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CAPÍTULO 19

— Tem certeza que devemos nos vestir assim? — Doug perguntou arrumando o paletó que já se mostrava pequeno em seu corpo. O garoto tinha crescido muito no último ano.

— Era o que dizia no convite, e Thomas disse que eles vão bem arrumados.

Deslizei as mãos pela saia do meu vestido. Era curto até os joelhos e em um tom carmim, a parte de cima constituía duas faixas que se prendiam ao meu pescoço, deixando parte das costas à mostra. Aquele vestido pertencia à minha mãe, e eu nunca o tinha usado até agora.

— Vocês estão muito bonitos, deixe eu tirar uma foto — tia Bertha disse aparecendo com seu celular em mãos.

— Não, mãe! Você sempre posta fotos feias minhas nas suas redes sociais — o ruivo protestou, mas tia Bertha não pareceu ter desistido, pois empurrou o filho para perto de mim e apontou o celular em nossa direção.

— Vamos, só uma foto. Sorriam — pediu sorrindo, para que a imitássemos.

Douglas então finalmente cedeu, dando um sorriso esquesito para a câmera, era o melhor que minha tia conseguiria dele.

Abracei meu primo e sorri contente, pelo menos eu ficaria bem na foto

— Lindos! Vou postar no facebook para a Edith ver — ela falou indo para a cozinha.

— Eu sabia que ela ia fazer isso — Doug bufou, e eu apenas pude rir de toda a situação.

A campainha tocou alguns segundos depois, e Douglas abriu a porta, revelando um Peter sorridente. Ele vestia um terno preto bem ajustado em seu corpo, mas nos pés calçava a mesma bota de sempre. Certas coisas eram impossíveis de mudar, percebi.

Me atirei sobre meu namorado, envolvendo meus braços em seu pescoço, e beijei sua bochecha. Ele retribuiu o abraço por poucos segundos antes de me afastar, e me olhou de cima a baixo.

— Você está uma gata.

Eu sorri, embora minhas bochechas tenham ficado vermelhas pelo elogio.

— Você também não está nada mal. Nunca te vi de terno antes, fica bem em você. — Deslizei a mão pela lapela fina do terno, a ajeitando. Percebi Peter engolir em seco.

Douglas limpou a garganta, chamando nossa atenção.

— Se já tiverem terminado, acho melhor irmos.

Dei alguns passos para trás concordando com a cabeça.

— Sim, sim. Não queremos chegar atrasados.

E assim fomos para a garagem, onde todos nos acomodamos no carro de Doug. Peter sentou ao meu lado no banco de trás, e decidiu que seguraria minha mão por todo o trajeto. Eu não protestei, o calor de sua mão sobre a minha era reconfortante.

Morávamos um pouco distante da casa de Noreen, e, assim que chegamos na rua, já dava para ouvir a música alta e as vozes animadas. Doug teve que estacionar no fim da rua, pois estava lotado de carros lá.

A casa de Noreen não era muito grande, mas tinha um extenso pátio onde estava acontecendo a festa. Luzes estavam penduradas por tudo, cruzando umas nas outras e criando um ambiente realmente mágico, devia ser lindo à noite. Alguns tecidos coloridos também compunham a decoração, amarrados nos postes e como toalha de mesa também. As comidas e bebidas estavam concentradas em um canto do pátio, enquanto o resto era ocupado por mesas e um espaço livre no centro que deveria ser a pista de dança.

Apertei a mão de Peter e sorri quando ele olhou para mim. O moreno retribuiu o gesto.

Noreen estava na porta do térreo da casa e segurava uma tigela de guacamole enquanto conversava com uma mulher mais velha, porém muito parecida com ela.

Acenei para chamar sua atenção e a garota sorriu quando nos viu, vindo contente em nossa direção.

— Que bom que vocês vieram — falou me puxando inesperadamente para um abraço. Retribuí um pouco sem jeito.

Ela cumprimentou Peter e Doug antes de voltar a falar, um sorriso radiante no rosto.

— Podem ficar à vontade. Tem comida ali no canto, o banheiro fica dentro de casa, e se precisarem de alguma coisa é só me chamar.

Noreen parecia uma pessoa completamente diferente da que eu via todos os dias na cafeteria. Ela estava alegre, viva. Eu adorei ver esse outro lado dela.

— Certo! Obrigada — agradeci, dando uma olhada ao redor — Thomas já chegou?

— Sim, ele está lá dentro com a abuela Rosita fazendo o chilli com carne.

Arqueei as sobrancelhas, e Noreen achou graça da minha reação.

— Ele adora cozinhar, e ajuda com a comida desde que contei para minha avó que faz os melhores tacos de Portland.

Na verdade, era a cara de Thomas fazer algo assim. Ele quer sempre ajudar, ser prestativo.

— Eu trouxe um presente — disse tirando de dentro da minha bolsa uma caixinha de papelão forrada em preto — É só uma lembrancinha, mas espero que goste.

Noreen agradeceu o presente e o abriu na minha frente. Seus olhos brilharam quando viu o conteúdo da caixa.

— Isso é incrível, Nilla. Muito obrigada — falou me dando outro abraço.

— Thomas me contou que você gosta de MMA. Quando vi isso na internet, não pensei duas vezes em comprar.

O presente era um chaveiro com duas luvas de boxe penduradas.

— Eu adorei, mesmo!

Ela voltou a fechar a caixinha.

— Alguma banda vai tocar hoje? — Peter perguntou, interrompendo a conversa, e apontou com o queixo para uma parte do pátio onde alguns instrumentos estavam montados.

— A gente tinha contratado uma banda, mas eles cancelaram em cima da hora. Aparentemente o vocalista estava com intoxicação alimentar.

A expressão intrigada de Peter e a breve troca de olhares entre ele e meu primo deixaram clara suas intenções.

— O que acha de eles tocarem? — fui eu quem sugeri — Considere um presente de aniversário.

Noreen nos olhou surpresa, intercalando os olhares em cada um de nós. Parecia decidir se era ou não uma boa ideia.

— Faltaria um vocalista — ela ponderou, mas Doug logo tratou de argumentar.

— Eu posso cantar.

— Douglas canta muito bem — complementei, e isso pareceu ser o suficiente para convencer ela.

— Isso seria incrível mesmo, muito obrigada.

Dei um abraço de lado em Noreen e indiquei os instrumentos com a cabeça, mandando Peter e Doug irem até lá.

Os dois não pensaram duas vezes, e ajeitaram tudo para que começassem a tocar.

Noreen foi até eles e pegou o microfone do suporte ao lado de Douglas, o levando à frente do rosto.

— Boa tarde, pessoal — a música que tocava foi interrompida na hora — A banda que tocaria hoje infelizmente não pôde vir, mas meus amigos se ofereceram para tocar algumas músicas para nós. Espero que todos estejam se divertindo. Aproveitem a festa!

Assim que Noreen largou o microfone, uma salva de palmas começou. Eu os acompanhei, e então foquei toda minha atenção em Peter e Doug, que começariam a tocar.

Peter arranhou os primeiros acordes na guitarra, e logo a voz de Doug tomou todo o pátio. Era uma música em espanhol, eu a conhecia. Quebrei a cabeça por alguns minutos até lembrar qual era. Meu namorado e meu primo estavam tocando "Cuando te fuiste" da Aitana. Douglas tinha me mostrado essa música alguns meses atrás, mas eu não sabia que Peter conhecia.

Embora a música fosse cantada por uma mulher, combinava muito bem na voz de Douglas. Ele tinha um bom timbre, mas sempre que eu falava isso, dizia que preferia tocar bateria do que cantar. Quem sabe um dia ele descobrisse que poderia gostar das duas coisas.

— Eles são muito bons — uma voz masculina disse ao meu lado.

Me virei para Thomas, que nem percebi chegar.

Nós dois sorrimos.

— São sim — afirmei, voltando meu olhar para meu namorado, que estava concentrado na guitarra.

A franja de Peter estava caída sobre seu rosto, dando um ar de rockstar para ele. Não me controlei e tirei meu celular da bolsa, fotografando os dois garotos enquanto tocavam, mas principalmente meu namorado. Me sentia uma groupie obcecada, e no fim acho que eu era isso mesmo.

Quando terminaram de tocar, as pessoas ao redor aplaudiram, e pude ouvir até alguns gritos animados. Eu fui uma das que mais bateu palmas com toda certeza.

— Obrigado — Doug falou ao microfone antes de se virar para Peter.

Os dois trocaram algumas palavras. Deviam estar decidindo qual a próxima música a tocar.

Me virei para Thomas enquanto faziam aquele intervalo.

— Noreen me contou que você estava ajudando na cozinha.

Ele concordou.

— Eu gosto de ajudar a abuela Rosita. Ela diz que somos BFFs, não sei onde aprendeu isso.

Desatei a rir, e Thomas me acompanhou.

— Ela deve gostar muito de você — constatei.

O garoto deu de ombros.

— Rosita gosta de qualquer um que se dispuser a escutá-la falar. As pessoas costumam fugir quando ela começa uma história.

— E você a escuta?

Assentiu.

— As histórias dela são até bem interessantes. Ali — ele apontou para uma senhora a alguns metros de nós — Aquela é a abuela Rosita.

Olhei para a mulher de quem ele falava. Rosita parecia ter uma idade bem avançada, mas isso não tirou seu espírito latino. Ela caminhava entre as pessoas e conversa animada, gesticulando com as mãos e apertando forte os braços de quem se pusesse em sua frente. Era uma legítima matriarca.

Eu nunca cheguei a conhecer meus avós, tanto por parte de pai quanto de mãe, mas tinha ouvido histórias sobre eles durante minha infância. Às vezes eu me pegava pensando se teria me dado bem com eles, se nossa família se reuniria nos feriados e aniversários para comemorar assim como a família de Noreen.

Doug e Peter voltaram a tocar, me fazendo prestar atenção neles.

A próxima música foi "Let It Be" dos Beatles. Eu amava aquela música, e pela animação de Thomas, ele devia gostar também.

Me peguei cantando junto enquanto os via tocar. Doug e Peter tinham sincronia, quem visse até poderia achar que era uma dupla.

Minutos depois, quando tocaram mais uma música e se despediram do "palco", Doug atrás de algo para comer, e Peter veio até mim, que estava novamente sozinha depois que Thomas foi procurar Noreen.

— Nada mal né? — perguntou colocando um braço sobre meus ombros.

— Vocês tocam muito bem juntos — garanti.

— Deveríamos formar uma banda. O que acha de " The Vanilla's Boys"?

Dei uma cotovelada nas costas dele, que apenas riu da minha reação.

— Está com fome?

Assenti.

— Vamos lá pegar algo. Thomas me garantiu que o chilli está delicioso.

— Então temos que provar um pouco.

Peter tirou o braço de meus ombros e segurou minha mão, caminhando lado a lado comigo. Aquilo era quase natural agora, como se fizéssemos isso a vida inteira.

A festa foi incrível. Nós cantamos parabéns para Noreen, comemos tudo o que era tipo de iguaria mexicana, e eu e Douglas até arriscamos alguns passos de salsa. O último item foi uma tremenda vergonha, mas nos divertimos bastante.

— Eu devia ter filmado vocês dançando salsa — Peter falou, já dentro carro enquanto íamos para a minha casa.

— Eu te mataria se você fizesse isso.

— E eu mandaria para Beny antes de morrer, com as instruções de que publicasse na internet caso algo acontecesse comigo.

Revirei os olhos.

— Infelizmente, tenho certeza de que ela faria isso.

Se eu conhecesse Bethany direito, ela postaria na internet mesmo se eu não matasse Peter.

O rádio, que antes tocava uma música do Radiohead, trocou para uma que eu já tinha escutado antes com Doug. Era daquele tal de Bloomed.

— Esse garoto canta muito bem — comentei, e Doug aumentou o volume.

Peter coçou a garganta antes de responder.

— É, canta — se limitou a dizer.

— Me pergunto se um dia vamos descobrir quem ele é — Douglas falou com os olhos focados na estrada.

— Talvez se alguma gravadora se interessar por ele. Não acho que Bloomed vai conseguir ficar no anonimato por muito tempo.

Doug balançou a cabeça, concordando.

— Acha que ele deveria revelar sua identidade?

Olhei para Peter, pronta para responder sua pergunta, mas me surpreendi ao ver como ele me encarava sério, me arrisco a dizer que ansioso.

— Bem... — engoli em seco — Seria o mais sensato a se fazer. Se ele quiser seguir nessa carreira, vai precisar revelar seu rosto.

— Gorillaz é uma banda virtual e eles são famosos internacionalmente.

Neguei com a cabeça.

— É diferente. Bloomed é uma pessoa real escondida atrás das câmeras. Como ele cantaria em um palco? Mascarado? Hoje em dia as pessoas querem conhecer seus ídolos, seguí-los na internet e ver seu dia a dia, não somente ouvir as músicas e assistir aos shows. Os fãs querem criar conexão com os artistas.

— E se ele não quiser ser famoso?

Eu ri.

— Acho bem difícil. Se ele não quisesse, não teria postado seus vídeos na internet.

Peter balançou a cabeça, concordando, mas seu olhar mostrava que ele estava longe.

Chegamos em casa, e Douglas nos deixou na calçada enquanto entrava com o carro na garagem.

Me aproximei de Peter e segurei suas mãos, começando a balançar nossos braços sem nem perceber.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, apenas aproveitando a companhia um do outro.

— Quer ficar para o jantar? — sugeri.

Peter desviou o olhar para a porta da casa e então para mim.

— Fica para a próxima. Preciso passar na casa de meus pais hoje.

— Mais um problema? — eu quis saber. Ele já tinha me dito algo parecido antes.

Meu namorado parecia não ter uma boa relação com os pais, mas ele nunca quis me contar sobre isso.

— Nada demais — prometeu — Apenas assuntos de família.

Assenti, sabendo que ele não me contaria mais nada.

— Nos vemos amanhã?

Ele se aproximou e me deu um rápido selinho, eu quase nem senti seus lábios tocando os meus.

— Nos vemos amanhã.

Peter voltou para a sua moto, que o esperava estacionada no meio fio, e foi embora da mesma forma que chegou.

Dando um suspiro exausta, voltei para dentro de casa, pronta para tomar um bom banho e tirar uma soneca antes do jantar.



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EU QUERO APLAUSOS!

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