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24 - Sessões de terapia

Eu preciso de uma amiga tranquila que possa me ouvir. Sim, acho que você serve, mas você já sabe disso.
About a Girl - Nirvana 

Rita chegou cedo naquela noite, fazendo Diana se empolgar por ter a primeira "noite das meninas" de sua vida. Na infância e na adolescência tanto ela quanto Fernanda foram privadas de ter amizades fora da escola, algo que ela obedeceu por não ter outra saída, mas seus pais fechavam os olhos para as escapadas de sua irmã para festas do pijama com as amigas. A mais velha voltava para casa sabendo que uma bronca leve e um castigo bobo tomariam pouco mais de duas horas de seu tempo, então não se importava em não seguir as regras. A mais nova sabia que o seu castigo seria diferente, então jamais ousou quebrá-las.


– Eu nem acredito que tô aqui! – Rita abraçou Diana e deu alguns pulinhos – O que a gente vai fazer a noite toda?!

– Eu não sei – Diana estava feliz, mas definitivamente não conseguia demonstrar tanto quanto a amiga – Com exceção do Maurício e do seu irmão ninguém dormiu aqui em casa antes...

– O Gael dormiu aqui?! – Rita ficou surpresa, mas logo mudou de assunto – Mas isso não importa! A gente pode assistir algum filme, conversar, você tem leite condensado e chocolate? Porque a gente pode fazer brigadeiro... se bem que o cabeção me disse que ia mandar lanche pra gente, mas acho que a gente pode fazer o brigadeiro depois de comer! Isso! Perfeito!


Diana ria da maneira que sua amiga falava sem parar todas as vezes em que se empolgava para algo. Também não estava acostumada a ter alguém tão entusiasmada com sua companhia, pois Rita ainda não havia parado de falar nem mesmo após entrar no apartamento e se sentar no sofá. A moça contou que pretendia dormir cedo por conta daquela noite ligeiramente fria, mas que o convite veio em um momento perfeito, mesmo ela precisando pegar um ônibus e um metrô até ali, além de uma bela caminhada.


– Você passou mais de uma hora no transporte público só pra me ver? – Diana perguntou.

– Di, você é minha amiga e tá na bad! Você não faz ideia do que eu faria por uma amiga na bad. Se você tivesse matado o Maurício e quisesse sumir com o corpo, eu juro que te ajudaria a desovar.

– Isso é, no mínimo... criminoso – riu – E muito gentil da sua parte, obrigada!

– Eu já assisti e li tantas coisas sobre crimes... – se aconchegou nas almofadas do sofá – Juro que conseguiria fazer parecer um acidente!

– Você sabe que eu não vou matar o Maurício, não sabe? – Diana franziu o cenho e riu.

– Claro que sei, por mais que ele mereça – Rita deu de ombros – A gente pode também cortar fora o...

– Rita, sem torturas! – Diana a interrompeu em meio ao riso – Ele merece, mas você só está me dando ideias! Que tal a gente parar de falar sobre mortes e tripas e assistir mortes e tripas?


Rita aceitou na mesma hora e as duas se aconchegaram debaixo das cobertas no sofá. Diana colocou o primeiro filme da franquia Jogos Mortais. Por mais que já tivesse assistido todos, sua amiga ainda não havia assistido nenhum e ela não se incomodava de rever, pois adorava acompanhar como as pessoas se chocavam com as reviravoltas no momento em que a música instrumental final começava.

Diana alternou seu olhar entre a televisão e o rosto de Rita durante todo o filme, acompanhando cada movimento de susto ou de risada da amiga, que fazia comentários divertidos mesmo em momentos tensos. Quando a música final começou e tudo começou a ser revelado, a irmã de Gael mal piscava os olhos abraçada à almofada.


– Que plot twist! Eu não esperava por isso!! Como assim, Di?!! Esse filme me deu até fome!


Rita vibrava durante os créditos finais. Diana riu da empolgação e até brincou que estava com medo de dormir ao lado da moça que sentiu fome após um filme daqueles. A irmã de Gael deu de ombros e mandou mensagem para ele, pedindo para mandar os lanches. As duas conversaram por quase uma hora quando o interfone tocou. A voz do tatuador foi ouvida da rua, fazendo a advogada se apressar em descer junto da amiga.


– Achei que não fosse mais te ver hoje, afinal você está trabalhando... – Diana sorriu enquanto Rita já puxava a sacola de papel da mão do irmão.

– A Rita me obrigou a vir, não te falou? – olhou para a irmã, que sorriu forçadamente para ele – Ela me fez comprar um leite condensado e um achocolatado na padaria lá perto do bar. O bom é que o movimento tá fraco por conta do frio, se fosse ontem eu não conseguiria.

– Valeu, cabeção! – Rita o abraçou – Agora vai embora porque a gente tá com fome!

– Sua irmã ficou com fome depois de assistir Jogos Mortais – Diana sorriu para o rapaz enquanto era puxada por Rita.

– Ela é louca assim mesmo – ele deu de ombros.

– Quanto eu te devo? – Diana perguntou já do portão enquanto a amiga ainda a arrastava para dentro.

– Vou colocar na conta da Rita – Gael piscou e recebeu um dedo do meio da irmã – Agora vai comer, não vou atrapalhar a noite das garotas não.


Rita continuou andando e falando no caminho até o elevador, mas Diana olhava para trás com um sorriso durante o tempo em que o tatuador ficou ali. Gael acenou e subiu em sua moto para voltar para o bar. Sua irmã não fazia ideia de como ele estava grato por ela conseguir deixar a advogada tão feliz quanto se mostrava naquele momento.

Assim como Diana imaginou, os lanches acompanhavam um desenho de Gael de duas meninas dançando sobre um sofá, com algumas notas musicais e a escrita "Girls' Night". Enquanto comia, Rita comentava que o irmão sempre era atencioso com as pessoas na qual se importava, fosse por um desenho ou por detalhes do dia-a-dia.


– Eu fico feliz que ele se importe comigo mesmo depois de ter sido atropelado por mim – Diana riu.

– Ah Di, você sabe que ele nem ligou pra isso, aquele atropelamento serviu só pra trazer você pra nossa vida – Rita falou de boca cheia.

– Eu acho que foi mais o contrário, Rita. Serviu para trazer vocês para a minha vida. Você tem noção de quanta coisa mudou nos últimos meses? Se não fosse por vocês eu jamais saberia que o Maurício e minha irmã tinham um caso, eu me casaria com aquele traidor e viveria uma mentira pelo resto da minha vida.

– Foi algo importante pra todo mundo, assim é mais justo – a moça sorriu – Quando eu te vi a primeira vez na delegacia com toda aquela pose de superioridade eu jamais pensei que a gente se tornaria amiga...

– E por que pensou isso?

– Ah, Di, eu sei que o Gael te contou do meu passado – Rita desviou o olhar, não disfarçando a vergonha de falar sobre aquilo – Quer dizer, eu tenho certeza que sim. Uma mulher como você não seria amiga de uma viciada que nem eu.

– Ele me contou, sim, mas também contou que você está limpa...

– Um ano, cinco meses e treze dias – abriu um sorriso orgulhoso e ao mesmo tempo envergonhado – Muita gente não acredita, tipo aquele policial... Mas eu não quero mais isso pra minha vida, Di. Todo dia é uma vitória pra mim, saber que eu consegui passar mais um dia sem aquela merda. Também é um medo constante de uma recaída, mas eu me esforço tanto...

– Eu acredito que você vai conseguir se manter assim, eu tenho fé em você. Você é a única amiga dessa "advogada com pose de superioridade", e eu te escolhi para ser minha amiga sem me importar com o seu passado.


Diana foi sincera em tudo o que disse, pois de fato não se importava com o passado da amiga. Rita se sentia aliviada por poder falar sobre isso, ainda mais por não ser julgada pela mulher. Depois do assunto que tanto a desagradava, decidiu voltar a ser a mesma moça alegre de sempre e foi até a cozinha com o leite condensado e o achocolatado que seu irmão trouxe para finalmente fazer o brigadeiro.

A noite no apartamento 51 foi divertida e doce, pois as duas passaram horas dando risada das histórias de Rita enquanto comiam brigadeiro de colher. Foram dormir depois das duas da manhã, quando já estavam exaustas. Diana vestiu seu pijama cinza de meia-estação, já sua amiga colocou o pijama estampado com coelhinhos que levou de sua casa.

O domingo passou rápido demais na companhia de Rita e Diana sequer sentiu falta de Maurício, mas isso ela já sabia que não sentiria. Sua amiga ficou em sua casa até perto do anoitecer e só se despediu com um beijo no rosto da mulher após maratonarem metade da franquia Jogos Mortais seguido de um pedido para repetirem mais vezes. Nem seria preciso pedir, pois Diana definitivamente se divertiu até mais do que se ainda fosse adolescente em uma festa do pijama com suas amigas de escola.

O problema de Rita ter ido embora foi o vazio que o apartamento ficou sem as risadas altas que ela dava sem se importar com o horário. O fim do domingo foi a primeira vez que Diana ficou tanto tempo sozinha desde o término, já que na sexta-feira Fábio ficou até tarde em sua casa e ela dormiu logo em seguida. Mas naquele início de noite ela não tinha sono e mesmo se tivesse, a ansiedade em ir trabalhar na manhã seguinte com a certeza de que encontraria o ex-noivo não a deixaria dormir tão cedo.

Com exceção das ligações na sexta-feira antes de Diana bloquear seu número, Maurício não a procurava há dois dias e isso a preocupava, pois ela acreditava que ele a procuraria no primeiro minuto em que colocasse os pés no escritório. Sabendo dessa possibilidade, decidiu preparar a sua roupa com antecedência e escolheu somente peças em que tinha a certeza de que o ex-noivo odiava.


A segunda-feira amanheceu fresca e Diana já estava acordada antes mesmo de seu despertador tocar. Tomou seu café da manhã com calma e colocou a roupa que separou na noite anterior. Terminou de se arrumar e passou seu melhor perfume antes de sair. Chegou no escritório com poucos minutos de atraso por conta do trânsito daquela manhã, a fazendo xingar cada motorista ao seu redor ao ver o carro de Maurício já estacionado. Queria ter chegado mais cedo apenas para se trancar em seu escritório até o fim do expediente sem precisar olhar para a cara de ninguém.

Assim que saiu do elevador no décimo andar, Márcia a cumprimentou com um sorriso mais largo que o normal. Diana estranhou aquilo, apesar de saber da simpatia da recepcionista. Ou Maurício chegou de muito mau humor e a mulher estava daquela maneira para aliviar o clima ruim que com certeza pairava sobre o lugar ou então ele não havia falado nada. Conhecendo o ex-noivo como conhecia, tinha certeza de que era a segunda opção.

Márcia estava quase seguindo a chefe até o escritório quando ouviu um xingamento vindo da advogada, que não acreditou no que viu ao abrir a porta de sua sala e se deparar com buquês de rosas. Muitos buquês de rosas. Pétalas escreviam um "eu te amo" no chão e pelo menos quinze arranjos enfeitavam o cômodo. A curiosidade da recepcionista que ajudou Maurício a montar aquela cena romântica só não era maior que o ódio de Diana ao ver toda aquela palhaçada. Bateu a porta e seguiu até a sala do ex-noivo a passos duros.


– Que merda é essa?! – Diana gritou ao esmurrar a porta fechada de Maurício.

– Princesa, graças a Deus você chegou, a gente precisa conversar! – ele abriu de supetão e ela quase acertou um soco nele.

– A gente não tem mais nada pra conversar, Maurício! Eu quero que você tire todo aquele lixo da minha sala agora!


Diana apontou para a sala dela, mas Maurício sequer se mexeu. Márcia estava boquiaberta, sem saber o que dizer ou fazer. Jurava que sua chefe iria adorar a surpresa feita pelo noivo, pois ele parecia empolgado demais ao convidá-la para ajudar a montar tudo aquilo. A advogada bufou e abriu a porta, exigindo a presença do homem ali.


– Eu quero que você desfaça todo esse circo! – gritou – Eu tenho que trabalhar, isso aqui ainda é um escritório de advocacia e não a sua casa onde você enfia qualquer merda!

– Diana, por favor, me deixa explicar... eu vou chamar a Márcia para limpar, só me deixa falar...

– A Márcia não vai limpar nada, ela não é paga pra isso! Nem mesmo as moças da limpeza são pagas pra arrumar o seu showzinho! Agora é melhor você começar a tirar todo esse lixo daqui! – Diana pegou um buquê e jogou no homem.

– Você precisa me perdoar – ele fechou a porta para Márcia não ouvir a discussão, o que não adiantava, pois ela ouvia tudo do outro lado da parede.

– Eu não preciso, não quero e nem pretendo te perdoar, Maurício. Acabou!

– Diana, eu te amo tanto, eu só cometi um erro, eu sou homem, tenho as minhas necessidades e sua irmã... ela praticamente se jogou em cima de mim!

– Ah, faça-me o favor! Tá escrito "burra" na minha testa por acaso?! Vocês dois não tem caráter nenhum! Três anos repetindo o mesmo erro não é deslize não, é mau-caratismo mesmo! Você quer que eu te mostre todos os e-mails, mensagens e fotos que vocês trocaram de novo pra refrescar sua memória?! Acabou e não tem volta, mesmo se você entupir essa sala com flores e mais flores, nada, absolutamente nada me faria voltar pra você.

– A culpa foi sua! – ele gritou e apontou o dedo para ela – Se você não fosse tão fria nada disso teria acontecido! Sempre cansada, sempre trabalhando até mais tarde... eu precisava de alguém...

– Não ouse jogar a sua culpa pra cima de mim! Eu nunca te traí dessa forma tão baixa, mesmo você merecendo. Mas você não conseguiu se manter dentro das calças né? Claro, é um macho alfa que precisa mostrar sua virilidade por aí! E tinha que ser logo com a minha irmã, é claro... você me dá verdadeiro nojo, Maurício.

– Você não tinha nojo quando eu estava te...

– Ah, claro, eu não tinha nojo, só tédio mesmo – o interrompeu – Fique com a Fernanda, já que ela se contenta com o pouco que você é.

– Você não é nada sem mim, Diana.

– Pelo contrário, eu percebi que sou muito melhor sem você. Agora vai pegar uma vassoura e limpar a minha sala.

– Eu quero a aliança de noivado de volta – ele exigiu.

– Sinto muito, mas ela que vai pagar pelas sessões de terapia que eu vou ter que fazer por sua causa, por causa de sete anos de uma vida perdidos com um traidor. Agora vai, eu quero a minha sala do jeito que você encontrou.


Maurício tentou rebater, mas Diana virou as costas e bateu a porta, caminhando elegantemente sobre os saltos até o banheiro. O olhar assustado de Márcia entregava que a recepcionista havia ouvido cada palavra, mas a advogada não se importava mais com isso. Queria mais que todos soubessem o traidor que seu ex-noivo era. Ela encarou seu reflexo no espelho e seu rosto estava vermelho de tanto ódio que sentia naquele momento. Respirou fundo e contou até dez. Não estava com vontade de chorar, pois já não sentia nada a não ser uma imensa raiva. Teve um fim de semana tão agradável para tudo cair por terra no momento em que viu toda aquela cena montada em um pedido de perdão que jamais viria.

Propositalmente Maurício demorou horas para limpar a sala, somente para atrasar o trabalho da advogada. Talvez esperava que Diana se irritasse e o ajudaria ou então que mandaria Márcia, mas as duas estavam conversando na recepção qualquer outro assunto que não fosse aquela discussão acalorada que aconteceu mais cedo. A recepcionista contava sobre seu fim de semana quando o telefone tocou.


– É da portaria, tem um homem procurando pela senhora lá embaixo.

– Se identificou?

– Só um minuto – Márcia pediu e voltou a falar com a portaria. Logo se voltou para Diana – Se chama Gael da Silva Oliveira, disse que vocês marcaram de almoçar.

– Avise que eu estou descendo.


Diana não conseguiu esconder o sorriso, mesmo sabendo que não havia marcado de almoçar com o rapaz. Foi até sua sala e encontrou Maurício sentado mexendo no celular ao invés de terminar de limpar, apenas para atrasá-la mais. Deu de ombros e pegou sua bolsa. Estava fechando a porta quando voltou para trás e chamou a atenção do ex-noivo.


– Eu quero essa sala limpa até eu voltar. Ah, e por favor, deixe as chaves da minha casa em cima da mesa, você já não tem mais motivos para ter uma cópia.


Ele reclamou, mas ela não se importou. Perguntou onde ela iria, mas Diana também não respondeu, apenas bateu a porta mais uma vez e seguiu até o elevador, ansiosa para poder ver o amigo. Depois de uma manhã estressante ao lado do ex-noivo, tudo o que ela precisava naquele momento estava a aguardando na portaria.

Olá meus amores, como estão?!

Eu preciso dizer que sinto um ódio imenso do Maurício, como pode ser tão dissimulado meu Deusssss!!

E a amizade da Diana com a Rita é tudo pra mim, sério, eu amo demais a relação que essas duas construíram ♥
Ah, e teremos almocinho do nosso casal ♥

Enfim, é isso, nos vemos em breve!
Deus me ajude a escrever mais kk
Beijinhos ♥

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