04 | onde a jornada começa
— Boston —
Atualmente
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Tessa não sabia o que tinha de errado com Joel, mas suspeitava que tinha haver com os acontecimentos das últimas horas. Ele não pronunciava uma palavra sequer e já fazia quase meia hora que tinham saído do apartamento, em direção ao congresso.
Em todos esses anos a qual tinha aquela homem ao seu lado, nunca havia o visto daquela maneira. Nem quando ele quase morrerá com um tiro de raspão na testa. Não, Joel nunca ficou daquele jeito antes.
Não parava de chover conforme os cinco andavam gradualmente para sair daquela zona. O mais velho, Joel, é quem estava os liderando, sendo seguido pelos outros.
— Puta merda, eu tô do lado de fora.
Exclamou Ellie, sendo puxada pelo braço por Tomás.
— Abaixados. — pediu Makayla as duas crianças, sendo obedecida.
Se sentia na obrigação de mantê-los vivos. E comparada a como seus sentimentos estavam turbilhando em emoções, agradecia a Deus por não ser a única adulta ali.
— Vamos dar a volta pela esquerda na zona de patrulha. — explicou Tessa em um sussurro para Makayla.
Tinha tantas coisas que a mais velha queria saber, queria indagar, mas apenas deixou isso para lá. Pois, não era o momento e nem a hora para tal coisa.
— Fiquem pertos. — pediu Makayla ao filho e a garota.
Eles balançaram a cabeça em concordância.
Tomás já estava acostumado com aquilo, afinal, nasceu em meio a tudo aquilo. Estavam sempre mudando gradualmente, por isso conhecia tão bem o mundo de fora. E por isso, também, não gostava do que tinha lá. Ao contrário de Ellie, que estava facinada por tudo a sua volta por ser novidade.
Tessa saiu primeiro, — trilhando o caminho, sendo seguida por Ellie, Tomás, Makayla e Joel por último.
Às vezes os flashs de luzes quase os pegavam, então tinham que parar, respirar e voltar a andar com cautela.
Saber que Makayla estava tão próxima a si, a poucos metros deixava Joel aflito. Estava numa batalha interna consigo mesmo na tentativa de não deixar aquele pensamento predominar, pois tinha coisas mais importantes naquele instante —, como conseguirem escapar com vida daquele lugar. Porém, mesmo assim, era como perder o controle. Saber que Tommy, seu irmão, melhor amigo, uma das pessoas que mais amava na sua vida, tinha escondido a maior notícia de toda sua existência, o deixava completamente decepcionado.
Como os cinco estavam andando agachados, Tessa foi quem aparou Tomás e Ellie no instante em que o flash e um dos barulhos dos automóveis foi ouvido perto. Ela segurou a mão das duas crianças, as impedindo de continuar.
Da mesma maneira que Joel, sem perceber, puxou Makayla pelo braço a impedindo de dar mais um passo sequer, — com medo de serem pegos.
O coração dela disparou com isso. Mesmo os dedos dele terem tocado sobre o tecido de seu moletom e não sua pele.
Quando Tessa voltou a trilhar o caminho, Makayla percebeu que havia ofendido a respiração ao começar novamente a dar os passos para saírem dali.
A chuva continuava caindo, dessa vez mais forte. O grupo se encontrava encharcados.
— Mas, que merda é essa? — a voz estridente e reconhecida por Joel soou quando os cinco passaram pelo pequeno túnel e saíram do outro lado.
Era o guarda que Miller contrabandeava comprimidos para dormir. E ao se dar conta disso, Joel percebeu que estava tão avulso com as coisas a sua volta que não tinha o notado, até estarem cara a cara com ele.
— Não se mexem! — ordenou.
Todos levantaram as mãos para cima, sentindo os pingos grossos da chuva torna aquele momento extremamente pior.
— Tá de sacanagem. — o guarda levantou a viseira, reconhecendo o homem presente — Se ajoelha.
— Calma, vamos conversar...
— Virem-se, de joelhos. — se alterou — O que eu te falei, hein? Falei pra ficar em casa. Se ajoelha.
— Ajoelha logo. — pediu Makayla a Joel, se dirigindo a ele pela primeira vez desde então.
Tomás e Ellie se ajoelharam em instantes, apesar da garota estar pouco relutante. Em seguida foi Tessa, Makayla e por último Joel.
— Olha só, a gente fecha o serviço e divide os cartões com você. — tentou negociar Tessa.
— Jura? — indagou sarcástico — Sorte a minha. Mão na cabeça, olhem para a frente. Mão na cabeça.
A chuva apenas engrossava, o céu relampejava.
O soldado apoiou o QG no pescoço de Tessa primeiro.
— Jura, irmão? — estava irritada.
— Eu vou seguir as regras. — rosnou de volta.
— Olha só, pode ser 75%? — Tessa tentou negociar mais uma vez.
— Saída não autorizada: enforcamento.
A luz verde se acendeu, e ele passou para Joel.
— Tá, a gente te dá todos os cartões e metade dos comprimidos. — dessa vez fora Miller a tentar negociar.
A luz verde também se acendeu, e ele passou para Makayla.
— Metade? — indagou perplexo — Quero tudo.
— Podemos negociar, direito. — pediu May.
A luz verde se acendeu, ele passou para Ellie.
— Arriscar meu trabalho por metade? Vocês endoidaram? — soltou uma risada sarcástica, apoiando o QG no pescoço da garota.
O próximo acontecimento fora rápido demais para os olhos de Makayla Kennedy processar. Ellie esfaqueou o joelho do guarda de uma só vez, com toda a força que tinha em seu ser.
— Ellie! — gritou Makayla — Que porra.
— O que é isso? — Tessa puxou Tomás para trás.
— Vagabunda. — rosnou o soldado, gemendo de dor — Sai da minha frente.
Então, ele apontou a arma para o rosto de Joel. Que ergueu as mãos em sinal de rendição, tentando manter a calma, tentando não estragar mais as coisas.
— Calma, — olhou de relance para trás, onde Makayla segurava Ellie atrás de si — vamos resolver.
O soldado apertou com força o câmbio da arma, pronto para disparar contra eles. E talvez, Joel tenha se dado conta disso. Pois, no segundo seguinte, como se um instinto predador tivesse tomado conta de seu corpo — ele avançou para cima do soldado. Um tiro soou para cima, antes de Joel cair sobre o mais novo o enchendo de socos consecutivos, um atrás do outro.
A chuva forte sobre todos, Joel socando o rosto do cara com toda a força do mundo. Tomás e Ellie perto de Tessa, enquanto Makayla olhava aquela cena com pavor.
— Joel. — o chamou, mas ele não a dava ouvidos.
Então, era aquilo que todo mundo falava sobre Joel Miller. Os boatos, o medo, o desespero em ouvir seu nome... Era por causa daquilo.
— Joel, pelo amor de Deus. Vai mata-lo. — gritou Makayla.
O barulho da chuva ajudava sua voz sair inaudível. Nada naquele instante conseguiria o fazer parar.
— Joel, por favor! — dessa vez ela afundou os pés da lama ao cortar o pequeno espaço entre eles, tentando o puxar pelo braço.
Mas, ele era muito mais forte. Se desvencilhou das mãos da mais nova, não percebendo que isso acabara por ser vinculado com um empurrão, pois Makayla escorregou no chão molhado —, caindo logo atrás, por conta da força de Joel ao socar aquele homem, como se estivesse cego.
— Texas —
17 dias antes do surto
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Antes que a porta se abrisse, Makayla já tinha ensaiado dezenas de vezes o que dizer a Joel. Pediria desculpa por o ter beijado daquela maneira, e por tanto problema que havia acarretado na sua vida nos últimos dias. Mas, quando a porta se abriu não fora os olhos calorosos de Joel que a recepcionaram, e sim outro par de olhos bastante similar com os dele.
— Oi?! — o rapaz do outro lado estava confuso, ao ver a figura da desconhecida a sua frente.
— Ah, uh, oi, desculpa, o Joel está?
Sua voz saiu falhada de uma maneira bem estúpida.
— Ele ainda não chegou. — as covinhas na bochecha do menino ganharam vida — Mas, se quiser o esperar aqui dentro...
— Quem é tio Tommy?
A voz estridente de Sarah, soou lá de dentro.
— Uma garota bonita procurando seu pai.
Os passos rápidos e fortes sendo atravessados até o vão de entrada, fora o que Makayla ouviu, até os olhos de Sarah estarem a sua frente.
— May! — se jogou nos braços da mais velha, a abraçando — Que bom que está aqui, precisava mesmo de uma ajuda feminina. Tio Tommy é péssimo em escolher.
— Ei. — Tommy levou a mão até o meio do peito, fingindo estar ofendido.
— Vem.
Sarah puxou Makayla para dentro de casa com tanta facilidade, que deixou a mais velha constrangida.
Havia dezenas de cartazes, glitter, cola e mais algumas coisas sobre a mesinha de centro da sala.
— É aniversário de um dos meus colegas e...
— Namoradinho. — corrigiu Tommy.
— Sai fora. — Sarah arremessou uma das almofadas na cara do tio, ganhando uma gargalhada em resposta de ambos mais velhos — Não consigo chegar em um consenso sobre qual glitter combina mais com a minha letra.
— Já falei que o rosa.
— Não começa tio Tommy. — repreendeu o mais velho, que gargalhou em resposta.
Makayla se sentou no sofá, pronta para ajudar a mais nova. Porém, invés de Tommy voltar para o escritório, que era onde ele estava anteriormente —, continuou ali presente com as duas, imerso a uma sessão de glitter e fantasia.
Ela não se arrependia de ter o beijado, mas sim da maneira que os olhos dele se tornaram estranhos após tal acontecimento. Então, queria muito mesmo que as coisas voltassem como antes. Gostava da companhia de Joel, mesmo ele sendo mais velho.
— Então, da onde conheceu meu irmão? — Tommy fez a pergunta de milhões, após finalizarem a ajuda de Sarah.
Os três ficaram sentados naquele carpete quase a tarde toda, terminando desenhos, cartinhas e muita purpurina.
— Foi numa... Uh, na porta da farmácia.
Tommy arqueou os olhos, curioso. Não era todo dia que algo como aquilo acontecia em sua vida, principalmente na de Joel, — que era mais monótona e parada que tudo.
— Engraçado, eu acho que...
Porém, não foi permitido que Tommy continuasse aquela frase, pois a porta da frente se abriu e um Joel cansado passou por ela. O cabelo amassado de tanto passar a mão, ao longo do dia. Os olhos cansados, a respiração exausta e a vontade beber cerveja, reinando em seu sangue.
Demorou alguns segundos para ele notar as duas presenças na sala de estar. Afinal, Sarah havia subido para cima já a alguns minutos.
— Makayla. — disse o nome dela quase num sussurro inaudível.
Ah, se aquela menina soubesse o que tinha feito com ele desde que fizera aquilo, ela não aparecia na frente dele tão, tão cedo.
— Já vou indo Joel. — Tommy se levantou do chão, batendo as mãos sujas de glitter na calça — Coloca a Sarah pra limpar esses brilhinhos.
May deu um sorriso forçado de boa noite para Tommy, pois estava voltando a ficar nervosa mais uma vez. Olhou para a janela e notou que já havia escurecido. Joel trancou a porta quando o irmão passou, deixando a jaqueta sobre a cadeira da cozinha.
— Desculpa. — pediu Makayla se levantando do chão, com medo da reação dele — Eu vim aqui pra te pedir desculpas por aquele dia, mas a Sarah me puxou pra dentro e me fez ajudar ela a fazer vinte e três bilhetes de aniversário com muito, muito glitter. E depois de um tempo eu comecei a pensar que era uma péssima ideia ter vindo aqui falar com você. E eu até estava indo embora, mas aí você chegou...
— Ei, ei. — levantou o dedo polegar — Por quê você gosta de tagalerar tanto?
A mais nova piscou os olhos com força, tentando se manter sã ali.
— Desculpa... — murmurou baixo.
Na verdade, ela não queria o decepcionar. Não sabia como aquele cara que conhecia a poucos dias, a fazia tanto querer uma validação como daquele jeito.
— Não sei pelo o que tá pedindo desculpas. — Joel balbuciou, apoiando as mãos sobre a costa do sofá. Totalmente atento a ela — Deve ser coisa de adolescente.
Makayla elevou as sobrancelhas, em uma maneira debochada. Havia acabado de ser chamada de criança.
— Quis dizer que sou criança? — ela perguntou o que pairava em sua cabeça.
Joel deu um sorriso cansado de lado, forte o suficiente para estampar meramente suas covinhas.
— Não, — riu baixo — eu quis dizer que você é jovem. — restruturou a frase — Muito, nova.
Quem deu um sorriso lateral dessa vez fora ela.
— Não entendi. — fingiu demência.
Joel estava com as duas mãos apoiadas na costa do sofá, em pé, como se aquilo o ajudasse a ficar em pé. Makayla se aproximou um pouco mais, perto o bastante e longe o suficiente.
— Você sabe muito bem o por quê. — ele enfatizou o muito, com os olhos presos a ela.
Makayla deu uma risada demoníaca, perversa. Não acreditava que aquilo estava de fato acontecendo. Quase como um jogo.
— Por quê, Joel?
Ela enfatizou o nome dele da mesma maneira que ele havia feito. Então, fora pega de surpresa. Miller quebrou o pequeno espaço entre eles, a segurando pelo rosto e a beijando de uma vez. Makayla nem teve tempo para processar o ocorrido, apenas sentiu a língua quente de Joel escorregar sobre a sua própria língua.
Ele a beijou.
As palmas de sua mão se levaram até a bunda da mais nova, a levantando com facilidade e maestria, — como se não tivesse peso nenhum, fazendo Makayla enrolar as pernas ao redor de sua cintura.
Joel se sentou no sofá, a prendendo a cima de si.
Makayla conseguiu tomar a liderança do beijo, aprofundando sua língua dentro da boca do mais velho em movimentos calmos e fogosos.
— Porra. — Joel arfou por ar, sentindo os cabelos de sua nuca serem puxados pela mais nova.
Makayla nem precisou começar a rebolar para sentir o volume duro e grosso, começar a crescer abaixo de si. Apenas em beija-lo, era suficiente para deixar Joel daquela maneira.
Ela apertou a as pernas ao redor da cintura do mais velho, de propósito, apenas para o fazer gemer.
— Ei...
Conseguiu com maestria tal ato. Joel sentia seu pau latejar dentro da cueca, como se não saísse dali de dentro já a dias. Estava desesperado, conforme a adolescente de dezessete anos começava a rebolar sobre seu colo.
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