Capítulo mais pra contextualizar vocês em relação a fanfic 😉
Vou postar o próximo logo pq sei que essa parte aqui é chatinha kkkk

RICHARD RIOS
São Paulo, CT do Palmeiras.

Chego no ct, guardando minhas coisas no armário, indo direto para a academia que era onde todos estavam depois de olhar a planilha do dia, e paro no meio do corredor, conversando com um dos treinados que me orienta para ir em direção ao leg press, e vou pra lá resmungando, um dos meus terrores desde que me lesionei.

Falo com os caras, já me preparando por ter chegado um pouco atrasado, começando a série de 15 repetições, parando pra dar um descanso.

— aí Rios... — Veiga me chama e olho para ele, já esperando a merda vir com o sorrisinho que tava no canto da boca dele. — tava de papinho com uma morena ontem é? — pergunta, e desvio o olhar direto pra Kevin que me olhava rindo.

— tu é fofoqueiro do caralho né? Fofoqueiro do caralho. — falo rindo, balançando minha cabeça em negação. — filho da puta. — ele riu, vindo me abraçar.

— fica assim não irmão. — solto uma risada abraçando ele de volta, empurrando o jogador quando ele me aperta demais.

— não posso falar com mulher nenhuma agora que vocês vão vir de palhaçada? — cruzo os braços, balançando a cabeça em negação me sentando no leg.

— tu não fala com mujer atoa. — Piquerez fala sentado do outro lado da academia, e balancei a cabeça me ajeitando no aparelho.

— concentrem-se! — escuto Abel gritar, rindo com o susto que Rony tomou na minha frente quicando.

— minha amiga pô. — murmuro baixinho, destravando a máquina.

— amiga, uhum sei. — Endrick passou rindo, e fuzilo ele com o olhar na hora.

— criancinha. —

O dia foi ficando cada vez mais puxado a cada minuto que passava, depois da academia fomos para o campo, e lá o treino foi pesado, Abel não pegou nada leve hoje.
Dei algumas entrevistas pras redes sociais do Palmeiras, antes de seguir para uma ducha gelada.

Saio do banho me vestindo, tento dar um jeito no meu cabelo que eu precisava cortar pra ver se tomava forma, coloco minha mochila nas costas e o fone no ouvido, caminhando para fora do CT.

Abro meu direct, vendo mensagens da Luana, uma garota que eu segui a pouco tempo, e confirmo oque tinha falado com ela antes, marcando de buscar ela hoje, e levá-la para jantar.

Desde que terminei confesso que não sosseguei mais, precisava dar uma segurada, cada dia era uma diferente, mas era difícil. Parece uma necessidade, não sei nem explicar.

Os caras ficam me zoando cantando musiquinha e jogando piada, mas não tenho culpa se não quero me relacionar agora, é muita coisa na minha cabeça em relação ao futebol, e essas paradas de ter uma pessoa
" fixa " nunca funcionam, pelo menos comigo não, é cada maluca que me aparece...

Uma vez dormi com uma garota e acabei mantendo contato, mas na semana seguinte apareceu em um dos camarotes do Allianz, a blusa com o meu número e nome, mas eu não mandei nada, ela foi lá e comprou tudo. Foi loucura isso.

Desde então tenho essa rotina viciante de não deixar rastro nenhum, dar tchau e benção acabou cada um segue seu caminho.

Dirigi com calma até o ct, escutando as músicas da Colômbia, que com todo respeito eu prefiro do que as daqui, mas até que os traps e os funks daqui não são ruins. Os caras vivem escutando no Ct, e eu até que gosto.

Me joguei na cama depois de colocar uma roupa mais confortável e fechei os olhos, colocando meu celular para despertar em um horário bom pra que eu me arrumasse.

Acordei com despertador tocando, tomei um banho, me arrumando pra sair e pego a chave do carro, entrando no elevador, apertando o botão do térreo, indo pegar o carro e buscar Luana que já me esperava pronta.

Levei ela em uma churrascaria que tinha aqui perto de casa, mas não muito, sempre evito saberem meu endereço e até mesmo o bairro, eu literalmente fujo de problemas, de qualquer tipo de problemas, em principal duas coisas: mulher e mídia.
Duas coisas que me dão dor de cabeça só de pensar.

Depois do almoço fomos para um hotel mais reservado, já que a maioria dos motéis aqui de São Paulo vazavam qualquer famoso que passava por lá, e alguns hotéis bastava ter um conhecimento que tudo ficava no sigilo. Fora as entradas por trás...

[...]

Saio do banho, vestindo a roupa que eu estava antes, vendo que ela ainda estava sem roupa nenhuma, dormindo enrolada no lençol.

Acordo ela devagar, me abaixando na lateral da cama.

— vou vazar agora porque tenho compromisso tá? o cartão do check out e do quarto tão ali em cima da mesa. — ela assentiu fechando os olhos de novo.

— tchau jogador, manda mensagem qualquer coisa. —

Solto uma risada, saindo do quarto, e desço até a recepção, deixando as coisas pagas,indo embora porque tinha uma reunião com alguém importante da comissão técnica por vídeo.