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Assim que cheguei no resort, fui até a recepção e perguntei sobre o quarto reservado para os Kim. Como esperado, Yifan há havia pegado a chave, então eu apenas fui até lá e bati na porta, sem nem tentar conhecer o local bem perto do centro e incrivelmente enorme. Estava tão exausto e precisando de um banho, fui disparado até o quarto. Imaginei que meu marido fosse estar me esperando pronto para uma explicação do meu atraso, mas ele nem ao menos parecia estar no quarto, não que eu me importasse. Depois de gastar um tempo as minhas malas cor-de-rosa, Yifan saiu do banheiro do quarto apenas com uma toalha na cintura, enquanto secava seu cabelo com uma menor.

— Tenha senso! – Falei, me assustando um pouco com a presença que eu nem tinha notado no local.

— Nós estamos casados agora! Não vejo um problema grande aqui. – Sentou-se no colchão d'água da cama de casal, fazendo barulho. — Se está procurando por suas roupas, a camareira já as arrumou na segunda coluna do armário.

— Deixou que ela mexesse nas minhas coisas? Por Deus! – Eu sempre fui uma pessoa que prezava pelo meu espaço, mesmo que eu não tivesse nada a esconder. A ideia de alguém mexendo na minha mala me deixava um pouco irritado. — Qual coluna? Esta?

— Sim. – Assentiu. — Nós vamos comer num restaurante mais tarde, já fiz nossas reservas em um bem famoso, Pieza de Pekín.

Reconheci o nome Pequim e arregalei os olhos.

— Você sabe que eu não gosto de comida chinesa, Wu Yifan! – Bati o pé, jogando uma calça cáqui que ficava justa em cima da cama.

— Kim Yifan. Meu nome agora é Kim Yifan. – Falou, num tom sério, analisando a calça. — Esta não é a calça que fica marcando a sua bunda?

— E se for? O que você tem a ver com isso?

— Você não vai usá-la. – Levantou, pegando a calça e a colocando de volta na gaveta. Eu a peguei novamente e o encarei, levantando a cabeça ao máximo (ele era extremamente alto, e eu extremamente baixo), mesmo assim tentando parecer machão. O jeito que ele estava despido tornava tudo pior. Droga, seu corpo era tão bonito, seu peitoral era absolutamente bem definido. Isso me irritava. — Se me permite...

— Não permito. – Yifan me ignorou, logo se esgueirando para mexer nas gavetas que ficavam no baixo. Presumi que ele tinha pedido para deixá-las ali, onde eu fizesse o menor esforço para usar o guarda-roupa possível. Sua bunda ficou marcada na toalha e eu não consegui tirar meus olhos por um longo tempo.

Droga, Myeon! Por que você tem que ser assim?

Após mexer bastante nas roupas, incrivelmente sem bagunçá-las, ele finalmente achou algo que não fosse colado ao corpo ou o meu estilo: um terno que eu só havia usado uma vez para a cerimônia de noivado dos meus pais. Estendeu para mim e esperou que eu pegasse, mas apenas o encarei, de braços cruzados.

— Não vou usar isso.

— Por favor, não seja teimoso, Junmyeon. Eu lhe imploro, apenas vista isso. – Eu gostei da forma como ele estava implorando, então decidi apenas aceitar e pegar o terno, recolhendo minha cueca da sorte: eu ia precisar de bastante se quisesse passar o jantar com o grandalhão irritante.
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Kim Yifan tinha me obrigado a jogar o cabelo para trás. Eu sempre gostava dele bem solto e partido para a esquerda. Era naturalmente cacheado e a sensação dele voando com o vento me deixava cheio de espírito jovem. Mas não. Agora um punhado de creme prendia meus fios e os impedia de se livrarem da sua prisão. Argh! Cada vez mais, eu estava me tornando parecido com Yifan, o que com certeza não era um elogio.

Fomos no Toyota Camry V-6 que meu marido tinha alugado, ele realmente era um fã convicto de carros e especialmente apaixonado por Sedans.

— Você sabia que o motor dessa belezinha é mais potente do que o de um Porsche Boxster? – Falou, animado, assim que paramos em frente ao restaurante. Na verdade, eu não sabia. Tudo que aprendi sobre carros vinha do meu pai, e ele era fanático por conversíveis. Mesmo assim, murmurei um "uh-um" arrastado e saí do carro, impedindo Yifan de abrir a porta para mim.

Pieza de Pekín era um lugar bem bonito e agradável. Havia um rio contornando toda a propriedade, tão grande que era abrigo de vários cuiu-cuius. Uma das funcionárias que estava cuidando do jardim explicou ser um peixe da bacia amazônica brasileira. Não tive nem tempo para perguntar mais sobre, as mãos enormes de Yifan já estavam me empurrando para dentro do restaurante com aparência comum, aparentemente sem nenhum traço chinês. Eu estranhei um pouco, mas era melhor assim: apenas os pratos vindo do oriente.

Atendendo meu amor por arroz, meu acompanhante pediu zong zi para mim (o bastardo até mesmo pediu sem nem me perguntar) e frango do general Tso para si. Me intrometi e pedi para que a garçonete trouxesse Huangjiu, um vinho chinês que mesmo que eu não gostasse tinha a capacidade de me manter bêbado agora. Era tudo que eu precisava.

— Eu sei que você não vai comer muito. – Ele tentou ao máximo se controlar para não brigar comigo por estar pedindo álcool, contraindo as bochechas e sobrancelhas. — Por isso pedi apenas zong zi.

— Claro, você sabe que eu preferiria estar num bar nojento qualquer europeu. – Rebati, colocando a alça da minha bolsa pendurada na cadeira. Ele novamente se continha para não falar algo.

— Por favor, Junmyeon, honre a classe que pertence.

"Classe piranha, e eu estava a honrando antes de você aparecer na minha vida", quase falei. No entanto, preferi me conter para não gerar mais confusão do que já estávamos tendo. Como meus contatinhos do Kakao Talk me faziam falta!

Por mais que Yifan tentasse puxar assunto quase que o tempo todo, eu sempre o ignorava ou o cortava. Se aquilo era uma tentativa de manter o clima menos desagradável ou fazer eu começar a adquirir simpatia por ele, já poderia parar por aí. Resolvi tomar um ar, com a desculpa de que queria ir até o banheiro. Não me senti mal um momento sequer depois de ter largado Yifan e saído pelas ruas quentes e iluminadas.

Não conhecia nada de Madrid, incrivelmente era um dos locais que eu nunca havia visitado por toda a Espanha. As luzes dos postes eram um tom azulado e me banhavam por inteiro com sua intensidade, a ponto de poder me cegar. Era bonito ver o resto da rua se revelando através do som das cigarras. Por causa do horário, a maioria dos estabelecimentos já estavam fechados, então decidi entrar no primeiro que encontrei: uma casa pequena e que aparentava ser uma espécie de floricultura.

As paredes do lado de fora eram cobertas por vinhas e sua estrutura se assemelhava a uma cabana de inverno, como uma casa de bruxa. Flores de várias cores e tipos já se mostravam enfeitando o lado de fora. Adentrei com cuidado a porta de madeira gasta, fazendo um sino soar. O lado de dentro era especialmente pequeno e velas eram posicionadas por todo o cômodo único, em cima de prateleiras nas paredes. Tão bonito. Nunca tinha visto algo parecido e igualmente majestoso, mesmo que já tivesse viajado para vários lugares do mundo.

Do outro lado da casa, pude ver uma pessoa ajoelhada regando uma planta e dialogando com ela. Me aproximei devagar, com medo de assustá-la, mas o piso de taco havia me entregado. Eu estava pronto para pedir desculpas quando a face se revelou: o homem do restaurante.

Sua face iluminada pela luz da vela era de total conforto, ainda assim surpresa por, presumi, ver quem estava parado a sua frente. Eu dei um sorriso, que ele retribuiu, largando o regador no chão e se levantando para então pegar uma toalha e limpar suas mãos sujas de terra.

— Olá.

– Oi, é bom te ver novamente. – Retrucou, com a voz firme. — Os ventos da Espanha o trouxeram até o meu encontro?

— Não tenho certeza se os ventos o fizeram, mas com certeza tiveram ajuda do destino. – Respondi. Admito, meu tom carregava flerte, assim como o dele. Se eu iria ficar os próximos dias  Madrid, nada mais justo do que pelo menos dar um beijinho em um homem bonito e que tinha um sotaque chinês realmente sexy quando falava espanhol, diferente de Yifan, que mais parecia uma gazela. Ri um pouco com meus pensamentos, então o homem olhou para mim, confuso.

— Do que está rindo? É de como eu estou sujo de terra?

— Não, não... – Neguei, com a mão tapando a boca. — Eu apenas pensei em uma coisa...

— Seu sorriso é honestamente o mais bonito que eu já vi.

Procurei algum traço de piada no seu rosto, mas ele estava sério. Uma jaqueta de couro deixava seus músculos marcados, junto com a calça. Ele não parecia estar vestindo como jardineiro e já havia citado que trabalhava na China.

— O que exatamente é aqui? Este lugar, no caso. – Ousei, depois de conseguir parar de rir.

— Ah – o chinês pareceu pensar um pouco — é mais como um lugar onde você pode apreciar a beleza natural das flores. Como uma obra de arte viva, você pode vir e observá-la crescer e ficar mais bonita a cada ano, ou simplesmente definhar. Mas a beleza nunca para de florescer. – Ouvi atentamente cada palavra.

— Talvez seja por isso que você parece estar mais bonito do que estava de manhã. – Falei, com delicadeza. Algo nele era perigosamente atrativo. Eu me via perdido no seu charme e apenas sentia vontade de seguir seu papo galã.

— Eu agradeço, mas não me sinto digno de ser comparado a uma flor. São puras e inocentes demais para eu sequer conseguir enxergar suas verdadeiras fragrâncias.

— Se você estiver certo... – Comecei. — Então acho que eu gosto do fato de nós não sermos flores.

Ele esperou um tempo, como quem pedia para eu falar mais. Se aproximou um pouco e começou a me olhar de forma curiosa. Decidi falar mais.

— Nós podemos ser comparados às flores, mas elas não podem ser comparadas a nós. A beleza dos seres humanos está nos defeitos.

— Então mostre-me seus defeitos. – Falou, os olhos vidrados nos meus, quase de forma ameaçadora. Seus pensamentos eram realmente parecidos com os meus, como se ele me entendesse imediatamente. Aspirei o máximo de oxigênio que meu pulmão conseguia aguentar a medida que ele dava passos curtos até mim, quase encostando nossos peitos.

— Eu estou disposto a mostrar cada um deles, mas apenas se você também revelar os seus.
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O homem havia me levado em sua moto para algum lugar no meio de árvores de eucalipto. Aproveitei o passeio para me agarrar a ele, gesto que em momento nenhum foi reprovado. Agora, estávamos em um banco pequeno, apertados ao ponto da minha coxa estar encostada na dele, o que me tirava um pouco o ar. Não parecia ser nenhuma crise de asma, apenas o mais profundo nervosismo que aparecia assim que ele chegava perto de mim. Era engraçado, gentil, bonito e estava a todo momento me elogiando. Como se fosse perfeito. Eu buscava defeitos nele desesperadamente.

— Então, onde você viveu na China? – Falei, bebendo a água que havia comprado numa esquina durante o trajeto.

Changsha. É a cidade natal dos meus pais e a que eu cresci. Atualmente moro em Nova York e Hong Kong por causa dos negócios. Não tenho uma casa fixa entre as duas, mas passo grande parte do meu tempo nos Estados Unidos.

— E o que você faz? – Ofereci a água para ele, que bebeu um pouco. Beijo indireto. Estremeci meu corpo por tal pensamento infantil.

— Sou representante das nações unidas da China.

Arregalei os olhos involuntariamente. Como alguém tão importante estava parado à minha frente!?

— Você é um funcionário da ONU? Mas é tão jovem!

— Não sou tão jovem quanto você deve estar imaginando. Mas realmente consegui alcançar um cargo alto um pouco cedo. Devo isso ao meu esforço, sem dúvidas. – Ele não era do tipo que se gabava, mas também reconhecia seus méritos. — Você já foi em Nova York?

— Sim, eu já estive lá algumas vezes. Meu pai viaja todo o mundo sempre que tem tempo ou apenas por negócios.

— Então você já deve estar familiarizado com diversas línguas, estou certo?

— Eu tenho um certo tipo de facilidade para idiomas, sim. – Comecei a observar a lua, fugindo dos olhares sedutores que o homem me lançava. — Hm, eu sei espanhol, obviamente. Também sei falar chinês, tailandês, japonês, inglês, russo, árabe, um pouco de português brasileiro e coreano, minha língua natal. Já fiz um curso de latim, também. Não sou fluente em nenhuma dessas, não se engane. Apenas consigo sobreviver bem.

— Wow. Isso é um tanto surpreendente. – Falou, de queixo caído. Sorri, jogando minha cabeça em cima de seu ombro. Ele tremeu um pouco e percebi que havia arrepiado, ele realmente tremia toda vez que eu o tocava, assim como eu. — Você tem algum passatempo especial?

— Eu sou um fã convicto de poesia. Mas também gosto muito de cantar, mesmo que eu não leve jeito.

— Sua voz é relaxante, como a de um anjo. – A resposta me surpreendeu um pouco. — Eu também. Sempre gostei muito de escrever minhas próprias canções.

— Você me deixaria ouvir? – Falei, olhando para ele. Por um tempo, ficamos nos encarando, ele com a cabeça virada para me ver repousado nos seus ombros largos e eu apenas vendo quão lindo seu pescoço ficava desse ângulo. Ele era bonito em qualquer direção que você olhasse, em cada detalhe. Também percebi que ele estava me analisando. — Como eu posso chamá-lo?

— Eu sinto que a magia da Espanha vai acabar assim que nos revelarmos. – Falou, baixo, pois sabia que eu ia escutar. Levantei minha cabeça e estávamos tão próximos que eu comecei a ficar um pouco ofegante, revezando meu olhar entre sua boca e seus olhos.

— Por que a magia da Espanha parece tão atraente? — Seu olhar havia pousado total na minha boca já entreaberta, esperando nossa proximidade. Aos poucos, chegamos mais próximos e, finalmente, senti seu toque gentil em meus lábios. Primeiro foi apenas vários selares tímidos e discretos, como se estivéssemos escondendo os sentimentos. Depois, sua língua solicitou passagem, e eu cedi completamente.

Torci para que ele não sentisse o hálito da comida chinesa tão forte e me concentrei em sentir a maciez e delicadeza que ele impunha contra mim, a sua mão esquelética fria agarrando com leveza minha nuca. Como se eu estivesse flutuando enquanto nós moviamos a cabeça e procurávamos sentir o máximo possível do toque um do outro. Coloquei minhas mãos em seu peito, nem ao menos tentei afastá-lo, nem ao menos queria lembrar de Yifan. Apenas me entreguei totalmente e só parei de beijá-lo quando já não tinha mais nenhum traço de ar nos pulmões. Nossos narizes ainda estavam encostados depois de nos termos separados, suas mãos não deixavam eu me afastar de modo algum, não que eu quisesse. Abri os olhos para observar seus lábios inchados, enquanto ele ainda os mantinha fechados, como se estivesse tentando reviver a sensação internamente. Sua respiração ofegante atingia em cheio meu rosto, mas eu nem mesmo me importei com seu hálito de comida espanhola, era um cheiro agradável que se misturava com seu perfume florido.

— Me chame de Lay. – Falou, para só assim abrir os olhos.

— Lay? Como entediado? – Ri do significado do seu nome, abraçando-o e me escondendo na dobra do seu pescoço.

— É mais como uma ironia. Porque eu sei que nunca ficarei entediado enquanto você estiver por perto.

Pensei um pouco em como ele poderia me chamar, algo tão digno quanto o seu nome, e escolhi o apelido que meu pai havia me dado quando eu ainda era pequeno. Significava guardião, pois eu sempre tentava cuidar de todos a minha volta.

— Pode me chamar de Suho.

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