca com mais um beijo, Adrien abriu os olhos. Parecia que tinha acabado de acordar. Ele encarou Luka, sua mão ainda sobrepostas sobre a outra na ponte.

Foram poucos segundos, porém Adrien se afastou rapidamente como um gato assustado e quase pulou para longe, largando sua mão e virando rapidamente o rosto.

— Eu não posso! — Adrien exclamou ao cobrir o rosto com as mãos. Sorte que estava escuro e a vermelhidão nas bochechas era imperceptível.

Luka passou a mão no cabelo. Provavelmente fora o silêncio mais constrangedor que tivera na vida. A cada segundo que passava foi processando o que aconteceu, e se sentiu um imbecil completo.

Ele tinha claramente dito que não queria nada entre os dois senão geraria problema. Agora lá estavam, quase dois metros de distância um do outro e pensando "será que eu pego um resfriado se me jogar no rio?" ou algo assim.

— Desculpe. Eu não fiz por querer — disse por fim. Adrien estava de braços cruzados e encarou-o novamente. — Foi no calor do momento ou sei lá. Não era pra' me aproveitar de você, eu juro.

Adrien estava congelado. ele tinha gostado da sensação. Será que contava sobre ter sido seu primeiro beijo? Melhor não. Constrangedor demais.

— Tudo bem. Ainda estou confuso, Luka. Quero estar pronto e fazer qualquer coisa na hora certa, só isso — deu de ombros. — Quero ir para casa.

— Vamos continuar amigos? — Luka insistiu com o semblante triste. Nossa, aquele beijo foi tão bom. Ele queria abraçar o garoto bem ali para sempre.

Adrien tremeu de frio e com uma pequena gargalhada doce.

— Por que não? Vou de dar carona na segunda-feira, esqueceu? Precisa me mostrar aquela música nova que vamos tocar no baile.

Ambos sorriram. Então estava tudo bem.




...

Oi genteee

O que acharam? Atrasei um dia porque foi feriado, então deixei pra depois mesmo. Pelo menos teve quase 2000 palavras, amigxs.

Feliz Natal e ano novo pra vocês! Obrigada por me acompanharem até aqui esse ano!

Um dos meus capítulos favoritos ❤️ Lukadrien finalmente está vivo kkkk.

Será que o próximo saí só ano que vem? Sjsjsj. Vamos ver.

A música desse capítulo é bem animadinha (Boyfriend - COIN) mas sei lá, vocês tem alguma música perfeita pro momento?

Até mais!

Xx

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