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CAPÍTULO 7

       — Eu não gostei desse — falei para Bethany enquanto me olhava no espelho.

       Estávamos no Washington Square, um dos poucos shoppings de Portland. Eu já estava provando o quinto vestido que Beny jogou por cima da porta do provador, nenhum tinha me agradado.

       — Pelo menos deixa eu ver ele em você. Se ficar dizendo que não gosta sem pedir minha opinião, não vamos encontrar a roupa certa — a loira argumentou.

       — Não vou usar se eu não gostei.

       — Deixa eu ver! — insistiu dando leves batidas na porta de madeira.

       Suspirei sabendo que não tinha com ganhar dela. Me olhei uma última vez no espelho e então destranquei a porta. Bethany me olhou de cima a baixo e sorriu.

       — Você está a maior gata, Vanilla — falou me puxando para fora do provador — Eu vi o sapato perfeito para completar seu look, vou lá pegar. Fica aqui — disse apontando para mim antes de sair correndo loja adentro.

       Um grande espelho escondia a parede que dividia o provador do resto da loja. Observei meu reflexo nele. O vestido era colado ao corpo, o que me deixava desconfortável, e tinha seu comprimento até a metade de minhas coxas. Ele era prateado com duas grossas faixas pretas que desciam nas laterais. As alças que o sustentavam em meu corpo eram tão finas que eu duvidava de sua resistência. Era um lindo vestido, mas não em mim.

       Não tive tempo de voltar ao provador para me trocar, pois tão logo tive a ideia Beny surgiu com os tais sapatos que ficariam perfeitos em mim.

       — Como eu tenho certeza que você nunca andou de salto, te trouxe esse aqui — falou me estendendo o par de sapatos — É plataforma, então você não corre o risco de cair.

       Quando olhei para eles, percebi que realmente não seria difícil de usar. Além de ser plataforma, não era muito alto, então eu não precisava ficar insegura. A única coisa que não entendi era o porquê Bethany estava querendo me vestir de uma forma tão chique, pois pelo que lembro da última festa as garotas estavam de jeans e tênis.

       — Por que preciso ir tão arrumada nessa festa? — a questionei enquanto procurava um lugar para sentar.

       — Para conquistar o Peter — respondeu fazendo parecer óbvio.

       A encarei brava antes de sentar em um banquinho encostado no espelho. Afastei meus cabelos crespos colocando-os sobre apenas um dos ombros e comecei, com um pouco de dificuldade, a calçar os sapatos.

       — Já te falei que não gosto dele — argumentei enquanto tentava sem sucesso prender a fivela de um dos saltos.

       Beny se ajoelhou na minha frente e me ajudou com os saltos. Ela parecia ser especialista naquilo, pois em poucos segundos eu estava de pé avaliando o visual completo em frente o espelho.

       A garota veio por trás de mim e colocou as mãos em meus ombros. Com os saltos eu ficava um pouco mais alta que ela.

       — Olhe para você, Vanilla. Está linda. Eu aposto que todos os caras naquela festa vão querer te oferecer uma bebida.

       — Não depois que verem minha cicatriz — a lembrei.

       Minha amiga revirou os olhos e apertou meus ombros.

       — Você é uma garota maravilhosa. Acha que eles vão perder tempo olhando para algo tão irrelevante, quando todo o resto é bem mais chamativo?

       Em uma coisa Beny estava certa, vestida daquele jeito eu quase nem prestava atenção na cicatriz em meu rosto. Era como se ela fosse ofuscada pelo vestido e os saltos.

       Encarando minha imagem no espelho, consegui até mesmo sorrir. Eu estava bonita, e era a primeira vez na vida que tinha coragem de admitir isso.

       O sorriso logo se desfez de meus lábios quando lembrei de um pequeno detalhe que me impediria de usar aquelas roupas.

       — Não tenho como pagar por isso, Beny — falei me virando de costas para o espelho.

       A loira me lançou um sorriso enquanto negava com a cabeça, me deixando confusa.

       — Não se preocupe com isso. Eu vou pagar.

       — Não vai não! — exclamei atônita.

       Eu não poderia deixar que ela gastasse seu dinheiro comigo, não era certo.

       — Querida, acha que eu esqueci que esse é o mês do seu aniversário? Estou te dando meu presente adiantado — explicou.

       — Eu não posso aceitar, Beny.

       — Não só pode como vai — ela assegurou — Agora troca de roupa pra gente pagar e sair daqui.

       Bethany me empurrou para dentro do provador e fechou a cortina antes que eu pudesse continuar minha reclamação.

       Depois de vestir minhas roupas de antes, procurei a etiqueta com o preço do vestido. Ao encontrá-la, suspirei aliviada ao ver que não era tão caro quanto eu esperava. O fato de estar na promoção também ajudava. Pelo menos não me sentiria tão culpada por fazer Beny comprá-lo, e eu a compensaria no futuro, era uma promessa.

       — Eu pago os sapatos — falei ao sair do provador.

       Minha amiga estava recostada na parede parecendo impaciente. Ela quase deu um pulo quando me viu.

       — Nada disso, eu disse que é um presente — negou minha proposta — Deixa eu fazer algo por você, já que está sempre me ajudando na faculdade.

       Suspirei frustrada, mas deixei que ela pagasse pelas roupas. Bethany ficaria discutindo comigo até que eu cedesse, então que fosse rápido.

       — Vou te esperar lá fora — disse apontando para a saída da loja. Ela concordou e foi em direção ao caixa.

       Do lado de fora da loja de roupas, sentei em um dos bancos dispostos no meio do corredor do shopping.

       Aquele dia havia sido cansativo, constatei isso ao sentir meus músculos doloridos. Eu estava completamente exausta. De manhã a cafeteria estava mais movimentada do que o normal e só tive Noreen para me ajudar, pois Thomas ainda estava de licença. Esperava que ele melhorasse logo, ou nós duas não aguentaríamos muito mais tempo. Na faculdade pude descansar um pouco, mas logo após a aula Bethany já me arrastou para o shopping. Pegamos o ônibus lotado, o que resultou em bons minutos em pé, mais um adicional para meu corpo já cansado. Provar as roupas também não foi uma tarefa fácil, já que nada me agradava e eu fiquei em um tira e coloca roupa que fez meus braços doerem.

       A sorte é que consegui convencer Douglas a nos buscar com seu carro. Eu tinha sérias dúvidas de que ele havia aceitado por causa de Bethany, mas sabia que por enquanto era melhor não tocar no assunto. Poderia me beneficiar disso por mais alguns dias antes de contar a Doug que minha amiga jamais teria interesse nele. Ela gostava dos caras altos e musculosos, meu primo só tinha uma das qualidades, mas seu jeito desengonçado automaticamente o descartava da lista de possíveis paqueras. Era uma pena, eu ia adorar ter Beny como parte da família.

       — Pensando na festa de sexta? Ou seria no gato que vai estar lá te esperando?

       Estremeci ao ser surpreendida por Bethany, não a tinha visto se aproximar.

       — Você sabe que não — retruquei me levantando do banco — Vamos? Acho que Doug já está no estacionamento nos esperando.

       A loira concordou e me estendeu a sacola que supus ter minhas roupas dentro. Peguei de sua mão com um fraco sorriso no rosto e a pendurei em meu braço. Foi então que caminhamos em direção à saída do shopping.

       No estacionamento, não foi muito difícil de achar o carro de Douglas já que ele estava literalmente parado em frente à porta. Entramos rápido para evitar buzinas de pessoas irritadas e tão logo o ruivo arrancou para longe do local.

       Douglas permaneceu quieto enquanto dirigia, mas percebi que de vez em quando ele olhava para o espelho em busca do reflexo de Bethany.

       — Nilla te contou sobre a festa? — a loira perguntou quebrando o silêncio que tinha se instaurado dentro do veículo.

       — Ã... sim. Contou — ele respondeu sem jeito. Douglas realmente não sabia como conversar com uma garota.

       Para piorar a situação de meu primo, Beny se inclinou para frente e agarrou o banco dele, ficando com o rosto próximo do seu.

       — E você vai, né?

       O ruivo agarrava com força o volante do carro, mostrando claramente que estava nervoso com aquela situação. Era melhor Bethany parar, ou poderíamos sofrer um acidente.

       — Ele já me disse que vai, Beny — respondi puxando minha amiga para trás.

       Lancei um olhar acusatório para a garota, mas ela pareceu não entender.

       — Então não tenho com o que me preocupar — a loira sussurrou em meu ouvido.

       Arregalei os olhos em sua direção e dei um tapa em seu braço, ela não poderia estar falando sério.

       — Ele é menor de idade — sussurrei de volta.

       — Eu estou falando do Peter — Beny respondeu com estranheza — Seu primo não faz meu tipo — completou.

       — É, eu sei.

       A paixão de Bethany naquela semana era um colega nosso da aula de matemática financeira, ela passava as poucas horas da aula praticamente babando em cima dele. Eu falava para ela ir conversar com ele, mas Beny preferia apenas ficar o encarando, pois jurava que ele ia perceber e ir falar com ela. Cada um com suas escolhas.

       O resto do trajeto até a casa de Beny foi tranquilo, e quando digo tranquilo, é porque a loira não falou mais nada com meu primo. Doug conseguiu dirigir com segurança, sem garotas bonitas o distraindo.

       Depois de despacharmos Bethany, voltamos para casa. Douglas parecia querer falar algumas coisa, mas sempre que abria a boca perdia a coragem. Foi depois de algumas falhas tentativas suas que decidi intervir.

       — Você está gostando da Bethany, não é? — o acusei.

       O ruivo engasgou com nada, provando que eu estava certa esse tempo todo.

       — Ela é legal — disse após se recuperar do ataque de tosse.

       — E bonita, simpática, amiga — completei — Mas você não faz o tipo dela, se é isso que quer saber.

       O garoto tirou a visão da estrada por alguns segundos e direcionou seu olhar para o espelho, encarando meu reflexo.

       — E qual o tipo dela, então?

       — Caras mais velhos, altos e musculosos. Quase sempre nessa ordem — expliquei — Você não tem chance Doug, sinto muito.

       Ele suspirou, mas concordou com a cabeça. O resto do caminho foi um completo silêncio.

       Quando chegamos em casa, quase não trocamos palavras, apenas um "boa noite" e cada um foi para seu quarto. Eu sabia que Doug devia estar chateado com o que disse, mas apenas quis ser sincera com meu primo. Era melhor do que vê-lo perder tempo atrás de alguém que nunca retribuiria o interesse.

       Dentro de meu quarto, larguei a sacola com as roupas que Beny comprou e deitei na cama sentindo meus músculos agradecerem pelo descanso. Minha visão tomou rumo para a janela, onde a Lua parecia estar emoldurada. Repentinamente senti uma imensa vontade de tirar uma foto daquele cenário.

       Peguei meu celular do bolso da calça e levantei procurando um ângulo adequado. Depois de finalmente encontrar a posição perfeita, tirei a foto. A imagem mostrava a janela com a Lua brilhando bem no centro, parecia muito com uma tela pintada à óleo que nem as encontradas em museus. Empolgada, entrei em meu instagram e postei a foto com um emoji de Lua.

       Não demorou muito para que as curtidas começassem a aparecer. A primeira que vi foi a de Bethany, junto com um extenso comentário me elogiando. Outras foram de pessoas que eu não conhecia, mas me seguiam pelas fotos que eu publicava. A curtida que mais me desestabilizou foi a de Peter, pois eu realmente não esperava por ela, e nem pelo comentário que veio logo em seguida.

       "Bela foto".

       — Bela foto? — me questionei incrédula — Só isso?

       Aquela não era só uma bela foto, era uma magnífica foto, talvez uma das melhores que eu já postei. Ele só poderia estar querendo me irritar.

       — Você não vai conseguir me tirar do sério hoje, Peter Daley — falei encarando meu celular. Quando percebi o quão idiota eu parecia fazendo aquilo, deixei ele de lado e suspirei frustrada.

       Chutei sem querer a sacola com minhas novas roupas, ela estava no chão encostada em minha cama. A peguei tirando seu conteúdo para fora, que consistia no vestido e nos saltos. Eu ainda não tinha certeza se os usaria no dia da festa, pois não combinava comigo. Seria mais confortável usar minha costumeira calça jeans e uma blusa qualquer que encontrar no meu armário quando estiver me arrumando.

       Bethany alegava que eu deveria ir bonita para chamar a atenção de Peter, mas eu realmente não queria isso. Não era certo mudar minha aparência para conquistar um cara, ainda mais Daley, o qual eu nutria apenas raiva.

       Bom, eu teria até sexta para definir o que fazer, pois sabia que querendo ou não eu teria que ir naquela festa. No entanto, ir lá não significava encontrar Peter, eu poderia me esconder até a hora de ir embora. A ideia até me agradava, mas eu ainda estava curiosa para saber qual era a marca dele.

       — Droga — bufei.

       Precisava encontrar aquele garoto para sanar minha curiosidade, mesmo que contra a vontade.

        Na intenção de parar de pensar no assunto, guardei as novas roupas dentro do armário e voltei a deitar na cama. Encarei o teto branco por alguns minutos antes de começar a sentir minhas pálpebras pesarem. Aquele havia sido mesmo um dia cansativo, pois era difícil eu pegar no sono tão rápido.

       Ainda com as roupas que vesti naquela manhã, afastei a coberta da cama e entrei para baixo dela, esquentando meu corpo que então percebi estar gelado. Não demorou muito para que o sono viesse, e junto dele algum sonho aleatório que eu não lembraria no dia seguinte.



Um capítulo um pouco mais curto, mas importante para o resto da história.

Aqui vemos Nilla começando a se aceitar do jeitinho que ela é, Beny está dando uma grande ajuda para tornar isso real. Amo uma amizade.

No fim Vanilla vai ir mesmo nessa festa. O que vocês acham que é a marca do Peter? Estou curiosa pra saber kkk

Não esqueçam de votar e comentar o que acham da história!

Obrigada a quem chegou até aqui!!!

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Vi Mello

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