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cuarenta y ocho

4925 palavras divasss, comentem bastante!

Mais um capítulo que eu sei que vem surto de vocês 🤭

RICHARD RIOS
Colômbia, Medellín

Mordo meu lábio inferior sem perceber, é involuntário o movimento enquanto tô assistindo a forma como Victoria rebola. A cintura fina que remexe junto com os quadris e a bunda nada pequena dela. Já tinha visto ela rebolando antes, mas era um ritmo completamente oposto, era funk, não era as músicas que tocam nas festas daqui, remexe os quadris de uma forma lenta, certinho acompanhando a música, e é proposital ela sabe que tô olhando ela

Raul, o empresário do James tá encostado no corrimão de vidro da escada que tem no meio da sala, enquanto a loirinha amiga da Victoria tá logo na frente com a morena, dançam juntas enquanto tão bebendo alguma coisa, eu tenho a visão certinha porque tô logo atrás e na diagonal deles.

Tiro proveito da situação de ser conhecido aqui, vou andando como quem não quer nada na direção do Raul.

— Ritcha! — escuto me gritarem, olho pro lado, batendo mão com um cara que eu nem sei quem é, rindo pra ele, e cada hora é um que me chama, me fazendo demorar até chegar lá.

Quando tô perto Raul olha pra trás, sorri, me chamando com as duas mãos, pega o copo de whisky que estava apoiado na mesinha bistrô, levantando pra me mostrar, e eu balanço a cabeça em negação, mostrando a latinha de cerveja na minha mão. Tombo fácil com cerveja, quem dirá com whisky.

Fixo os olhos na Victoria, o cabelo longo tampa a parte de trás dessa roupa que ela tá usando, mas da pra ver o finalzinho das cordas que tem atrás, e parecem ficar sensuais até demais nela...bufo irritado quando sinto uma mão tocar o meu braço, e olho para trás parando de andar.

— tu sabes donde fica el bañeiro? — a garota pergunta no meu ouvido, eu tiro a mão que tá subindo no meu braço, balanço a cabeça em negação, voltando a andar, desviando das que se jogam pra mim.

— no estás no whisky Ritcha? — pergunta quando chego perto, cumprimentando ele batendo na sua mal estendida, e balanço a cabeça em negação rindo, negando de novo quando ele me estende o copo.

— quieres me ver ruin? Eres mejor hablar... — bati os ombros, rindo com a cara que ele faz, me encosto no vidro assim como ele, ficando logo atrás da Victoria, tá em uma distância até muito grande do meu corpo, mas a visão daqui já tá melhor do que de lá de trás.

Olho para Raul, que direciona o olhar pra morena e depois pra mim.

— quieres? Puedo ver si me mujer hablá con ella. — eu rio, franzindo o cenho pela forma como ele falou, cruzando os braços.

— ya esta así? Mi mujer? — arqueio as aobrancelhas, rindo quando ele prensa os lábios assentindo.

— sí. Estoy amando! — bate os ombros, dando uma risada antes de beber um gole do whisky, e sinto alguém me cutucar, olho para o lado, reconhecendo James, me encara com um sorrisinho no canto da boca, eu solto uma risada antes de bater mão com ele.

— perdón, yo no sabia. — riu sem graça, apontando com os olhos pra Victoria que até agora não tinha reparado que eu estava aqui, eu estalo a língua, balançando a cabeça em negação, sentindo seu braço passar em torno do meu pescoço.

— no tienes problema. — falo rindo, cruzo os braços e minhas pernas também, encostado no corrimão, até tento desviar meu olhar pra festa, olho em volta um pouco, mas não consigo, é nela que meus olhos ficam presos, na cintura que rebola acompanhando a música.

— pero tu no vais a ficar con... — aponta pra alguém com a cabeça, sigo pra onde ele ta apontando, vendo a Nicole passando de mãos dadas com uma amiga, olha pra mim, abre um sorrisinho, eu cumprimento com educação, ela franze o cenho já que nunca foi assim, e a amiga puxa ela, obrigando a seguir em frente.

Há um tempo atrás eu já estaria colado nela, me atracando no primeiro quarto pra preencher toda a porra de vazio que a Nathalia deixou. Parei de dar ideia nela antes mesmo de começar o lance com a Victoria, eu tava entrando em um relacionamento, mas não tinha amor nenhum, eu não queria, mesmo ela falando por aí que estávamos juntos eu pegava outras e ela sabia mas não se importava, por que ela nunca tava no Brasil sempre aqui na Colômbia,  parecia uma coisa forçada, mas não é que eu estava sendo obrigado, era só a minha mente me traindo pra preencher o vazio que a minha ex deixou, por que quando começamos a sair, foi assim que eu terminei, desesperado pra preencher o espaço que outra pessoa ocupava.

Mas com um tempo sai dessa furada, comecei a sair mais com os caras, foi aí que eu voltei pra vida de solteiro que eu tinha esquecido o quão boa era. A rotina de cada dia uma diferente é boa, só cansa a parte de você ter que se preocupar por ser famoso.

Confiança. Acho que é a palavra certa pra definir oque eu sinto pela Victoria, além do fogo surreal. Confio nela em não vazar nada, até porque ela se ferra junto, não quer sua imagem veiculada a minha nem que paguem a ela, foge de relacionamento igual o coisa ruim foge da cruz, mas se acontecesse alguma coisa mais séria comigo, seria uma das pessoas que eu ligaria tirando a minha família, tendo a certeza de que vai ficar de bico colado, me ajudar mesmo que seja na base do esporro, mas vai tá lá.

Volto da viagem que eu tava dando, e olho pro James.

— no...se quiseres. — bati os ombros, ele balança a cabeça em negação com o cenho franzido, se apoia em uma perna, batucando os dedos no vidro que eu to encostado, direciona os olhos pra Victoria de novo.

— quiero ella. — solto uma risada, mas paro, franzindo o cenho.

— como tu sabes? — pergunto confuso, como que ele sabe que a gente fica? Meu amigo riu antes de me dar uma resposta.

— ella hablou. — arqueio as sobrancelhas. Ótimo, dois a um pra mim. Ela contou pra Juvena e pro James, só contei pro Menino. Franzi o cenho sozinho, pensando em qual contexto ela falou isso pra ele, como que chegaram nesse assunto? — no puedo miesmo? —

— por que no besaste já? — de novo eu tô confuso, oportunidade não faltou.

— como dicem no português. Se uno no quer dos no fazem. — eu bato os ombros soltando uma risada pelo nariz.

— fin de papo. Tantas mujeres por aí, quieres quen no te queres? Y já hablei, ella no. — Não suporto a ideia de imaginar eles dois, mas a sensação não é de ciúmes. Não gosto de dividir, compartilhar, oque é meu é meu.

— tudo bien. — ele ri, estala a mão na minha de novo, e eu rio da insistência dele. O barulho é alto o suficiente pra atrair a atenção da morena, me olha por cima dos ombros, em seguida para Rodriguez, volta o olhar pra mim de novo, antes de se virar pra escutar oque a amiga fala no ouvido dela.

— por esto estás aqui conmigo? — Raul tá gargalhando enquanto me pergunta, se referindo a Victoria, eu rio estalando a língua, mantendo meus braços cruzados.

— por tu que no eres... — rio de novo, deitando minha cabeça em seu ombro rindo, me contorcendo com o diquinha leve no abdômen, e volto a ficar em pé, me encostando no vidro. — vás dormir con ella? — me refiro a loira, e ele assente.

— combinamos de dejar Victoria en casa y despues ir para mi casa. — ele explica, e eu assinto.

— yo dejo Vic en casa. — me olha de canto de olho abrindo um sorrisinho malicioso, torcendo a cabeça rápido bebendo um gole do whisky, e eu tomo mais um da cerveja.

O dj que James colocou pra tocar é um filho da puta, chantage do maluca começa a ecoar pelas caixas de som, parece que a Victoria gosta da música, porque sabe certinho os movimentos, a amiga até tenta acompanhar ela, mas é complicado, mordo meu lábio inferior sem nem sentir, vendo os quadris que tanto remexem, as unhas pintadas de azul claro toda hora dedilhando a saia para puxar pra baixo.

Pregúntale a quien tú quieras
(Pergunte a quem você quiser)

Vida, te juro que eso no es así
(Meu amor, eu te juro que não é assim)

Yo nunca tuve una mala intención
(Eu nunca tive uma má intenção)

Yo nunca quise burlarme de ti
(Eu nunca quis zombar de você)

O problema todo começa quando o ritmo da música vira, a batida começa a ficar forte e estrondosa, e a bunda não para de balançar, olho pro lado, reparando como o cara que me pediu pra tirar uma foto lá fora encara ela, tenta disfarçar, mas não consegue. Victoria me olha rápido por cima do ombro sem parar de dançar, o olhar pegando fogo, assim como meu corpo.

Conmigo ves, nunca se sabe
(Comigo é assim, nunca se sabe)

Un día digo que no y otro que sí
(Um dia digo não e no outro digo que sim)

Yo soy masoquista
(Eu sou um masoquista)

Con mi cuerpo, un egoísta
(E com o meu corpo, um egoísta)

Não penso duas vezes antes de puxar os quadris largos, o corpo da um pulinho com o choque em contato com o meu, os seios tão saltadoa demais porque apertei de propósito pra isso, eu solto um respiro forte quando ela alcança minhas mãos, uma de cada lado, as duas agarram nas minhas, e eu aperto com mais força quando ela volta a rebolar, olho pra baixo, vendo a bunda ir de um lado pro outro, desvio o olhar quando ondula o quadril, exatamente como faz quando estamos na cama.

Tú eres puro, puro chantaje
(Você é pura, pura chantagem)
Puro, puro chantaje
(Pura, pura chantagem)

Siempre es a tu manera
(É sempre do seu jeito)
Yo te quiero aunque no quiera
(Eu te quero mesmo sem vontade)

Tú eres puro, puro chantaje
(Você é pura, pura chantagem)
Puro, puro chantaje
(Pura, pura chantagem)

Vas libre como el aire
(Você é livre como o ar)

No soy de ti ni de nadie. — (Eu não sou sua nem de ninguém.) apoia a cabeça no meu ombro, vira o rosto pra cantar ao pé do meu ouvido, o corpo fica todo grudado no meu, e eu olho pra ela sério, vendo ela soltar um sorrisinho de canto.

Cómo tú me tientas cuando tú te mueves
(Você me provoca muito quando rebola)

Esos movimientos sexys siempre me entretienen
(Esses movimentos sensuais sempre me entretêm)

Sabes manipularme bien con tu cadera
(Sabe me manipular muito bem com seus quadris)

No sé por qué me tienes en lista de espera
(Não sei por que você me deixa na lista de espera)

Solta as mãos das minhas, subo pra sua cintura, ela não para de dançar enquanto as unhas sobem raspando nas minhas coxas, mas logo saem, e eu me movimento pra tentar aliviar o desconforto no meio das minhas pernas.

Te dicen por ahí que voy haciendo y deshaciendo
(Dizem por aí que eu não me comprometo com nada)

Que salgo cada noche, que te tengo ahí sufriendo
(Que saio todas as noites, que te deixo aí sofrendo)

Que, en esta relación, soy yo la que manda
(Que nessa relação, sou eu quem manda)

No pares bola a toda esa mala propaganda
(Não dê bola pra toda essa conversa fiada)

Realmente, ela não se compromete com nada que não seja ela mesma, e eu também sou assim. E é ela quem manda no lance que a gente tem. Se ela não quiser eu não quero, se ela quiser eu quero. Acho que o foda de tudo, é que no final os dois são egocêntricos.

Giro seu corpo pra mim, os braços são ágeis em contornar meu pescoço, não penso duas vezes antes de avançar contra sua boca mordendo o lábio inferior com uma forcinha proposital.

— filha da puta... — murmuro baixinho contra seus lábios, abro os olhos, vendo que ela tá mordendo a boca com um sorriso, joga o cabelo pra trás, tomba a cabeça de lado pra me provocar, e faz um beicinho pra acabar comigo de vez, e pra não deixar ela ter o controle eu corto oque ela iria falar.

— como contou pro James? — ela respira fundo, solta uma risada descendo o olhar rápido pra minha boca.

— ué...pensei que você gostasse de deixar seus amigos sabendo...se quiser posso ir lá procurar ele, sabe? Pra pedir pra ele deixar no sigilo. — bate os ombros, eu solto uma risada, balançando a cabeça em negação enquanto olho em volta, a festa tava agitada demais.

— não gosto de dividir, Morena. O que é meu é meu e fim de papo. — volto o olhar pra ela, a expressão mudou completamente. Mas eu gosto disso. Gosto das conversas. Com duplo sentido.

Os braços permanecem apoiados em torno do meu pescoço, solta um pouco do peso do corpo na minha mão, e eu puxo ela pra mais perto, sentindo seu corpo ficar rente ao meu, os olhos claros não desviam do meu por nada.

— não se pode ter alguma coisa sem ser sua. — fala com indiferença, como se fosse só mais uma conversa normal entre duas pessoas. Mas não é bem isso que tá rolando.

— quem disse que não é minha? — ela estreita os olhos rápido e eu franzi o cenho, com uma risadinha querendo escapar pelo canto da minha boca. — se desgruda de mim, e tenta ficar com algum cara por aí, morena...não vai conseguir... — ela estala a língua, tenta desvencilhar o corpo do meu, mas eu puxo mais ainda.

— se você deixasse, mas acho que não ia gostar de assistir essa cena.— fala com convicção, e eu bati os ombros, marrentinha demais...

— não deixo mesmo. Já te disse, não divido nada que é meu. — eu falo enquanto tô encarando ela nos olhos, Victoria não desvia o olhar, só quando o meu desce para sua boca e ela faz o mesmo.

Subo minha mão pro seu pescoço, conseguindo nessa posição segurar o rosto dela pelo maxilar, as mãos caem dos meus ombros e sinto entrarem por dentro da minha camiseta, as unhas ficam raspando no meu abdômen enquanto nos beijamos, gosto de como nosso beijo encaixa, como ela sabe certinho quais movimentos fazer pra me deixar maluco.

Afasto nossos lábios em um selinho estalado, mas não afasto seu rosto do meu, olho pra ela, entendendo tudo que quer me dizer só com o olhar, e uno nossos lábios uma última vez.

— já deu dessa festa, né? — questiono, ela olha pra amiga dela, eu solto seu rosto, volto a me encostar na grade enquanto as duas se falam, viajando sozinho enquanto olho, viro pra ver se o cara ainda tava do meu lado, mas não tá mais aqui, e me despeço do Raul quando vejo as duas se abraçarem.

— buenas noches hermano. — rio da cara que ele faz, dando um sorrisinho em aceno pra amiga dela.

— vai na frente. — murmurei, e ela me olhou antes de fazer, seguro sua mão, entrelaçando na minha, Victoria me encara depois de olhar para nossas mãos, e eu reviro meus olhos. — se eu não te segurar tu vai ser esmagada aqui, já viu teu tamanho? —

— vai você na frente então. — reclamou, e eu estalo a língua, empurrando seu corpo com o meu pra ela voltar a andar, e assim a morena fez.

Observo. Observo como Nicole para de dançar com o amigo, me encara totalmente confusa, ela não é uma pessoa ruim, só apressada demais. O olhar vai direto pra Victoria, franze o cenho, fica confusa, e eu desvio quando ela me olha.

Parece acontecer em câmera lenta, ela fica em estátua enquanto eu passo na sua frente de mãos dadas com a social media do meu time. Os olhos caem direto nas nossas mãos entrelaçadas, a expressão muda, não expressa nada, me encara séria, sem raiva nem nada do tipo, mas ainda tá imóvel no lugar, só acompanhando nossos passos.

Eu aperto firme a mão da morena quando meu corpo colide com o de um cara que dançava sem parar, mas volto a andar, e de novo ligaram aquele liquidificador na minha cabeça.

Quando saímos da muvuca sinto a mão dela se soltar da minha, escorrega com facilidade, e vou com ela até a entrada da casa em silêncio, pegando nossos celulares, indo pro Estacionamento.

Ela me segue enquanto vou até o carro, entra no banco do carona da bmw, e eu entro no carro também, ligando o veículo pra colocar o endereço no gps e ver qual caminho iria dar até a minha casa.

— tá quieta por que? — pergunto, rindo de canto e Victoria me olha, se encosta no banco enquanto saio do estacionamento da parte debaixo da casa.

— ela ainda mexe com você? — ela faz a pergunta como se não fosse nada demais, com indiferença, olho rápido pra ela por estar dirigindo em uma velocidade alta, tá me olhando com aqueles olhos penetrantes.

— como você sabe que eu tinha alguma coisa com ela? — questiono, porra ela sabe de tudo, pelo canto do olho vejo quando a Lorena bate os ombros.

— perguntei primeiro, colombiano. Se ela realmente ainda mexe com você, até posso ir pra sua casa, mas não vamos fazer nada. Sei que é só sexo, mas não é por você, é por ela. E não vou ser alguém pra você descontar isso... — eu paro o carro na hora, meu corpo vai pra frente assim como o dela, solto uma risada enquanto encaro a rua, respirando fundo, antes de olhar pra mulher mais complicada e gostosa que eu já conheci.

Victoria me encara com o cenho franzido pela freiada brusca que eu dei, cruzo os braços, depois de ativar o freio de mão.

— você só pode tá de sacanagem que tá me perguntando isso. — murmurei, minha voz soa rouca. O olhar fica dividido entre meus dois olhos.

— não, não tô. Sei do caso de vocês dois, não funciona como nós dois... — corto ela, independente do que ia falar, e Victoria parece ficar irritada com isso.

— que caso? De meses atrás? Que parou antes que começasse nosso lance de sexo causal? Morena, não sei quem te conta, mas conta errado, e se você vai pela cabeça da mídia...eu tô namorando até a tomada. — falo com deboche, batendo os ombros encarando ela com um sorriso irônico no canto da boca.

— você sabe que não é só isso. A garota ficou estátua atoa? Te olhou daquele jeito mas vocês já pararam há meses? Richard, vocês são todos iguais, na hora de serem filhos da puta o foda se sempre tá ligado. — me esculacha, e eu cruzo os braços rindo, balançando a cabeça em negação, encarando a rua de novo, antes de voltar meu olhar pra ela.

— ficou estátua atoa não...não ando de mão dada com qualquer pessoa. Nunca nem fiz isso com ela. — Victoria gargalha alto, mas gargalha mesmo, ao ponto de se contrair de tanto que tá rindo, e eu fico quieto tentando ser paciente.

— ai...calma aí calma aí, é sério que você vai falar isso? Rios...você andou de mãos dadas comigo no dia em que nos conhecemos! E agora quer falar que não faz com qualquer pessoa? — ela pergunta ainda rindo, solta mais um risada. — sinceramente, minha vontade era de descer do carro e pedir um Uber. —

— foram situações completamente diferentes. Quer comparar um dia que nem se beijado a gente tinha, eu tentando chegar em você a todo custo e você me negando, com o dia em que passei parte de uma festa que era pra eu tá no quarto já, só que fiquei grudado em você, na frente de todo mundo com o dia em que a gente se conheceu? — eu pergunto indignado, bufo, balançando a cabeça de novo.

— nossa então eu tenho que agradecer a você por ter ficado comigo e não com outra? Ah tá bom, mas então você faz isso qualquer pessoa, não vem dizer o contrário. — disse irritada, gesticulando, e eu tô do mesmo jeito, prestes a perder a cabeça.

— ah sim Victoria...em uma festa eu tô tentando chegar em você, na outra era pra eu tá me acabando pra caralho mas so conseguia pensar em você...realmente, da pra comparar as duas situações. — eu rio, em um tom carregado de ironia, volto a cruzar meus braços já que eu estava gesticulando sem parar, e olho pra ela.

A morena engole a seco, antes de encarar a rua, e não me responder mais nada. Ligo o carro de novo, voltando a dirigir mas dessa vez mais devagar.

— você falou falou...mas até agora não respondeu. — a voz tá baixa mas continua firme, encosta a cabeça no carro, e fecha os olhos.

— não. Ela nunca mexeu comigo, eu assumo que errei, usei ela de tapa buraco sem nem perceber, mas agora sobre você já não posso dizer o mesmo... — bato os ombros, desistindo de fazer ela entender alguma coisa. Olho pra ela rápido, e respiro fundo. — por que tu nunca acredita em mim? — pergunto, já tinha reparado isso nela, nada que eu falava era sério, só brincadeira, implicância e pra irritar, ela nunca leva a sério oque eu falo.

— por que eu sei como você é, sei dos quinhentos casos mal resolvidos que você tem aqui na Colômbia. Você não sai em página de fofoca atoa, praticamente implora por isso. Eu me arrependo de ter fingido pra sua família que era sua namorada, devia ter deixado você se ferrar pra ver se aprende que com a mídia não se brinca. — eu solto uma irisada irônica, paro o carro no portão do condomínio, e olho pra ela, esperando me olhar de volta pra falar.

— e você acredita em tudo menos em mim? Vamo lá, da garota que eu sai no Instagram da Choquei, era o James que tá saindo com ela, não eu... — eu bufo irritado quando ela me interrompe, cruzando os braços.

— você não me deve satisfação nenhuma sobre isso, não temos compromisso nenhum, não me importo se é verdade ou mentira... — e agora é minha vez de interromper ela, e a morena ficar irritada, já que o pescoço fica cada vez mais vermelho.

— quem disse que eu tô te dando satisfação? — rio fraco enquanto faço a pergunta. — to só deixando claro as mentiras que inventam e você é boba de acreditar, mas fora isso? Não tô te dando satisfação sobre nada. — Victoria fica em silêncio, tá na hora dela escutar um pouco também, só eu que tomo fora. Entro no condomínio depois da cancela abrir, dirigindo até minha casa devagar. — A Kaia eu saia ha um tempo atrás, mas muito tempo mesmo, quando entrei pro Palmeiras, hoje quem fica com ela é o Paial, outro amigo meu. A Nicole eu fui filho da puta, mas passou, não tem mais oque fazer também. —

— tá chega, só não quero ser a próxima que vai sair em site de fofoca mas ao que tudo indica eu vou ser. — ela riu, balançando a cabeça em negação, olha pra mim, e eu passo a olhar pra ela de volta. — se importa de me deixar em casa? — fecho a boca, engolindo a saliva, analiso o rosto que nunca expressa se está se sentindo mal, bem, ou tanto faz, paro na boca avermelhada, antes de subir meu olhar pro seu. — qualquer coisa eu pego um Uber ou... — estalo a língua irritado com essa história de motorista de aplicativo, ela não entende não?

— fica aí, prometo que amanhã de manhã eu te levo. — falo, desvia o olhar do meu, estaciono o carro na garagem abarrotada de carros, deixo ligado e Victoria solta o cinto, parando pra me olhar.

— não quero ver sua família. Muito menos seu sobrinho, já deu de ficar mentindo pra ajudar você. — fala séria, e eu não consigo controlar s risada que escapa dos meus lábios.

— já parou de mentir pra si mesma também? Começa por aí antes de querer parar de mentir pros outros. — abro a porta do carro, descendo primeiro, a porta bate com certa força, e dou a volta, abrindo a porta pra ela descer do carro, e a morena faz, os cabelos se movimentam e o cheiro do perfume me atinge em cheio.

— não tô mentindo pra mim. Mas você eu acho que tá, se ela não mexe com você eu sou uma... — começa a falar toda irritadinha, fecho a porta, grudo seu corpo no carro com o meu, apoio minha mão em cima do teto do veículo, a boca tá entreaberta enquanto os olhos me encaram perdidos.

Levo minha mão ao seu rosto, deslizo o polegar pela bochecha, até chegar nos lábios, encaro seus olhos enquanto a ponta do meu dedo passeia na boca dela, brinco com o lábio inferior, ela desvia o olhar carregado de uma inocência maliciosa pra baixo, voltando a me olhar quando paro os movimentos, os seios tão esmagados contra mim, encaro em seus olhos enquanto as pernas com o joelho, encaixando ali, sentindo o tecido rendado tocando minha pele.

— você me deixa maluco, morena. Pode ter certeza que se sair alguma coisa de fofoca sobre nós dois, eu não vou negar nada, a não ser que você me  implore, daquele jeitinho que só você sabe fazer. —  sussurro em seu ouvido, mordisco a pele do pescoço e puxo ar entre os dentes quando ela abre um sorrisinho, toca meu dedo com a ponta da língua em movimentos circulares, quando vou tirar minha mão do rosto dela sinto segurar meu pulso, me encara enquanto a boca envolve meu polegar, a língua realiza movimentos que me enlouquecem.

— você vai negar sim, Colombiano, em momento algum eu me envolvi com você amorosamente. Você me usou e eu te usei. — bate os ombros com um sorrisinho no canto da boca, mordi o lábio inferior, roubando um selinho dela, antes unir nossos lábios.

Como sempre eu a beijo devagar, nossas línguas deslizam de forma tranquila, sem desespero nenhum, e é ela quem para o beijo.

— você já me estressou demais por hoje, quero dormir. — murmura baixinho e eu solto uma risada, desencostando minha mão do carro.

— sim, eu quem fiquei falando de pegar sua amiga né? — franzi um lado do nariz em ironia, começando a andar pra casa, e ela veio junto.

— vamos voltar a discutir se você realmente ficar de piadinha. — eu respiro fundo, destranco a porta de casa depois de andarmos até aqui observando a vista da cidade a noite.

— vamos discutir mesmo se você continuar acreditando tudo que vê na internet. — fecho a porta, falando baixinho por mais que a casa seja grande, ela solta uma risada.

— quem disse que eu sei só disso só por causa da internet? — me encara com deboche, eu franzi o cenho, e ela arqueou as sobrancelhas. — eu sei que você não presta, e é ridículo você ficar tentando argumentar com isso. —

— e daí que eu não presto? Não temos compromisso, nada, realmente não tem problemas eu não prestar — bato os ombros, não vendo mais problema em eu não prestar no ponto de vista dela.

— isso não importa. Mas importa você ficar inventando mentiras sem necessidade. — eu respiro fundo, mas a minha vontade é de socar a parede, subo as escadas e ela vem atrás de mim, abro a porta do meu quarto, deixando ela entrar antes de trancar. Coloca os tênis no canto do quarto.

Abro a porta do armário, vendo oque eu tenho de roupa aqui, pego um short pra dormir, uma cueca e uma blusa pra ela, colocando em cima da cama. A morena me encara enquanto eu tiro a roupa, me seca quando tiro a camisa, e por fim o short.

— vem. — passo direto por ela, indo pro banheiro, me encara perdida através do espelho, mas coloca a bolsa em cima da cama, tira as meias, antes de vir para dentro do cômodo.

Fecho a porta, o ambiente parece ficar sufocante, pequeno demais pra nós dois, já que ela tá muito perto.

Fico atrás dela, jogo o cabelo pra frente, solto a cordinha que eu mesmo tinha amarrado, e veio afrouxando como se fosse um cadarço de tênis.

— Ainda vou te fuder usando isso aqui. — olho pra ela através do espelho, eu sou mais alto do que ela, e solto esse negócio todo, encarando enquanto ela tira passando por cima da cabeça, os olhos se encontram com os meus, e eu desço pro piercing que acaba comigo, estalo a língua, escutando ela olhar uma risada fraca, ainda tá na minha frente quando empina a bunda pra trás na intenção de ajudar a descer a saia, dá umas remexidas no quadril pra isso acontecer, e por pouco a bunda não toca no meu pau. A calcinha é branca, e me deixa com vontade de arrebentar e fuder com ela aqui mesmo.

Mas hoje não vamos transar. Eu sei disso. E ela sabe também.

Tiro minha cueca, e entro no chuveiro primeiro do que ela, ligando a água deixando aquecer, me encosto na parede enquanto espero, acompanhando com os olhos enquanto desliza a calcinha pelas pernas, e coloca em cima da pia, solto uma risada com ironia quando ela me olha, balançando a cabeça em negação, entrando embaixo da água.

— Nicole, Kaia...até agora só você não percebeu que quem me enlouqueceu não foi nenhuma delas. E a parada de andar de mãos dadas, em uma festa privada, não faço isso com qualquer pessoa. Sendo sincero com você, nunca fiz isso, nem mesmo com a minha ex. —

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