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10 | onde uma certa coisa se inicia

KANSAS CITY
Atualmente

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Não há como definir a maneira que o clima agradável naquele carro se tornou um caos.

Os gritos de Joel para que Makayla acelerasse o carro, tornou muito pior. Ela não sabia trabalhar sobre pressão, tanto que no exato instante em que pisou o pé no acelerador, já tinha mais pessoas em cima deles. Ela perdeu o controle do carro, mas fora tão rápido que mesmo que se ela não tivesse ficado nervosa por conta dos gritos de Miller, — teria conseguido se safar. 

A caminhonete bateu com tudo em uma fachada, onde provavelmente era uma boutique antigamente. O vidro do carro quebrou com o impacto, fazendo voar pequenos cacos no ar.

— Você tá bem? — Joel levou a mão esquerda a mulher ao seu lado, preocupado — Vocês estão bem?

Olhou por cima do ombro as crianças que estavam com uma cara nada agradável. 

— Não machucou nada? — Miller se virou para May novamente.

— Acho que não.

Foi a única coisa que ela conseguiu pensar, antes de tiros acertarem a lataria da picape.

— Descem do carro. Rápido. 

Joel ordenava cada movimento de cada um deles, sua voz soava abafada e aguda.

Ellie e Tomás deslizaram para fora do automóvel, colando as costas contra a lataria em uma tentativa de defesa. Do outro lado, da onde os tiros vinham, os gritos de ameaça eram evidentes.

— Aí. — Joel chamou a atenção dos três — Estão vendo o buraco? Conseguem passar?

Mas, tanto Makayla quanto as duas crianças estavam apavoradas. Porém, Tomás foi quem foi primeiro. Ele deslizou pelo chão, com a mochila nas costas e passou pelo buraco — rápido o bastante para não se machucar. Alguns segundos depois Ellie o seguiu, fazendo exatamente a mesma coisa. Deixando apenas os dois adultos para trás. 

Makayla sentia os dedos começarem a suar, enquanto segurava sua própria pistola. Estava apavorada e o homem ao seu lado se deu conta disso.

— Quando eu mandar você corre lá para trás, — instruiu alto e claro — o freezer vai te proteger. E não sai de lá, até eu mandar. Fui claro?

Mais tiros pegaram na lataria do carro, quebrando o restante de mais alguns vidros. Ela estava assustada, mas saber que o filho e Ellie estavam meramente protegido dos tiros a deixava um pouco mais calma, porém não o bastante. Nunca havia estado em um confronto cara a cara com pessoas de verdade, como agora. Sentia cada parte de seu corpo ficar em alerta, e mais ainda suas mãos suarem. 

Outro tiro.

— Eles não vão te acertar. — continuou Joel, tentando a acalmar — Olha para mim!

Ele gritou a última frase, trazendo a atenção da mais nova para si. Mas, aquilo não a ajudou a diminuir o medo, — mas o olhos de Joel conseguiram trazer um segundo de concentração.

— Não vão te acertar. 

Miller repetiu a frase, e pela maneira que sua voz soava, estava tão assustado quanto ela.

— Se abaixa e se protege, em silêncio. — pediu — Como os meninos.

Makayla balançou a cabeça em concordância, começando a fazer o que o mais velho tinha dito que era para ser feito. Ela se arrastou pelo chão, ao mesmo tempo em que Joel começava a disparar contra eles. Demorou alguns segundos para conseguir se esconder atrás do velho freezer, mas seu esforço teve êxito. 

Tiros e mais tiros.

Do outro lado da parede, Ellie e Tomás estavam ajoelhados — com a respiração ofegante e o coração disparado. Vendo o nervosismo do garoto, a mais velha ficou segurando a sua mão, mesmo Tomás suando loucamente assim como a mãe lá do outro lado.

Joel conseguiu acertar um deles, o matando. Recarregou o rifle rapidamente, ao mesmo tempo em que o parceiro do cara ia até ele. Agachado, Miller andou até onde Makayla estava. 

Ele trocou olhares com ela, a preocupação transbordando de seus poros. Fez um sinal de silêncio, para que ela continuasse na mesma posição. E assim foi. Quando o outro cara entrou dentro da boutique, Joel acertou o tiro no meio de seu peito, quando o pegou de surpresa. A mais nova ergueu os olhos para ele, sentindo um pouco da tensão se esvair quando recebeu uma suspirada em resposta.

Makayla se levantou para ir ao encontro de Joel, ao mesmo tempo em que a porta dos fundos se abrir e um rapaz armado passava por ela. Miller foi muito rápido, partiu para cima do mais novo o impedindo de o acertar, porém o tiro ecoou para cima, assustando as duas crianças do outro lado. 

Eles começaram a travar uma luta corpo a corpo, o garoto prendeu Joel contra o carro. Makayla agarrou o mais novo pelo pescoço, conseguindo o fazer se soltar um pouco de Miller. O desconhecido bateu com o corpo de Kennedy na parede, acertando a cabeça dela contra a parede. Isso foi o suficiente para a deixar atordoada, quase totalmente machucada. Sua visão começou a ficar turva.

Joel arrancou o cara em um puxão pela gola da camiseta, fazendo com que May caísse para trás se desprendendo do desconhecido. Ela tentou levantar, mas sua visão estava ficando preta. May levou a mão até a parte traseira da cabeça, sentindo um líquido quente.

— Agora você vai pagar, filho da puta, pelo o que você fez.

Uivou o garoto mais novo, prendendo Joel abaixo de si, usando o cabo do rifle para o enforcar. Makayla não conseguiu chegar até lá, não antes que sua visão fosse tomada pelas duas crianças que deveriam estar lá atrás protegidas. 

Tomás estava com a pistola em mãos, dançando em suor. E por incrível que pareça, Ellie também estava com uma arma em mãos. Uma que ninguém havia visto antes.

O tiro que ecoou pelo ambiente saiu da arma da garota. E no instante que os olhos de Joel se focaram, fora pego completamente de surpresa. Ellie não matou o desconhecido, mas o machucou o bastante para o fazer soltar Joel. 

— Não, tá tudo bem. Tá tudo bem. A gente não tá mais brigando. — choramingou o garoto — Eu vou para casa e falo que vocês são tranquilos.

Tomás assustado com aquela cena, quase totalmente petrificado no lugar, viu a maneira que a mãe estava caída e machucada a poucos metros de si. Ele correu até lá, sem pensar duas vezes, enquanto Ellie continuava apontando a arma para o garoto no chão.

— Voltem lá para trás. 

Foi a única coisa que saiu dos lábios de Joel, ao tomar a arma das mãos de Ellie. Era como estar enlouquecendo, ao presenciar aquela cena. Tomás pediu a confirmação para a mãe apenas no olhar, que concordou em uma pequeno balanço de cabeça. As duas crianças voltaram para trás, tão rápidas, com medo do que Joel fosse dizer. 

Makayla fechou os olhos quando os gritos de socorro do garoto se tornaram mais altos e agudos antes de Joel o esfaquear.

🏹

Os quatro subiram em busca de uma rota de fuga. Joel liderando, Ellie, Makayla e Tomás. Era um grande clima de merda, dava para ouvir o barulho das pessoas os procurando. Sem contar na dor aguda que Makayla estava sentindo atrás da cabeça, Joel estava tão concentrado em tirar todos da rua que não prestou atenção nela. Apenas quando conseguiram achar um local para descansar, até que escurecesse.

— Eles não são da FEDRA e nem vaga-lumes. — Tomás começou a falar, se encostando na parede com a própria mochila a seus pés — Quem são eles?

— Pessoas. 

Joel observava atentamente o lado de fora, vendo a maneira que milhares de pessoas saiam e entravam dos prédios atrás de alguma coisa.

— Estamos seguros aqui? — perguntou Ellie, se sentando ao lado do garoto.

— Por um tempo, talvez.

Miller se afastou da janela, tornando a olhar para os rostos conhecidos ali de dentro. Makayla estava sentada um pouco afastada naquele cômodo, deixando os três mais para perto da janela. Era difícil se acostumar a mudar totalmente seu ponto de vista de uma pessoa, alguém que você tanto idealizou. Era apavorante saber das coisas que Joel era capaz, e ver isso acontecendo cada vez mais a frente de seus próprios olhos — a deixava com medo. 

Quando Joel se levantou e se aproximou dela, viu vestígios de sangue pelo rosto da mais nova. Não soube distinguir se aquilo era dela ou do desconhecido, por isso ficou quieto. Ele não tinha muita noção da maneira que agia quando estava em situações como aquela, mas agora tinha três pessoas ao seu redor que eram facilmente afetados por qualquer pequena ação que ele fizera.

— Deixa eu ver. — pediu, se agachando a frente dela.

Makayla abriu os olhos, encontrando Joel tão perto de si que a fez se recordar da imagem dele matando o garoto, que não deveria ter nem vinte anos direito. Joel não esperou ela concordar, apenas segurou em seu pescoço e inclinou a cabeça para ver melhor. O sangue estava começando a secar, apesar de fazer apenas uma hora que aquilo tinha acontecido. Ele não conseguiu encontrar o machucado por conta do cabelo, mas começou a limpar o sangue quase seco de toda a nuca da garota em silêncio.

Do outro lado do cômodo, Tomás ensinava a Ellie como segurar a pistola do jeito correto. 

— Não deveria ter pulado nele daquele jeito. — praguejou Joel, tirando o vestígio de sangue — Foi burrice.

May ergueu a cabeça, encarando os olhos dele.

— Queria que eu tivesse ficado quieta enquanto ele te matava? — sua língua trabalhou mais rápida que seu cérebro — Isso sim seria burrice. Me deixar sozinha, de novo.

Joel piscou os olhos com força e paciência.

— Quando eu te mandar fazer alguma coisa, não pensa duas vezes Makayla. — sua voz soava rude — Apenas faça.

Isso a estava irritando e definitivamente não era o momento e nem o local para aquilo, apesar daquelas palavras a terem acertado em cheio.

— Vai se foder, Joel.

🏹

Quando a noite chegou, todos concordaram que o melhor era encontrarem um local cem por cento seguro. Makayla não estava falando com Joel, era um pouco patético estar se sentindo chateada em um momento tão importante como aquele, — porém, é isso que estava acontecendo. 

— Tommy... — a voz de Ellie soou, enquanto eles subiam os trinta e três degraus para chegarem até um apartamento — Qual o nome da ciência que transforma cachorro em gato?

Os lábios do mais novo se curvaram em um pequeno sorriso, sabendo o que vinha a seguir.

Au que mia.

Tomás gargalhou alto, jogando a cabeça para trás sem perceber. Ellie também desatou a rir, sendo observada de lado por May. Os adultos estavam cansados, Makayla sentia que Joel a culpava por terem perdido a caminhonete e estarem naquela situação agora. Para ser sincera, a cabeça dela trabalhava em milhões de coisas ao mesmo tempo, conforme ele abrir a porta do apartamento para todos entrar.

— Tenho algumas latas na mochila que da para a gente comer. — avisou Ellie, enfiando a mão dentro da própria bolsa e tirando as latinhas.

Os mais novos conseguiam sentir a tensão se formando entre os mais velhos. 

Joel deixou os três arrumando no que iriam comer e o local para dormir, enquanto ele mesmo arrumava a própria armadilha mal feita. Espalhando cacos de vidros pelo chão. Assim que terminou, se sentou na pequena roda que haviam formado, e começou a comer sua lata de feijão.

— Essas pessoas... — Makayla quebrou o silêncio — Parece que estão procurando alguma outra coisa, além de nós.

Miller ergueu os olhos da lata em mãos, balançando a cabeça em concordância. 

Isso era obvio, desde o exato instante em que começaram a fugir. Ele notara isso, porém preferiu guardar para si mesmo. Havia certos tipos de coisas que Joel aprendeu quando era um forasteiro, a truques como esse que haviam caído e na maneira que uma utopia funcionava. Ou pelo menos, era o que eles tentavam se auto convencer. Nada no mundo nunca foi cem por cento certo, e quando o mundo foi derrubado — isso piorou desesperadamente. Agora nunca, jamais poderiam contar com a bondade das pessoas, isso não existia.

Quando terminaram de comer, Tomás e Ellie se deitaram um ao lado do outro, conversando baixo entre si.

— A partida de futebol entre cavalos terminou em patada.

Foi a última coisa que Joel ouviu entre eles, até caminhar novamente a onde Makayla estava. 

— Eles vão me enlouquecer. — balbuciou, se sentando ao lado dela na janela. Lá fora estava completamente escuro — Com essas piadas sem graça.

Ela se virou para ele, pressionando os lábios um contra o outro.

— É isso que significa ser criança. — deu um sorriso sem graça — Achar graça em tudo.

Joel manteve os olhos em cada movimento que ela fazia, por isso era possível ouvir o tintalhar dos dedos dela contra a própria coxa.

— Sinto muito não ter acelerado e colocado a gente nessa enrascada. — May pediu, cansada, sem olhar para ele — Tudo virou uma merda rápido demais.

Alguns segundos de silêncio, apenas com o som dos pequenos risos das crianças ao fundo.

— Não tinha como prever. — Joel sacudiu — Eu não devia ter dormido.

Agora sim, os olhos da mais nova estavam sobre ele. 

— Você ainda é humano, Sargento.

Joel comprimiu um pequeno sorriso nos lábios. Era nítido a maneira que estavam exaustos e acabados.

— Eu não devia ter... — começou ele — ter gritado.

May deu uma risada fraca, nasalada. Voltando a olhar para os olhos escuros do homem ao seu lado, o penteado de mais cedo já tinha ido embora totalmente, Joel estava descabelado.

— É. Você foi bem babaca.

Dessa vez quem soltou uma risada fraca fora ele, sentindo a tensão se esvair um pouco de seus ombros.

— Sabe, — Joel umedeceu os lábios, olhando para a frente agora, evitando o olhar dela — quando você aceita aquela perda depois de tantos anos, é como uma rotina. O tempo faz com que pareça tão longe, que você até mesmo se esquece de como era.

— Como era...? — May repetiu a última parte.

— Como era sentir medo de perder. — voltou os olhos para ela.

Makayla viu a maneira como seus olhos brilhavam, quase como se Joel estivesse desenterrando algo bem lá do fundo. Doloroso.

— Você passa tanto tempo achando que...

Ela o calou. Envolveu os braços ao redor do pescoço do mais velho, enterrando a cara ali onde o cheiro da colônia já tinha se dissipado e estava começando a cheirar suor. Joel não a abraçou de volta, foi pego muito rápido.

— Joel, eu... — Makayla se afastou dele, olhando para baixo — acho que nunca te disse isso. Bom, não consigo lembrar exatamente de tudo que aconteceu no passado entre a gente. Mas, tenho quase certeza de que nunca disse isso. Apesar de ser obvio, desde o princípio. Mas, acho que você consegue ser bem tapado e burro ás vezes, apesar de também ser tão esperto em outras...

— Ei, ei, ei. — tampou a boca dela com a mão direita — Começou a tagarelar de novo.

Makayla balançou a cabeça, recuperando a respiração que perdera ao falar tão rápido. Joel deu um sorriso relaxado diante aquela cena, se esquecendo da situação em que estava.

— Eu acho que eu amo você, sabe? — as bochechas dela estavam vermelhas, os olhos marejando — Bom, eu percorri metade do país só para te ver. Eu acho que é amor, o que eu, , o que eu sinto.

Ela não deixou que Joel falasse alguma coisa em troca, Makayla se levantou rapidamente, fugindo da situação como gato foge de água. Ela se deitou do outro lado, deixando com que as crianças ficassem a sua frente. Não percebeu quando pegou no sono, apenas tornou a abrir os olhos quando sentiu alguma coisa tocando em si. Isso a assustou.

Makayla olhou alarmada para trás, encontrando seu par de olhos favorito. Joel havia passado o braço direito sobre sua cintura, deitando atrás de si. Ele não planejava dormir, não depois do que havia acontecido apenas por tirar um cochilo.

— Boa noite. — murmurou baixo com a voz rouca, bem no pé de seu ouvido.

Makayla se arrepiou e ao sentir isso —, por estar com a mão livre tocando sobre ela — , Joel deu uma risada tão gostosa que a deixou completamente constrangida. Ele tentando reprimir o riso para não acordar as crianças, com a vergonha de May, foi o suficiente para ele não conseguir para de sorrir por meros minutos.

Joel não se lembrava de qual foi a última vez em que tinha rido assim. Seu coração se aqueceu e ele abaixou a guarda.

E abaixar a guarda significava muita coisa naquele mundo. Mas, acima de tudo, sempre quando uma guarda era abaixada — uma perda vinha a seguir. E fora exatamente isso que Joel pensou, ao abrir os olhos e encontrar a ponta de uma arma apontada para sua cara.

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