23 | onde os por quês são explicado
Nota da autora!
Muito bem vindos ao epílogo de FC. Espero que gostem. Amo bastante vocês, obrigada por todo o apoio.
Pela última vez aqui, aproveitem a leitura.
— Jacksonville —
Atualmente
Eles dizem que somos graciados com o dom da memória. Aquelas lembranças que ficam tão bem guardadas em nosso consciente que são fáceis de achar, apenas fechar seus olhos é o suficiente para isso. Tomás Kennedy Miller adquiriu essa habilidade com mais facilidade conforme os meses passados com aquelas pessoas que agora eram conhecidas como sua família.
A volta até Jacksonville tinha sido cansativa, mas apenas saber que todos estavam bem e que ninguém tinha se ferido bruscamente, era o suficiente para fazer o cansaço exalar do corpo.
Na primeira noite que pararam para dormir na estrada, espremidos no carro que ainda funcionava. Tomás não conseguiu adormecer, tentou se convencer que o machucado em seu abdômen ainda era recente e que na posição que estava não era confortável, mas ele sabia que não era aquilo. Pois Ellie tinha dado a coberta mais grossa para ele passar a noite e um dos casacos felpudos para ele usar de travesseiro, em hipótese, Tomás era o mais confortável de todos. Mas, sua mente estava a um turbilhão. Ela não parava.
— Você está com dor? — perguntou Ellie, enfiando a cabeça pelo vão dos bancos — Sua mão tá gelada.
Ele balançou a cabeça em negação, forçando um sorriso amarelo.
— Estou bem. Pode dormir.
Ellie sustentou o olhar com o do garoto mais alguns segundos, antes de voltar a abaixar a cabeça novamente, em busca de uma boa posição para dormir.
Tomás, pelo contrário, fechava os olhos e tudo que vinha em sua cabeça era flashs da noite no hospital. Dele matando o médico, dele rolando no chão com um dos vagalumes e da facada em seu abdômen. Aquela sensação de que estava morrendo, de que não teria um próximo momento. Porém, o pior de todos, aquele que mal deixava ele controlar a respiração, que fazia suas mãos ficaram tão frias de tanto suarem... Ele tinha mentido para Ellie. E não a nada que destrua um relacionamento do que a quebra de confiança.
Do lado de fora do carro os adultos passavam quase pelo mesmo inquérito, porém, a confiança estava sendo restabelecida e fortalecida. Aquele ali era um bom lugar para descansarem, era um morro alto, totalmente tomado por verde. A tonalidade da grama era atraente aos olhos, sem contar na vista que eles conseguiram ter lá debaixo.
Acima de suas cabeças continha estrelas, cintilando todo o céu como se não fosse de verdade. Quase como se Deus tivesse as desenhado apenas para aquele exato momento, para que aquela família tivesse um aconchego maior naquela noite. Depois de tudo que passaram.
— Achei que fossem estar frias.
Joel quebrou o silêncio, ao pegar nas mãos de Makayla. A mais nova sorriu, o cabelo amarrado em um coque acima da cabeça, com alguns fios soltos. Uma jaqueta escura sobre os ombros, a mantendo aquecida. Ela estava sentada quase na beira do pequeno precipício, Miller se sentou ao seu lado.
— Por quê, você sabe, — as covinhas dançaram pelo par de bochechas dele — sempre estão.
May deu uma risada fraca, olhando de relance por cima dos ombros — o carro a poucos metros deles, verificando se as crianças estavam bem.
— Acho que os hormônios da gravidez mantém minhas mãos quentes, assim como o restante de meu corpo. Bizarro, não?
Brincou, recebendo uma risada gostosa de Joel.
— Sim, bizarro. — gracejou ele — Dessa maneira vou ter que pensar em outra desculpa para segurar suas mãos.
Agora ela não conteve a risada, ecoou noite a dentro. As pontas do nariz vermelhas, assim como as pontas das orelhas.
— Você pode simplesmente segurar, Joel. — Makayla revirou os olhos — Você tá casado comigo.
O mais velho pressionou os lábios um contra o outro, ao ouvir aquela frase. De fato, estavam casados. Mas, ficar perto dela ainda deixava seu estômago embrulhado na maioria das vezes.
— Acha que eles vão ficar bem? — divagou Makayla, olhando para o horizonte escuro a sua frente.
Joel entrelaçou os dedos da mão direita na mão esquerda da mais nova, sentindo a extremidade de sua pele. Aquele tipo de contato sempre o confortava. Para ser sincero, ele também tinha perdido muito tempo nas últimas horas preso naquele dilema. O medo de que tudo que tinha acontecido pudesse ter traumatizado suas crianças, o deixava extremamente apavorado.
— Eles são fortes.
Os lábios de Miller pronunciaram as três palavras, totalmente cheio de receios. Pois, mesmo que elas de fato não fossem crianças normais, ainda sim era suas crianças. E não tinha nada no mundo todo que pudesse machucar um pai do que saber que elas nunca mais seriam as mesmas.
— Espero que fiquemos bem. — silibou May em um tom de voz baixo.
Joel soltou os dedos de ambos e levou até a barriga coberta da mais nova, espalmando a mão na barriga dela, tentando não se assustar ao pensar que tinha uma nova vida crescendo ali dentro. Aquilo deixava nervoso e ansioso ao mesmo tempo. Era como ter uma chance nova dada pela vida, porém, Joel não se sentia merecedor disso. O medo de algo acontecer parecia ter triplicado desde que soube que Makayla estava esperando um bebê seu.
— Vamos ficar. Eu prometo.
Nem que precisasse destruir qualquer coisa que afetasse a segurança e a felicidade de sua família, Joel quebraria aquela promessa. E por incrível que pareça, ele conseguiu cumprir isso por longos quatro anos.
🏹
Mesmo estando afetados pelos acontecimentos, Tomás e Ellie gostaram da sensação de estar de volta a Jacksonville. Era a primeira vez que ambos tinham um lugar para chamar de lar, um lugar para onde voltar. Ficaram eufóricos na hora de desempacotar as coisas ganhadas por Maria e Tommy, era a primeira vez que eles tinham um quarto próprio, como uma pessoal normal.
Makayla se lembra de ver a figura dos mais novos descendo e subindo a escada eufóricos, enquanto organizavam as próprias coisas no andar de cima.
Foi assim por alguns dias, até eles se acostumarem com a cidade. Criou-se uma rotina muito rápido, era como se Tomás e Ellie precisasse daquilo, mesmo alguma coisa em ambos estarem diferente. Makayla fez questão que eles começassem a comparecer a escola, por quê dizendo ela tinha certas coisas que não dava para se ensinar na rua.
— Isso não faz o menor sentido. — Ellie resmungou quando ouviu a notícia.
Estavam sentados na mesa de jantar quando a mais velha anunciou.
— Nunca precisei estudar, mãe. — pranteou Tomás.
Makayla revirou os olhos, após engolir o purê de batata.
— É exatamente por isso que os dois vão. — disse firme.
Joel olhava a cena com graça transbordando de seus olhos, ainda estava se acostumando com tudo aquilo.
— Só sai para caçar quem for para a escola.
— Pai?!
— Joel?!
Os mais novos o chamaram em uníssono, completamente incomodados com aquilo. Joel riu de boca cheia, dando uma piscadela para sua mulher do outro lado da mesa. E foi assim que aquela discussão terminou naquela noite, e claro que Makayla recompensou Joel da melhor maneira possível na cama.
O primeiro dia de aula deles fora o maior desastre possível, primeiro que Ellie ficou emburrada desde o momento que saiu de casa até chegar na escola. Por um lado Tomás estava curioso para saber a maneira que aquilo funcionava, mas por outro se encontrava em um constante medo do que pudesse acontecer.
Foi no meio da aula de biologia que Ellie levantou a mão para fazer uma pergunta.
— Quando que é a aula de tiro? — sua voz soou calma e pacífica, apesar de estar incomodada por estar naquela ambiente.
Todos os olhares presentes da sala se viraram para ela.
— Oi? — a interrogação no rosto da Professora era indescritível.
— Aula de tiro, auto defesa, quando vai ser? — Tomás perguntou também, pois era algo que fazia parte do seu interesse.
— Vocês já atiraram?
A garota que estava sentada em lado oposto a eles, perguntou.
— Porra, óbvio. — Ellie deu um sorriso — Vocês não?
— Vocês nunca mataram alguém? — Tomás se virou para a menina, perguntando também.
Foi aquilo, o início mais desastroso possível.
— Não tem condições. Eles não parecem crianças.
Foi a frase que Makayla ouviu assim que colocou os pés para fora do supermercado. A mulher a sua frente era a Professora de seus dois filhos, e a maneira que os olhos dela transbordavam de raiva apenas deixou Makayla irritada.
— Desculpa, o que foi?
— Eles estavam falando de tiro e de matar pessoas no meio da aula de biologia. — começou a divagar — As crianças ficaram assustadas e...
— Eles são crianças.
A voz de Makayla saiu firme, antes de dar as costas e começar a caminhar de volta a sua casa. Naquela noite ela chorou enquanto tomava banho, pois aquela mulher tinha razão, eles não eram crianças normais. Talvez, Tomás e Ellie tivessem perdido a infância para sempre, após tudo que aconteceu que os forçou a crescer para suportar tudo aquilo.
Não tinha conserto. Da mesma maneira que algo tinha morrido em Makayla, também tinha morrido nas crianças. Porém, de uma maneira pior. Eles perderam a coisa mais importante da vida, a esperança. Saber que eles não conseguiam se esquecer do mundo lá fora e começar uma nova vida ali, deixava Makayla destruída.
Os próximos meses foram exaustivos, de uma maneira surreal. Ellie e Tomás insistiam que podiam sair para fazer a patrulha com os adultos, e fora incontáveis vezes que Maria e Tommy os pegou quase escapulido com os cavalos. Demorou muito para entrarem no eixo, e no fundo Makayla sabia que talvez eles nunca se acostumasse com aquilo, afinal eles nasceram para ser livres e não viver em um comunismo.
— É assim?
Em uma tarde de sábado, Joel decidiu que estava na hora de ensinar alguma de suas habilidades para os mais novos. Os três se sentaram embaixo da árvore de frente a casa e Joel entregou os dois novos violões para ambos, foi a primeira vez que seus olhos ganharam uma tonalidade diferente desde que chegaram ali.
— Nem fodendo. — exclamou Ellie entusiasmada.
Tinha sido uma promessa que ele tinha feito a tanto tempo atrás, que os mais novos achavam que ele tinha esquecido.
— É muito fácil depois que pegam o jeito. — Joel apoiou o próprio violão no colo, tocando uma nota — Viram as posições de meus dedos? Tentem deixar assim.
Tomás mordeu os lábios, concentrado. Encaixando o violão embaixo do braço da mesma maneira que o pai, enquanto Ellie também fazia o mesmo.
— Existem sete notas musicais. Dó, — ele fez a nota — ré, — fez a próxima — mi, fá, só, lá, si.
Os mais novos se espremeram mais perto de Joel, com os olhos presos em qualquer movimento.
— É como um alfabeto musical, assim fica mais fácil. — continuou Miller — Permite agregar as frequências dos sons, viabilizar a composição musical, ou, em outras palavras, uma combinação que gera a música.
— E da para tocar qualquer coisa? — perguntou Ellie.
— Sim. Qualquer coisa.
— E inventar também? Tipo, uma própria música minha? — os olhos de Tomás brilharam ao perguntar aquilo ao pai.
— É infinita as possibilidades. Vocês podem tocar qualquer coisa, do jeito que quiserem.
Dali alguns anos, quando perguntassem a Joel qual era um de seus momentos favoritos de toda sua vida, ele responderia aquele: quando ensinou seus filhos a tocarem violão. Não tinha muitas coisas que dava para passar para a frente, como uma herança naquele mundo. Mas, Joel soube naquela tarde de sábado, após ficar três horas ali com os mais novos —, que todas as vezes que eles pegassem no violão e tocassem a nota que fosse, eles se lembrariam dele. E aquele era o seu legado.
Makayla fotografou aquele momento, a polaroid estava na cabeceira ao lado de sua cama. E ela olhava para ela todos os dias quando acordava.
Era difícil se acostumar a estar grávida novamente. Ela não se lembrava da sensação de ter uma vida dentro de si, crescendo cada dia mais. Era como ter três sacos de arroz amarrados ao seu corpo, cada vez que andava. Ela de fato não aguentava mais estar grávida, e ao mesmo tempo que sentia assim, também mal esperava para ter seu bebê em seus braços.
— O que isso tá fazendo aí?
Era quarta-feira à tarde, Joel tinha acabado de chegar do "trabalho" daquela tarde. Os cabelos suados colados na testa, a barba por fazer, e os indícios de fios brancos por todo seu rosto. Ele estava cansado, a camisa xadrez vermelha colada na pele e as mãos pousadas na cintura ao indagar aquilo a Makayla.
Ela estava deitada na cama, com as pernas cruzadas e um livro sobre a barriga. Lendo algum romance do Nicolas Sparks.
— O quê? — levantou os olhos do livro, observando o marido.
A cada dia que passava, algo que ela não achava possível, seu coração crescia por Joel cada vez mais.
— O berço, Makayla. — falou como se fosse óbvio, ainda com as mãos na cintura — Não falei que eu ia arrumar? Não acredito que você empurrou ele até ali.
A mais nova deu uma risada nasalada gostosa, deixando o livro de lado.
— Eu tô grávida, não aleijada. Consigo fazer isso...
Joel bufou, se ajoelhando ali no pé da cama.
— Eu sei, eu sei, mas eu falei que ia...
— Shh, Shh... — ela o impediu de continuar, apoiando as mãos em seu rosto — Você pode fazer mais um milhão de coisas, amor.
Joel comprimiu os lábios, respirando fundo, se acalmando. A maternidade caia como uma luva para Makayla Kennedy, a maneira que suas bochechas ganharam mais tons rosados e como ela sorria —, o deixava bobo.
Ele apoiou as duas mãos na barriga dela, antes de apoiar a cabeça ali. Makayla acariciou seus fios de cabelo (que já mostrava indícios de que precisava de um corte), sorrindo com aquela cena.
Tinha momentos como aquele que tudo parecia valer a pena, cada mísero respiro errado que tinham feito no passado, cada batalha, cada lágrima, tinha válido a pena.
— Uou. Sentiu isso? — Joel levantou os olhos, alarmado para ela — O que foi isso?
Makayla riu baixo, pois o bebê tinha acabado de chutar e fora a primeira vez que Joel viu tal coisa acontecendo.
— Meu bem, isso é...
Seu rosto estava espantado, os olhos arregalados e marejando. O castanho de seu olhar nunca ficou tão brilhante quanto agora.
— É ele falando que te ama, papai. — May disse calma, mantendo o sorriso no rosto.
Jurou que fosse ver Joel chorando naquele instante, pela maneira que aquilo o afetou.
🏹
— Isso é a porra de uma besteira.
Tomás xingou, jogando a pá no chão. Não aguentava mais limpar merda de cavalo, suas mãos suavam, junto com todos o restante de seu corpo. Estava farto, não aguentava mais ficar preso na cidade. Se sentia um lobo enjaulado, odiava ver os mais velhos saindo para patrulhar enquanto continuava ali, com todas as outras crianças.
— Eu já falei isso um milhão de vezes. — Ellie revirou os olhos, também apoiando a pá no chão — Não temos idade suficiente para sair, mas podemos catar bosta de cavalo? Que hipocrisia de merda é essa?
As bochechas de Tomás estavam vermelhas, por conta do sol. E apesar de estar irritado, ele riu com o comentário da garota. Pelo menos tinham um ao outro.
— Sinceramente, o que mais a gente tem que fazer para eles nos deixarem...
Porém, a frase morreu na boca do Miller ao ver que Ellie não estava prestando atenção.
— O que foi? — perguntou.
A mais velha virou o rosto novamente para o garoto.
— Movimentação estranha ali. — indicou com a cabeça, a direção para onde ficava a rua que levava até a casa deles.
— Ah, deve ser alguma besteira. — deu de ombros, pegando a pá novamente — Vamos terminar aqui e ir jogar...
Porém, Tomás derrubou a pá mais uma vez. Dessa vez assustando Ellie, que olhou para ele alarmada. Ele não disse nada, tirou as luvas, jogando no chão e começando a correr, descendo a rua que levava até sua casa.
— Ei, porra. Espera.
Gritou Ellie, fazendo a mesma coisa, porém perdeu alguns segundos quando a luva agarrou sua última unha. Desceu correndo atrás de Tomás.
A distância dos celeiros até a casa era de no mínimo seis minutos. Tomás chegou lá em três, eufórico, com as bochechas vermelhas como pimentão e o ar faltando em seus pulmões. A porta de entrada estava aberta e seus olhos se esbarraram com os de seu tio Tommy, que estava na ponta da escada, as mãos aflitas apertando uma à outra. Tomás não trocou uma palavra, seu coração estava acelerado e seus olhos apertados, segurando a vontade de chorar. O medo de algo ter acontecido com sua mãe, o desespero de a perder fora mais alto.
Ele subiu as escadas, de dois em dois degraus até estar totalmente no andar de cima.
A porta do quarto de seus pais estava entreaberta, e antes dele entrar, respirou fundo três vezes seguidas.
A primeira coisa que viu fora Joel, em pé ao lado da cama, Maria estava na ponta do quarto, limpando alguma coisa que ele não se deu ao trabalho de querer saber o que era. Dava para ver o corpo de sua mãe, atrás de Joel. Ele avançou mais alguns passos para dentro do ambiente, conseguindo finalmente ver o rosto de Makayla. Estava tão vermelho quanto o dele, de tanto se esforçar.
— Vem aqui, Tommy.
Joel o chamou.
O rosto do mais velho também estava vermelho, porém seus olhos dessa vez se encontravam molhados. Tomás se aproximou com receio, o coração ainda desesperado e as mãos nervosas e suadas, que ele estava esfregando na calça a cada segundo. Quando por fim chegou ao lado de seu pai, Tomás conseguiu ver o que estava acontecendo.
Nos braços de Makayla estava um pacotinho pequeno embrulhado em uma manta clara, com o rosto rosado e os fios de cabelo completamente escuros em sua cabeça.
Então, Tomás pode sentir o ar entrar novamente em seus pulmões. O coração se acalmou.
Os meses se passaram tão rápido, mas ele estava tão concentrado em sua própria dor e na maneira que tinha que se adaptar a aquela nova comunidade que tinha se esquecido que sua mãe estava quase dando à luz. As lembranças de como tudo começou, de quando aprendeu a falar e começou a questionar sua mãe sobre seu pai, as coisas que teve que passar até encontrá-lo. O sentimento de saber que estava destinado a alguma coisa maior, a forma como Ellie fora puxada para sua vida —, lhe ensinando o que era o amor de verdade, sem pedir nada em troca.
Tudo aquilo transbordou de uma vez.
Agora, tudo isso será histórias algum dia. E suas fotos se tornarão fotografias. Todos nós nos tornaremos mãe e pai de alguém. Mas, agora esses momentos não são histórias. Está acontecendo. Tomás está ali, parado e embasbacado. E está olhando para ela... E ela é tão bonita.
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