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Um olhar de adeus


Tremia como se a pior das geadas caísse sobre o palácio e a cobrisse com seu manto branco, seu corpo amolecera de uma maneira que a deixava cada vez mais frágil. Em sua mente o acúmulo de informações a fazia se desconectar da realidade, do Rei que gritava com todos, do Príncipe-Herdeiro que estava logo atrás de seu corpo, se fazendo de pilar de apoio para que ela não caísse, da situação em si...

Seu corpo dizia que carregava mais fardos do que imaginava, a vaga sensação de ter morrido de certa forma, memórias que pareciam suas, mas não se encaixavam com a sua vida, a ameaça que sofrera em segredo, a visão das chamas subindo aos céus... O que estava acontecendo? Por que sentia que ainda estava lutando pela sua vida e que nada que seus olhos viam era a sua realidade? Por que sentia essa sensação de vazio, o não pertencimento naquele lugar?

A conversa ao fundo foi tomando sua atenção quando certas palavras, como morte, fogo, ataque, se sobressaiam.

- O fogo matou 3 servas reais e dois guardas que tentaram as salvar. Claramente foi um ataque, meu Rei, estão declarando guerra, precisamos fazer algo! – O Ministro de Questões Militares disse com tanta certeza que o Rei acabou parando de falar. – Não ter reagido no primeiro ataque os deixou com mais confiança, devemos mostrar o poder que o senhor tem, majestade.

- Não podemos declarar guerra com fantasmas! Por acaso o senhor sabe quem é? E se o senhor souber e até hoje não avisou ninguém será detido como insurgente que está incitando rebelião, traidor que dá apoio a quem quer que seja! – Woo Do-Yoon, Príncipe-Herdeiro, disse esquecendo que sua mão segurava o ombro de sua irmã e que a cada vez que sua raiva aumentava a pressionava com seus dedos.

- Está me dizendo que acha que faço parte dessa conspiração?

- Sim, o senhor tem tanta certeza de que o certo é o ataque que só pode saber a quem devemos atacar, e se o senhor sabe então está a nos espionar há muito tempo, controlando o fluxo de entrada e saída de quem nos ataca. Se estou errado, prove!

- Está claro quem está nos atacando! Só pode ser o clã menos favorecido do palácio, o próprio clã Park estão nos atacando para poder estragar a imagem do palácio na mesma medida em que a imagem da Rainha-Consorte foi destruída.

- Está insinuando que a própria realeza está por trás dos próprios ataques? Vai me dizer que eles iniciaram a onda de boatos da loucura da Rainha Park?

- E por que não? É a única que não foi capaz de oferecer ao Rei um príncipe, eles precisam se defender de alguma maneira.

- Destruir a imagem do clã não é uma defesa muito inteligente, achei que o senhor era capaz de visualizar melhor o mundo da política.

- Silêncio! – O Rei gritou e então a Princesa sentiu que cairia se não fosse pelo irmão que a segurou. – Levem-na para o aposento real e montem guarda! Tragam o médico real e cuidem dela e da Rainha-Consorte.

- Sim, majestade! – Guardas se movimentaram e ela foi pega no colo pelo Príncipe.

- Sobre o clã, príncipe Woo-Sejong, vá até eles e investigue, evite qualquer fagulha, não desejo iniciar guerras, estou velho demais para me afundar em um banho de sangue, mas deixe claro que se for necessário eu farei o que estiver ao meu alcance para acabar com a batalha.

- Sim, majestade.

Sem saber que aquele momento seria o início do distanciamento, Hee-Ah o viu se ajoelhar, curvando ao mandado do Rei. Seus olhos se cruzaram assim que ele ergueu a cabeça e ela se arrepiou, sentiu medo e quis correr até ele, como se aquela distância fosse o prenúncio do fim.

- Não... – Sussurrou ela e então as portas se fecharam, selando assim o destino de todos ali presentes.

As portas dos aposentos do Rei foram abertas, mostrando todo o luxo que a princesa Hee-Ah nunca vira. Grandes portas de madeira escura com a arte decorativa que representava a natureza da dinastia: árvores verdes e saudáveis que indicavam abundância, as montanhas ao longe deixando clara a vastidão do seu território, o orgulho de suas conquistas, o rio que contornava a cidade central do reinado, que simbolizava a vida e a continuidade da realeza. O céu com nuvens mostravam a chuva que gerava fertilidade, não só das terras como da família real.

No centro do quarto havia uma grande mesa igualmente de madeira escura, com 8 lugares para sentarem durante as refeições, atrás da mesa havia um biombo com as mesmas artes das portas, separando a entrada do corredor que levaria à cama e à banheira real.

Vasos grandes se encontravam de cada lado da porta de entrada e do biombo, flores frescas como se tivessem sido colocadas hoje perfumavam o ambiente, assim como o incenso no centro da mesa.

- Eu a levarei ao aposento do rei, permaneçam montando guarda, assim que o médico real chegar, o acompanhe até o quarto, não as deixe sem proteção.

- Sim, senhor.

O príncipe-herdeiro contornou o biombo e seguiu para a esquerda, entrando nos aposentos do rei. A primeira coisa que seus olhos viram foi o teto, pintado à mão, diversas flores se alastravam pelo aposento, era uma visão de delicadeza, inocência e elegância, e ali, bem no meio do teto, havia as flores que sua mãe tinha nos aposentos da residência Park.

Em silêncio passou a contar as flores: uma, três, seis, dez, doze, quinze... Espalhadas pelo teto como se ninguém fosse capaz de ver.

Seus olhos desceram pelas paredes e viram sua mãe deitada, a barriga subindo e descendo sob as cobertas indicava que estava viva e isso era o suficiente para Hee-Ah.

Achava melhor evitar conversas altas para não acordá-la, o estresse que deve ter vivenciado seria sufocante para sua saúde e tinha medo do pior vir a acontecer quando seus olhos se abrissem.

Seu irmão a ajudou a se deitar na cama preparada para ela e sua mãe. Estava com as feições fechadas e cansadas, como se tudo isso não fosse novo, apenas mais um incidente para uma história que já estava longa demais.

O peso da responsabilidade com certeza cairia no rei, mas o resto também cairia no príncipe-herdeiro, já que era o braço direito de seu pai. Talvez essa quantidade de estresse o deixasse com aquele ar melancólico... Queria poder ajudar e faria o possível do seu jeito.

Sabia que carregava segredos agora, e os carregaria sozinha para não ser fardo a mais ninguém, crescera sendo isso e não aceitaria continuar sendo.

- Do-Yoon.

- Sim?

- Esse teto sempre foi assim?

- Que? – Ele olhou para o teto e então suas sobrancelhas se uniram, como se não entendesse a situação. – Você está bem?

- Eu nunca entrei aqui, não sabia que o teto era assim.

- Como assim Hee-Ah? Você vivia se escondendo pelos aposentos reais e brincando com o rei...

- Eu? – Ela o olhou e o viu se ajoelhar do seu lado. Seus olhos gritavam preocupados, como se temesse que tudo aquilo estivesse tirando sua sanidade.

- Hee-Ah, você entrava aqui sempre que o rei se retirava do salão principal, o esperava para assustá-lo e então brincavam de se esconder e procurar... Eu vivia ouvindo as risadas, mas nunca pude brincar junto, não era a posição de um príncipe-herdeiro...

- Eu... – Eles se olhavam e então ela suspirou. – Não me lembrava disso. – Seu irmão ergueu a mão e então a pousou em sua testa e bochechas, aferindo a temperatura da irmã suspeitando de febre, só isso poderia causar tal delírio.

- Busque descansar, ok? Se precisar de algo, grite que os guardas reais ajudarão. Espere o médico aqui, junto à Rainha-Consorte, se ela acordar antes da chegada do médico, mande um dos guardas buscar ajuda.

- Obrigada. – Se curvou e viu o príncipe sair.

Depois de tantos pensamentos, tantos medos misturados em seu ser, Hee-Ah sentiu a mente vazia, como se não fosse capaz de processar nada. Não havia passado, não entendia o presente e sequer pensava no futuro.

Ficou olhando para o teto como se aquelas flores significassem algo, mas não conseguia lembrar. Estava tão farta desses lapsos de memória que a raiva acabou transbordando em lágrimas.

A rainha se moveu e então a princesa cobriu o rosto, com medo de sua mãe a vir chorando. Deitou-se e levou a coberta ao rosto, se cobrindo por completo. Chorou como se sua alma dependesse daquilo para sobreviver. Sabia que algo estava errado, que era ela o problema.

Existia a vaga sensação de que tudo ao seu redor era mentira, uma fantasia, mas ao mesmo tempo parecia tão real... Como um sonho lúcido, daqueles que você só percebe que estava sonhando quando realmente acorda. Sua mão foi até o braço oposto e então o beliscou, não o sentindo de jeito nenhum.

Sentou-se, a coberta caindo em seu colo, sobre o braço imóvel. Temeu mover o tecido, tinha medo do que veria, era como se soubesse que esse braço não poderia estar bem, como se ele estivesse machucado demais. Lembrou-se daquela vez na casa de banho, havia sentido a mesma coisa, ou quando viu gotas pingarem de seu braço...

Olhos arregalados faziam o possível para ver através da coberta, mas não conseguiria... Respirou fundo e então com o dedo indicador e o polegar do braço que se movia, afastou o arranjo de cama para longe e gritou.

Seu braço estava partido ao meio, o osso exposto e o sangue a banhando. Não sentia nada, como se ele não fosse mais membro ativo do seu corpo. Tocou e viu que se sujou de sangue. Seu sangue.

O cheiro ácido a tomou e ela quis vomitar. Era verdade! E como um relâmpago, sua mente se iluminou e tudo ficou claro... Suas memórias voltaram até sua queda na floresta, onde havia desmaiado nesse mundo e acordado no seu.

Era Isabelle Bento Melo, estava voltando para casa de Uber quando uma luz muito forte a tomou.

Como se tivesse voltado ao passado, sua mente a tomou e ela reviveu aquele momento. A colisão foi na parte da frente com tamanha força que o fez girar na pista e indo de encontro com um poste, a amassando na parte de trás. Sentiu muita dor na hora, gritou rasgando sua garganta. A dor era lasciva, não havia espaço para chorar, apenas doía, a queimava de fora para dentro.

Olhava ao redor, mas eram tantas as coisas acontecendo que seus olhos não conseguiam focar. Quando o carro parou de se mover, ela tentou deslizar para o outro lado do banco, queria sair pela outra porta, mas o lado direito do seu corpo estava preso às ferragens.

Foi nesse instante que viu seu corpo, o porquê de tamanha dor. Seu braço direito estava partido ao meio, o osso exposto e afiado, o sangue jorrava da abertura, banhando sua roupa. As pernas prensadas pelo banco da frente, não conseguia movê-las, a perna direita mal conseguia ver, mas sentia os dedos do pé esquerdo, o que indicava que não havia perdido como o braço.

Precisava sair dali, ser socorrida, estava perdendo muito sangue... Respirou fundo para poder voltar a gritar, mas a dor foi lasciva, como se seu pulmão tivesse uma adaga fincado nele. Tossiu até não conseguir mais, cuspindo sangue.

As lágrimas vieram aos olhos e então pensou em sua vida, tudo que queria viver, sua família que a esperava em casa, precisava sobreviver, não podia morrer tão jovem, não sem saber o que a vida a aguardava, não podia – não conseguia – acreditar que aquele era o seu fim.

Chorou desesperada, percebendo que em todas as outras vezes que chorara, nenhuma delas teve tanto sentimento quanto agora.

Ouviu pessoas se aproximando, algumas gritavam, outras tiravam fotos. Um homem se aproximou, tentava ver se haviam feridos.

- A parte da frente do carro já era. – Comentou e então Isabelle se lembrou do motorista o vendo esmagado e morto. O grito finalmente saiu da sua garganta, o que fez com que o homem a procurasse.

Lanternas de celulares foram apontadas na sua direção e então gritou de novo, gritou por socorro.

- Liguem para a ambulância, bombeiros! Ela está viva! Qual o seu nome? Fala comigo! Não pode dormir!

- Isabelle Bento Melo! Por favor, me tirem daqui! – Disse chorando, as lágrimas quentes desciam pelo seu rosto como fogo se alastrando em mato seco, indicando a temperatura fria do seu corpo.

Tremia, tanto pelo medo quanto pelo frio. Seus olhos foram pesando cada vez mais, sendo difícil piscar e voltar a abri-los. Tentava responder a todas as perguntas, quando ouviu a sirene se aproximar.

- Não se mexa! Os bombeiros chegaram.

- Abram o caminho!

- Consegue me ouvir?

- Socorro. – Isabelle gritou e começou a chorar. – Socorro, por favor...

- Nós estamos aqui pra te ajudar, vamos afastar o carro do poste, procure não se mexer.

- Me tira daqui, por favor. – As lágrimas a inundavam, a dor era tamanha que não sabia reconhecer de onde vinha, apenas a tomava por inteiro e a deixava mole e fraca.

- O que está sentindo?

- Eu não sinto minha mão.

- Só isso?

- Nem minha perna. Eu não consigo abrir o olho direito.

- Se sente tonta?

- Sim.

- Tente conversar comigo o máximo que puder.

- Tá... – Tentou parar de chorar, mas parecia ser impossível.

- Qual é o seu nome?

- Hee... – "Não, esse não é meu nome." – Eu me chamo Isabelle.

- Isabelle do que?

- Isabelle Bento Melo.

- Quantos anos você tem?

- 24. – Ouviu o carro se movendo e então tudo se mexeu e a dor aumentou. – Tá doendo! – Ela gritou e então o carro se mexeu de novo, fazendo as ondas de dores aumentarem e Isabelle apagou.

Estava em movimento, conseguia sentir o balançar de seu corpo. Deitada, sentia muito frio. Tentou ver onde estava, mas a luz era forte demais.

- Ela acordou, Isabelle, consegue me ouvir? – Tentou abrir os olhos de novo e viu uma mulher que corria ao mesmo tempo que estava levemente inclinada em direção a sua cabeça. – Isabelle, consegue me ouvir? – Não conseguiu falar, não tinha ar para isso, apenas balançou a cabeça e então tossiu.

- Hemorragia interna! – A mulher gritou e então tudo voltou a ser um borrão preto de novo, até que voltou a ouvir vozes, mas dessa vez elas eram mais calmas.

- O estado é grave demais, doutor.

- Eu sei, precisamos cuidar do pulmão ou ela vai parar de respirar.

- Certo.

- Ela está sangrando demais, as costelas estão presas no órgão, preciso de apoio aqui.

- Que acidente infeliz, destruiu o corpo da garota.

- Não fale isso agora, ela pode te ouvir e ela precisa lutar para sobreviver. Isabelle, lute.

- Os batimentos cardíacos estão muito alterados, mexemos em algo?

- Estamos a perdendo! – Sentiu um cansaço tão forte que nem respirar era fácil, o frio era tão grande que sentia arrepios constantemente.

As vozes ficaram novamente abafadas e perderam as formas, tornando ruído que aos poucos sumia, assim como todas as outras sensações. Era como se nada daquilo tivesse realmente acontecido, será que estava a sonhar?

Queria sorrir, era como se a paz fosse doce como um chocolate, a brisa era morna e o sol aquecia sua pele com muita delicadeza. Da sua garganta sentia um murmurar ressoar, estava cantarolando com muita calma.

- Hee-Ah? – A voz de sua avó se aproximou dela, a fazendo abrir os olhos. – Por que está aqui tão cedo?

- Eu queria ver o sol nascer.

Olhou para o céu escondido atrás das montanhas de cume verde musgo. As árvores pareciam tão minúsculas daquela distância... As nuvens eram brancas, mas as cores do sol as tingia de diversos tons de rosa.

Estava feliz, sentia sobre a sua pele as carícias daquele mesmo rosa que as nuvens vestiam, como se fosse revitalizar as noites que Hee-Ah se ninava com lágrimas nos olhos.

Sua avó simplesmente sentou ao seu lado, ela era uma senhora que escondia seu lado camponês e sem dedos da realeza das pessoas que a serviam, tinha medo de não ser respeitada ao ser vista como mais do mesmo, mas ao estar sozinha...

- Eu sempre gostei de ver o sol lutar com a lua por espaço no céu. – Ela respirou fundo e a princesa a encarou. A senhora era linda, de muita elegância e não parecia ter a idade que tinha, sua mãe lembrava muito a sua avó, um pouco menos severa que a senhora, mas de extrema beleza. - Você é como esse momento mágico em que a lua encontra o sol, um espírito selvagem, um coração mole e uma alma doce. – Ela riu e Hee-Ah sentiu seu coração vibrar com palavras tão doces.

O silêncio as tomou até que as nuvens voltaram a ser brancas e o sol brilhava único no céu.

- Hee-Ah?

- Senhora?

- Eu me preocupo muito com você.

- Comigo?

- Minha querida, - disse se inclinando para pousar a mão na face da princesa. – você carrega tanta tristeza no seu olhar... Às vezes acho que sou capaz de tocar nas cicatrizes que a sua alma carrega e chorar com você. Sei que essa vida que você carrega nos braços não te trás alegria e mesmo assim você sorri para as estrelas como se você não carregasse tamanho fardo...

Não encontrou a sua voz, mas não foi necessário. As lágrimas falavam por ela. Nunca se sentiu tão frágil e despida, como se tudo que ela quisesse esconder estivesse pintado em sua pele, exposto para que todos vissem.

- Eu sinto muito. – A senhora disse, lágrimas desenhando caminhos de amor em suas bochechas. – Eu sinto muito. – Seu polegar no rosto da neta espalhava as lágrimas que corriam salgadas.

Acho que era isso que as poesias queriam dizer sobre o leito de morte, as imagens da nossa vida realmente passavam diante dos nossos olhos, mas essa não é minha vida, é a vida de Hee-Ah...

"Talvez a vida tenha sido bondosa comigo, me fazendo reviver uma lembrança que transborda amor no momento mais difícil, eu Isabelle não teria uma memória assim, que triste isso...".

Por mais bonitas que fossem as poesias, Isabelle discordava, não era assim que acabava, era assim que começava: As memórias se prendem a você e então, quando menos você espera, você está dançando com fantasmas do passado.

Não entendia como havia parado nessa vida, sendo uma princesa, mas sentia que era como uma segunda chance. Se alguma religião pudesse explicar isso, ela acreditaria agora que vivenciava na pele uma reencarnação.

Seria Hee-Ah, viveria a vida dela e amaria quem ela amava. Cuidaria de sua família e faria as coisas corretamente.

Mesmo que não visse a sala operatória em que estava, conseguia ouvir algumas coisas, quando eram importantes, como:

- Parada cardiorrespiratória!

- O desfibrilador está pronto.

- Já!

"Talvez essa nova vida seja meu purgatório, é assim que os católicos dizem né? Talvez eu esteja no limbo, acho que o espiritismo diz algo sobre isso... Talvez eu esteja viva aqui para poder consertar os meus erros, e se assim for, eu nunca mais serei quem eu fui, e isso é bom! Acho que agora eu sei o que é crescer."

Sua mão foi até a mão de sua avó e então sorriu.

- Obrigada. – Disse a segurando em seu rosto, fechando os olhos e sentindo que era amada.

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