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Prólogo.

A noite estava estrelada, casas mal iluminadas podiam ser vistas da montanha, e quanto mais as duas crianças subiam, mais claro o céu ficava, e mais linda a noite se tornava.

- Me espera, Jey! - ela estava correndo atrás do seu amigo, como se não houvesse amanhã.

- Vamos logo, o topo fica logo ali. Corre antes que a estrela passe, Aia.

- Eu estou correndo o máximo que consigo.

No topo da montanha havia uma árvore centenária que segurava um balanço em um de seus galhos, o balanço que eles haviam construído e pintado juntos ao descobrirem a montanha. Ao seu lado, um banco antigo de madeira pintado de branco, cuja tinta aparentava estar nova, mesmo que estivesse ali há muitos anos.

Ele chegou ao lado do balanço e convidou a menina a se sentar.

- Vem aqui, vou te balançar. - A menina se aproximou e se sentou, como Jey tinha mandado.

- Cadê a estrela? - perguntou a menina, olhando para o céu um pouco impaciente.

- Ela já vai passar, é só ter paciência.

Um silêncio tomou conta do lugar e se podia ouvir o doce som da noite.

- O que você vai desejar quando a estrela passar? - ele perguntou, quebrando o silêncio.

- Eu vou desejar que a gente fique juntos pra sempre, até você ficar velhinho e esquecer como usar o banheiro. E você?

- Eu não vou esquecer como usar o banheiro! Mas eu também vou desejar isso. Quero me casar com você quando a gente ficar adulto, só com você, com mais ninguém. - disse ele com os olhos nela.

- Eu também quero, Jey, só com você. E quero ter uma filha menina. - disse ela ainda olhando para o céu.

- Eu quero um filho menino, não menina, Aia.

- Vamos ter os dois então. Gêmeos! - Maia virou o rosto para ele e deu um sorriso contagiante.

- Olha a estrela cadente!

- Onde? - Jason achou fofa toda a euforia da pequena. Ele pegou na mão dela e apontou com o dedo para um cantinho da árvore, onde podia ver um pontinho brilhante se mexendo em meio a tantos outros. Mas esse tinha um brilho próprio e muito forte.

- Ali no canto da árvore, viu?

- Olha ela! Eu vi, eu vi!

- Agora faz o pedido.

E em silêncio os dois fizeram seus pedidos.

Ele puxou o rostinho dela por dentro das cordas do balanço e deu um selinho na pequena.

- Pra selar o nosso pedido estrelinha.

(...)

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