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Capítulo 10 𝄞

Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear.

- Lulu Santos.

11 de dezembro de 2018 - 11h15

Abro os olhos, com a claridade invadindo minhas órbitas, fazendo minha cabeça latejar. Coço o rosto, passando a mão pelos cabelos bagunçados. Forço minha mente a recordar o que aconteceu e então a memória do Karaokê me atinge com força. Olho em volta, desesperada, e encontro Caio babando, agarrado com Alexia.

Levanto-me do colchão, pegando meu celular e observando as horas. Arregalo os olhos ao notar as mais de cem chamadas perdidas. Merda! Meus pais vão me matar. Procuro meus sapatos ao redor do quarto rosa bebê da minha melhor amiga, mas não encontro. Que merda!

— Ei! Alexia — chamo-a, que resmunga em resposta.

Olho debaixo da cama, sentindo a bile subir com tudo pela minha garganta ao abaixar a cabeça. Corro até o banheiro de seu quarto, erguendo a tampa do vaso sanitário, ajoelhando-me e despejando tudo o que consumi na noite anterior. Preciso lembrar de nunca mais beber desse jeito.

Sento-me no azulejo frio do banheiro, tentando controlar o enjoo, mas outro impulso sobe e despejo tudo outra vez. Ouço passos rápidos e percebo a figura de Caio parado no batente da porta, com uma careta. Ele caminha até mim, tirando meus cabelos da cara e os colocando para trás.

— Caramba! Você tá péssima.

Reviro os olhos, despejando tudo no vaso outra vez. Minha cabeça lateja tanto, que as lágrimas pingam no chão involuntariamente.

— Isso que dá misturar maracujá com álcool.

— Me lembre de nunca mais beber, por favor.

— Pode deixar.

Lentamente, a vontade de vomitar as tripas, passa. Respiro fundo, fechando a tampa e dando descarga, sentando-me no chão outra vez. Não estou com coragem de me olhar no espelho, nem de voltar para casa e encarar a fúria de Kelly.

Depois de alguns minutos sentada em silêncio, Caio me ajuda a levantar. Desloco-me até a pia, lavo o rosto e pego uma escova reserva no armário da minha melhor amiga, exagerando na pasta de menta e tirando o gosto amargo da minha língua.

Encaro meu reflexo no espelho enquanto Caio cruza os braços. Meus cabelos estão uma confusão, os olhos fundos acompanhados das olheiras escuras, o rímel borrado e a minha cara inchada. Ótimo.

— Aí está a minha bêbada favorita — Lexia brinca, entrando no banheiro e anunciando sua presença.

É incrível a capacidade que ela tem de beber e não ser atingida pelo álcool como eu.

— O que aconteceu ontem?

— Você bebeu muito.

Ela dá de ombros, procurando algo.

— E quando falo muito, quero dizer muito mesmo.

— Fiz alguma besteira?

— Se querer ligar para o seu crush e xingá-lo de todos os nomes imagináveis é besteira pra você, então, sim. Você fez besteira — Caio se intromete.

— Me diz que vocês não me deixaram fazer isso.

Enterro o rosto entre as mãos, querendo morrer. Saímos do banheiro e me sento na cama de Alexia, respirando fundo. Tudo o que eu não preciso agora é de mais problemas envolvendo Daniel.

— Por sorte sou uma excelente amiga e a mais sóbria do grupo quando bebemos — ela se gaba.

Sorrio, aliviada. Uma coisa a menos com que me preocupar.

— Há mais de cem chamadas perdidas no meu histórico — conto.

Eles se entreolham e fazem uma careta, já sabendo o que está por vir.

— Eles vão entender. Você ainda é adolescente e adolescentes são mestres em fazer merda.

Minha melhor amiga se senta ao meu lado, apertando meu ombro como forma de conforto.

— Ele tem razão. Sua mãe pode até ficar brava agora, mas vai entender — concorda Lexia, sorrindo. — Afinal, ela também já foi adolescente, né?

Balanço a cabeça positivamente, tentando não surtar. Caio pega meu all star, que estava atrás da porta, e me entrega. Calço, amarrando o cabelo e arrumando a jaqueta jeans, tentando parecer um pouco mais... apresentável.

Descemos as escadas e o cheiro de bolo de laranja invade minhas narinas, fazendo meu estômago roncar e se contorcer em simultâneo.

— Bom dia, mãe — Lexia cumprimenta, abraçando a tia Leda.

— Bom dia, tia.

— Bom dia, sogrinha.

A mãe de Alexia abre um sorriso simpático, colocando uma travessa de bolo na mesa. Ela é dona de uma rede de restaurantes bem sucedidos aqui, por isso mora em um casarão e sempre deu tudo que pôde para a filha. O pai de Lexia morreu quando ela tinha dois anos e desde então são só elas.

Lembro-me que quando conheci minha melhor amiga, desejava que fôssemos filhas da mesma mãe e do mesmo pai, assim as nossas vidas seriam melhores em níveis extremos. Hoje, minha opinião não mudou.

— Olha só quem acordou de ressaca hoje.

— Bia foi a mais afetada, deixando bem claro.

— Lexia!

Rimos e ela pega um pedaço de bolo, com Caio.

— Não vai comer? — Leda me pergunta e eu nego.

— Estou enjoada, mas está com uma cara ótima. Preciso voltar pra casa. Não estava nos meus planos, nem no dos meus pais, que eu dormisse aqui.

— Kelly me ligou desesperada quando vocês chegaram. Avisei que estavam aqui, até mandei foto, mas ela não pareceu estar muito contente.

Concordo com a cabeça, suspirando. A essa hora meu pai já está no escritório de advocacia e apenas a minha mãe está em casa. Preciso criar coragem e ir logo. Uma hora ou outra terei que enfrentar a fera.

— Obrigada por ajudar, tia.

Leda sorri, pegando um prato e servindo um pedaço do bolo para mim. Sua cobertura faz meu estômago roncar e a boca encher de água, por mais que o enjoo ainda esteja presente.

— Coma um pedacinho antes de ir, querida. Dizem que meus bolos curam ressaca — ela pede, oferecendo-me uma piscadela.

Gargalho. Corto um pedaço com o garfo brilhante, levando-o até a boca e fechando os olhos ao sentir o sabor delicioso do azedo e doce se misturando. Leda é uma chefe de mãos cheias. Sua aparência e história de vida me lembram a da princesa Tiana de "a princesa e o sapo."

Termino de comer e tomo um dos analgésicos para dor de cabeça que estava em minha bolsa, pedindo um Uber e me despedindo dos meus amigos e dela.

Entro no corolla branco depois de checar a placa e aparência do motorista, brincando com os dedos e controlando a respiração. Sei que Kelly surtará muito hoje.

Envio uma mensagem para o meu pai avisando que estou bem, que dormi na casa de Alexia e já estou voltando para casa. Ele diz que já sabia e que eu quase o matei de susto e preocupação. Também fez questão de dizer que na próxima vez o encontrarei no hospital por lhe causar um infarto.

O motorista estaciona em frente a minha casa, dizendo o valor da corrida. Pego meu último dinheiro trocado, entregando-lhe e saindo do veículo, pendurando a bolsa lilás em meu ombro.

Com a chave em mãos, destranco o portão, entrando em casa e passando pela área com a piscina, sendo recebida por Lila, que está eufórica. Pelo menos alguém me recebe bem.

— Boa garota. — Acaricio seus pelos claros, pegando-a no colo e a enchendo de beijos. Deixo ela no chão outra vez e suspiro. — Vamos.

Volto a andar, na companhia dela. Tiro os sapatos, pegando-os em minhas mãos e entrando em casa com as meias brancas. Viro para fechar a porta de vidro e quando me direciono para frente outra vez, ouço passos. Minha mãe está descendo as escadas, amarrando seu roupão carmesim, com uma carranca nada agradável.

— Isso são horas de chegar em casa, Beatriz?

E lá vamos nós outra vez.

— Perdi a hora, sinto muito.

— Sinto muito? Eu te dou um voto de confiança e você perde a hora?

Ela se aproxima, franzindo a testa e tampando o nariz.

— Por que está fedendo a álcool?

— Roubei um pouco da bebida do Caio — minto, encarando seus olhos.

Se há uma coisa que sei bem, e aperfeiçoei durante todos esses anos, foi a mentir descaradamente olhando nos olhos das pessoas. Li em um livro uma vez que a maioria dos adolescentes com pais conservadores adquirem esse dom.

— Você estava com algum garoto de novo?

— O quê? É claro que não. Estava no karaokê de sempre com a Alexia e o Caio. Fomos para a casa dela depois.

— Como vou saber que você está falando a verdade?

Dou uma risada sem humor, umedecendo os lábios, cansada de tudo isso. O mesmo teatrinho se repete sempre, o que é extremamente exaustivo.

— Acredite no que quiser. Minha consciência está tranquila.

— Cadê o seu celular?

Meu estômago se retorce, por não ter apagado as mensagens com Alexia falando sobre o Daniel.

— Está descarregado.

— Descarregado? — Ela ironiza. — Você é uma vagabunda ingrata! Depois de tanto que fizemos por você está voltando ao que era antes. Saindo com homens mais velhos, mentindo para nós, bebendo.

Suas palavras são como uma lâmina afiada, perfurando meu estômago e trazendo o enjoo outra vez. Chega. Não suporto mais. Supus que aguentaria até os resultados da segunda fase saírem, mas não posso deixar com que ela me ofenda injustamente dessa forma.

— Chega! — Grito, surpreendo-a. — Por favor. Você sempre faz isso. Diz o que quer sobre mim, vive me repreendendo, controlando a minha vida como se eu fosse a droga de uma boneca. Sou um ser humano, mãe. Uma pessoa com sentimentos. Não pode continuar me condenando por um erro.

— Não estou controlando você. Estou te protegendo desses ideais malucos! Essa sua obsessão por se apaixonar, tudo o que aconteceu... Você deveria me agradecer. Graças ao meu cuidado você estava controlada.

Minha cabeça está latejando e não consigo recuperar a máscara que uso quando estou com ela. Há muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, sufocando-me.

— Agradecer a você? — Desdenho. — Você é a principal responsável pelo meu psicológico estar ainda mais ferrado. Tanta pressão, exigência, repreensão. Isso acaba comigo, como não vê? Você diz que sou uma vagabunda, mas não percebe a perua egocêntrica que se tornou.

Um tapa estalado. Forte, intenso, que me fez cambalear para trás. Toco o lugar esbofeteado, que arde para caramba, encarando seus olhos castanhos ferozes. O pior é perceber que não me arrependo do que disse.

— Eu ainda sou sua mãe e você me deve respeito, garota!

— Respeito se ganha com respeito.

— Você está esgotando a minha paciência, Beatriz. Por que não aprende com o seu irmão?

— Vamos começar — murmuro.

— Sim, vamos começar. Gustavo tem uma profissão digna, uma boa família e é independente, tudo isso com 22 anos.

— Eu não sou o Gustavo! Para com essas comparações, você não tem noção do quanto isso me machuca — berro, sentindo os olhos marejarem.

Minha mãe se espanta outra vez, balançando a cabeça negativamente, com desdém. Não chorarei na frente dela, não lhe darei esse gosto.

— Ah! Filha — ela acalenta, com a voz mais calma — não é comparação, é apenas um meio de te dar inspiração. Quando você começar a faculdade de medicina as coisas...

— Eu não vou ser médica!

Puxo os fios bagunçados, agoniada, desmanchando o rabo de cavalo que fiz mais cedo. Não consigo mais. Às vezes chegamos a um ponto em que esgotamos e não temos mais energia para fingir. Essa foi a minha deixa para parar, explodir.

— O quê? É claro que vai. Está tentando entrar na USP para isso.

Ela franze a testa, claramente decepcionada e confusa.

— Não. Não vou. Esse é o seu sonho, não o meu. Você sempre soube que meu sonho era estudar música, mas sempre fingiu que não. Lembra de quando eu tinha seis anos e estava com uma escova, fingindo que era um microfone e dizendo que um dia estaria em um palco?

Sorrio, com a lembrança, como se estivesse vendo tudo de perto.

— Você brigou comigo, dizendo que musicistas passavam fome e que eu não tinha talento o suficiente para ser uma grande cantora. Lembro que chorei horrores, mas dias depois você chegou com um kit cirúrgico de brinquedo, estimulando-me a brincar com ele. Eu nem quis saber e na mesma semana meu pai chegou com um microfone roxo, e então vocês brigaram, mas eu era nova demais para entender. Você colocou a sua fé em mim porque, por mais perfeito que Gustavo seja hoje, ele nem sempre foi assim. Principalmente na época em que se envolveu com aqueles amigos bandidos.

Sinto minhas bochechas molhadas, meu peito apertado e a cabeça latejando cada vez mais forte. Minha mãe está com a expressão fria, sem remorso algum.

— Não fale assim do seu irmão.

— Está vendo? Isso é doentio.

A forma como ela só ouviu a última parte, como deixa evidente que, mesmo ele cometendo erros, sempre foi seu favorito, deixa meu coração em pedaços. Não que seja uma novidade, mas ouvir sua mãe dizer indiretamente que prefere seu irmão a você é desesperador.

Balanço a cabeça, afastando-me. Não consigo mais ficar aqui.

— Onde você vai?

— Para algum lugar longe daqui.

— Ficou maluca, Beatriz? Entra nessa casa agora!

Finjo que não ouvi, dando as costas e saindo pelo portão, ouvindo seu grito. Meus ombros estão chacoalhando sem parar, assim como as lágrimas que não cessam. Começo a andar, sentando-me em uma calçada aleatória e pedindo um Uber. Por sorte, o carro estava deixando um cliente na mesma rua.

Entro no veículo, enxugando as lágrimas e respirando fundo. O motorista me pergunta se estou bem e confirmo, forçando um sorriso.

Toco a campainha do apartamento na zona oeste de São Paulo, ouvindo um choro de criança. Isabelle. Ouço passos, depois alguns gritos e logo a imagem de Mirella aparece em meu campo de visão, com sua pele escura brilhante, os olhos grandes e os cachos enormes. Não nos damos tão bem quanto gostaríamos, mas não é a pior coisa do mundo.

— Bia? Ah! Meu Deus! Você está bem?

Mirella me avalia de cima a baixo, com as sobrancelhas franzidas, aparentemente preocupada.

— Eu... Posso entrar?

— Ah! Claro. Entra.

Ela abre mais a porta e dou um passo para dentro do apartamento sofisticado, tirando os sapatos ao notar tudo limpo e organizado, com exceção de alguns brinquedos jogados. Agora entendi porque Gus precisou passar tanto tempo lá em casa.

— Tia Bia!

Isa grita, largando a boneca que estava brincando e correndo em minha direção. Sorrio, pegando-a no colo e girando a cópia de Mirella. Seus cabelos castanhos como os da mãe estão amarrados em duas marias chiquinhas, com os cachinhos bem definidos. A pele parda faz um contraste perfeito com seus olhinhos espertos. A coisinha mais fofa que já vi.

— Sentiu minha falta, pirralha?

— Muita! Você vai morar com a gente?

Dou risada e Mirella a repreende.

— Não, só vim visitar — minto.

— Isa, por que não vai ver desenho no seu quarto? Eu e sua tia precisamos conversar.

Isabelle cruza os braços, claramente irritada, saindo da sala e caminhando até um dos quartos. Dou risada e me sento em uma das cadeiras, colocando a bolsa no colo. Mirella me oferece um café e eu aceito, necessitando de algo quente.

Minutos depois, ela aparece com uma xícara e me entrega o líquido negro, que está quentíssimo. Assopro, sentindo o vapor esquentar minha face, assim como sempre faço. Isso sempre me acalma.

— E então, o que aconteceu? Gustavo sabe que você está aqui?

— Deixei uma mensagem — conto. — Briguei com a minha mãe, não tenho para onde ir e esse foi o primeiro lugar que me veio à mente.

Ao invés de encará-la, observo o café, bebendo um pouco.

— Sei que temos as nossas diferenças, mas pode ficar aqui o tempo que quiser.

Ela me oferece um sorriso singelo, que retribuo.

— Se quiser alguém pra conversar, faria bem pra você...

Concordo com a cabeça, sorrindo para ela. Talvez seja bom conversar com alguém mais velho, que passou pela mesma situação quando mais novo. Soube que os pais de Mirella eram extremamente conservadores e não aceitavam seu relacionamento com o meu irmão, expulsando-a de casa quando engravidou. Até hoje eles não conversam.

Resumo a situação para ela, que escuta atentamente, surpresa. Quando termino, ela me encara com os olhos cheios de pena e compaixão.

— Sinto muito, Bia. Gustavo sempre me dizia que a relação entre vocês era complicada, mas nunca imaginei que fosse tanto.

Minha cunhada amarra os longos cachos, ainda processando a enxurrada de informações que joguei em seu colo.

— Tudo bem.

— Sabe, Kelly nunca foi com a minha cara também, mas tentava me acolher de sua forma porque sou importante para o seu irmão.

— Ela é assim.

Suspiro, sentindo meu celular vibrar. Uma mensagem do meu pai.

— Obrigada por dividir isso comigo.

Ela segura minha mão disponível, sorrindo. Mirella acaba de sair do posto de mulherzinha superficial, para uma pessoa agradável. Um avanço gigantesco, eu diria. Sorrio para ela.

Continuamos conversando, até que a porta é aberta. Meu irmão mais velho, com seus 1,80, entra no apartamento, passando a mão pelos fios ondulados. Somos muito parecidos e recordo-me que algumas pessoas chegavam a pensar que éramos gêmeos, mesmo com a diferença de cinco anos.

— Aí está você.

Ele sorri. Levanto-me, abraçando meu irmão e me aconchegando em seu peito, assim como fazíamos na infância quando Kelly brigava comigo. Mesmo tendo nossas diferenças, Gus sempre me defendeu e me apoiou, até depois de se casar.

— Desculpe aparecer assim, mas não tinha para onde ir. Até falaria com a Alexia, mas já estava lá de manhã, então...

Passo a mão no rosto, exausta. Gus franze a testa, balançando a cabeça.

— A mãe me contou o que aconteceu, na versão dela, é claro. — Ele ri sem humor. — Se lembra do que prometemos um ao outro no dia em que me casei?

Recordo-me da conversa que tivemos naquele dia. Gustavo estava arrumando a gravata, nervoso como se nunca tivesse visto Mirella. Eu estava no quarto em que ele se arrumava, ajudando-o com o que podia e o tranquilizando. Foi uma das vezes que deixamos as intrigas de irmãos de lado, o dia em que lhe mostrei que estaria sempre lá por ele e ele fez questão de dizer que estaria por mim também.

Com os olhos brilhantes, Gus me prometera que sempre que eu precisasse poderia contar com ele. Que se um dia necessitasse sair de casa, ele me acolheria e que ele se casar não significava estar me abandonando, mas sim que eu já era madura o suficiente para cuidar da minha vida.

Meu irmão também fez questão de me lembrar que já errou muito, até se encontrar, e que um erro não definia quem eu era naquele momento. Depois do meu pai, ele sempre esteve comigo.

— Sempre que precisar — sussurro, com os olhos marejados e ele sorri.

— Sempre que precisar.

Gus me abraça de novo e Mirella sorri, avisando Isa que o pai chegou.

Respiro fundo, receosa com o que acontecerá nos próximos dias.

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