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Lá no Texas

META DE COMENTÁRIOS: 70

— É uma história até boa, dependendo da perspectiva— Jasper começou, sua voz hipnótica prendendo toda minha atenção, sua mão suave afagando meus cabelos emaranhados pela corrida de mais cedo.— Tudo começou em 1863, eu era o major mais jovem conhecido no Texas, só consegui entrar ao Exército da Confederação após ter mentido minha idade, eu era alto então todos acreditavam que eu tinha vinte anos como assim aleguei. Tinha apenas dezessete quando comecei a enfrentar as guerras. Minha vida toda sempre foi muito sanguinária e de longe é algo do que me orgulho. Queria que não precisasse saber das minhas cicatrizes, mas eu simplesmente não consigo deixar de te mostrar quem eu sou.— ele parecia frustrado com essa falta de controle e eu ri da sua careta.

— Eu sou a favoritinha de Deus, sempre consegui tudo o que quis sem precisar de muito esforço.

— Ah, então você me quis?— ele provocou com um sorriso de lado que fazia meu coração acelerar.

— Você não tem noção do quanto. Eu quis, eu quero. Você e toda sua verdade.— murmurei e Jasper se desconcentrou da sua história por um segundo, me encarando fixamente.— não vou te interromper mais, desculpe.— desviei o olhar com o rosto queimando por revelar tamanha intimidade, ele levantou a mão livre e a passou nas maçãs do meu rosto, as mãos geladas ao invés de me repelir me atrairam mais pra perto.

— Era entardecer, um dia que eu voltava pra casa, estava até contente com minha posição e meu abominável trabalho, mas sentia falta de meu pai e o resto de minha família e senti a necessidade de visitá-los. Foi quando eu vi as criaturas mais lindas que poderiam existir.— torci o nariz e o loiro riu— Só tinha essa noção porque ainda não tinha colocado os olhos em você, garota... me deixou esperando um tempão.— sorri, eu adoro suas palavras, a forma como se expressa, tudo que ele diz parece certo e isso me deixa boba, eu estou perdida, nunca tinha sentido nada disso antes— Continuando!— ele se recompôs sem deixar de me olhar ou desenhar no meu rosto com a ponta do indicador— Eu as conheci e muito rapidamente demonstramos interesse uns pelos outros, afinal, eu nunca tinha visto nada parecido com elas...

— É natural da sua espécie ser extremamente bonito?— interrompi de novo, Jasper cobriu minha boca e voltou a falar como se eu não tivesse falado. Soltei uma risadinha abafada.

— A líder delas se interessou por mim mais ainda do que as outras, seu nome é Maria, as outras eram quase que irrelevantes quando Maria tomava uma decisão como a que tomou de me transformar e não me ter apenas como alimento. Ela viu muito potencial em mim sendo jovem como era e demonstrando tanto dom para lidar com as guerras. Eu não tive escolha em momento algum, e a dor que senti quando elas me morderam.... foi a maior que eu poderia sentir em toda minha vida, mas para elas tudo era necessário, os vampiros também estavam em guerra. Eu fiquei anos com elas, graças a mim, minhas habilidades estratégicas, não demorou muito para Maria estar no topo, ser parte de um dos clãs mais poderosos do Texas...

Ele se interrompeu por um momento e nós ficamos em silêncio, ambos chateados co  seu passado turbulento, tão violento. Senti-me mal por meu garoto.

— Rebecca, eu não gosto de falar disso, mas devo ser sincero contigo se vamos continuar juntos.

— Sim?— incentivei, curiosa.

Ele limpou a garganta e enrolou uma mecha de meus cabelos nos dedos, focando-se apenas nisso por uns segundos longos que me obriguei a ser paciente e esperar.

— Eu matei muita gente, Rebecca. Muitos inocentes e indefesos que nem me viram chegando.— ele me fala, por fim, com todas as palavras o que eu já poderia ter deduzido. Baixei o olhar, apreensiva em pensar demais a respeito. Simplesmente não consigo ver sangue nas mãos de um rapaz tão doce como Jasper. Não quero e não consigo.— Eu achava que fazia por amor, que Maria me amava e precisava ser agradada, protegida. Mas o tempo me mostrou como tudo aquilo era doentio e eu não aguentei muito mais, sentindo a dor daqueles que eu tirava a vida com as próprias mãos como o braço direito daquela que me manipulava, eu era jovem demais para compreender este tipo de estratégia então demorei muito para aprender meu lugar nesse mundo.

Respirei fundo e voltei a me sentar. Fiquei uns instantes de costas para Jasper, assimilando, porém logo me ajeitei no sofá, sentando-me corretamente do seu lado.

— Você ainda pensa nas... nas pessoas que você....— não queria olhar em seus olhos mas me forcei a tal, não queria que ele pensasse que eu o estava julgando nem que meu medo, que ele com certeza sentiu, era dele. Jasper suspirou e encarou fundo nos meus olhos, ele parou de se mexer completamente se tornando uma verdadeira estátua— Jazz, por favor.— sussurrei e coloquei a mão no seu ombro, acariciando-o— Se abra comigo.

— Eu penso neles todos os dias. Todas as horas... menos aquelas que estou com você. Você é minha droga, Rebecca. Me tira a dor e agora está me deixando viciado.— ele disse e depois sorriu sem humor, seus olhos grudados nos meus como se estivesse tentando conectar nossas almas. Sorri solidária e afaguei seu rosto frio, Jasper repousou a cabeça levemente na minha mão.— Até antes de te conhecer, eu vivia um pesadelo constante, sem pausa alguma. Com você perto de mim, Becca... é como se os fantasmas desaparecessem.

Respirei fundo controlando a vontade de me aproximar mais, me contentando a apenas acariciar seu rosto liso e magnífico, eu nunca veria alguém tão lindo nem em um milhão de anos.

— Por que você acha que isso ocorre?— perguntei-lhe, tentando tirar a nuvem escura que se formara sobre sua cabeça.

— Não faço ideia.— ele deu uma risada nasalada— Eu só preciso ouvir seu coração batendo forte ou sentir o quanto carinho você têm por mim e pronto, estou curado. Ou melhor ainda, ver você ficar vermelha, seja por uma irritação boba ou porque eu provoquei — inevitavelmente senti meu rosto arder e nós rimos, ele de ironia e eu desajeitada, já imaginava que ele soubesse o poder que tem sobre mim.— É a melhor coisa do mundo.— ele admitiu e eu senti um arrepio me percorrer da cabeça aos pés, eu olhei para baixo, concentrando-me em seus braços.

— Posso vê-las? Suas cicatrizes?— quis saber, relutante, Jasper arregaçou a manga de sua blusa até o cotovelo e estendeu o braço em minha direção, deixando-o sobre meu colo sem fazer peso.

Corri os olhos pela sua pele pálida e vi, quase que com uma insignificante diferença, as marcas de mordidas.

— Mordidas?— indaguei, intrigada.

— São as únicas cicatrizes que ficam marcadas na pele de um vampiro por toda a eternidade. São todos aqueles que viveram comigo um dia. Este era o Hershel— ele diz apontando para marca onde meus dedos estão. Jasper pegou minha mão e passou meus dedos para a marca seguinte— Ross— a próxima— Daniel. Camille. Silas— fomos subindo seu braço mesmo por cima da roupa— Hailey. Evan.— ele levou minha mão ao seu ombro— Jason. George. Malakai.— subimos para seu pescoço— Maria.

Ele soltou minha mão e eu encarei fixamente a marca da mordida de Maria. A mulher que o deu a imortalidade, que desencadeou sua desgraça e sua chegada até mim.

Não soube o que sentir. Se ficava com raiva dela, com pena dele ou daqueles nomes que ele me deu e dos que eu provavelmente nem vou querer saber. É muita coisa para uma pessoa lidar. Coloquei-me no lugar de Jasper por um momento, ele nasceu em uma época onde a violência era algo suficientemente marcante e acabou sendo arrastado para ambientes mais violentos ainda.

Quantas mais pessoas passaram por ele sem ter tempo deixar sua marca que ficaria disponível a olho nu? Eu só pude imaginar a culpa que ele carrega, o quanto deve ser perseguido e assombrado, porque com certeza não é o mesmo rapaz que era em 1863.

— Eu sinto muito.— ele disse e nunca antes tais palavras pesaram tanto saindo da boca de alguém. Ele ficou devastado e não conseguiu me olhar de volta. Ah, meu garoto...

Aproximei-me dele com cuidado, bem lentamente e Jasper seguiu imóvel. Sem pensar demais, colei-me em seu ombro, emaranhei os dedos em seus cachos e beijei seu pescoço, pressionando os lábios suavemente contra a marca que o trouxera até mim para início de conversa.

Jasper não respira em momento nenhum e me olha quando me afasto pouquíssimos centímetros.

Eu forço um sorriso amarelo, olhando em seus olhos que cintilam ao refletir as labaredas da lareira.

— Tá tudo bem.— sussurro e Jasper se aproxima. Meu coração martela quando penso que ele vai me beijar, mas quando nós fechamos os olhos, ele apenas cola sua testa contra a minha e assim ficamos. Nossos narizes se roçaram e eu senti que estava exatamente deveria.

Este é meu lugar no mundo.

[...]

— Talvez esteja na hora de te levar pra casa.— Jasper conclui e eu solto um gemido frustrado em protesto. Por que? Ele estava me contando mais de sua história, momentos os quais ele realmente apreciava a "vida" de vampiro. Eu poderia passar muitas horas mais ouvindo-o falar, mas minha barriga tinha que roncar, lembrando-me de minha fome.

— Tão rápido!— reclamei.

— Você precisa comer e seu pai vai chegar em breve.

— Daqui a horas!

— Poucas horas— ele me corrige e sorri de canto— Vamos, Becca, sua irmã já deve estar preocupada.— imediatamente me senti culpada, Bella odeia ficar sozinha em casa tanto quanto eu. Tive de aceitar a insistência de Jasper e nós saímos da cabana abandonando meu cobertor quente, dando a cara a bater no frio do lado de fora.

— Precisamos voltar...— eu perdi as palavras por um momento quando, saindo de trás das nuvens, o sol das três da tarde nos cumprimentou. Quando olhei para Jasper, vi sua pele cintilando como se ele fosse feito de um conjunto de milhares de diamantes.

Perdi o fôlego, nunca o vi sob a luz do sol.

O loiro me encarou, mais mágico do que nunca. Eu sorri.

— Perfeito.— balancei a cabeça, abismada, e o sol foi embora, a pele de Jasper voltou á sua palidez natural. Ele sorriu de volta para mim e balançou a cabeça.

— Ah, e isso... é o motivo de não estarmos andando por aí em dias que fazem sol.

— Viva a nublada Forks.— comentei.

— Viva a nublada Forks.— ele concordou.

Quando Jasper parou o carro de frente a minha casa, nenhum de nós falou nada mas o desânimo era palpável. O dia estava sendo tão bom, temos mesmo que nos separar agora?

— Você não pode ficar hoje?— perguntei em um lapso de curiosidade. Não quero me despedir, sei que ele também não.

— Como?

— Você pula bem alto, deve alcançar minha janela com facilidade, é só voltar pouco depois de Charlie...— dei de ombros.

— A noite?— assenti— Depois de jantar com seu pai?— assenti de novo— No seu quarto?

— Você entendeu, Jasper.— respondi impaciente e ele riu, iluminando-se com a minha proposta ousada.

— Sim, eu estarei aí de noite. Deixe sua janela aberta.

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