trece
VICTORIA AZEVEDO
São Paulo, ainda na casa do jogador
Estava acordada tinha uns 20 minutos já, mas quem disse que eu tinha coragem de levantar?
Última vez que eu dormi na casa de um cara foi há uns 3 anos atrás, quando ainda namorava, mas isso já tem muito tempo. Desde que fiquei solteira nunca dormi na casa de homem nenhum, só na do meu irmão, mas nem conta.
Desligo o ar condicionado, me levantando aos poucos. Faço a cama, dobrando o cobertor, e entro no banheiro, escovando meus dentes com a escova que ele me entregou ontem a noite, voltando para o quarto, sem saber o que fazer.
Deito na cama por mais que estivesse feita, e olho o horário, eram 7:30h da manhã, ok, é considerável ele não ter acordado ainda, tá muito cedo.
Lembro do beijo do colombiano, e o arrependimento que eu tinha em relação ao beijo até que passa porque valeu a pena. Mas confesso que continuo tendo uma pequena antipatia por ele.
Saio do quarto de fininho, a sala estava escura por causa das persianas abaixadas, Rios estava deitado de bruços no sofá, parecia estar confortável ali, cruzo os braços por causa do frio que estava na sala, e me pergunto como ele conseguia dormir só com um lençol fininho na cintura.
Dou de cara com uma moça na cozinha ela era bem mais velha, e tava organizando o balcão.
— Oi! Bom dia, Você é a Victoria né? — me perguntou com um sorrisinho fofo no rosto, e retribui sorrindo de volta pra ela.
— sou sim, bom dia. —
— trabalho aqui de vez em quando, ele avisou que você estava aí, daqui a pouquinho ele já deve tá acordando, esse aí não fica até tarde na cama. — me sento na banqueta da cozinha, ela começou a puxar papo comigo, e ficamos conversando baixinho por um tempo, enquanto ela ia arrumando as coisas. — ah então tu também é da Colômbia? — balanço a cabeça negando.
— minha irmã mora, minha mãe é de lá mas mora aqui. — respondi, sorrindo com a carinha fofa que ela faz pra mim.
— e tu não pretende morar lá não? —
— não, vou só pra visitar mesmo, morei lá quando era bem novinha, não fiz muitas amizades, quem se apegou mesmo foi meu irmão... —
— seu Richa é apaixonado, sempre fala sobre lá, mas diz que não pretende voltar não, Fico na dúvida ainda...— deu de ombros. — vocês se conhecem a quanto tempo? —
— acho que algumas semanas. — mordi meu lábio inferior.
— ah, então...não tão de namorico? — franziu o cenho sem entender.
— não, dormi aqui porque batemos o carro ontem, e aí deu um trelele doido... —
— hmm...entendi, fingir que acredito em você viu dona Victoria? — me olha por cima do óculos e solto uma risada balançando a cabeça em negação. — ele tá mesmo precisando de alguém sossegar esse rabo chei' de fogo dele...quero nem ver que que vai dar se esse menino continuar assim. — falou rindo.
Ela se mudou pra São Paulo em busca de emprego quando era muito nova, é uma fofa, tem duas filhas casadas já, e me disse que sente falta delas na maioria das vezes que fica em casa, e us a o trabalho para se distrair disso.
Estávamos conversando quando o colombiano apareceu na cozinha, a cara de sono dele era nítida, e a forma que esfrega os olhos forte chega me dar agonia só de ver.
— bom dia. — murmurou com a voz rouca por ter acabado de acordar, abraçando a tia que era bem menor do que ele, se sentando na banqueta.
— vai querer Arepas? Fiz a massa de milho ontem... — ela perguntou, e ele fechou os olhos sorrindo.
— tu é a melhor tia. —
— quer também minha filha? — me perguntou, e eu neguei agradecendo.
— não tenho costume em comer de manhã. — era horrível isso, mas eu não conseguia comer de jeito nenhum, minha mãe conta que eu tenho isso desde que sou pequena.
— fresca. — escuto ele murmurar, e olho feio pra ele que soltou uma risadinha. — faz faculdade ainda né? — perguntou e eu assenti. — tem aula hoje? —
— só a noite. — respondo.
Reparo em seu olhar descendo pelo meu corpo, parando firme nas minhas coxas, a blusa dele sobe demais quando me sento e dei um chutinho muito fraco em sua canela que fez ele se ligar, parando em meu pescoço.
— acho que um bichinho te picou aqui. — apontou para a lateral do meu pescoço, e revirei os olhos, vendo ele rir da minha cara.
— é...um bichinho. — arqueio as sobrancelhas rápido, escutando uma risadinha sair dele.
levanto, indo no quarto pegar meu celular, vendo que tinha mensagem da Ana Clara, minha irmã, sento na beirada da cama, abrindo a conversa, sorrindo com o vídeo da Cath. Minha sobrinha.
— que que você falou amor? — Ana pergunta enquanto ela brinca com duas bonequinhas
— cadê a titia? — colocou as duas mãos no chãos, ficando com a bunda pro alto para conseguir levantar, indo correndo no carrinho que estava no canto da sala.
" não para de perguntar por você "
" vem nos visitar logo Vic 💕 "
Deixo para responder depois, e levantei indo no
Banheiro, vendo a marca vermelha no meu pescoço, e respiro fundo, ainda bem que corretivo tampa isso! A Vontade que eu estou é de bater nele. Mas muito muito.
Observo também que meu furo na orelha tinha inflamado, e resmunguei baixinho, doeu tanto pra furar e agora dá na nisso.
— quer passar pomada na picada? — perguntou debochado enquanto entrava no quarto, fechando a porta, e saio do banheiro vendo ele sentado na cama com as duas mãos para trás, a cabeça tombada de lado, e queria que ele sentasse normal porque oque o short tá marcando o amigao dele...
— queria poder matar o bichinho que fez isso. — dou um sorrisinho falso.
— não me importo de morrer sufocado por você. — deu de ombros, se deitando na cama.
— tem horas que você perde a chance de ficar calado pra abrir a boca e falar merda. — ele riu, dando de ombros.
— fazer oque né? vou só comer e te levo. — concordei, entrando no banheiro de novo quando ele saiu do quarto, e aproveito para tomar um banho, já que não tomei assim que acordei. — Victoria. — escutei ele me chamar e abri a porta ainda vestida. — toma. — estendeu uma muda de roupa.
— obrigada. — ele saiu do quarto de novo, e tranco a porta, indo tomar meu banho.
Visto a calça de moletom que ele havia me entregado por causa do tempo frio que estava hoje, ficando extremamente larga na minha cintura, e a barra da calça fica no pé da minha barriga, fora o saco que ficou embaixo, mas até que estava confortável.
Coloco a outra camiseta que ele me entregou, era preta também, e só depois de vestir eu vejo o símbolo do Palmeiras no canto. Não era blusa de jogo, sim casual.
Coloco meu cabelo na frente tampando o escudo do time, e saio do banheiro, encontrando Rios jogado na cama de banho tomado também, e já tinha passado um perfume já que o cheiro dele era forte no quarto.
— você é ridículo sabia? — me refiro a blusa, e ele para de usar o celular.
— achei até que ce não fosse colocar depois que visse que era do Palmeiras. —
— era minha vontade. — escuto ele rir, meu pai ia me olhar com uma cara de desgosto absurda se me visse usando essa coisa horrível e estando na casa de jogador rival.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro