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💧 Deus de Propósitos 😇

Deus não une vidas, Ele une propósitos!

— Parece uma palavra um tanto clichê, mas eu vi isso de perto na minha vida. Tudo era parte de um propósito, eu é que não compreendia.

— Como assim, mãe?! Conta melhor essa história. — Ana não escondeu a sua curiosidade.

— Xim, mãe. Também quelo saber. — A mais nova aproximou-se de mim, enquanto estava deitada na cama.

— Era uma vez... Tan dam dam dam! — comecei toda misteriosa.

— Ah! não, mãe. Não começa com esses mistérios, eu quero saber logo!

— Essas minhas meninas são tão curiosas. — Comecei a fazer cócegas nelas.

— Para, para, mãe — elas disseram eufóricas.

— Parei. Agora contarei para vocês:

Há mais ou menos 15 anos, eu estava desesperada a caminho do Uíge, porque a vossa avô Lusolo estava muito doente. Eu tinha muito medo de perdê-la, eu chorei muito durante toda a viajem, e quando cheguei ao terminal provincial um jovem foi conversar comigo. Ele preocupou-se com o meu choro e perguntou como poderia me ajudar, e eu contei toda a história que vocês já sabem...

Minhas meninas continuaram com os olhos mais concentrados em mim, de todas as histórias, essa era uma que eu não havia contado, elas sabiam como eu conheci o pai delas, mas não sabiam como nossas vidas se cruzaram outra vez. 

 Eu regressei à Luanda, devido as minhas aulas. Tudo estava bem, eu já estava feliz pela recuperação da minha mãe, e uma colega da universidade conseguiu uma entrevista de emprego para mim em uma loja de roupas no São Paulo. 

Graças a Deus eu consegui a vaga, e comecei a trabalhar no dia seguinte. O trabalho corria bem, a rotina de trabalho e universidade era cansativa, mas eu não poderia me dar ao luxo de desistir do trabalho, nem desistir do meu sonho de ser uma mulher formada.

Os dias se passaram, e em um certo dia eu vi um homem familiar entrar pela porta da loja.

— Era o papá, era o papá — as pequenas gritavam aos pulos.

— Sim, era ele. Agora deixem-me continuar, caso contrário eu paro por aqui. — Adoptei uma postura séria.

Parece que resultou, porque elas deitaram caladas e expectantes pelo que estava por vir.

Continuando...

Ele parecia o mesmo. Havia se passado seis meses, embora que para mim se parecessem anos, mas ele... ele agia como se passasse apenas um dia e isso me deixava admirada. Conversamos um pouco sobre a vida um do outro, sobre as nossas famílias, e pela coincidência daquele reencontro.

Naquele tempo não tínhamos telefones móveis, por essa razão, tudo o que nos ligava era a loja de roupas Brazuca onde eu trabalhava. A princípio ele ia duas vezes por mês e com o passar do tempo a frequência passou a aumentar.

Em um certo dia, foi inaugurada uma igreja nos arredores daquele bairro, o vosso pai decidiu convidar-me e eu aceitei. Embora não frequentasse à igreja o meu relacionamento com Deus estava mais forte, e eu conhecia a importância de estar perto da casa do Pai.

Deixamos de nos encontrar na loja e passamos para a igreja. Lá fazíamos estudos bíblicos juntos, e depois eu ía directo para a universidade.

Quanto mais ficávamos juntos, mais o amor brotava em nós, tudo estava bem até que as provas começaram...

— Hmmm! Não gosto nada quando a históia chega nas pates tistes. — A mais nova falou em um tom e olhar cabisbaixo.

— Eu estou aqui e o seu pai também. Então fica tranquila meu bem, o nosso final é melhor que nos contos de fada. — Pisquei para ela e em seguida toquei o seu nariz com o meu indicador direito.

Então...

As provas começaram e eu não tinha muito tempo para ir à igreja. Devido a rotina cansativa do trabalho, sobrava pouco tempo para me preparar para as provas e eu deixei de ir à igreja. Foram duas semanas sem ir à igreja e ao mesmo tempo sem ver o vosso pai. Eu sentia tanta falta dele que não conseguia me concentrar em mais nada, estudava com muito esforço e mal conseguia orar, me perguntava sempre por quê ele não ía me ver na loja, me questionava se ele conheceu outra pessoa, e só naquele momento eu me dei conta que gostava muito dele e nós nem éramos namorados e talvez ele nem sentisse o mesmo que eu. De repente começou a crescer um medo dentro de mim e eu tinha receio de estar perto dele que acabei deixando de ir à igreja.

Passou-se um mês e eu não tinha notícias dele. O meu humor já não era o mesmo, perdia o apetite e ainda tinha que me preparar para alguns recursos que infelizmente tinha que fazer. Foi quando eu tomei coragem de ir à igreja na esperança de lhe ver, mas ele não apareceu. Na semana seguinte comecei a ir e nada, parecia que ele tinha evaporado e eu não sabia onde encontrá-lo. Em uma tarde depois do culto o pastor foi ao meu encontro falar comigo, disse que me via muito naqueles dias, mas eu parecia distante, perguntou gentilmente se passava-se alguma coisa, e na necessidade de desabafar eu contei como me sentia naqueles últimos dias e a razão desse mal estar. O pastor aconselhou-me a orar e buscar a Deus em primeiro lugar conforme a palavra em Mateus 6:33...

— Buscai o Senhor em primeiro lugar e outras coisas vos serão acrescentadas. — a mais velha interrompeu-me.

— Certíssimo! — Dei-lhe um beijo no topo da cabeça e continuei a história.

Desde aquele dia esforcei-me mais a buscar a Deus, entrei para o grupo de estudo bíblico e conheci melhor a palavra de Deus. Embora já não sentia a angústia de antes, eu ainda sentia saudades do vosso pai e até comecei a orar por ele todos os dias, e os dias tornavam-se cada vez mais leves.

Eu já estava de férias, então tinha mais tempo para dedicar-me às actividades espirituais. Em uma tarde depois do trabalho, preparei-me para encontrar o grupo de evangelização na igreja pois tínhamos um encontro marcado. Quando cheguei a igreja meu coração deu um pulo de alegria ao ver uma cara tão conhecida por mim, e tão ausente nos últimos dias naquele lugar. Eu senti tudo ao meu redor parar no mesmo instante que desaparecia formando um cenário perfeito apenas entre eu e ele. O medo sobreveio outra vez, mas uma voz ecoou ao ouvido dizendo "entrega o teu caminho ao senhor, e ele satisfará os desejos do seu coração", essas palavras me deram coragem para prosseguir e eu me juntei ao grupo que até aquele momento ele também fazia parte.

Naquele mesmo dia ele acompanhou-me até à casa, e na caminhada explicou que teve uma viajem de emergência para ajudar um familiar, algo que compreendi perfeitamente pelo episódio passado com a vossa avó, e continuei ao ouvir ele se justificar que foi ao meu trabalho para tentar avisar, mas a loja estava fechada naquele dia. Lembrei-me muito bem, pois foi um dia que agradeci pela folga, pois ela chegará em um bom momento, só não imaginei que ele tentaria fazer contacto naquele mesmo dia. Fiquei tão feliz por saber que ele se preocupava comigo e esqueci toda a aflição que vivi nas últimas semanas.

O meu presente era ter ele comigo todos os dias, ainda que fosse apenas como um irmão eu gostava da sua companhia. Os meus sentimentos por ele cresciam cada vez mais, e eu esperava pelo momento que Deus responderia a minha oração, por vezes a pressa tentava me invadir mas era sempre vencida pela palavra de Deus. Naquele dia terminamos o nosso trabalho de evangelização e depois da oração o líder do grupo disse que o irmão José tinha algo a dizer, não sei porquê mas meu coração começou a ficar acelerado, e foi nesse momento com as palavras mais bonitas e os sentimentos mais sinceros, o vosso pai pediu para orar comigo. 

— "Orar" meninas, "orar". Quando vocês crescerem e encontrarem um menino legal que faça o vosso estômago embrulhar e a vossa mente viajar, não aceitem sem antes orar. O Papai do céu ama muito vocês e ele quer fazer parte da vossa história de amor.

— Sim, mamã — as pequenas responderam.

Continuando...

O momento de oração foi muito bom. Nós estudávamos a bíblia juntos, orávamos, passeavamos bastante, e víamos a nossa vida espiritual crescendo a medida que os nossos sentimentos se solidificavam, e em uma bela tarde sem ao menos eu esperar, o vosso pai pediu a minha mão em casamento.

— Espela aí mamã, não falta alguma coija? — a mais nova perguntou confusa, coçando a sua cabeça.

— Sim, meu bem! Você tem toda a razão. — eu esbocei um pequeno sorriso. — Depois da oração vem o namoro, depois o noivado, e só depois o casamento. Mas o papá tinha tanta certeza da confirmação de Deus em nossas vidas que decidiu pedir a minha mão em casamento.

— Mas isso não dá problema? — a mais velha questiona.

— Na verdade, foi um pequeno problema...

A cultura bakongo é muito exigente! Antes do casamento era necessário apresentar-se na família, depois das apresentações da família fazer uma festa de pedido e o casamento para eles pouco importava. Infelizmente na minha família não era excepção o cumprimento desses costumes.

O papá teve que ir com poucos familiares até ao Uige para a realização da festa de apresentação, até aí tudo bem... O maior problema foi quando ele recebeu a carta de pedido com muitas exigências, ía além das condições financeiras dele. Nós não sabíamos como resolver aquela situação, então entregamos tudo nas mãos do criador, ele tinha 6 meses para reunir tudo o que estava listado na carta de pedido, e obviamente eu tive que ajudá-lo, mas a minha ajuda não cobreria nem metade dos gastos, só para não dizer um terço, pois eu sei que vocês não vão compreender

Deus é tão maravilhoso que nos surpreendeu! Os irmãos da igreja quando se aperceberam da situação, fizeram uma contribuição para ajudar a concluir as compras da carta de pedido, quando chegou a data estipulada tudo estava pronto.

Fomos novamente para o Uige para realizar a festa de pedido, graças a Deus correu muito bem, a parte mais engraçada foi quando o meu tio disse que o vosso pai poderia me levar para viver com ele e ele ficou com uma cara horrorizada.

— Porquê o papá ficou com a cala ho-rro-lijada? — a mais nova perguntou.

— Porque um casal cristão só deve viver juntos após casarem.

— Ahaãm! — a pequena fez cara de quem compreendeu.

— E o papá desobedeceu o tio avô? — a mais velha perguntou.

— Ele teve que explicar ao tio como são as leis de Deus, felizmente o tio entendeu. Meninas, devemos primeiramente buscar a Deus, isso significa que a sua vontade vem antes de qualquer coisa, pois Deus quer sempre o melhor para nós.

— E ele nos ama muito! — a Ana falou.

— Exatamente! — respondi.

Daí fomos nos preparando até a realização do nosso casamento que graças a Deus correu muito bem apesar dos obstáculos. 

— E sabem o que eu aprendi?

— Não, mamã. — as pequenas responderam.

— Que Deus faz tudo no momento certo! Eu precisava me encontrar verdadeiramente com Ele antes de realmente me encontrar com o seu pai e começar um relacionamento. E quero que vocês aprendam isso também:

Amai o Senhor acima de todas as coisas...

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