♦️Investigações♦️
— Quem foi o desgraçado que tentou roubar a nossa carga?! — falo com fúria. — Você que deveria estar de olho e de vigia, porra!
— Eu fiquei, mas...
— FICOU O CARALHO! — falo e em seguida o pego pela gola da camisa com força. — A única coisa que você é pago para fazer é ficar de vigia caralho! — falo e dou um tapa em seu rosto com certa força. — A ÚNICA COISA QUE VOCÊ TEM QUE FAZER É ISSO PORRA!
— Calma moranguinho! Eu acho que ele já entendeu o recado. — fala Rindou e me empurra para trás, me afastando dele.
— Eu vou matar esse filho da puta! — falo e aponto minha Glock 9mm para o homem e atiro, vendo seu corpo cair no chão sem vida.
Ran e Rindou me olham surpresos e em seguida arqueiam as sobrancelhas e Ran diz:
— Acho que você exagerou um pouquinho.
— Foi necessário. — falo e sinto algo grudar na sola do meu sapato. — Que porra é essa? — falo e retiro o item que está grudado na minha sola.
— O que é isso?
— Não sei, parece ser algum adesivo. — falo e pego o adesivo na mão e vejo que nele tem um símbolo de um tridente. — Espera... esse símbolo...
Os Haitani se aproximam e olham para o adesivo, Rindou o pega na mão e coloca a mão na boca e em seguida diz:
— É o símbolo da máfia Akuma.
—ELES QUE ESTAVAM AQUI?! — falo furioso e chuto uma pedra. — FILHOS DA PUTA!
— Calma moranguinho. Precisamos investigar isso melhor. — diz Rindou.
— Na verdade, deveremos fazer isso e avisar o Mikey sobre essa prova. Ele talvez saiba o que fazer.
Bufo alto devido a minha insatisfação e reviro os olhos.
— Eu não acredito que essa maldita máfia tentaram nos roubar. E ainda por cima estão tentando derrubar o nosso mercado negro. — falo e dou um murro em uma parede. — Malditos Akuma!
Ran se afasta e pega o seu celular, disca alguns números na tela e em seguida leva o celular no ouvido.
— Mikey? Aqui é o Ran. Encontramos os culpados pela tentativa de roubar a um dos nossos contêineres, Akuma.
— Venham para a sede da Bonten.
— Estaremos aí em alguns minutos.
A ligação é encerrada e eu balanço a cabeça negativamente.
— Vamos pegar esses desgraçados.
— É, Ran, nossa aposta no cassino vai ter que ficar para outro dia. — diz Rindou.
— A aposta pode esperar.
Mikey anda de um lado para o outro, coça o queixo e parece estar muito pensativo sobre o caso envolvendo as nossas cargas e o Akuma.
— Vamos iniciar investigações precisas. — ele diz e se senta na cadeira. — Vou precisar da ajuda de cada um de vocês.
— Certo, como você pretende fazer isso? — pergunto Takeomi.
— Grupos funcionais. Parece que a máfia Akuma está de olho nos nossos contêineres. — ele diz e apoia os cotovelos na mesa. — Bem, pensei em algo. Vamos dividir em equipes. Sanzu e os Haitani vão ficar de olho no nosso porto e verificar qualquer movimento suspeito.
Kakucho e Kokonoi, vocês vão investigar a máfia Akuma. Descubram tudo o que puderem sobre seus planos e seus envolvidos. Enquanto isso, eu Takeomi e Mochizuki vamos reforçar a segurança dos nossos contêineres. Temos que nos certificar de que nada será roubado. Fui claro?
— Sim senhor. — todos falam e assentem positivamente.
— Vamos começar isso hoje. Quero ter certeza se a máfia Akuma vai continuar insistindo nesse roubo aos nossos contêineres ainda hoje. — ele fala e arruma o seu cabelo. — Haruchiyo, Ran e Rindou, começam a vigiar nosso porto, a partir de hoje.
— Nesse frio da porra? — falo e forço um sorriso. — Fazer o que né. Se eu ver alguma coisa suspeita, posso atirar?
— Quero que me passe todas as informações e traga os suspeitos para cá, antes de você fazer qualquer coisa. Depois pode eliminar as ameaças.
— Certo.
— Vou providenciar cobertores para nós, vai ser necessário. — diz Ran.
— A noite vai ser longa. — falo e respiro fundo.
00:45, 9º graus. Um frio tão grande que faz com que os nossos narizes fiquem gelados como picolés. Nossas mãos foi necessário uso de luvas e em nossos corpos, casacos pesados e cobertor, para suportar o frio fodido que estava fazendo no topo do prédio de frente ao nosso porto.
— Caralho está tão frio que parece que eu vou morrer de hipotermia. — diz Rindou e se enrola mais no cobertor.
— Só de pensar que vamos ter que passar a noite acordados nesse frio maldito, me faz querer me jogar desse prédio. — falo enquanto acendo um cigarro.
— Não fala assim, Haru. — diz Ran. — Não se joga desse prédio, se joga naquele ali que é mais alto. — ele diz e aponta para o outro prédio.
Solto uma risada e começo a tragar o meu cigarro, me debruçando no parapeito do topo do prédio e soltando a fumaça que se dissipa no ar e é levada pelo ar gelado.
— Quem será que é o chefe misterioso da máfia Akuma? — pergunta Rindou e traga o seu cigarro eletrônico.
— Ele é tão misterioso quanto o Mikey. Que até hoje ninguém sabe quem ele é. E ninguém nem imagina que nós somos membros da Bonten. — falo e arrumo a minha franja.
— As pessoas só nos conhecem quando éramos da Tenjiku. Só sabem que fomos mandados para o reformatório após aquela treta fodida com a Toman do qual o Kisaki morreu. — diz Ran.
— Graças a Deus aquele demônio morreu. — responde Rindou e todos nós começamos a rir.
— Quanto hate nesse coração hm? — falo e cutuco ele.
— Hate nada, é puro hate plus. Eu odiava aquele filho da puta. Não sei porque o Izana quis ele na Tenjiku. — explica Rindou e revira os olhos violetas. — Se aquele puto não tivesse entrado na Tenjiku, talvez estaríamos até hoje na gangue.
— Nem tudo é por acaso, Rin. Vai ver que foi melhor assim. E ninguém pode negar que as ideias do Kisaki eram boas. — explica Ran. — Mas nessa história toda, eu acho incrível o fato do Muto não ter gostado do Kisaki desde o começo, ele até disse que ele iria foder com a Tenjiku. E foi exatamente isso que aconteceu.
Ao escutar aquele nome, meu corpo se arrepia, sinto meu coração errar as batidas no mesmo minuto. Muto... aquele nome que um dia eu gritava alto enquanto revirava os meus olhos e segurava o lençol da cama ou a beirada da pia com força enquanto Yasuhiro me enchia de prazer.
— Muto... não para... — eu falava enquanto mordia a boca.
— Não vou parar, princesa. — ele disse e dava beijos nas minhas costas. — Ver essa carinha manhosa que você faz pelo reflexo do espelho é tão lindo.
— Você faz isso tão bem. — disse enquanto ele beijava o meu pescoço.
Nossas noites após as reuniões com a Toman ou Tenjiku eram sempre assim. Começamos a ter esses lances quando eu tinha 18 anos e ele 22 anos, e o local? Esse era o menor problema, afinal fazíamos em qualquer lugar, e eu confesso que eu amava esse romance "porra louca" que tínhamos.
E eu me lembro até hoje de todas as noites que tínhamos, do quarto dele sob a única luz do ambiente: o LED vermelho que deixava o ambiente com um ar ainda mais cheio de luxúria, a música tocando e claro, o som dos nossos corpos se colidindo um com o outro.
Tudo acabou quando a Tenjiku entrou em conflito com a Toman, e fomos mandados para reformatórios diferentes. E assim que eu saí, tentei procurar por ele, qualquer informação sobre ele, porém eu não obtive respostas, não na hora, e sim um tempo depois, quando soube que teve um tiroteio em Shibuya que tirou a vida de 10 pessoas, entre elas.... Muto Yasuhiro.
Receber aquela notícia foi como se uma katana tivesse me atravessado e me cortado ao meio.
Visitei o túmulo dele, deixei flores e até cheguei a abraçar a lápide. Até hoje, eu visito o túmulo dele e deixo flores, sei que ele não vai voltar, porém quero mostrar a ele que eu o amo, mesmo após a sua morte.
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