Boa Leitura amoreesss, espero que gostem! Não esqueçam de comentar e votar!

Estamos entrando quase na reta final da fic, ainda não tenho certeza, analisando as possibilidades, mas relaxem tá bem longe do último cap ainda kkkkkkkkkk

Mas sei que estamos iniciando uma fase que vocês vão curtir bastante 🫣

As músicas aí embaixo 100% eles!!!!!!

Me diz o que que te faz tão especial assim
Talvez seu lado perverso
sei lá, sua vibe é foda
A tela do telefone pra baixo, bae
pra não ver as horas
Compromissos eu só tenho com você
Com os outros não importa
Vem Desestressar; MC PH  (part. Veigh e Vulgo FK)

É só tesão (é só tesão)
Ou se tem sentimento no seu coração (coração)
CONFISSÕES PT1; Nagalli (part. Dfideliz, CJota, Menor MC e Leviano)

A foda certa
Com a pessoa errada
Sexy; Mc Cabelinho

VICTORIA AZEVEDO
São Paulo, Apê do jogador

— não, ela me encurralou, eu não soube oque responder. — bati os ombros por realmente ter pensado que ele não fosse se importar, mas meus pensamentos mudam completamente vendo ele esfregar o rosto, a expressão fica séria e com ar de deboche.

— qual foi a única coisa que eu te pedi, Victoria? Pra não contar porra nenhuma, e você falou o que pra mim? Relaxa. — falou, soltando uma risada enquanto balançava a cabeça em negação, abrindo a porta do box, acendendo a luz do banheiro. — juro que ainda não tô acreditando. — murmurou baixo, penteando o cabelo antes de passar o desodorante.

— o que você queria que eu dissesse, Rios? Não gosto de mentir, já tô tendo que fazer isso, agora imagina quando ela me falou que já sabia que era mentira e mais um monte de coisa. Como eu ia sustentar isso? — questiono, colocando a toalha em volta do meu corpo prendendo, e solto meu cabelo.

Respiro fundo irritada, sempre tomo banho em paz, e quando saio já uso minhas coisas, mas não tem nada aqui, tá tudo na mala lá no closet.

— que você continuasse mentindo. Acha que eu gosto de mentir pros meus pais e meu sobrinho? Pra minha prima? — cruza os braços, me encarando indignado.

— não. Mas você conhece eles, eu não conheço. Se coloca no meu lugar também, eu tava sozinha com ela me encurralando dentro do carro. — tento argumentar mas não é o suficiente pra ele.

— e que que tem Victoria? Era só você falar que ela tava enganada, mudava de assunto, dava um jeito pô, não tô nem aí como, você falou que ia mentir e não contar pra ninguém contou logo pra minha prima. — bate os ombros soltando os braços saindo do quarto, e eu saio também, mas pra pegar minhas coisas.

— pra você é fácil demais falar! É sua família, você sabe mentir pra eles. — era tenso demais pra mim! Nunca tivemos o mínimo de afeto, ok, o mínimo pode até já ter rolado e eu não me recordar, mas eu me esforcei absurdamente em mentir pra família dele, e agora ele tá puto que eu soltei pra prima dele que me encurralou dentro do meu próprio carro?

— não, não sei. Nunca tinha feito isso antes, acha que eu saio mentindo por aí assim? Fica estressada e falando oque não sabe. — respiro fundo, colocando minha necessaire em cima da pia, desembaraço meu cabelo primeiro, enquanto calculava uma resposta pra ele.

— sua prima me analisou o jantar inteiro, e resto dos dias, não ia ficar na dela até descobrir a verdade, pra você é fácil mentir porque conhece eles, isso que eu tô falando. — termino de arrumar meu cabelo, e enquanto passo meu desodorante e o creme corporal me pergunto, porque tô tentando me justificar pra ele? Que maluquice.

— tá bom, aí você fez a única coisa que eu te pedi pra não fazer. Contar pra alguém. — solta uma risada irônica, aparecendo no banheiro já vestido usando só um short e com o cheiro do perfume dele, enquanto eu tô só de calcinha e sutiã, passa o olhar no meu corpo enquanto puxa a parte de cima do meu baby doll que estava em cima da pia, e joga uma camisa dele, saindo do cômodo de novo.

— você acha o que? Que sua prima vai falar pra algum insta de fofoca? — saio do banheiro e ele tá deitado na cama enfiado nas cobertas com apenas o tronco para fora enquanto usa o celular, e jogo a camiseta dele nele mesmo, pegando de volta a parte de cima do meu pijama, e tiro o sutiã depois de vestir. Apago a luz do banheiro, indo no closet guardar minha bolsinha.

— eu disse isso em algum momento? Ou só disse pra você não contar nada? — questiona enquanto eu levanto o edredom pra me enfiar embaixo.

Olho pro jogador, que me encara com aquela cara dele de deboche e estando estressado, ficando de uma forma que eu não sei explicar, eu respiro fundo tentando não pirar, em uma tentativa falha de controlar meu divertidamente.

— se coloca no meu lugar, só isso. — levanto da cama de novo antes que meu divertidamente pirasse de vez, visto meu moletom que estava em cima da minha bolsa pra cobrir o baby doll, indo na sala falar com a Juvena e o Thian.

— estás bien Tia Vic? — ouço o pequeno perguntar assim que fecho a porta do quarto, pausando o vídeo game que ele jogava.

— sí. Só un pequeno magullado. — me sento no sofá, e Juvena me encara estreitando os olhos.

— Thian ira dormir conmigo hoy? — pergunta a ele, e eu me aconchego mais no móvel, lembrando que o combinado era ele dormir lá no quarto comigo e com o tio dele.

— no, yo voy dormir con mi tío y tía Vic. — fala enquanto tá concentrado demais no jogo de futebol, em pé enquanto segura o controle, olho para o lado ao sentir Juvena me cutucar.

— habló con él? — assinto.

— no gustó mucho. Pero ya está tudo bien. — menti pra ela de novo, eu ia falar que o primo dela fez um auê como se ela fosse a maior fofoqueira da internet? Óbvio que não.

— miesmo? — de novo eu balanço a cabeça afirmando, e olho para a televisão quando o pequeno grita animado correndo pela sala.

— sus abuelos Thian... — aviso a ele que sorriu travesso pedindo desculpas antes de voltar a se concentrar no jogo.

— tu y mi tío brigaste? — olho pra Juvena franzindo o cenho com oque ele fala, e ela repetiu o ato antes de olhar pra ele.

— donde tiraste esto? — pergunto rindo, mas acho que de nervoso.

— Dice que el no gostoy mucho. — deu de ombros, o barulho do controle do vídeo game era tão frenético que me dava agonia.

— no gostoy mucho do regalo que yo di a el. — Juvena me salva dando uma resposta pra ele antes de mim.
( não gostou muito do presente que eu dei a ele. )

— entendí...Pêro yo escutei unos barulhos...estraños. — arregalo os olhos em automático, Juvena tá rindo horrores do meu lado e eu sinto minhas bochechas ficarem quentes.

— tu tío...caiu! — invento e ele me olha estreitando os olhos.

— mi tío? Esto és quase impossible. — da de ombros voltando a olhar o vídeo game.

— sí...pero él caiste miesmo...y después caiste mais una vez! — ele abre a boca pra contestar, mas Juvena fala pra ele ficar de boca fechada por ser falta de educação, voltando a rir depois.

Vou na cozinha tomar uma água de tão assustada que eu fiquei, e encho o copo, desbloqueando meu celular, abrindo na mensagem que tinha chegado do Bruno.

" foi mal pela foto que tiraram print Victorinha, nem tinha visto vocês dois se falando ali atrás. Mas em certos pontos concordo essa influenciadora viu? Olhar sugestivo dos dois 👀 ainda vou flagrar vocês no pulo! "

Falo pra ele ficar tranquilo e parar de nóia também, coloco o copo em cima da pia quando o colombiano entra na cozinha, nem sei se me olhou, só sei que eu saí de perto, porque sinceramente mais dois segundos perto dele agindo com essa ironia toda e eu acho que ia embora pra não explodir.

Depois de um tempo ele passa direto pro quarto, Juvena não tá mais na sala e Thian me olha.

— vamos tía vic? — assinto, levantando, ajudo a guardar o cabo do vídeo game, antes de ir com ele pro quarto.

Ríos tá deitado de bruços, consigo perceber uns leves arranhados nas costas dele, Thian sobe na cama, se aconchega na mesma posição que ele enquanto vou pro banheiro.

Tiro meu moletom, e troco a parte de cima do baby doll por uma camisa larga por causa do Thian, voltando para o quarto. Deixo tudo dobrado em cima da minha bolsa, levantando o edredom com frio, me aquecendo ali embaixo.

Estalo a língua baixinho com a mão que rodeia minha cintura, e não penso duas vezes antes de tirar, mas volta quando Thian se remexe e eu fecho os olhos com raiva não podendo tirar a mão dele dali.

Pego meu celular, indo no aplicativo de mensagens.

vai continuar de palhaçada?
eu vou embora
para de me irritar.
23:40

não tô de palhaçada
você ainda é minha namorada
de mentira, mas é
23:4

Minha vontade é de jogar meu celular longe, mas coloco em cima da cabeceira com calma, tentando me concentrar em dormir, mesmo com a mão do ser que eu discuti há pouco tempo em mim.

Amanhã de manhã seria só e eu e ele no apartamento, eles vão embora de madrugada, amanhã tem treino pro jogo, Ríos não vai levá-los no aeroporto por isso, e agradeço mentalmente pensando que isso tudo vai acabar.

RICHARD RÍOS
São Paulo, apê do jogador

Olho pro lado, vendo só Thian deitado na cama, e levanto, indo atrás da morena que parecia cuspir fogo de tão estressada que tinha ficado comigo. Tá tudo escuro, e escuto um barulhinho vindo da cozinha, é da água caindo no copo.

Ela toma um susto, penso em zoar ela, pedindo pra não se cortar de novo, mas acho que aí eu perderia a cabeça e outras partes do corpo, então fico na minha.

— me desculpa, por ter sido ignorante com você mais cedo. Juvena é boca solta, a única coisa que eu te pedi pra não fazer você fez... —

— ainda acho que eu não tô errada, não adianta nada você ficar querendo argumentar comigo. — da de ombros antes de cruzar os braços, ficando parada encostada na pia, não tenta sair porque eu tô na passagem, cruzo meus braços, me aproximando do seu corpo. O cheiro dela fica forte, o piercing do nariz tá brilhando com a pouca luminosidade que entra da janela da cozinha. O que eu me controlei hoje mais cedo foi absurdo quando entrei no banheiro, o cabelo solto, batendo em cima da bunda, ela não usava lingerie nem nada, eram só umas peças íntimas simples da Calvin Klein, ela tava toda irritada, o pescoço pegando fogo, prefiro não comentar oque era minha vontade de fazer naquele momento...

— jura? Parou pra pensar um pouco? — perguntei, parado na frente dela, Victoria não me olhava por nada, a cozinha parecia bem mais interessante.

— sim, só pensei o quanto você não se colocou no meu lugar de estar penando em mentir pra sua família, e ainda ter sua prima me questionando. — fala brava, e solto uma risada, conseguindo atrair a atenção dela já que finalmente olhou em meus olhos.

— é? — arqueio as sobrancelhas, e ela concorda com a cabeça. — eu tô mentindo pra minha família e ainda pra todos os meus colegas de equipe e ninguém ali esconde nada de ninguém. —

— mentindo? Esconder agora é mentir? — questiona e eu me aproximo mais, ela dá um passo ou tenta; porque bate com o corpo contra a bancada.

— óbvio. Quando me perguntam de você eu tenho que falar que não acho nada demais. — bato os ombros, ela tomba a cabeça de lado. Que não acho nada demais, que não ficaria com ela, isso tudo tendo que escutar os garotos da base falando palhaçada enquanto tão indo pro treino e ela ainda tá no CT, não tenho ciúmes, nunca fui de sentir ciúmes não sofro disso mesmo, mas me incomoda ter que ficar quieto e não poder falar pra ninguém que já ficamos. Me incomoda mais ainda o fato de que não temos nada, é só sexo, e não sei como reverter essa situação, não a essa altura do campeonato, e é melhor deixar tudo como tá, sem distrações no meu futebol, não me preocupando em bloquear números depois de uma noite e ficando na cabeça se vão vazar alguma coisa, se um dia calhar dela vazar, não vou me ferrar sozinho.

— eu sou assunto entre vocês então? — estalo a língua antes de dar uma resposta.

— vou comprar um espelho pra você. Tá precisando. — encaro seu rosto, observando quando engole a seco, e morde a pontinha do lábio inferior, pela forma como me encara sei que tá estressada comigo ainda, e quanto ela não tá né? — ainda acha que tá certa? —

— sim. Não acho, eu tô certa. — não fala nada quando coloco minha mão na lateral do seu rosto, mordisco seu lábio inferior, a morena deixa e raspo nossos lábios sentindo sua respiração ficar descontrolada.

— é?  — franzi o cenho, ela assentiu, e não pensei duas vezes antes de deixar minha mão entrar nos cabelos longos, com a outra mão subi em direção ao seu pescoço depois de grudar sua boca na minha.

Demora um pouco mas ela cede espaço, deixa minha língua invadir sua boca com tudo, e fica na ponta do pé, apertando a mão contra meu punho que tava no seu pescoço, eu não fazia força nenhuma, e desço pelo corpo dela, parando no quadril, puxando com tudo pra mim enquanto nossas línguas se movimentam em sincronia, e seu corpo parece se fundir no meu de tanto que eu puxo ela pra mim.

Me falta ar, mas eu não paro por um segundo, respeito quando ela quer parar a deixando pegar ar entre selinhos, antes que voltasse a atacar sua boca com tudo. O beijo tá gostoso demais e eu não quero parar, puxo seu cabelo fraquinho, antes de soltar, descendo minhas duas mãos em seu corpo, dou impulso e com ajuda ela sobe no meu colo, passando os braços no meu pescoço, as unhas que como sempre acabam comigo raspando na região, prenso seu corpo contra a parede, sentindo os seios esmagados contra os meus, ela ondula o quadril de propósito, e sou obrigado a separar sua boca da minha pra arfar.

Solto ela, prendendo seu corpo mais ainda com o meu, queria tirar essa blusa do corpo dela pra sentir sua pele na minha, e volto a beija-la, segurando seu rosto com minhas duas mãos, enquanto sinto as unhas agora rasparem meu abdômen.

— Vira. — ela não hesita, faz oque eu pedi, esmaga o corpo na parede e fica empinada pra mim, toco a barra da blusa comprida que tá na altura do quadril dela, mas paro completamente quando sinto suas mãos segurarem as minhas, afastando do seu corpo, e a morena vira de frente pra mim, ainda segurando minhas mãos.

— calma aí né? Acabamos de transar, Ríos, não sei se aguento, muito menos se eu quero depois de você me estressar tanto... — tá me provocando, sei disso porque faz um beicinho malicioso enquanto me encara entre os cílios, não larga minhas mãos enquanto fica na ponta dos pés, me puxando por elas, e mordisca meu lábio, antes de estalar selinhos molhados na minha boca. — boa sorte aí, Colombiano, pensa duas vezes antes de querer vir com deboche todo irritado. — desce o olhar devagar pro meu corpo, para no meu membro e sobe, dando um sorrisinho antes de soltar seu corpo do meu, me beijando rápido. — e boa noite. —

Estalo a língua, preciso passar rápido no banheiro antes de voltar pro quarto, ela ainda tá acordada, Thian tá de bruços, e aproveito pra dar a volta na cama indo na sua direção.

Não fala nada quando apoio uma mão de cada lado do seu corpo, abaixando, unindo sua boca na minha, ela devolve o beijo que eu começo e ela termina, ainda a encaro enquanto tô levantando, a morena não desvia o olhar do meu, enquanto tô voltando pro meu lado da cama.

Quando me aconchego Thian se joga em cima de mim, beijo sua testa me acomodando pra dormir. Isso muda completamente quando eu abri os olhos ao sentir o corpinho pequenos se afastar do meu, vira pro outro lado da cama, joga a perna em cima da Victoria, antes de deitar a cabeça no ombro dela e não no meu. Estreito os olhos, sentindo a culpa me atingir feio, ela me olha, parece sem saber o porque disso assim como eu tô, e faço uma careta pra ela de que não sei.

Subo mais na cama, consigo passar meu braço por cima, alcançando o cabelo dela com a minha mão, começando um carinho devagar, volto a deitar depois de ver seus olhos fechados e sua mão subindo e descendo nas costas do meu sobrinho, rindo quando ela tira minha mão do seu cabelo. Estalo a língua quando Thian se mexe de novo, mas agora deita a cabeça no meu ombro, me impedindo de fazer qualquer movimento, enquanto a perna continua jogada em cima da Victoria.

Eu não acordo pra ir pro treino, eu caio da cama. A claridade bate forte no quarto enquanto meu despertador não para de tocar por um segundo. Desligo o celular, levantando ainda no horário.

Tomei um banho rápido, vesti a roupa do treino direto pra não perder tempo, hoje tinha a reunião do Paulistão, treino pro próximo jogo, e oque me pega mais é que já acordo com o convite pra despedida do Endrick.

— buenos dias, Ritcha. — Juan tá sentado na bancada tia Rose tá de frente pra ele rindo, e estreito os olhos.

— apareceu cachorro? — senti na banqueta do lado dele, tomando meu café logo pra não atrasar. — tava com quem? —

— una persona. — deu de ombros, tomando um gole do café, e olho pra tia Rose que riu.

— viu a Victoria saindo? — pergunto pra ela, que pareceu pensar um pouco, antes de assentir.

— saiu cedo e disse que tava atrasada. —

— Victoria hm? Coitada de lá Chica, tiendo que aturar você. — reviro os olhos com a fala do Juan, pego minha mochila e saio logo do apartamento.

O caminho do meu apartamento pro ct não demora tanto, quando chego já vou direto pro auditório, dando de cara com Piquerez e Gomez, me encolhendo pelo frio que tá nessa sala.

— que isso tá em quantos graus aqui dentro? — pergunto, me sentando em uma das cadeiras, aproveitando o tempo que tenho pra ficar no celular.

— foi o maluco do Eminem disse estar com calor. — rio quando Gomez fala do apelido novo do Aníbal.

A sala vai enchendo de pouco em pouco, estalo a língua e cruzo os braços sabendo a perturbação que ia ser quando Lázaro senta do meu lado esquerdo e Endrick do direito.

— porra vocês dois juntos não dá não. — balanço a cabeça em negação, encarando o telão que ainda tava desligado.

— ih qual foi irmão? Teus cascas de bala, que ideia é essa? — Endrick me zoa.

— tô te entendendo também não Ritcha. — Lázaro me empurra de leve com o ombro, rindo quando a criança do meu outro lado imita o gesto dele.

— vou levantar e fazer reclamação de você, é menor de idade ainda, vão chamar teus pais aqui pra reunião. — olho pra Endrick, rindo com a cara de deboche dele.

— você era o único que não me zoava com essa merda de idade... — fica indignado, solto uma risada, passando meu braço no pescoço dele, agarrando o jogador que tenta se soltar. Acabo soltando quando Abel e Leila entram na sala.

Bruno entra atrás deles, e Victoria também, tá com o uniforme preto, a calça legging marca o curativo que tá por baixo, franzi o cenho pensando sozinho se tinha tomado cuidado quando transamos ontem a noite, mas sei que sim. Senta lá embaixo em uma das cadeiras, olho pro lado sentindo um olhar queimando em mim, e Menino estreita os olhos rápido na minha direção confuso, antes de voltar sua atenção para Piquerez que tá sentado do lado dele.

— licença que a beijocas dele chegou. — Endrick murmura, e estalo a língua, vendo Lázaro chegar para frente confuso.

— por que beijocas? — pergunta e olho pra ele confuso também.

— oxi, nenhum dos dois sabe dizer que que tá rolando, beijocas. — deu de ombros, Lázaro riu e balancei a cabeça em negação.

— silêncio aí três patetas. — tenho certeza de que ninguém tá olhando antes de mandar dedo pro Vanderlan.

Lázaro ainda tá mais na dele, demorando um pouco a se entrosar no time, mas é o jeitão dele, sei porque já tô acostumado, acho até engraçado ele cheio de vergonha já que lá no Flamengo não era bem assim não.

Presto atenção a reunião inteira, as estratégias, os compromissos semanais que são em conjunto, então eles apresentam dessa maneira e cada um recebe no Gmail como vai ser curtinho, mas ficamos a par da situação dessa forma quando é para o time todo sem exceção nenhuma.

Bruno é quem fala, passa alguns slides, e ate risadas saem quando ele faz piadinha mostrando que os vídeos que mais bombam é cada um sendo quem é, Endrick perturbado, John sendo engraçado sem esforço, e eu? Sendo o mais bonito do elenco né?

— faz parte. — rio envergonhado depois do vídeo que passa no telão, escutando os caras me zoarem alguns tapas na minha cabeça.

— da moral pro Colômbia não Bruno! —

— que isso Bruno? Só o Colômbia sai na boa? —

— talvez se vocês deixarem eu finalizar o meu trabalho... — brincou, rindo antes de mostrar também um vídeo do Veiga, e rio vendo ele ser zoado por quem tava perto.

Levantamos quando a reunião acaba, e daqui era ir direto pro campo, passo no vestiário só pra pegar as chuteiras, quando saio dou de cara com menino.

— entra entra entra entra. — me empurra pra dentro do vestiário, e eu franzi o cenho, tirando a mão dele do meu corpo sem entender. — tá realmente com a Victoria não tá? — cruza os braços, faço careta.

— sério que tu quer me prender aqui pra isso? — falo sem acreditar, eu tô namorando com ele e não sei? Pra ficar dando satisfação assim?

— sim irmão, tá geral de olho na mina, ninguém chega porque ela é daqui, mas se é tua tu tem que falar ué. — bate os ombros, e eu estreito os olhos pra ele.

— tirou que eu tô com ela de onde, Gabriel? Pô Mesmo que tivesse tu não tem nada a ver com isso, e como tu disse, ela é daqui, não da. — ele continua me encarando, eu estalo a língua e tento passar, mas ele não deixa.

— joga limpo irmão, adianta nada tu ficar nessa e quase devorando quando ela passa. —

— meu nome agora é brendha né? Pra eu ficar te devendo satisfação assim. — cruzei os braços rindo, e ele riu também.

— fala cara, não vou te deixar em paz até tu assumir. — estreito os olhos pra ele sem entender porque tanta insistência.

— o que que tu viu? Pra tá assim? — ele sorri de canto.

— no avião aquele dia, uma parada de lance casual. Não entendi muito bem oque é isso não. Mas confirma então? —  Menino sustenta o olhar, e eu desvio dele rindo, escutando ele soltar um berro, me sacudindo pela camisa pulando em cima de mim e jogo ele no chão. — tu não sabe mentir pra mim não pai! Não sabe! —

— tá bom, agora tu pode ficar quieto? Valeu aí. —

— mas é o que que ta pegando entre vocês dois? — bati os ombros balançando a cabeça em negação, e ele franziu o cenho confuso. — como assim, Colômbia? —

— também não sei, de verdade mesmo, de coração, também não sei. — ele respira fundo enquanto vem andando do meu lado em direção ao campo.

— começou no Ct? — balanço a cabeça em negação, ele me acompanha confuso quando desvio o caminho depois de ver Victoria vindo no corredor, e acelero o passo pra ele não me questionar.

Coloco as chuteiras, rezando antes de entrar no campo pra começar o treino.