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cincuenta y dos

VICTORIA AZEVEDO
Colômbia, Medellín

— buenos dias, amor mio! — abri os olhos com a claridade, rindo e quando vejo minha abuela abrindo as cortinas, se vira pra trás com um sorrisinho no rosto, eu me cubro mais ainda, sentindo um pouco de frio.

— buenos dias. — fecho os olhos com o beijinho que toca minha bochecha.

— yo voy hacer tu arespinhas, vá se trocar. — sorrio, sentindo saudades de que comer as arespas dela, levanto da cama, esfregando meu olho cansada, lembrando da conversa tensa de ontem.

É estranho demais. Tinha me acostumado com ele, com o jeito, as manias, do nosso jeito a gente se entendia bem, era ótimo pra mim, não ter aquela complicação e insegurança toda que sempre rola na primeira vez indo pra cama com alguém. Sem saber o que a pessoa gosta ou não. Não tinha com o que eu ficar insegura com um cara que me olha daquela forma, desejando, muito menos insegura por confiança, não tinha o que ele fazer comigo, mesmo trabalho, mesmo ambiente sempre.

Acho que até posso dizer que confio nele, mas agora ele querer falar eu ele e a palavra namoro na mesma frase, é maluquice com doideira, não existe isso.

Se me perguntam se eu prefiro morrer sendo a tia solteira do que passando por situações complicados em um relacionamento, eu prefiro morrer sendo a tia da Cath que nunca vai arrumar um namorado. Até penso que a história pode mudar, caso um dia eu encontre de fato uma pessoa com os mesmos princípios, mas é difícil achar um cara que não queira ter filhos, eu não me esforço pra encontrar, porque realmente sei que não consigo me entregar mais, não depois de tudo.

Não entendo o que eu fiz pra passar por tudo o que eu passei, e não entendo se eu sou errada, ou se é normal um namoro assim. Eu simplesmente não conhecia os pais dele. Nem ele os meus. É normal um namorado de tratar mal? Te esconder de todo mundo? Assumir, falar que ama, que você é dele e de mais ninguém, pra querer ficar escondendo?

Respiro fundo, remoendo o passado, lembrando que eu tinha que ficar quieta sabendo que ele tava em baladas e festas, eu não podia ir, porque segundo ele os amigos não tinham me convidado, mas ele jurava que não ia me trair, e a frouxa acreditava. Acho que era mais fácil ele ter declarado um relacionamento aberto comigo, com todo respeito a quem tem, mas eu não gosto, não teria sob hipótese alguma, a não ser que fosse pra não ser rachada de corna e otaria por aí.

Óbvio que transei com outros caras além dele, mas pra um cara experiente pra cacete, como você acaba o sexo sabendo que seu parceiro não chegou lá? Não entra na minha cabeça isso.

Saio do transe com o celular tocando, e atendo a chamada, depois de ler o nome da minha irmã na tela.

— da pra você descer logo? Tô cansada de ficar quieta esperando pra fazer surpresa pra você! — eu solto uma risada alta, desligando meu celular, calço os chinelos correndo, antes de descer a escada igual uma maluca, sorrindo quando vejo Ana levantar do sofá não pensando duas vezes antes de pular em cima dela, sentindo nossos corpos colidirem no sofá. — caralho eu sei que você me ama mas se você não lembra eu tenho silicone! — reclama rindo, e beijo sua bochecha antes de levantar.

— desculpa, esqueci mesmo. — me sento direito no sofá, rindo enquanto ela levanta com a mão no peito. — posso saber onde tá a Catharina? — questiono sobre minha sobrinha.

— passeando com o pai dela, achei que ele tava muito atoa em casa, uma dorzinha de cabeça a mais não faz diferença. — pisca um dos olhos pra mim, eu solto uma risada.

— Flavio deve te amar muito pra ter tanta paciência. — balanço a cabeça, e ela ri, antes de apontar com a cabeça pra mesa do canto do sofá.

— quem que deixou aquilo ali pra você? — franzi o cenho antes de direcionar meu olhar pra mesa branca, vendo uma caixa branca.

Sabe quando você é criança, fica girando sem parar e fica tonto? Sentindo que cérebro deslocou? É como eu fico, sem entender quando meu coração acelera imaginando quem teria mandado.

Levanto do sofá, vendo que tem um R no cantinho da tampa da caixa, e balanço a cabeça em negação.

— umas compras que eu fiz na loja de uma menina daqui, deixa eu só colocar lá em cima e já desço, pera aí. — pego a caixa, subindo logo pro meu quarto, abrindo a porta do armário, enfiando lá dentro. Acabou, acabou e ponto. Mas acabou o que especificamente? Era só sexo, né?

Desço as escadas e minha irmã revira os olhos pra mim.

— seu erro é achar que eu não sei quando tá mentindo pra mim. — estalo a língua, respirando fundo.

— é um cara...mas não é nada demais. — engulo a seco, enquanto minha irma me encara com desconfiança. — a gente podia ir no shopping hoje a tarde né? Preciso muito conversar com você. — solto uma risada nervosa, prendendo meu cabelo em um coque frouxo, e ela ri.

— adoro suas aventuras amorosas! — reviro os olhos rindo, antes de seguir meu caminho pra cozinha. — donde está tio Marcelo? — pergunta, e eu encaro minha avó percebendo só agora que ele não tá em casa.

— foste para casa, dice que ya estava muy tiempo por aqui. Elle hablou contigo Vic, yo vi, tu abraçou elle. — arqueio as sobrancelhas, realmente não me recordando disso, mas suponho que seja pelas duas taças de vinho que eu tomei pra tentar dormir bem, sozinha enquanto mexia no celular, mas tinha esquecido o quanto vinho me deixa excitada, tomando mais duas taças pra não mandar mensagem nenhuma, só assim eu apaguei no sono.

— yo lembro. — minto, me sentando na bancada, sorrindo com as Arespas no meu prato, e Ana se senta bem na minha frente.

O café passa rápido, eu perco a noção da vida enquanto sou feliz conversando com elas, só sentindo falta da mamãe com a gente. É gostoso demais estar com elas, jogar tanta conversa fora, lembrar dos tempos que moramos aqui na Colômbia, e mais ainda da saudade de morar aqui.

Quando vejo já são onze e pouca, subo correndo pra me trocar e tomar um banho, Pego o primeiro conjunto de moletom que eu vejo quando saio do banho, desvio meu olhar da caixa que eu me recuso abrir.

Calço meus tênis, pegando uma bolsa dentro da mala que não tá desfeita, e arrumo meu cabelo, passando um perfume antes de descer as escadas pronta pra sair.

— cadê ela? — pergunto sobre nossa vó, e minha irmã levanta do sofá rindo.

— na casa da vizinha já filha, tá achando que ela perde tempo é? Coitada de você. — Rio, abrindo a porta da casa, e desço as escadinhas, entrando no carro destrancado dela. — posso saber no mínimo quem é o cara? — pergunta de primeira, e quando ainda estamos saindo da rua.

— tá com pressa, Ana? — questiono rindo, e minha irmã semente.

— tô porque você nunca mais falou de macho nenhum comigo! Sossegar você não sossegou que eu sei, mas alguma coisa tá rolando. — fala indignada, eu rio, antes de encostar minha cabeça no Banco, virando meu olhar pra ela, franzindo o cenho.

— o que seria sossegar pra você? — pergunto, esperando não me idênticar com a resposta dita por ela, mas acontece o contrário disso.

— não ficar com mais ninguém, ué. — responde como se não fosse nada demais, batendo os ombros, eu desvio meu olhar, encarando o carro da frente. — meu.deus. — murmura depois de ficar me olhando um bom tempo. — eu vi que saiu você na mídia com um cara em uma despedida, de jogador do time que você trabalha, não é isso, né? — pergunta baixinho, fecho os olhos, antes de olhar pra ela de novo, e minha irmã puxa o ar entre os dentes, me olhando preocupada. — jogador, Victoria? Do seu time ainda por cima? Meu Deus, Vic. —

— é...pois é. — única coisa que eu consigo falar, caindo em consciência melhor agora em relação a isso, de sermos da mesma equipe de trabalho. Mas agora acho que já dá pra dar um descanso ao colombiano né? Deixar ele de fora de qualquer gravação. — mas tipo...era só sexo. — bato os ombros, olhando pra ela quando minha irmã riu, parando aos poucos enquanto balança sua cabeça em negação.

— você não conversaria comigo se fosse só isso. Deu ruim? —

— não, deu bom pra caramba, esse é o problema. Mas aconteceram algumas coisas e foi melhor, parar com isso sabe? De um procurar o outro quando quiser, só que...nem eu sei o que tá acontecendo, mas tá tudo estranho. — falo baixo, porque nem eu sei o que tô sentindo.

Era pra eu estar normal, mas eu não tô, tem alguma coisa estranha me incomodando e não sei o que é. O foda de tudo, é que não rolava só isso de um procurar o outro, não transávamos quando um ligava pro outro e rolava. Sempre era em alguma ocasião diferente, acho que isso é o mais complicado de tudo.

— mas vocês resolveram parar tranquilo? Sem briga nenhuma? — eu assinto. Richard é tranquilo. Quando se estressa não é nem um pouco, vira um furacão que ninguém segura, eu que não sou nem um pouco tranquila. — você vive umas paradas assim, que eu penso sinceramente em mandar pra gossip do dia. — resmunga enquanto balança a cabeça em negação, olho pra ela rindo, revirando meus olhos. — não vai me contar quem é né? —

— depois eu te mostro. — minha irmã estreita os olhos. — prometo! —

— ele é escroto? Alguma coisa assim? — balanço a cabeça negando. — então o que que tá estranho? — pergunta sem entender.

— se eu soubesse também. Tô entendendo mais nada. — falo a verdade.

Desço do carro depois dela parar dentro do estacionamento, e subimos direto pela escada rolante, saindo dentro do shopping. As lojas estão todas com bandeirinhas da Colômbia, e eu vou andando atrás dela, não paramos de falar por um segundo.

— tá brincando com a minha cara né, Victoria? — questiona quando eu arrasto ela pra dentro da loja de lacinhos, depois de olhar um de donuts na vitrine.

— não ué, inclusive pode avisando o Flávio pra vir direto pra cá com ela. — falo, pegando o lacinho rosa com detalhes em verde água, achando uma gracinha o que tá logo do lado, é transparente, e dentro tem várias bolinhas de glitter.

— Victoria eu tô maluca pra saber sobre você e o jogador, mais ainda sobre quem é, a Catharina já tem mil laços! — reclamou rindo, e eu bato os ombros, fazendo biquinho quando vejo um coturno bege com um lacinho na lateral.

— nossa, você é mesmo mãe dela? — implico, rindo quando sinto um empurrãozinho no meu ombro, e olho pra Ana, vendo que ela escolhia uma blusinha na arara. — a bege, pra combinar com o coturno. — falo quando ela me mostra a preta também.

— e quem disse que eu vou levar o coturno? — solto uma risada.

— você não, mas eu sim. — demoro um tempo até achar um do tamanho dela, sorrindo quando encontro, escutando minha irmã rir, enquanto vamos andando pro caixa.

— eu só quero saber quem é o bendito. — olho pra ela, e Ana me encara com tédio.

— isso muda o que? — cruzo os braços.

— até parece que você não sabe que eu sou curiosa. — faz cara de nojo pra mim, e eu bato os ombros. — mas...rolou mais alguma coisa além de sexo? — pergunta, mudando totalmente o tom de voz pra um mais sério, e eu franzi o cenho.

— você sabe quem é, é o da fofoca que você viu na internet. — falo, e ela balança a cabeça em negação.

— não entrei no perfil dele pra saber. Vi mais por cima e anotei mentalmente pra te perguntar depois. Não desvia da minha pergunta. —

Não respondo ela porque chegamos no caixa, fico olhando enquanto a vendedora vai passando as compras, e já deixo meu cartão na maquininha, pra não deixar ela pagar, rindo com o belisco na minha cintura.

Eu fingi ser namorada dele. Procurei carinho dele. Dormimos juntos, mesmo com a barreira de travesseiro, incontáveis vezes. E o pior de tudo, eu me abri com ele dentro do carro dele. Acho que a única coisa que não fiz foi chorar na frente dele, mas pelo menos isso eu ainda tenho intacto. Até banho tomamos juntos, e da última vez, com todas as luzes do banheiro acesas. Ele me viu cem por cento. De cabelo molhado. Sem maquiagem. Nua sem ser na cama.

Digito a senha do cartão, tirando quando a setinha verde indica que tinha passado aparece na maquininha, sorrindo pra atendente, saindo da loja.

— a gente podia ir naquela cafeteria do gatinho né? Queria muito comer o cookie de morango deles. — eu assinto, lembrando que o símbolo é realmente um gato preto.

— você é maluca de gostar daquele cookie de morango. — falo, fazendo careta só de lembrar o gosto.

De novo pegamos a escada rolante, andando pouco até chegar nessa cafeteria, tá um pouco tumultuado aqui em cima, e acompanho os olhos de Ana, vendo um monte de segurança em volta de um cara, arqueio as sobrancelhas rápido, reconhecendo James.

Não tá tão insuportável porque o shopping é mais reservado, tem pouquíssimas pessoas tirando foto com ele, antes que o jogador volte a seguir seu caminho.

— é aquele James Rodriguez né? Flávio ama esse cara. — comenta enquanto nós sentamos em uma das mesinhas fofas do local, e apoio meu rosto em minha mão enquanto olho o cardápio.

— acho que vou comer um brownie só. — murmuro, por mais que o daqui não seja igual o do Brasil.

Minha irmã faz nossos pedidos, e subo meu olhar pro shopping, no momento exato em que o jogador tá passando na cara da cafeteria, tirando o óculos do rosto, colocando no cabelo, me olha rápido, e olha de novo pra ter certeza, abrindo um sorrisinho no canto da boca, balançando a cabeça em negação rindo, levantando o celular, e franzi o cenho sem entender, mas lembro que passei meu número errado pra ele, e dou um sorriso sem graça, vendo que ele volta a prestar atenção a sua frente.

— Victoria, pera aí, um jogador ou dois? Eu não entrei pra ver o perfil do cara mas te garanto que James Rodriguez não tava lá não! — minha irmã fala indignada, gesticulando horrores, me fazendo rir.

— um. Que ideia tá achando que eu sou o que? Maria chuteira desesperada? Conheci ele...por acaso. — bato os ombros como se não fosse nada demais.

— já pode começar a falar sobre o seu rolo com o cara que tá te deixando maluquinha. — solto uma risada, respirando fundo, olhando em volta enquanto penso.

— não sei o que falar. Sei que tem alguma coisa que tá estranho, mas não sei o que é, e não quero saber o que é. — respiro fundo, minha irmã prensa os lábios. — a gente tomou banho juntos, Ana. Dormimos agarrados, e também... — estava prestes a falar que ficamos juntos na mesma cama, eu ele e o Thian, mas lembro que não contei essa parte pra ela, do namoro falso, e engulo a seco. — eu me abri com ele. Mas não foi pouco, ele sabe pouca coisa sobre o nosso pai, sabe que não quero ter filhos, que não quero namorar, mas ele sabe o porque disso tudo. — eu pisco rápido, nervosa, angustiada, agoniada com essa situação.

Minha irmã abre a boca pra falar alguma coisa, e desviei meu olhar pra diagonal dela, vendo Sandra e Juvena juntas. A mais velha sorri de longe, enquanto vem andando na nossa direção e Juvena arqueia as sobrancelhas assustada depois de ver que minha irmã estava junto comigo.

— Vic! — levanto, vendo a minha sogra falsa com um sorriso animado no rosto, e abraço ela, sentindo como sempre ela me envolver em um abraço caloroso. — que coincidencia, nos encontramos en lo centro comercial! — fala animada, sorrindo pra mim, e eu tô tão nervosa que não sei como meu rosto está, mas logo abro um sorriso, cumprimentando Juvena que me olha apreensiva.

— está és mi hermana, Ana. — minha irmã me encara estressada comigo, sem entender nada, o cenho ta franzindo enquanto se levanta colocando a bolsa na cadeira. — esta es mi suegra, Sandra. — a mãe do colombiano abraça minha irmã, que me encara mais confusa ainda, e quando se afastam ela abre um sorriso mais falso que nota de três. — y Juvena, prima de mi novio. —

— vamos Tía, creo que Vic esteja un momento particular com su hermana. — Juvena fala, sorrindo fofa como sempre é.

— calma, qué prisa. Mi hijo dice muy bien sobre tu, es un placer te conecer. — fala enquanto olha pra minha irmã, que sabe ser falsa feito uma atriz global, e eu solto um suspiro, sorrindo fraco pra fingir que tá tudo bem, lembrando que ele realmente mentiu que conhecia minha irmã.

— que nadie! Yo fico muy feliz de conecer elle, es un chico incrible. — abre um sorriso, e olho pra Juvena, que me encara desesperada, antes de olhar pra Ana e pra mim, sussurrado um " ella sabes? " e eu balanço a cabeça negando, vendo a morena ficar mais assustada ainda.

— tía! Yo preciso ir hacer mi cabelo, esqueci que eres daqui...diez minutos! — fala fingindo surpresa.

— mio Dios Juvena...lo siento mucho Chicas, me gostaria ficar para lo café, mas preciso ir. — recusa o convite que escutei minha irmã fazendo delas ficarem pra tomar um café.

— eres un placer te conecer Sandra. — minha irmã fala enquanto se despede, e minha sogra falsa sorri animada.

— yo fico muy feliz. — se vira pra se despedir de mim, me abraçando. — besos cariño, vá lá en mi casa de nuevo! — fala, saindo com pressa já que Juvena faltava só arrastar a bichinha daqui, e olho as duas indo embora, antes de me sentar, olhando pra minha irmã que tá rindo com ironia.

— que porra foi essa, Victoria? — pergunta indignada. — meu Deus do céu...—

— esqueci de contar essa parte. Fizemos uma aposta. Eu perdi. Tive que pagar fingindo ser namorada do querido. — sorrio falsa, e ela arqueia  as sobrancelhas

— podia ter no mínimo cobrado ele né? Cada coisa que você fala menos eu acredito que você realmente fez isso tudo, Vic. A Victoria de um tempo atrás ia rir tanto se eu contasse isso tudo pra ela. Que ela dormiu com um cara, se abriu com ele, tomou banho e ainda por cima fingiu que era namorada pra família dele. — fala devagar, soltando um suspiro fundo, entrelaça minha mão na sua por cima da mesa, enquanto meu olhar se perde na cafeteria. — a Victoria que eu conheço nunca iria se envolver com um jogador, nunca. Mas pelo visto...ele conheça a versão de uma Victoria diferente da que eu conheço. — ela sorri, e é um sorriso reconfortante. De satisfação. — você ainda não tem ideia da quantidade de inseguranças que passou por
Cima. Não sei como era a relação de vocês dois, mas te garanto que não era só sexo. —

— era sim. — eu reafirmo. Ele não fez nada disso
Com intenção, não passei por cima de tantas barreiras sem perceber, passei?

— Vic. Vocês tomaram banho juntos, foi depois de irem
Pra cama? — questiona, e eu balanço a cabeça em negação.

— depois que discutimos. — é o suficiente pra arrancar uma gargalhada e tanto da minha irmã, o casal da mesa do lado olha estranho, e ela tampa a boca rindo.

— não sei se eu te bato ou o que garota...era só sexo, e vocês tavam discutindo? Vocês tomaram banho de discutirem? — sussurra a última parte, balançando a cabeça indignada.

— o que a gente mais fazia era discutir, Ana. Ele me dá nos nervos! — reclamo revirando os olhos, lembrando como ele é insuportável.

— nunca pensei que fosse ver alguém queimando seus neurônios. Você não conhece um afeto de verdade, nosso pai nunca te deu isso, o lixo do falecido muito menos, mas um jogador de futebol, não ia querer apostar com uma garota que ele só transa pra ela fingir um relacionamento pra família dele...só iam, pagar alguém, ou sei lá. —

— não tem afeto nenhum. — solto sua mão quando os doces chegam, despejando a caldinha em cima do brownie. — ele me escolheu porque disse que confiava em mim pra não contar nada, só isso. — bato os ombros.

— confiança é afeto Victoria. — fala, o tom de voz sério enquanto me encara. — não sei quem é ele, só sei que eu gosto por saber que ele derrubou a maioria das barreiras que você tinha. Ele nunca cogitou um relacionamento? Comentou sobre? — pergunta, os olhos parecendo que ela fazia uma análise e eu rio com ironia.

— enquanto decidíamos que era melhor parar com tudo. Ótimo momento pra isso. — eu estalo a língua. — ai, mesmo que ele tenha comentado, esquece essa história, morreu, passou. — minha irmã respira fundo, revirando os olhos. Não tinha nem que estar falando nada sobre ele com ela. Ele deveria ter se tornado um assunto sem importância na minha vida. Eu errei em querer comentar com alguém sobre, tinha que ter deixado morrer.

— Victoria se fosse só sexo, o cara só ia te ligar pra te comer em um hotel qualquer e acabou. — ela fala na lata. — você sabe bem como funciona a mente de um jogador, filhos da puta ao extremo, olha tudo que aconteceu! — diz indignada, o pulso bate na mesa, enquanto ela balança a cabeça não aceitando essa história. — senhor, minha irmã se faz de sonsa ou só é falta de parafuso mesmo? —

— sim, e eu sei que pra mim foram muitas coisas que eu passei por cima. Mas pra ele? Não foram nada demais, Ana. Só mais um banho. Mais um sono com alguém do lado. Não tem nada demais nisso pra uma pessoa que não liga pra essas coisas. — tento explicar a situação, e minha irmã respira fundo assentindo.

— você não quer aceitar, essa é a verdade Vic. Eu entendo que depois de tudo que você passou com o
Pai, com o falecido, seja muito complicado enxergar qualquer afeto em outro homem. Mas a Victoria que eu conheço, nunca faria nada disso. Eu te amo, você é minha irmã, te conheço como ninguém conhece nesse mundo, mas para de ser egocêntrica, analisa tudo melhor. — eu encaro seus olhos claros, ela fala com calma, e aperta minha mão rápido. — depois falamos sobre isso, vamos comer, em casa você...toma um banho e pensa melhor. —

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