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19 | onde seguem em frente

E aí amores da minha vida, como você estão?
Acho que é a primeira vez que venho falar com vocês por aqui, e tô muito grata por cada um de vocês.

Esse é nosso anti penúltimo capítulo, se minha organização e as contas derem certo. Ok?

De toda forma, First Children está em sua reta final e eu tô toda boba e sentimental com isso.

Esse capítulo aqui tá mamão com açúcar, para a gente aproveitar um pouco nossa família favorita antes da merda acontecer. Amo vocês.

Boa leitura!

— Em algum lugar —
Atualmente

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Joel nunca conseguiria esquecer o que presenciou diante a seus olhos. Tinha demorado algum tempo até chegar ao resort, por conta da neve e a pequena tempestade que se formava. Mas, assim que ele chegou a primeira coisa que fez foi tentar entrar. Só que as portas estavam trancadas.

Pela janela conseguia ver o fogo queimando boa parte do interior. Por isso demorou alguns segundos até conseguir focalizar seus olhos e notar Makayla caída no chão com aquele homem sobre ela.

Joel entrou em desespero.

Começou a socar o vidro, incansavelmente. O desconhecido puxava a calça da garota para baixo. E o único pensamento que passava na cabeça de Miller é de que iria o fazer sofrer até seu último suspiro.

Nunca tinha se sentido daquela maneira antes. Completamente impotente. Era como ser engolido pela culpa. Se ele não tivesse machucado, nada daquilo estaria acontecendo, sua família não teria ficado em risco. Mas ficou.

Joel quebrou o vidro no soco. As cicatrizes ficariam para sempre em sua mão direita, nos nós dos dedos e em toda a costa de sua mão. Para sempre o lembrando do que tinha acontecido.

Makayla matou o homem. Enquanto ele socava o vidro, viu quando ela inverteu as posições prendendo o homem abaixo de si, o acertando incansavelmente com o objeto.

O fogo dançava pelo ambiente. O sangue espirrava no rosto dela. Aquele era o próprio caos.

Quando Miller conseguiu pular a janela, tropeçando nos cacos de vidro. Correu até ela, sentindo seu coração disparado contra seu peito em agonia. O medo percorria cada parte de seu corpo, Joel se sentia paralisado.

Ter Makayla em seus braços novamente foi a única coisa que o impediu de ter uma crise de pânico fodida. Porém, se ela tivesse reparado em seus olhos —, veria as lágrimas que escorreram quando ele a amparou.

Nunca seria suficiente o tanto de desculpas que ele pediu. Joel jamais se perdoaria por ter deixado aquilo acontecer com ela. Se sentia um péssimo marido, um péssimo pai, um péssimo tudo.

Amor, — a chamou, enquanto caminhavam em passos lentos até onde as crianças estavam — como está sua cabeça?

Makayla olhou para Joel, entrelaçando os dedos no dele novamente. Forçando um sorriso, mas não conseguiu o convencer. Seus olhos ainda estavam marejados, chorosos.

— Eu tô bem agora. — mentiu — Bem agora com você.

A neve estava cada vez mais pesada, conforme andavam. Joel sentia seu coração da mesma maneira, difícil de carregar.

— Me desculpa. — pediu mais uma vez.

A costa de sua mão ainda sangrava levemente, mas não era nada comparado ao tanto de sangue que tinha impregnado em Makayla.

Ela fungou o nariz, parando de andar, ficando frente a ele. A mais nova odiou a expressão no rosto do mais velho, nunca havia visto daquela maneira. As sobrancelhas se curvava com pesar, os olhos caídos e lábios pressionados um contra o outro.

— Eu sabia que você me encontraria.

Mentiu mais uma vez, enrolando os braços ao redor de seu tronco. O coração de Joel ainda se encontrava disparado, porém ser abraçado por ela o ajudou a amenizar um pouco. Makayla deixou duas lágrimas escaparem, conforme sentia a respiração dele em seu cabelo. Achou que nunca mais fosse o ver, que todos estavam mortos e que ela também estaria morta em breve.

Voltaram a caminhar, enquanto o dia começava a escurecer lentamente. Após uma hora chegaram na casa, cansados e abatidos.

— Mãe. Mãe.

Tomás se jogou contra a mais velha, entrelaçando os braços ao redor de seu tronco. Makayla sentiu o ombro ficar molhado pelas lágrimas do filho, mas se conteve. Quando começou a desfazer o abraço, Ellie apareceu em sua frente também pulando em seus braços.

Os três ficaram naquela posição por alguns minutos, sustentando o abraço quente cheio de amor e medo.

— Arrumem suas coisas. Vamos sair de manhã. — pediu Joel as crianças.

Desfizeram o abraço, os dois mais novos com olhos vermelhos. Estavam felizes por Makayla estar bem. Por a família estar reunida mais uma vez.

— Por conta da cidade que eles estavam usando, acho que ligaram a energia. Tem um pouco de água quente. — explicou Ellie para Joel.

O mais velho concordou em um aceno de cabeça, voltando os olhos para sua mulher.

{...}

Makayla não queria ficar muito tempo com Tomás e Ellie, pois sabia que estava prestes a desmoronar e queria fazer isso sozinha. Por isso subiu para o andar de cima, com o único objetivo de se lavar.

Quando arrancou suas roupas, notou que havia um rasgo feio em seus joelhos no jeans. Sua blusa, touca e regata estavam vermelhas de sangue. Seu cabelo fedia a fumaça, embaixo de suas unhas tinha sangue e sujeira. Ela estava um caco.

Kennedy chutou as peças de roupa para um dos cantos do banheiro e entrou debaixo do chuveiro. Quando sentiu a água morna acertando seu corpo, sua primeira reação foi se agachar. Apesar daquele banheiro estar sujo, dava para ver que as crianças tentaram o deixar menos pior. Como se a esperasse voltar para casa. Mas, e se ela não tivesse voltado?

O que seriam deles? Como eles seguiram sozinhos?

Então, o choro veio. Começou como se estivesse descendo por todos seus átomos, pedaço por pedaço até chegar em sua garganta. E quando Makayla sentiu que estava engasgando, o barulho agudo de seu choro saiu por seus lábios. Sendo abafado pelo som da água.

Ficou nessa posição por dois minutos inteiros, não conseguindo parar de chorar. Até a porta do banheiro ser aberta e o mais velho entrar.

— Separei sua roupa, seca e limpa. — adentrou, apoiando sobre um dos bancos que Ellie havia usado para subir e ligar o chuveiro.

Joel notou as roupas sujas no chão, tão vermelhas quanto sua mão. E então viu Makayla agachada no chão, sendo acertada pela água quente. Não pensou duas vezes até deslizar até lá.

— Ei, ei, ei. — pegou o rosto dela entre suas mãos, sendo acertado também pela água do chuveiro — Está sentindo alguma dor? O que foi vida?

Makayla levantou os olhos, encontrando a imensidão achocolatada dos olhos de Joel Miller. Preocupado, curioso e com medo. Sua blusa xadrez esverdeada começando a se ensopar.

Ela fungou o nariz. Balançando a cabeça em negação.

— A cabeça tá doendo? — tocou a nuca dela, se aproximando um pouco mais.

Ao ponto de começar a ter o cabelo molhado.

— Não. — ela fungou mais uma vez o nariz — Meu coração.

Joel arqueou as sobrancelhas.

— Seu coração? O que houve com seu coração? — olhou para os seios nus dela, em busca de descoberta.

Makayla balançou a cabeça novamente em negação. Sentindo o pesar de seus ombros ficar pior.

— Eu achei que você tinha morrido. Eu achei que todos tinham morrido. — disparou a falar, gaguejando em seguida — Que nunca ia ver você de novo.

Então, aquela expressão tomou conta do rosto de Joel novamente.

— Me desculpa.

— Para de pedir desculpas. — chorou, sentindo as gotas de água entrar em seus olhos vermelhos — Não é a porra da sua culpa.

Joel comprimiu os lábios, segurando o próprio choro. Puxando o corpo pelado dela e molhado para seus braços, entrando de uma vez embaixo do chuveiro.

— Eu senti tanto medo.

Os ombros dela tremiam, conforme chorava e emitia grunhidos estranhos por sua boca. Makayla chorou compulsivamente nos braços do homem que amava, não conseguia parar.

— Eu também. — confessou Miller — Eu também senti medo.

Ela levantou a cabeça, totalmente encharcada junto a ele.

— Eu só quero descansar. — chorou — Um pouco de paz.

Joel balançou a cabeça em concordância, beijando o topo da cabeça dela.

— Tudo bem. Tudo bem. Vamos descansar. Eu prometo. — foi sincero — Não vou deixar que mais nada aconteça com vocês.

Makayla o abraçou mais uma vez. Começando a se sentir um pouco melhor.

— Você tá de roupa. — soltou uma risada baixa ao finalmente ver a cena diante a si.

Joel também olhou para baixo, vendo toda sua roupa grudada em sua pele. Deu um sorriso lateral. Não percebeu quando entrou ali embaixo e terminou naquela situação.

— Eu tô de roupa. — repetiu, voltando os olhos para ela.

A mais nova soltou uma pequena risada, fungando o nariz em seguida. Joel a acompanhou, rindo também daquela situação. Acariciou o rosto dela com sua mão ferrada, a puxando para perto de si —, beijando seus lábios com carinho.

— Acho que eu deveria tirar a roupa. — murmurou ele, se afastando milímetros dos lábios dela.

Makayla sorriu, roubando um selinho dele.

— Você deveria sim tirar sua roupa, Sargento. Vai ficar gripado.

🏹

Makayla conseguiu parar de chorar e parar de se lembrar do acontecimento. Pelo menos um pouco, enquanto era tomada pelos braços de Joel. Não demoraram muito no banho, afinal a água era limitada. Quando desceram para o porão, viram que as duas crianças já estavam dormindo —, deitadas no colchão de solteiro.

A mais nova deu um sorriso genuíno ao ver aquela cena. Ela os amava, não tinha nada no mundo que pudesse negar aquilo.

Joel se deitou no colchão que antes estava deitado em seu curto período de cinderela. O cabelo molhado, as bochechas vermelhas e as pontas das orelhas também. Makayla olhou aquela cena, ainda com o sorriso no rosto.

Se agachou ao lado dele, tocando em seu abdômen. Joel franziu o cenho, ao sentir a pele da garota encostar em seu machucado. Makayla analisou bem, notando que a pele ferida estava começando a ganhar uma cor saudável novamente. Suspirou aliviada, começando a se arrumar só lado dele. Puxando a coberta fina sobre os dois.

Ellie e Tomás estavam cobertos do outro lado, com toucas, blusas grossas e um edredom cinza fino sobre eles. Podia até parecer que não estavam quentes, mas até que era uma maneira confortável de dormir. Pelo menos foi a conclusão que eles chegaram, quando se deitaram. Talvez por saber que todos estavam seguros.

— O que?

May sussurrou, quando de deitou por completo, apoiando a cabeça no peito do mais velho. Joel suprimiu um pouco, antes de ser sincero.

— Agora que meu sangue abaixou... — olhou de relance para ela, que mantinha a atenção toda nele — minha barriga tá doendo para cacete.

Makayla se sentou de prontidão, puxando novamente a blusa dele para cima de uma forma brusca.

— Aí.

— Desculpa. — tornou a olhar para o ferimento — Aqui, — enfiou a mão na própria mochila, pegando a última pílula — toma.

Joel olhou para o antibiótico com receio, se perguntando se aquilo ia funcionar mesmo ou ia o deixar mais grogue possível. Decidiu por fim tomar o medicamento, sem questionar a mais nova. Makayla se aconchegou novamente em seu peito, ouvindo as batidas do coração dele e sua respiração acertando o topo de sua cabeça.

— Joel. — o chamou em um sussurro, após alguns minutos em silêncio — Tá acordado?

Demorou alguns segundos para ele dar sinal de vida, mas quando deu uma pequena mexida ela soube que sim.

— O que foi? — perguntou, a voz cansada.

— Eu amo você muito, Joel.

Ainda com a cabeça apoiada em seu peito, ela conseguiu sentir a maneira que suas palavras aceleraram seu coração. Por conta do escuro só não conseguiu ver o sorriso que Miller dera, se sentindo mais vivo do que nunca.

— Eu sei. — beijou o topo da cabeça da mais nova, a aconchegando mais perto de si — Agora dorme um pouquinho, amor. Descansa.

🏹

Quando o dia amanheceu Makayla demorou a abrir os olhos, mas ainda assim acordou primeiro que todos. Quando olhou para o lado, viu que Tomás e Ellie estavam praticamente colados em seu colchonete. Indicando que na madrugada levantaram e puxaram até ali, para ficarem próximos dos mais velhos.

Não demorou muito para que eles acordassem, e quando isso aconteceu Joel os preparou para a saída.

Seattle não estava muito longe pelo o que ele havia visto no mapa, mas a pé seria uma boa e longa caminhada. Apenas de olhar para Makayla e as crianças, Joel conseguia notar a maneira que estavam exaustos e cansados. Não importasse quantas horas dormissem na noite anterior, isso não tinha haver com sono. Era o corpo e a mente pedindo socorro.

Os quatros seguiram pela rodovia principal, até sentirem a neve diminuir sobre seus pés a cada passo que davam.

— O tempo está ótimo para tomar uma cervejinha e tocar violão. — espreguiçou Joel, enquanto andava.

Makayla deu uma olhada de relance para o mais velho, concordando com a cabeça.

— Nunca te vi tocar.

Era verdade, pois no único mês limite que estiveram juntos no passado —, aquilo mal passou pela cabeça dele. Joel sorriu, sentindo o ar fresco do dia acertar seu rosto.

— Quando terminamos com isso vou ensinar vocês dois a tocar. — apontou para Tomás e Ellie.

Os mais novos ergueram a cabeça em interrogação.

— Tipo, tocar de verdade? Com notas e tudo?

A voz de Ellie soou preocupada, como se não se imaginasse fazendo tal coisa difícil.

— Com notas e tudo. — respondeu Miller, olhando para a mais nova.

— E da para tocar qualquer música? — indagou Ellie, concentrada na conversa.

— Qualquer música. 

— E você pode criar também. — Makayla acrescentou.

Os olhos da mais nova ganharam uma tonalidade nova ao pensar naquela possibilidade.

— Ah, essa eu quero ver. — gracejou Tommy, olhando para a garota.

Em um ato teatral, Ellie ergueu o dedo indicador para o garoto. Arrancando uma risada nasalada dele.

— Vou esfregar na sua cara, otário. — se gabou, conseguindo fazer ele rir muito mais ainda.

— Vamos ver quem vai tocar melhor então.

Tomás esticou a mão na direção dela, provocativo.

— Valendo tudo. — continuo ele.

Dessa vez quem gargalhou fora Ellie, tanto que suas bochechas ficaram vermelhas. Mesmo assim, pegou na mão dele.

— Tudo o que, Tommy? A gente não tem nada.

Makayla e Joel observava a cena com graça. Saber que aquela era a única coisa que os mantinha sã, era significavo. Tomás sorriu, sentindo uma sensação estranha de apoderar de seu corpo. Ellie estava errada, mas não iria dizer isso a ela. Apenas estarem vivos ali, após todo o ocorrido significava muita coisa. Naquela manhã eles tinham tudo.

{...}

— May, eu morava numa ilha e me mudei para outra. — Ellie quebrou o silêncio — Isso não foi um trocadilho, mas uma trocadilha.

Haviam parado para descansar um pouco, as duas estavam sentadas no capô de um carro abandonado, enquanto os garotos estavam um pouco afastados ali. Joel ensinava Tomás a atirar com o rifle.

Makayla soltou uma risada sincera. Tinha até se esquecido das piadas sem graças.

— Esse livrinho sobreviveu?

Olhou para o objeto nas mãos da mais nova. Ellie deu uma risada graciosa, balançando o livro com orgulho.

— Esse aqui é meu troféu.

Era a primeira vez em dias que Makayla via o sorriso sincero no rosto da mais nova e isso aqueceu seu coração como uma onda quente. Ela apoiou o braço sobre seus ombros, a puxando em um abraço lateral. Ellie a abraçou de volta, sem questionar.

— Como você tá? — a voz da mais nova soou preocupada.

May sorriu, olhando para ela.

— Eu que devia te perguntar isso. Você é a criança. — brincou, beijando o topo de sua cabeça, quebrando o abraço.

— As crianças salvaram o dia.

Ellie brincou de uma maneira teatral, ganhando outra risada em troca. A verdade é que a mais nova nunca teve tanto medo na vida quanto no dia anterior, ao achar que tinha perdido todos. Foi um sentimento mútuo pelos quatros, algo que nenhum deles tinham sentido antes. Ter seu corpo inteiro dominado pelo medo, era apavorante.

— Vi o que você fez com aquele cara. — Joel quebrou o silêncio, ajeitando a arma em cima da pedra — Sua mira é boa, mas com o rifle tem que ter mais precisão. Mais calma.

Tommy observava todos os movimentos do pai.

— Seus dedos tem que deslizar suavemente sobre o gatilho, seus olhos sempre no alvo com concentração. — Joel demonstrou — Dessa maneira. Gentil e paciente.

— Tá ensinando ele a atirar ou a engravidar alguém? — gritou Ellie, ao ouvir toda a conversa do outro lado.

Tomás riu, as bochechas de Miller ficaram vermelhas. Lançando um olhar repreendedor para a garota.

— Quieta, Ellie. — gritou, perdendo a concentração.

— Ele vai ficar nervoso agorinha. — murmurou May, para a menina ao seu lado.

— Não sei como você beija ele, May. Muito ranzinza.

Makayla deu de ombros, se encostando por completo no carro.

— É que não tem muito haver com isso, né...

No segundo seguinte percebeu a resposta que havia dado, olhando rapidamente para a criança ao seu lado. Sua língua trabalhou mais rápido que seu cérebro, Makayla soltou uma risada sem graça.

— Não foi isso que eu...

— Ah, não? — Ellie ergueu as sobrancelhas provocativa, gargalhando em resposta.

🏹

Após Tomás ter conseguido acertar um tiro certeiro no alvo e todos conseguirem descansar um pouco, eles seguiram a viagem. Pararam para comer quanto o sol estava estralando sobre suas cabeças, embaixo de uma árvore com sombra.

Aquele era o dia mais tranquilo que tinham em muito tempo. A única preocupação era onde iriam dormir quando anoitecesse, e isso deixou Joel calmo. Apesar do machucado em seu abdômen ainda doer e ter que parar vez ou outra para se certificar que os pontos que sua mulher fez não arrebentou, — ele ainda estava satisfeito.

Saber que estava perto da cura e que o mundo seria um lugar melhor para suas crianças, saber que tudo podia voltar ao normal depois de tanto tempo — era o suficiente para ele se sentir bem em muito tempo.

Quando a tarde de aproximava, notaram que tinha alguns prédios naquela região. Talvez fossem universitários. A mata engolia boa parte do local, mas não os impediu de entrar. Ali era um caminho menor, dava para cortar por dentro.

— Tomás, — Ellie o chamou, enquanto entravam no prédio — Por que o lagarto deixou seu filho de castigo?

O mais novo riu, revirando os olhos. Assim como a mãe também tinha se esquecido daquilo.

— Por que? — perguntou.

Ellie soltou uma risada maléfica, antes de responder.

— Porque ele réptil de ano.

A risada dos mais novos preencheu o ambiente abandonado, fazendo com que Joel revirasse os olhos com aquele assunto. Makayla foi quem subiu primeiro para o andar de cima, então não ouviu.

Um barulho de algo se quebrando chamou a atenção de Miller.

— Makayla? Makayla?!

Gritou por ela, tentando subir sozinho.

— Me ajudem aqui. — pediu aos meninos.

Joel se abaixou, fazendo pezinho com as mãos para Tomás. Quatro segundos depois o filho pulou para cima, sendo seguido de Ellie. Os dois se agachou e esticou as mãos para Joel, no intuito de o puxar para cima. Demorou mais do que o esperado, porém conseguiram.

— Por que demoraram tanto? — indagou Makayla.

O mais velho estava com as bochechas vermelhas e o rosto suando, indicando que tinha ido ali o mais rápido possível. Os meninos estavam logo atrás.

— O que você...

— Vem, vem.

Makayla entrelaçou os dedos no do seu homem, começando a trilhar o caminho pelos corredores amplos do lugar.

— Façam silêncio. — pediu May, se virando meramente para as crianças.

Andaram o mais rápido que conseguiram, seguindo os passos de Makayla. Joel já estava hiperventilando quando ela empurrou a última porta do corredor, dando acesso ao lado de fora.

— Porra! — Ellie exclamou surpresa.

O verde também chegava até ali em cima, mas diferente de lá embaixo a vista ali era esplêndida. Tinha uma girafa, bem na beira do prédio. Perto o bastante deles. Kennedy olhou para o rosto dos outros três, feliz pela maneira que aquilo os afetou. Os olhos de Joel brilhavam tanto que ele não conseguiu se conter até acariciar o animal.

Era a primeira vez que Makayla via uma girafa também, nem quando o mundo era normal conseguiu tal proeza.

— Uau.

Dessa vez quem exclamou fora Tomás, que também acariciou o animal, imitando o gesto do pai. Alguns segundos depois Ellie também fez o mesmo, encantada.

Lá embaixo tinha mais girafas, Makayla apoiou as mãos na grade olhando para elas. Era um bom dia para estar viva... Saber que estava perto de salvar o mundo a deixava em êxtase. Seus olhos lacrimejou, ao ver toda aquela cena.

Os braços pesados e fortes de Miller passaram ao redor de sua cintura, a abraçando por trás. Ela sorriu com o gesto, sentindo a barba dele roçar em seu pescoço —, antes de deixar um beijo quente ali.

Joel Miller estava vibrante.

— Makayla, — murmuros seu nome, com os lábios contra sua pele — eu também amo você, pra cacete.

Ela sorriu, engolindo toda sua vontade de desabar ali nos braços do homem que amava. Eles tinham razão, você tem muito a perder, até realmente não ter mais nada. O amor significa medo, estava completamente ciente agora. Pois mesmo estando ali tranquila com as pessoas que amava, o medo ainda predominava o corpo de Makayla Kennedy, tomando seus poros existentes. O medo do amanhã, o medo de não saber o que vai ser a seguir. O medo de ser impotente novamente.

Não tinha como impedir o que estava para acontecer. A única coisa que poderia fazer é aproveitar a viagem e dizer que os amava enquanto ainda podia. Era tudo isso para Joel, em silêncio.

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