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04 - DYLAN HARTMAN


— S

ei que estou atrasada, me desculpe. A Flowers&Smilesrecebeu uma super encomenda no final do expediente e eu tive que esperar para fechar o caixa.

Alicia entra apressadamente no meu apartamento quarenta minutos depois do horário marcado. Não que eu esteja contando.

Hoje decidi sair mais cedo do escritório para passar no supermercado. Como um homem solteiro que trabalha o dia inteiro, eu achei melhor aprender a cozinhar e acabei criando o hábito de sempre jantar em casa. É uma boa forma de relaxar antes de dormir, já que cozinhar funciona como uma terapia para mim.

Optei por um pennecom duas opções de molho e alguns acompanhamentos. Aproveitei para comprar duas garrafas de vinho, para, talvez, tomarmos algumas taças durante o jantar. Às dezenove horas já estava tudo pronto.

Para deixar o ambiente aconchegante e informal, coloquei as travessas de comida na mesa de centro da sala. Imaginei que seria um momento mais descontraído e que seria legal ficarmos sentados sob as almofadas no tapete felpudo cinza da sala de estar.

Ah! E não esqueci de comprar algumas flores para decorar o apartamento.

— Sem problemas, princesa. Se quiser posso esquentar a comida...

— Não precisa! — me interrompe — Estou tão faminta que nem vou sentir gosto de nada.

Alicia para e olha ao redor, se aproximando da mesa onde está o nosso jantar e faz um gesto de apreciação com a cabeça.

— Não precisava de tanto capricho, Dylan.

— Não foi incômodo algum. Primeira curiosidade sobre Dylan Hartman: Adoro cozinhar todas as noites. É um hobby.

— Namoro um Master Chef. Anotado.

Ela sorri e se senta sob o tapete, se acomodando em torno das almofadas. Sento-me ao seu lado e sorrio para ela, que retribui naturalmente.

— Sua vez — digo.

— Minha vez de quê? — pergunta, confusa.

— De falar algo sobre você. — Pegamos os pratos e começamos a nos servir.

Coloco o molho branco à quatro queijos sobre o macarrão e acrescento milho e orégano. Alicia, ao invés de escolher apenas um molho, decide pôr no prato uma pequena quantidade de cada sabor e, a cada garfada, ela acrescenta um acompanhamento: ervilha, bacon, ervas finas; experimentando lentamente cada opção, maravilhada com a explosão de sabores e sempre deixando bem claro o quanto está apreciando a refeição.

— Então você desistiu de ser escritora ao receber o primeiro não? — pergunto, enchendo pela terceira vez as nossas taças.

— Não foi bem assim. Primeiro que eu não desisti de ser escritora. E segundo que não foi apenas um não. Foram vários "nãos" para cinco de minhas obras.

— Então, me conte sobre o que está escrevendo no momento.

Provável que ela nunca descubra, mas em uma das noites que passei com Lorelay, dei uma espiada pela mesa de Alicia e encontrei um manuscrito. Lory dormia profundamente e Alicia tinha ido visitar os pais. Eu não tinha o hábito da leitura, a não ser que fosse um livro sobre a história dos Estados Unidos, mas fiquei tão envolvido pela criatividade daquele romance que só percebi que li tudo quando cheguei à última página.

— Nos últimos meses estive com um bloqueio literário, então acabei parando todos os projetos.

— Isso significa que todas as críticas que recebeu abalou a sua confiança — afirmo tocando levemente seu antebraço e a olhando profundamente. — E você é boa demais para permitir que babacas engravatados te digam o que deve escrever.

— Como você sabe que sou boa demais? — Alicia pergunta e eu não consigo decifrar em sua voz se ela está bêbada ou com sono.

Talvez seja os dois.

— Porque eu ouvia os boatos na faculdade. As pessoas estavam sempre comentando sobre você. Diziam que você tinha o dom de transportar as pessoas para o seu mundo.

Alicia continua em silêncio, como se estivesse relembrando aqueles tempos. Ela fica tão linda com as faces coradas devido ao álcool, com o olhar distante e sonolento que eu poderia passar horas apenas observando.

Meu celular começa a vibrar sob a madeira da mesa, tirando-me do estupor em que me encontro.

— Perdão, princesa. Preciso atender essa ligação. Prometo ser rápido e trago a sobremesa na volta. — Ela murmura algo que não compreendo e eu apenas sorrio enquanto vou até a cozinha.

Passo os próximos vinte minutos concentrado na ligação que recebi de um colega de trabalho. Cobrei um favor à ele, pedindo que fizesse uma pesquisa sobre antigas funcionárias da empresa onde a minha cliente trabalhava e ele havia descoberto algo que ajudaria muito no caso. Passo à ele as instruções de como proceder e caminho até a geladeira antes mesmo de finalizar a ligação.

Retorno para a sala de estar com duas taças de pavê e encontro Alicia dormindo. Ela parece tão serena, com um sorriso discreto nos lábios como se tivesse sonhando com anjos. Deixo-a onde está enquanto retiro a mesa e deixo tudo organizado. Aproveito e dou um pulinho na cozinha e limpo a bagunça que fiz.

Uma hora depois, Ali ainda continua na mesma posição. Reflito se deveria acordá-la ou se seria melhor pegá-la nos braços e levá-la até meu quarto. Decido acomodá-la sobre o sofá e cobri-la com uma manta. Não quero que ela acorde no meu quarto novamente com aquele olhar acusatório. Não quero dar motivos para ela pensar que eu possa estar me aproveitando dela.

Relutante em deixá-la, caminho para o meu quarto sem nenhuma vez tirar da minha mente suas feições suaves.

Oh, meu Deus! Estou tão ferrado!

ALICIA EDMONDS

A

cordo confusa sem ter certeza de onde estou. Noto que ainda são três da manhã e que provavelmente estou no sofá do apartamento do Dylan, que, aliás, é mais macio e confortável do que a minha cama.

Levanto e vou à sua procura e o encontro no quarto, dormindo em sua enorme cama, vestido apenas com uma cueca samba-canção.

Uau! Isso sim é um homem sensual!

Ele deveria ser modelo de roupas íntimas masculinas e viver com esse corpo de Deus grego exposto nos outdoors da cidade.

Eu iria apreciar a vista diariamente.

Meus pensamentos estão gritando em minha cabeça com uma torrente de informações e então saio do quarto.

Na sala de estar encontro diversas prateleiras abarrotadas de livros de história e direito. Sigo em direção a cozinha e sob a bancada de mármore encontro o que preciso: um bloco de notas e uma caneta.

Sento no sofá e, com a lembrança de Dylan deitado nos lençóis brancos de seu quarto, começo a escrever. As palavras jorram feito às águas de uma cachoeira e eu me sinto excitada novamente. Nunca imaginei que seria capaz de escrever uma história de uma paixão tão ardente. E não faço ideia se essa excitação vem da animação por ter voltado a escrever ou porque minha fonte de inspiração é o homem do cômodo ao lado.

Escuto um alarme tocar e deduzo ser do celular do Dylan. Olho para o relógio e me assusto quando vejo que já são 5:30h da manhã.

Depois de ter usado todos os espaços do bloco de notas, inclusive as contracapas, como a fonte de inspiração ainda não havia parado acabei usando o celular para escrever, algo que não gosto muito pois não consigo digitar tão rápido quanto costumo fazer no laptop. Escrever manualmente também é muito cansativo, principalmente porque meus dedos ficam cheios de calo e, às vezes, até sinto câimbras.

Ligo a cafeteira que havia visto mais cedo e procuro pelos ingredientes no armário para preparar um café da manhã básico com torradas, ovos e bacon. Como que atraído pelo cheiro, Dylan surge em sua roupa social e pronto para sair para trabalhar.

— Fiz o café da manhã — digo — Um pedido de desculpas por ter dormido antes da sobremesa.

— Bom dia, princesa — ele me cumprimenta com um beijo casto no rosto. — Tenho certeza que você irá recompensar hoje à noite. — Fala e pisca o olho para mim.

— Claro. Que tal um jantar na minha casa? Posso preparar um peixe ao molho especial. Você tem restrições alimentares?

— Não, como de tudo. Marcado para às dezenove horas?

— Sim, deixarei meu endereço anotado antes de sair.

— Ótimo. Combinado.

— Ah, meu Deus! Dylan, me perdoe — falo quando o vejo na porta da floricultura, no momento que estou fechando o caixa.

— Sem problemas. Se quiser posso te levar para jantar em algum restaurante.

— Você se importa se eu furar com você? Estou tão exausta, não serei uma boa companhia hoje.

Ele suspira alto, vira de costas por alguns segundos e depois vira para mim novamente.

— Também tive um dia difícil, então, o que acha de pedir comida chinesa e comermos na sua casa?

— Dylan...

— Você me deve essa, Ali — ele me interrompe, parecendo irritado, mas logo se recompõe com um suspiro audível e colocando um sorrisinho no rosto. — Vamos lá, princesa. Juro que vai ser divertido e você não vai precisar fazer nada, apenas sentar e comer ao meu lado.

— Ok.

Após vinte minutos no banho, vou para meu quarto completar minha rotina: passar hidratante no corpo, pentear os cabelos, vestir um vestido de algodão simples e confortável e finalmente estou pronta para jantar.

— Tomei a liberdade de abrir sua geladeira e descobri que não tem nada para tomarmos. Então liguei para o barzinho cujo número de telefone estava na porta da geladeira e pedi algumas cervejas.

Em meia hora estávamos devorando o Yakisobaenquanto tomávamos cerveja. Sentados no sofá, Dylan e eu conversávamos sobre tudo: família, trabalho, sonhos, planos e nos entrosamos de uma forma que jamais imaginei que seria capaz. E tudo flui naturalmente entre nós.

Em meio às conversas, descobri que Dylan é inteligente, sagaz, e leva seu trabalho muito a sério. Diferente do que pensei, ele vem de uma família amorosa que preza pelo trabalho árduo. Passei a época universitária inteira o rotulando como um garoto mimado só por ele ser filho de pais advogados famosos e porque se comportava de forma promíscua. Mas a realidade é tão diferente de tudo o que pensei.

Talvez eu devesse parar de julgá-lo tanto. É muito fácil ver ele como o vilão dos meus livros de romance, pois talvez seja a melhor forma de mantê-lo distante do coração da mocinha.

Não lembro a última vez que tive um jantar tão divertido. Se fosse com qualquer outra pessoa, eu chamaria isso de encontro. Mas com Dylan eu prefiro que se mantenha na famosa friendzone.

Se os olhos dele não brilhassem tanto sempre que ele sorri para mim, talvez eu não teria medo de desenvolver sentimentos por Dylan.

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