cincuenta
Atualizando em plena sexta divaasss, comentem muitooo 😩
Espero que curtam o cap! Se preparem pro próximo 😳
RICHARD RIOS
Colômbia, Medellín
Quando eu acordo tô sozinho na cama, já concluindo oque eu imaginava que iria acontecer a luz que entra pela cortina me faz despertar, e dou uma olhada no celular antes de ir direto pro banheiro.
Faço tudo que tenho pra fazer, tomo um banho, troco o short preto que eu tava por outro da mesma cor, pegando o primeiro boné que eu alcanço pela bagunça que tá o meu cabelo, calço os chinelos que ganhei do patrocínio com a Nike, antes de abrir a porta, saindo do quarto.
Thian tá jogando alguma coisa no videogame, o som tá alto, e quando piso no último degrau da escada ele vem correndo na minha direção, rio, pegando ele no colo, sentindo beijos depositados na minha bochecha.
— buenos dias, Tío. —
— buenos mi príncipe. — beijo sua bochecha, colocando ele no chão, que foi correndo pra frente da televisão, e olho pra tela, vendo que ele jogava call of dutty. Eu tento, mas sou horrível nessa porcaria de jogo.
Sigo meu caminho pro lado de fora, encontrando meu pai conversando com seu amigo, dou tchau pra eles de longe, mas meu velho me chama com as mãos, e estalo a língua, indo ser alugado e pauta de conversa.
Eu cumprimento o cara, meu pai me abraça pelo pescoço enquanto fala orgulhoso e eu recebo elogios pelo meu desempenho em campo, eu fico uns vinte minutos aqui, eles me alugam mesmo. Não param de falar de futebol por um segundo, e eu não ligo de quando isso acontece, ligo quando são nove e pouca da manhã, eu fui dormir tarde pra cacete e até agora sem nada no estômago, amanhã já tem treino, não posso ficar vacilando na dieta.
— yo preciso ir comer, despues nos hablamos mejor.— me despeço do cara, voltando meu caminho pra dentro de casa, a cortina tá fechada, e eu arreganho, franzindo o cenho já que não encontro minha mãe nem a Juvena, mas logo vejo minha prima saindo da cozinha, com um sorriso filho da puta de família no rosto.
— boa sorte. — franzi o cenho rindo com ela tentando o português, imagino que minha mãe vá falar pra caralho porque cheguei tarde ontem. Mas eu to liberado, a partir de amanhã que não.
Eu paraliso quando entro na cozinha, Victoria tá de costas enquanto mexe alguma coisa no fogão, mas não tá com a roupa de ontem a noite, veste uma blusinha colada e curta, a calça que ela usa é minha, de uma das primeiras vezes que transamos, e fica no pé da barriga dela. Mas a cena parece comum, normal e ao mesmo tempo anormal, minha mãe fala comigo, mas eu nem tô ouvindo.
— mi hijo! — acordo pra vida quando ela me envolve, e abraço minha mãe depois de beijar sua testa enquanto a morena olha pra trás, me lançando um olhar mortal. — estas bien? — pergunta, franze o cenho enquanto me encara e eu assinto, desviando o olhar do cabelo longo pra ela, prensando os lábios enquanto sorrio.
— estoy. — ela assente com um sorriso no rosto, saindo da cozinha, e me aproximo da bancada, olhando pra Victoria enquanto cruzo os braços. — tá fazendo o que aqui? — a morena olha pra frente, solta uma risada, balançando a cabeça em negação antes de desviar o olhar pra mim.
— acha o que? Que eu queria estar aqui? Você podia ter me avisado que seis horas da manhã a sua família inteira tá de pé! — reclama, e o cheiro dela tá forte.
— você foi em casa e voltou pra cá. Inventava uma desculpa, não sei... — ela respira fundo, antes de voltar a mexer a comida.
— você queria que eu dissesse o que pra sua mãe? Pro Thian? Seu irmão? Pra mãe do Thian? — questiona, esfrega um dos olhos enquanto respira fundo. — sua mãe pensa que estamos brigados, por isso tô sem aliança e... — corto ela, não esperando pra escutar mais nada do que ela tinha pra me dizer.
— só vai embora logo depois do almoço, tenho compromisso e... — descruzo os braços, e dessa vez quem me interrompe é a morena.
— você achou que eu fosse ficar? — fala, antes de subir o rosto, encaro ela de volta, analiso as bochechas coradas de sol, a boca vermelha, os olhos que não me entregam oque ela tá pensando, ou o que está sentindo.
— não. Só to reafirmando pra você ir embora. - Victoria revira os olhos, minha mãe entra na cozinha apressada.
Seguro o rosto dela pelo seu maxilar, virando pra mim, junto nossos lábios com certa raiva.
— buenos dias, morena. — murmurei baixinho, encarando seu rosto, ela quem desvia o olhar quando a comida borbulha, e eu franzi o cenho olhando pra panela me afastando.
— para tu tambien. —
VICTORIA AZEVEDO
Medellín, Colômbia
O clima na mesa estava ótimo, menos pra mim e pro colombiano que tá sentado bem na minha frente, uma hora olha, outra não, e ninguém para de falar, todos estão animados.
Juvena percebeu, já que me encarou com um sorrisinho de canto reconfortante que eu retribui, assentindo quando ela indicou que queria conversar comigo depois.
Thian tá sentado do meu lado, entre eu e a mãe dele, Camila, é um amor de pessoa, acho que todos nessa família são, tirando o Richard.
— yo no quiero mas... — o pequeno murmura pela milésima vez, a mãe dele esfrega as têmporas e Richard abre a boca depois de tanto silêncio.
— por que? Tu amas paella. — olho pro mais novo, que tá com uma cara enjoada, sorte que eu não fiz a comida mesmo que tenha insistido a Sandra para que deixasse eu fazer.
— yo no quiero. — respira fundo enquanto olha pra comida.
— sobraste la carne sen la salsa, quieres? — ofereço, depois de ver a Camila respirando fundo, quando eu acordei esse era justamente o papo na mesa, que ele tava enjoado pra comer, chegava de tarde e ficava fraco.
Thian olha pra comida, sobe o olhar pra mim devagar, antes de abrir um sorrisinho sapeco, eu solto uma risada, levantando, olho pra Camila, que solta um suspiro de alívio, abrindo um sorrisinho fraco.
— tu comeste ya Vic? — pergunta, e eu assinto, pegando o prato dele, piscando pra ela quando me encara de novo com um sorrisinho agradecendo.
— tu tienes muy suerte, Ritcha... — reconheço ser o irmão dele quem tá falando, enquanto eu abro a porta da geladeira — eres una Chica...muy buena, tu no viestes hoy en dasayuno, ella con Thian, pero no eres apenas con elle la amabillidad, con todos. — ( é uma menina...muito boa, voce não viu hoje no café da manhã, ela com Thian, mas não é apenas com ele o carinho, com todos. )
Não escuto oque é respondido, só sei que a conversa na mesa volta, e abro o potinho que por algum motivo eu tinha separado essa carne, colocando em um prato limpo, antes de levar ao microondas.
Encosto na pia, enquanto penso oque ia falar pra ir embora, mas já tinha em mente que seria sobre minha vovó, que ela tava sentindo minha falta e preciso ir. Não que seja mentira, já que tio Marcelo me mandou inúmeras mensagens, e eu aleguei estar com uma amiga.
Respiro fundo sozinha, vendo o jogador entrar na cozinha com dois pratos na mão, ele com esse boné tava tenso demais pra mim.
— você tem maturidade suficiente pra me procurar na hora que quer transar, tinha que ter na hora de falar quando tem alguma coisa de errado também. — murmuro baixinho, sem subir meu olhar pro dele, sei que tá me encarando porque se encostou na mesma bancada virado na minha direção, os braços tão cruzados pelo oque consigo ver de relance.
— tudo tá errado. Você na minha casa com a minha família tá errado. Essa mentira toda, já era pra ter parado há muito tempo. O combinado era você ir embora, nem era pra tu tá aqui. — eu respiro fundo, antes de olhar pra ele, encontrando seus olhos fixos e frios em mim.
— fui eu quem quis? Eu não tinha que ter apostado nada com você...tinha que ter deixado você levar bronca, era muito melhor do que mentir pra sua família toda. — ele solta uma risada irônica, começando a sessão de deboches que tanto me irritam.
— você acha que eu gosto? Tô cansado de achar que tô decepcionando eles, não tava pensando direito quando tive essa ideia, você muito menos de aceitar... — balança a cabeça em negação, rindo com aquele sorriso irônico que ele faz.
— eu queria muito não ligar de mentir pros seus pais, por que eu ia jogar na sua cara que o único que tá fazendo merda aqui é você, mas eu gosto deles, é horrível ter que ver sua mãe jurando que o filho sossegou, mal sonha que é mais fácil o gabigol sair do Flamengo do que isso acontecer. —
— eu sou o único que tô fazendo merda? Você gostar da minha família é uma merda do caralho Victoria! Não enxerga isso? — fala indignado, com as sobrancelhas arqueadas, abro a portinha do microondas, mas a carne parece ainda estar gelada, e coloco de volta pra esquentar. — você aqui, na minha casa na Colômbia, cuidando do meu sobrinho...é uma merda gigantesca. — olho pra ele, o jogador respira fundo enquanto me encara, não tenho oque responder, porque sei exatamente que ponto ele tá falando sobre.
Intimidade. Cada um tem sua visão sobre, e acho que a família parece ser um ponto bem fraco pra ele.
— e você quer que eu faça o que? Ficar puto comigo não vai mudar porra nenhuma! Antes você tivesse dito que terminamos, não que brigamos. — eu cruzo os braços, ele dá um passo pra frente, ficando próximo, mas não o suficiente, o medo era eles lá da sala escutarem.
— é? Terminamos? — pergunta em tom irônico, alternando o olhar entre meus olhos. — que porra você ia tá fazendo aqui? —
— deslize. Nunca escutou essa desculpa? — o perfume dele tá forte, toma conta do meu espaço, cobrindo o cheiro que estava antes antes na cozinha, os braços ficam maiores quando cruzados, e meus olhos caem pro Maracanã tatuado no peito dele, antes de colar a encara-lo. — você ficar brigando comigo não vai adiantar nada, Rios. Absolutamente nada. A merda já tá feita, e sem solução nenhuma. Se você tiver uma saída, você fala, porque eu não tenho. — bato os ombros.
A família dele é linda. Todo mundo se dá bem. O pai acolhe ele como ninguém, isso é nítido na forma como na mesa ele ficou questionando sobre como ele tá, como tá se sentindo em relação a tudo, se tá tendo algum problema com diretoria, o que seja, mas ele não indaga sem parar, conversa com o filho normal. Trocam papo. Tem assunto entre os dois, da mesma forma que o pai dele se preocupa com a nora, a Camila, parece que ele só quer que todos estejam sempre bem, felizes, e por perto, já que comentou ter ficado chateado quando o outro filho, pai do Thian, quis trocar de emprego e não comentou muito sobre, só foi pra outra cidade em uma reunião e não avisou mais nada.
Queria poder dizer o mesmo do meu pai, que ele se preocupa com os filhos, mas não, ele só quer saber dele, da empresa dele, do status dele, foda-se se eu tô bem ou se eu não tô bem, mas isso é específico comigo, com os outros dois ele tem uma super preocupação de pai protetor. Fora isso eu sei que só sou esculachada por ele pelas costas, mas é normal, por mais que pela frente ele queira demonstrar que é preocupado.
— eu te deixo em casa. — murmura baixinho, volto meu olhar pra ele, já que tinha me perdido na bancada da cozinha.
— eu tô de carro. — minto, já que não é verdade, meu tio não deixou eu pegar o carro.
Pego o prato dentro do microondas, e também os talhares na gaveta, saindo da cozinha, Thian me olha sorrindo quando coloco o prato com a carne na frente dele.
— gracias Tía Vic. — murmura baixinho, não respondo já que a Sandra me chama.
— Vic, vamos assistir a la película, tu consegues ayudar Juvena con los cobertores? Yo y Camila vamos limpar la louça. — eu assinto.
— yo consigo ayudar, pero yo preciso ir para mi casa, no voy ficar para la película. Mi abuela no paras de me ligar. — me justifico, pegando meu celular que estava em cima da mesa.
— ya Vic? Pero eres só una hora de película, no vás demorar mucho. — Seu Neimar fala, e ora mim é chocante o nome dele, fala sério, Neimar? E o irmão do Richard, também é Neimar, mas é Neimar Júnior igual o jogador, ou só Neimar? Não faço ideia.
— fique tía, yo amo este película! Tu vás gostar tambien. — Thian fala, virando na cadeira ora me olhar.
— yo quieria mi amor, pero yo preciso mesmo ir para mi casa. — acaricio os cabelos castanhos dele, que me olha estreitando os olhos, soltando um " hm " igualzinho o tio dele faz.
— tienes certeza Vic? Que tu no consegues ficar? — Sandra é quem me pergunta.
— deja lá Chica. Ya hablou que precisas ir para casa, vamos Vic? — assinto para Juvena, e sigo ela para dentro da casa. — entonces...o que está aconteciendo con vocês? — pergunta, eu respiro fundo, o que eu falar com ela ela vai falar com o primo? Não sei, não faço ideia.
— su primo...estás arependido de toda esta estória, pero yo no sei o que haver sobre esto. — sou sincera com ela, entramos em um quarto que aparenta ser de hóspedes, Juvena de senta na beirada da cama, e eu me sento ao seu lado, olhando pra ela que prensa os lábios, entendendo a situação, acho que beleza é de família pelo visto.
— Ritcha eres muy apegado en nos. Yo sabia que una hora esto iria acontecer, elle no eres de mentir, nunca fué, mas...quando terminaste con Nathalia, ficaste abalado por causa de Thian. Ella tienes un hijo, y Thian siempre ficava con elle, eran muy amigos, así como Nathalia cuidaste de ló hijo tambien cuidaste de Thian. Mas...siendo honesta contigo, Thian no eras con ella como es con tu. — me olha balançando a cabeça em negação, eu respiro fundo, confusa com essa situação. — eres muy loco, elle gostar tanto de tu en tan pouquito tiempo. —
— yo entiendo...se fosse elle con mi sobrinha, yo tambien no gostaria. — falo a verdade, Richard parece ser bem decidido em relacionamento. Não quer namorar e fim de papo, superou a ex e foda-se, vive a vida, faz parte. Não sei explicar direito, mas ele é homem, homem mesmo sabe? Demonstra ser daquele que vai lá e toma a situação, tá errado senta e resolve, realmente não sei o que citar pra explicar, mas ele passa isso de ser um cara decidido, responsável e que sabe oque faz.
— pero este es o problema. — ela solta uma risada, gesticulando enquanto fala. — elle estás gostando de ter tu aqui, tu y elle no se percebem que juntos fican bien! — a morena fala indignada rindo, balança a cabeça enquanto tampa o rosto com com as mãos. — mio dios.... —
— yo no quiero un relacionamento, y su primo tambien no quieres. Tu so hablas esto porque no sabes como somos juntos! — me defendo. Não acho que daríamos certo juntos, na verdade nem cogito isso. Encaro o chão, meu subconsciente deve ter um divertidamente bem filho da puta lá dentro agora, porque me faz imaginar isso sem que eu queira. E respiro fundo, balançando a cabeça pra voltar a realidade.
— por dios, yo no sei o que hacer para perceberen esto. —
— nada! — levanto da cama, e ela também levanta em um pulo rindo, abrindo a porta do armário, pegando alguns cobertores, e pego outra parte, ajudando ela, saindo do quarto logo.
Coloco os cobertos em cima do sofá, sentindo quando Richard se aproxima por trás, fica próximo, e quando viro dou de cara com ele, estende uma das mãos, e olho sem entender.
— deixa que eu falo com a sua avó, fica aí pra ver o filme. — franzi o cenho, tá com o rosto inexpressivo, e tombo minha cabeça de lado, sem desviar o olhar intenso e fixo do jogador.
— você tem bipolaridade? — perguntei confusa, ele solta uma risada, olha em volta, antes de abrir um sorrisinho de canto, descendo o olhar pro meu.
— quando eu te falo que você me deixa maluco você não acredita, né? — balança a cabeça em negação enquanto me encara. — não vou te deixar ir embora. Só empresta o celular pra eu fingir que realmente falei com a sua avó. —
— vai me prender aqui? Você não é nem idiota de fazer isso. — ele bate os ombros, enquanto eu sinto a mão deslizar para dentro do bolso da minha calça, alcançando o aparelho.
— não, só vou contar que liguei pra sua avó e ela disse que tá de boa. — fala, com um sorriso de canto que aparece os dentes, se afasta enquanto me encara assim, fico parada enquanto observo o jogador andando, as pernas torneadas e bem definido, ainda tá rindo quando me olha por cima do ombro, e eu balanço a cabeça, querendo sinceramente bater nele.
— Vic! Ritcha hablou que irá ligar para tu abuela! — escuto a voz do pai dele, me tirando do transe, vem andando enquanto tá com um sorriso no rosto.
— sí. Yo no sei se elle irá conseguir... — solto uma risada, sinto alguém me cutucar, olho para trás já que estava encostada no sofá, vendo Thian, que fica de joelhos no móvel.
— irá ficar Tia Vic? — pergunta e abro a boca pra responder, mas Camila me interrompe, vindo da cozinha.
— Vic Richard dice que hablaste con su abuela, y que ela dejou. — ela ri quando Thian faz uma comemoração, e eu rio também.
— sienta logo Tia, por que mi tio eres muy espaçoso, deita en todo el sofá! — ele fala indignado, solto uma risada, dando a volta, sentando do lado dele, o sofá é gigante, faz um L na sala, indo até o outro lado, mas eles são muitos.
—hmmmm....mi cuñada irá ficar para la película? — o irmão dele pergunta, sorrio fraco como resposta, assentindo, vendo ele se sentar junto com a esposa, Thian vai correndo, se jogando no meio deles dois.
— muy bueno que vá ficar... — Sandra sorri, e aos poucos todo mundo se aconchega no sofá, apagando a luz.
Richard é quem chega por último se jogando do meu lado no sofá, e quando ele o faz Thian solta o filme, eu assisto, mesmo já sabendo tudo que acontece por já ter visto uma vez, e encosto minha cabeça no sofá.
Olho para baixo sem movimentar a cabeça quando a mão tatuada e ainda com a pulseira de ontem se enrosca na minha coxa, fazendo um carinho sútil, antes que os movimentos fossem parados, ficando só a mão no lugar.
Me assusto com o gesto dele, simplesmente joga as pernas pro outro lado, ajeita o boné, antes de deitar a cabeça no meu colo, em cima das minhas coxas, se movimenta pra aconchegar, e eu solto minha mão que levantei com o susto, já que não esperava essa e nenhuma outra atitude vindo dele.
— sem condições de assistir esse filme, a ressaca é maior. — murmura baixinho, ajeitando de novo o boné, e franzi o cenho.
— tá falando comigo? —
— alguém mais aqui entende português melhor que você? — direciona o olhar pra mim, engole a seco, enquanto os olhos vão direto na minha boca. — foi mal
por hoje mais cedo. —
— relaxa. — falo baixo desviando o olhar, no mesmo tom que ele, pra não incomodar sua família que tá concentrada no filme.
— já tô relaxado... — solta um suspiro, antes de tirar o boné, colocando em seu próprio rosto.
— ressaca de cerveja? — perguntei sem entender.
— não tô acostumado a beber muito, né? Tenho qualidade de vida. — reviro meus olhos com tanto ego dele.
— egocêntrico. —
— no mínimo um carinho no seu namorado, morena. — respiro fundo, antes de deixar minha mão fazer algo que eu nunca fiz, que não fosse quando ele estava enterrado em mim, deslizo pelo cabelo dele, é macio, ele solta um murmuro quando faço um carinho raspando as unhas, descendo um pouco pela lateral do seu rosto, e sinto o corpo dele ficar mais pesado do que já é. — porra Victoria... — ele tira o boné, coloca do meu lado, junto com os dois celulares dele, ainda é abusado de colocar o meu junto, antes de voltar a se aconchegar. — a gente precisa conversar sério depois.
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