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Capítulo 07: Corniso

"Não gosto do efêmero, do jeito que as coisas são vividas em alta velocidade e com pequena validade. O eterno, ah o eterno! vibra esperança, mesmo que sua durabilidade seja tanto quanto um dia!"
Joany Talon

Sexta-feira, 20 de maio

Acordei me sentindo mais disposta que no dia anterior. Nada de sonhos com ex-namorados nem coisas ruins acontecendo. Tinha medo até de falar e acontecer algo.

Vini ficou comigo o dia inteiro. Assistimos filmes, ele pediu pizza e perguntava se estava tudo bem a cada cinco minutos, provavelmente com medo de que eu tivesse outra crise, como a que me abateu dois anos atrás. Ele se ofereceu para dormir aqui, mas eu disse que não precisava, que eu tinha que criar forças para enfrentar isso sozinha e que, caso acontecesse algo, o número dele estava no meu contato de emergência.

Levantei, fui para a cozinha e deixei a cafeteira preparando o café. O dia não começa antes da boa e velha xícara de café. Peguei meu celular e, como era esperado, havia duas mensagens de Vinicius.

"Bom dia, Marizinha. Dormiu bem? Nenhum sonho? Nada que possa estragar essa sexta-feira maravilhosa?"

"Aviso: não saia sem um casaco. Hoje o sol não quis dar as caras."

Fui até a janela da sala e retirei a cortina, encontrando um céu cinza, como um presságio da chuva que poderia cair em breve. Logo o café ficou pronto e eu me arrumei para ir ao trabalho, teria que compensar o fato de não ter ido ontem. O trânsito não estava tão insuportável hoje, provavelmente as pessoas estavam se preparando para descer ao litoral, o que já aliviava bastante as ruas. Quando cheguei à floricultura, encontrei um bilhetinho de Rafa e Nanda colado no balcão.

"Bom dia, Mari!

Como você sempre chega primeiro, resolvemos deixar este recadinho. Estaremos aí mais cedo para ajudá-la. Esperamos que esteja bem!

Nanda e Rafa."

Sorri com a mensagem e deixei o papelzinho perto da minha bolsa, coisas pequenas assim me faziam extremante feliz. Estava terminando de guardar algumas coisas dentro da sala quando ouvi o barulho do sino da entrada.

— Bom dia, chefinha! — disse Nanda quando eu voltei para a frente da loja. Ela largou sua bolsa no balcão e me deu um abraço apertado e, logo em seguida, Rafa fez o mesmo.

As duas perguntaram como eu estava e eu tentei explicar a elas que, pelo menos ainda, estava bem. Não havia crise nenhuma e nem pretendia ter. Não havia nada com o que se preocupar, ou era isso que eu tentava, a todo custo, enfiar na minha cabeça. Contei a elas sobre as flores que recebi ontem e sobre Vini ter cuidado de mim o dia inteiro.

— Ele é o máximo — disse Nanda e eu joguei folhas, que tinha cortado de um vaso, em cima dela.

— Você pode ir tirando o olho! — disse e Rafaela apenas ria da situação toda.

O celular de Rafaela apitava, avisando a chegada de mensagens, a todo momento e ela apenas olhava, respondendo às vezes e, depois, fingia voltar a prestar atenção no que acontecia ali na floricultura.

— Olha lá — disse para Nanda. — Ela está achando que não estamos vendo nada.

As bochechas de Rafaela, automaticamente, ficaram vermelhas e ela colocou o celular no bolso, tentando disfarçar.

— Conta pra gente, amiga — disse Nanda. — Quem é o crush da vez?

— Ninguém importante — ela disse e voltou sua atenção aos vasos de flores. Resolvemos deixar de lado esse assunto enquanto ela se recusava a nos contar, então Nanda voltou a falar do quanto Vini "é maravilhoso" e eu voltei a ameaçar bater nela se não parasse de falar dele.

...

O dia passou sem muitos acontecimentos relevantes: poucas flores sendo vendidas, o movimento estava baixo, nem Matheus apareceu para comprar hoje. Esse último, foi o mais estranho, afinal ele sempre aparecia, sem exceções.

O relógio já marcava o fim da tarde quando a porta foi aberta e um Vinicius muito sorridente entrou, seguido de uma moça desconhecida carregando um buquê de flores. Ela disse que o buquê era "para Marina" e retirou-se. Logo, Nanda e Rafa já estavam ao meu lado, querendo saber sobre as flores. Vini sentou-se no banco que tinha atrás do balcão e me encarou, como quem diz: não vai ler?

Essas flores sempre causavam uma confusão e todos corriam para ver. Era como se o Superman estivesse parado ali e todos quisessem ver. É um pássaro? Um avião? Não, pessoal, são só flores.

"Querida Mari,

Estas flores foram umas das mais difíceis de se achar, mas eu não poderia deixá-las de fora. Cornisos são flores nativas da Europa e simbolizam a durabilidade, desta vez não escolhi uma flor que retratasse algo presente, mas algo que possa ocorrer no futuro.

Durabilidade, de acordo com o dicionário, é a característica ou qualidade do que é durável. Quem não quer um relacionamento que seja duradouro, não é mesmo? Mas, a durabilidade de um relacionamento não depende, apenas, do querer de alguém. É algo bem mais complexo e que envolve uma série de fatores. Vou listar cinco deles:

1. O amor entre ambas as partes;

2. O respeito mútuo;

3. A vontade de querer estar com o outro;

4. A superação dos desafios;

5. A aceitação das diferenças.

Precisamos respeitar, aceitar o que é diferente, criar forças para enfrentar os desafios e permanecer juntos, mas, o mais importante entre tudo, é o amor. O amor é o pilar crucial para qualquer relação que, um dia, venha a ser duradoura.

Eu não queria "fazer textão", nem filosofar por carta, mas eram coisas que eu precisava falar.

Com amor (duradouro, não passageiro),
Seu admirador secreto."

Depois que todos, incluindo eu, estávamos a par das belas palavras que estavam naquela carta, Vini disse que precisávamos ir, afinal:

— Hoje é sexta-feira, Mari! — ele dizia quase gritando, enquanto sorria. — Temos muita coisa pra fazer, incluindo comer o máximo de besteiras que conseguirmos e assistir quantas séries der.

Ele falava como se eu não trabalhasse no dia seguinte.

Eu ria enquanto seguia para a minha sala, indo pegar minha bolsa e qualquer outra coisa que eu tivesse esquecido, deixando os três na frente. Fernanda e Rafaela se encarregariam de fechar tudo para mim, já que, no dia seguinte, elas chegam mais cedo para abrir.

— Podemos ir agora — eu disse, quando voltei para o balcão. Vinicius se levantou e se pôs ao meu lado passando o braço pelos meus ombros, já que ele era mais alto que eu. Peguei o buquê que estava nas mãos de Rafa e, então, ouvimos o sono da porta soar.

— Boa noite — disse Matheus, nos encarando sem o seu costumeiro sorriso. Na realidade, ele encarava Vinicius. — Prepara um buquê de tulipas para mim, Fernanda?

Ele parecia me ignorar e eu não gostava do modo como ele agia, como se a presença de Vinicius ali fosse algo ruim. Tudo bem, nós saímos uma vez e ele aparecia todos os dias para comprar flores, que, por acaso, eu não fazia ideia de quem receberia, mas nada disso dá o direito dele agir assim apenas pela presença de Vini. Ele poderia ser meu irmão ou qualquer outro parente e ele estaria tirando conclusões precipitadas.

Na verdade, disse a insistente voz na minha cabeça, não importa quem Vinicius é, não há justificativa para ignorar uma mulher apenas porque ela está com outro homem, Mari.

Tudo bem, voz-que-fala-na-minha-cabeça, entendi.

Soltei um "tchau, pessoal, até amanhã" enquanto saía com meu amigo e Matheus me encarou com olhos indecifráveis. Se ele quer tirar conclusões precipitadas, azar o dele.

NOTAS

Bom dia!! Como vocês estão?

Esse capítulo é o último que eu tinha pronto, mas o próximo já está em andamento e chegará dentro do prazo (um por semana).

Espero que vocês estejam gostando! Comentem! Por que vocês acham que o Matheus agiu desse modo com a Mari? Quero ver as opiniões de vocês.

Até semana que vem!

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