20 | onde se inicia o fim pt. 01
— Washington —
Atualmente
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Quando o mundo acabou era comum Joel acordar suando frio todas as noites. Os nós de seus dedos brancos e gelados, o coração acelerado e uma onda de pensamentos suicidas tomando seu corpo.
Ele não queria estar vivo.
Seus dias se passavam como um borrão, acordava e mal se lembrava da hora de dormir. Vivia com o gosto amargo de whisky na língua, já era uma rotina. Quando o álcool acabava, ele se dopava de remédio. Joel queria desaparecer, não aguentava mais sua própria existência.
Por isso se lembra do dia exato em que decidiu morrer. Era uma manhã qualquer como todas as outras, dia cinza e frio do lado de fora da janela. Dava para ouvir resmungos das pessoas lá de fora e ele pensou que provavelmente Tess estava trabalhando. Ele não queria fazer uma bagunça, porém preferia fazer isso ali dentro do que lá fora. Atrairia mais atenção se fizesse aquilo em outro local, então preferiu ali.
Joel lembra de olhar para a mesa central, notando os milhares de rabiscos da tatuagem de Makayla. Apenas olhar aquilo fez sua cabeça rodar, já estava bêbado o bastante. Os flashs da morte de Sarah, aquela noite, tudo estava perfeitamente intacto em seu consciente.
Se moveu até o banheiro, sentindo os dedos molhados. Se sentou na beirada da banheira, suspirando pesado. A pistola estava em suas mãos, ele estava pronto. Não tinha uma razão para continuar, Joel não tinha nada. A única coisa que ele almejava era acabar com aquela dor que dilacerava seu peito, de dentro para fora. Ele simplesmente não aguentava mais. Apoiou o cano da arma abaixo de seu queixo, pronto. Fechou os olhos e contou até três.
Porém, o efeito do whisky não estava o ajudando muito bem.
Joel apertou o gatilho.
Mas, um segundo antes de fazer tal ato —, por instinto jogou seu corpo para trás, tombando o meramente para o lado. Foi o instinto humano de sobrevivência. O tiro acertou o teto, fazendo um barulho alto. Seu ouvido direito estava em um zummmmm. Se misturando com a bebida o deixando zonzo. Foi então que ele sentiu o calor escorrer por seu pescoço, indicando que havia sim acertado uma parte de seu corpo.
— Joel.
A voz de Tomás o trouxe de volta para a realidade. O menino parou ao seu lado, como se já o tivesse chamado muitas vezes.
— Tenho dó do cara que errou o tiro. — indicou com o indicador a orelha do pai — Deve que ficou ferrado.
Miller suprimiu um sorriso, cansado. Já estavam na estrada a dias, os mais novos estavam exaustos de tanto cansaço.
— Foi eu.
Joel não soube exatamente o motivo por dizer tal coisa. Simplesmente falou, encarando as órbitas idênticas as suas.
— O cara que errou o tiro. — continuo.
Levou alguns segundos para Tomás entender, e quando de fato percebeu do que se tratava, engoliu em seco. A preocupação tomou conta de seu semblante.
— Não precisa me olhar assim. — deu uma risada sem graça, olhando para mais longe — Era uma época em que eu não tinha nada. Não sentia nada. Estava pronto... Pronto para morrer. Sem medo.
Tommy limpou a garganta, estralando os dedos.
— Que bom que o tempo curou.
Era um assunto delicado. Algo que o menino nunca tinha aprendido a lidar. Os olhos do mais velho pousaram sobre os seus mais uma vez.
— Não foi o tempo que curou. — Joel sentiu as lágrimas ameaçarem descer, porém as segurou — Foram vocês.
Tomás balançou a cabeça em concordância, sentindo aquilo o atingir na boca do estômago. Era a primeira vez que Joel era emocional com ele, de uma forma totalmente genuína. Por isso agiu sem muito o que pensar, Tommy enrolou os braços ao redor da cintura do pai, o abraçando. Pegando Joel totalmente de surpresa, sem saber como reagir. Levou alguns segundos para apoiar as mãos na costa do filho, o retribuindo.
Era engraçado se parasse para pensar na maneira que tudo muda do dia para noite. Como a meses atrás Joel não tinha nenhuma noção da existência do garoto e de Ellie. A maneira que isso acabou por mudar as suas vidas.
Quando Tomás se afastou, ouviu as vozes das outras duas. Se encostou no carro novamente, cruzando os braços frente ao peito.
— Olha o que eu achei. — Ellie gracejou feliz, balançando a revistinha em quadrinho frente ao rosto.
Tomás riu com a cena, pegando a HQ em mãos, a folheando.
Makayla observava a cena um pouco atrás da garota, enquanto Joel também fazia isso. Ambos trocaram olhares entre si, sorrindo com aquela cena. Apesar de ser mais novo, Tomás tinha crescido alguns centímetros a mais do que Ellie. Quando tudo aquilo começou ela era mais alta que ele, mas agora era diferente. Como as coisas conseguem mudar de uma maneira tão rápida?
🏹
— O que está fazendo?
A voz de Makayla trouxe Miller de volta a realidade. Já havia escurecido, estavam agora em um motel abandonado na beira da estrada. Provavelmente no dia seguinte conseguiriam chegar onde tanto desejavam, encontrariam os vagalumes e fariam a cura.
— Só... Olhando. — deu de ombros, forçando um pequeno sorriso.
Ela conseguia ver a maneira que ele estava preocupado, seus ombros estavam tensos. Não importava quanto tempo se passasse, Joel sempre se sentia daquela maneira.
Makayla quebrou o pequeno espaço entre eles, o abraçando. Agradeceu por terem encontrado um riacho de manhã, onde os quatro tomaram banho.
— Os meninos? — perguntou Joel. Dava para sentir o cansaço em sua voz.
— Comendo e lendo aquela história em quadrinho. — Makayla bocejou, mantendo o riso no rosto.
Joel cedeu, enrolando os braços ao redor da cintura da mais nova, depositando um beijo em sua testa.
— Acha que deveríamos parar com tudo isso? — ele perguntou o que tanto pairava em seu consciente — E voltar para o Tommy?
Makayla apoiou a cabeça em seu peito, mantendo as mãos entrelaçadas em sua costa.
— É isso que você quer?
Ouve alguns segundos de silêncio.
— O que eu quero é que fiquem seguros. — murmurou.
May balançou a cabeça em concordância, afinal também se sentia da mesma maneira. Não aguentava mais não ter paz, nunca e ter que estar sempre em alerta.
Ela levantou a cabeça, se esticando nas pontas dos pés até alcançar os lábios do mais velho. Joel não pensou duas vezes antes de a permitir fazer o que ela queria. Ele aceitaria qualquer coisa, só para tê-la para si. Makayla se equilibrou, apoiando as mãos na nuca dele —, aprofundando o beijo.
As mãos pesadas de Miller pousaram em sua cintura, descendo até sua bunda coberta pelo jeans. Deu um pequeno aperto ali, ganhando um gemido da mulher em resposta.
— O que tá fazendo? — ele perguntou, assim que se afastou em busca de ar.
Os lábios vermelhos, a respiração ofegante e seu pau começando a apertar a calça que estava usando. Makayla deu uma risada nasalada, o puxando pela mão.
Por conta dos meninos estarem no primeiro quarto, ela pulou dois, entrando no terceiro com Miller em seu alcanço. Não havia cortina ali naquela janela, então a luz iluminava o ambiente de uma maneira excelente. Joel a prensou contra a parede, aprofundando o beijo mais uma vez. Sua língua dançando pela boca da mais nova, explorando cada canto que já estava cansado de conhecer.
May sentiu a maneira que seus mamilos endureceram, quando ele pressionou o próprio peito contra o dela.
As mãos pesadas e firmes do mais velho começaram a brincar com seu corpo, por baixo da roupa. Makayla deu uma risada maléfica, quando sentiu o pau dele duro contra sua barriga.
— Você gosta disso, uh? — perguntou, pressionando os lábios contra a pele de seu pescoço.
Makayla arfou, soltando um gemido em resposta. Sua calcinha já estava completamente molhada, da maneira que suspeitou que a cabeça do pau dele também estivesse.
Joel a puxou pelos braços, bruscamente. A jogando contra a cama. Sendo tomado pela impaciência.
— Joel!
Ela resmungou em um tom de reprovação, mas o mais velho tão pouco se importou. Joel puxou a calça dela para baixo, quase arrebentando os botões. Deixando a mostra a calcinha preta dela.
— Ummm. — Miller murmurou, acariciando a pele de sua bunda descoberta.
Um sorriso sádico tomou seu rosto e Makayla conseguiu ver, inclinando a cabeça para trás. Um segundo depois o barulho que preencheu o quarto foi do estalo que o tapa dele dera em sua bunda.
— Oh, filho da puta. — choramingou, contraindo as nádegas.
Joel arrancou sua calcinha, a puxando novamente para que ficasse de quatro. Acertou outro tapa na bunda dela, dessa vez do lado esquerdo.
Makayla choramingou mais uma vez, se remexendo.
— Tá doendo.
— É pra doer. — salientou de volta.
Ela estava com o rosto pressionado no colchão, se forçando vez ou outra a olhar para cima, para vê-lo.
Nem percebeu quando ele se livrou da própria calça, só quando sentiu a pele nua do pau dele encostar em sua bunda. Joel a segurou naquela posição, tocando os dois dedos a buceta de Makayla que se encontrava totalmente úmida.
Ela gemeu com o toque.
Joel sorriu satisfeito, começando a fazer movimentos circulares, socando os dedos vez ou outra em um ciclo sem fim.
— Não, não, não. — ordenou ele, ao sentir ela pressionar seus dedos.
Joel cuspiu em seu cu. Começando a fazer movimentos circulares com seu polegar, a fazendo se contrair cada vez mais. Estava cada vez mais difícil de a manter abaixo de si, por conta dos pequenos movimentos que Makayla fazia querendo se soltar.
Então, ele fora mais esperto. Apoiou a cabeça de seu pau na entrada do cu da garota, e quando May sentiu isso — soltou um xingamento em reprovação instantâneo.
— Joel, não...
— Shh...
Ele enfiou a cabecinha, e o quarto inteiro se encheu de um grito agudo de dor da mais nova. Joel se curvou um pouco mais para cima dela, continuando os movimentos com seus dedos no seu clitóris.
Makayla choramingava. A sensação ardia por todo seu corpo, não se lembrava que o pau dele era tão grande daquela maneira. Por quê do jeito que estava doendo e ardendo, aquilo ali não era de Deus.
— Nossa... garotinha. — Joel não conseguiu conter o gemido, ao enfiar mais um pouco do pau para dentro — Tão apertada.
Makayla queria o xingar de todas as formas possíveis, mas sua buceta não deixava.
Então, ele se tornou sombrio. Deslizou o restante do pau dentro de Makayla, ganhando um grito agudo em resposta. Ela pressionou o rosto contra o colchão, tentando abafar os próprios gritos para não ser ouvida pelas crianças.
Joel aumentou a velocidade dos dedos em sua buceta, conforme também começava a acelerar as estocadas dentro dela.
Makayla gemia, choramingava e o amaldiçoava.
— Joel...
Ele deslizou novamente três dedos dentro de sua buceta, enquanto metia seu pau dentro de seu cu. Dessa vez sem exitar, aumentando as estocadas enquanto sentia as pernas dela se contrair.
— Joel! — o chamou mais alto, choramingando com a dor.
As paredes de sua buceta se contraíram, Joel pressionou o polegar com mais precisão em seu clitóris. Aumentando as estocadas lá atrás, suando e gemendo conforme ficava mais gostoso a cada instante.
— Joel, puta merda. Joel.
Então, ele sentiu seus dedos serem pressionados e seu pau também. As pernas de Makayla tremeram e ela tombou mais o corpo para frente, arfando ao ter seu orgasmo.
Miller sorriu satisfeito consigo mesmo, ao vê-la suada e arfando abaixo de si.
Com o braço esquerdo ele pressionou suas costas, de uma maneira que a deixasse mais empinada para si. Então, Joel aumentou as estocadas. Socando com força, sentindo seu pau ser pressionado lá dentro. Makayla arfando abaixo de si, toda anestesiada pelo orgasmo.
— Porra, Makayla. Porra. — sua voz saiu alta e grogue, como se estivesse embebedado pelo próprio prazer.
Ele acelerou mais, metendo mais fundo que podia. Sentindo seu pau pulsar dentro do cu de sua garota. Joel estava em êxtase, socando com toda sua força até sentir que estava perto. Empinou mais a bunda da garota, sentindo suas pernas tremerem. Um segundo depois Joel encheu o cu de Makayla com sua porra, e ele nunca se sentiu tão satisfeito quanto agora.
🏹
Eles adormeceram pelados, um no braço do outro. Foi a noite mais calma e tranquila que tiveram em dias, — e mais reconfortante também. Makayla abriu os olhos ao sentir os fechos da luz do sol acertando sua face, rolou sobre a cama até encostar em Joel.
Ficou naquela posição por alguns minutos, apenas o observando. A maneira que seu cabelo estava sessenta por cento tomado por fios brancos e o restante se misturava em tons de castanho e preto. A barba já um pouco grande, indicando que precisava ser feita. As sardas cintilantes por seu rosto, mais fortes do que nunca pelo tanto de tempo que ele tem andado no sol.
Quando ele abriu os olhos, demorou alguns segundos para se lembrar da onde estava. Ter os olhos de Makayla sendo a primeira coisa que vira no dia, o deixou feliz.
— Bom dia.
A voz dele soou grogue e rouca. Ele pressionou os olhos com força, tornando a os abrir — com um sorriso sincero nos lábios.
— Bom dia, marido. — Makayla cantarolou, brincando.
Se inclinou e o beijou, sentindo todo o calor dele se erradicar para si. Ambos tinham certeza de que aquele seria um bom dia, porém, não podiam estar mais errados.
{...}
— Cara, essa lua de mel de vocês não acaba nunca? — Ellie provocou, assim que Joel colocou os pés para fora.
As bochechas do mais velho ganharam uma pequena tonalidade vermelha, e ele logo se forçou a fechar a cara.
— Já estão prontos? — perguntou, disfarçando.
Tomás balançou a cabeça em concordância, apoiando a própria mochila nas costas. Um tempinho depois Makayla também apareceu, já pronta para partirem. Quando olhou para Joel, notou que seu pescoço estava vermelho e tinha leves arranhões por seus braços, onde ela estava se segurando enquanto era comida na noite passada.
— Provavelmente conseguiremos chegar até o anoitecer na universidade de Seattle. — Joel avisou, para as duas crianças.
Ellie e Tomás balançou a cabeça em concordância, voltando a andar em silêncio.
O decorrer do dia fora da mesma maneira, quietos e calmos, sem encontro com infectados apenas curtindo o dia embaixo daquele sol quente. Não demorou muito para começarem a se aproximar da entrada da cidade, e quando isso aconteceu Makayla levantou a mão para os outros três.
— Vamos dar uma pausa. — falou, bebendo um gole de sua água — Vou dar uma olhada na farmácia, ver se acho algum remédio e gases novas para os futuros machucados.
— Eu vou com você. — Joel pranteou.
— Não.
Makayla respondeu rápido demais, sendo pega por esse ato.
— Eu vou. — Ellie se levantou, esticando o corpo — Momento pai e filho.
Fez movimentos teatrais com as mãos, ganhando uma risada de Tomás. Makayla esperou a mais nova chegar perto, para começar a caminhar em direção a farmácia que estava ali na entrada.
Verificaram se não tinha infectados antes de entrar. Em passos calmos e lentos.
— Então, o que é que o Joel não pode ver? — perguntou a mais nova, ganhando a atenção de May.
Ela deu uma olhada por cima dos ombros, disfarçando. Começando a olhar a farmácia, com calma.
— Já disse, gases e...
— May, você mente muito mal. — Ellie riu, apoiando a própria mochila sobre o balcão.
Não estava totalmente saqueada, ainda tinha alguns remédios nos balcões e prateleiras.
— Precisamos encontrar remédios. — continuo Makayla, vasculhando o ambiente — Vai que alguma coisa acontece e...
— Makayla.
Ellie falou seu nome, revirando os olhos.
— Ok. Tá. — se virou para a mais nova, apoiando as mãos no balcão empoeirado — Eu preciso de um teste de gravidez.
A expressão no rosto de Ellie fora impagável. Ela se esqueceu de piscar.
— Quê?
May tornou a se virar de costas, pulando para outra instante.
— É. É isso. — balbuciou, baixo e com vergonha — Você não...
— Não vou contar.
🏹
As duas só voltaram para a companhia dos meninos, quando tinham achado a caixinha do teste de gravidez. Makayla enfiou aquilo na própria mochila, esperando pelo momento em que iria sentir vontade de fazer xixi.
Voltaram a seguir o caminho, Joel dessa vez estava interagindo constantemente com os meninos.
— Podemos apostar. Aposto que vão perder. — falou ele, após meia hora anunciando o jogo que tinha encontrado.
— O que iríamos apostar? — perguntou Tomás.
— Eu apostaria tudo por um doce. — entoou Ellie.
A mais velha riu, observando a cena dos três. Era como ter seu corpo tomado por raios de felicidade, não conseguia acreditar que estavam perto de realizar tudo. Quando fizeram outra parada, a bexiga de Makayla já estava totalmente cheia e ela aproveitou para fazer xixi no palitinho. Não deve tempo de enfiar o negócio na caixa, quando ouviu o barulho dos infectados.
Literalmente eles se foderam quando começaram a atravessar o túnel que os levaria até a universidade. O local estava cheio de infectados, Makayla estava com a cabeça doendo e sentia que estava começando a ficar apavorada novamente. Joel começou a trilhar o caminho, sendo seguido por Tomás e logo em seguida por Ellie.
Tinha dezenas, quase o suficiente para acabar com eles.
Joel matou o máximo que conseguiu, enquanto trilhava a família a cegas sem saber qual que de fato era o caminho certo.
— Sobe, Ellie. Sobe. — Joel se abaixou, fazendo pezinho com as mãos.
A matança estava piorando, Tomás e Makayla faziam a barricada para que os outros dois conseguissem subir.
Não demorou muito para eles subirem também. Sendo aparados pelas mãos nervosas de Miller.
— Vamos. Vamos.
Joel coordenava. Estavam em cima de ônibus, pulando sobre o lago para não caírem.
— Um por vez.
Ellie fora primeiro. Logo em seguida, Tomás. O barulho do ônibus abaixo dos pés deles começou a ranger, indicando que cederia. E então Makayla pulou, pronta para pegar o marido atrás de si. Porém, o ônibus cedeu e a correnteza levou Joel para longe o puxando para baixo.
— Joel. Joel. — gritou.
Ele fora arrastado para baixo, e consequentemente acabou batendo partes do corpo com força contra o metal. Se afogou tentando subir, com medo do que pudesse acontecer com os outros três.
Makayla pulou na porta de emergência, chutando com força tentando abrir. Lá de fora ela conseguia ver Joel tentando sair, puxando a porta também. Ela chutou com mais força, e nesse exato instante a porta abriu batendo na cabeça de Miller o empurrando para baixo mais uma vez.
— Vamos, amor. Vamos. — ela esticou a mão para ele.
Mas, Joel estava se afogando. A cabeça zonza e os dedos escorregando.
— Me dê a mão. Me dê a mão. — pediu Miller.
Porém, fora tarde. O ônibus virou, puxando Makayla para os fundos junto a ele. A correnteza a levou para muito longe, tanto que Joel teve que se esquivar o máximo que conseguiu para escapar do ônibus e nadar mais a fundo.
Mesmo tonto, com a cabeça machucada e o ar sendo perdido —, Joel nadou até alcançar Makayla. A puxando contra si, até voltarem a superfície.
— Mãe. Mãe. — Tomás alarmou, ao vê-la desacordada.
Ellie ajudou Joel a tirar Makayla da água, arfando junto ao pararem para respirar na rampa. Os mais novos também estavam molhados, ao tentarem ajudar Miller.
— Mãos para cima. — uma voz deconhecida soou.
Ellie e Tomás obedeceram, notando que eram guardas apontando armas para eles.
— Ela engoliu muita água. — Joel tentava fazer respiração boca a boca, e pressionava as mãos contra o peito dela em uma tentativa de reanimação — Não tá acordando...
— Mãos para cima.
Porém, Joel não o obedeceu. Suas mãos tremiam, seu corpo estava gelado e sentia o medo mais uma vez. Por isso não se deu conta quando um dos homens o acertou com o cano da arma, o apagando. Nem o deixando notar o objeto caído do bolso da mais nova, onde marcava dois risquinhos.
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