054 • S6
Finalmente aquele capuz é tirado do meu rosto liberando a minha visão em uma pequena sala que parecia ser de um prédio
Eu vejo Theo com as mãos amarradas em sua frente, da mesma forma que estou.
── Tragam a velha. - Uma mulher ruiva disse
── Vamos pegar a comunidade inteira? - Um homem dizia, e arregalei os olhos ao ver Carol ser jogada no chão
── Seria mais fácil.. - Uma morena tentava dizer a cada tossida ── Matar o líder e tomar conta da comunidade logo.
── O chefe disse que eles precisam atacar primeiro e sair da comunidade. - Disse a ruiva, ela olhou nós três com um sorriso maléfico ── não tentem nenhuma gracinha, vadias. Ou eu juro que matarei sem ter piedade!
── Se fode puta. - Praguejo a olhando com fúria
── Você me chamou de que? - A ruiva se abaixou apertando as minhas bochechas com brutalidade, mas continuo a encarando sem desviar por nenhum segundo ─ Uma garotinha não me mete medo!
A mulher empurrou o meu rosto com força enquanto levantava novamente e solta um riso
── Porque esta fazendo isso? - Questionou Carol levantando seu rosto até a mulher ── Nós e nosso grupo não fizemos nada a vocês.
── Cala a boca velha idiota. Fica calada! - Exclamou sem paciência
── Paula, o chefe quer falar com você. - O homem disse entrando na sala, assim a mesma saiu
Encolho meu corpo mais perto da parede ao ver o homem se abaixar me encarando
── Fique longe dela. - Carol falou
── Acho que você não está em posição de me mandar fazer algo. - Ele olhou para a Peletier
── Não tem motivo pra estarmos aqui. - Theo falou chamando sua atenção ── Oque querem?
── O negan sempre esta querendo mais pessoas para trabalharem pra ele. - Respondeu com um pequeno sorriso em seu rosto
── Nosso grupo vai matar todos vocês. - Falei fazendo-o olhar para mim seriamente ── Meu líder vai fazer dele gato e sapato, não importa se ele estiver no controle agora. Você não sabe? Ele sempre consegue.
── Esta tentando amedrontar? Uma garotinha com esse rostinho não é intimidadora. - Ele passou seu dedo indicador pelo meu rosto
── Já falei pra não toca-la. - Carol se inclinando tentando avançar no homem
── Calada sua vadia! - Exclamou levantando irritado, acertando um chute nas costas da mulher que resmunga de dor
Me deito no chão dando um chute nas canelas do homem que caiu por não estar esperando por isso
── Oque esta acontecendo? - Paula abriu a porta olhando a cena confusa ── Eu saio por minutos e já esta apanhando? Você é patético! - Ela olhou o homem levantar do chão
Ela olhou cada uma na sala com um sorriso e tirou sua arma do cinto apontando em direção a Theo
── Se tentarem alguma gracinha, eu atiro nesse loirinho bonitinho. - Falou parando no meio da sala
── Pode matar. - Me ajeitei, Fazendo o Miller me olhar com espanto
── Parece que o grupo de vocês já estão a caminho daqui, indo igual formiguinhas idiotas atrás de doce.
── Por favor, não nos machuque. - Carol começou a chorar fazendo todos a olharem com confusão, inclusive Theo e eu
── Ta chorando? - Paula a questionou
── Não somos uma ameaça. - A Peletier falou em um tom desesperado, em meio a suas lágrimas
── Uma senhora e dois adolescentes, acha mesmo que faremos algo de ruim?
Franzi o cenho encarando a cena a minha frente e desvio para Theo que também não parecia entender nada daquilo
── Não parecem ser perigosos mesmo. - Paula falou simples, com sua voz mais calma ── Mas vamos mantê-las aqui até tudo acabar.
── Posso orar? Tem algum terço? - Carol perguntou
── Você é religiosa? - A fumante soltou um riso e tirou algo do bolso de sua calça ── Achei isso em um cadáver. - Entregou a mulher
── Muito obrigada. - A Peletier disse em soluços
── Já que vamos ficar aqui a um bom tempo. - Falo chamando a atenção da ruiva ── Eu posso usar o banheiro? Tem algum ai?
── Ahm.. Leva ela pro banheiro. - Disse para uma mulher morena, calada que apenas observava a situação
Logo sinto as mãos de morena apertando meus braços e me puxando para cima, assim eu levanto indo em direção a porta junto com a mesma.
Nós duas saímos do lugar, caminhando pelo corredor vazio do prédio. Eu mantinha minha visão em cada detalhe, qualquer falta de atenção me ajudaria a se soltar
── Descubra como mijar com as mãos presas. - A mulher disse me largando na porta do banheiro
Entrei em silêncio e fecho a porta, abaixo a tampa do vaso e me sento passando os meus olhos pelo quadrado apertado.
Meus olhos notaram um azulejo quebrado então me ajoelhei no chão aproximando as mãos do mesmo e tento rasgar a fita isolante cinza prendendo os meus pulsos
e começo soltar as camadas que apertavam deixando quase impossível que eu mova as mãos, puxo minhas mãos para cada lado.
── Sai logo dai! - A mulher bateu na porta me fazendo levantar sobressaltada
── Ta. Só estou terminando.
── Não quero saber. Anda logo!
Revirei o olhos abrindo a porta onde vejo a morena me esperando com tédio
── Vamos. - murmuro com meu tom de voz calmo, caminhando até a mesma que agarra meu braço sem nenhuma delicadeza
Paramos na frente da sala onde estavam prendendo nós três, dava para ver que pela brecha da porta saía uma grande quantidade sangue fresco
Me preocupei ao achar que poderia ser de Carol ou de Theo, então me viro depressa fincando o pedaço de azulejo no pescoço da mulher que caiu no chão agonizando
Eu não me importei com mais nada, além de entrar na sala e me certificar de que os dois estavam bem.
Havia sangue por toda a parte, a ruiva e o outros dois estavam no chão esfaqueados.
── Carol?! - me abaixo até a mesma que parecia estar ferida ── Mataram eles sozinhos?
── Nos subestimaram demais mandando esses idiotas pra nos prenderem. - A mais velha soltou um riso fraco
── Acertaram um canivete na barriga dela. - Theo murmurou dobrando o tecido da blusa da mesma que respira fundo
── Precisamos sair daqui. - Carol falou descendo sua própria camiseta ── Caso eu não consiga, Quero que corram sem olhar para trás!
── Não vou deixar você pra trás. - Protesto a olhando incrédula
── Eu não me perdoaria se acontecer alguma coisa com você por culpa minha.
── Não me importo. Eu não vou te deixar. Somos uma família, e família não abandona. - Afirmo, segurando na cintura da mulher para que ela levantasse
Theo pegou as armas que antes eram dos outros, e nos seguiu pelos corredores do local.
Ouvimos barulhos sendo emitidos pelos corredores, então apressamos os nossos passos chegando até o fim do mesmo e antes que Theo colocasse suas mãos na maçaneta, alguém mexe por fora
O loiro ergue sua arma enquanto eu ajudava carol a se apoiar na parede.
── Maggie? Rick! - Theo soltou um sorriso aliviada ao ver que eram do nosso grupo
E eu também suspirei com alívio, Maggie logo passou pelo loiro me puxando para um abraço.
── Rachel! - A mais velha pronunciou, me apertando em seus braços
── Cadê o Daryl? - Procurei o mesmo em meu campo de visão mas não o achou
── Foi procurar um cara que tentou nos atacar. O Glenn, a Rosita e Mich foram atrás dele. - Falou Rick se aproximando
── Temos que leva-la até o médico. - Abraham falou vendo que carol estava ferida
── Tudo bem. Jesus vai com o Gabriel até hilltop, vamos tentar encontrar o resto do grupo e nos encontramos lá. - Falou Rick, e os dois assentem
── Quero ir também. - Theo falou se aproximando da Peletier
── Não precisa, querido. - Carol sorriu fraco
── Você se machucou pra me proteger, não será muito ir te fazer companhia..
── Ta bom, anda logo com isso. - Murmurei saindo do local impaciente.
Na verdade, eu estava ansiosa para ir encontrar Daryl e o meu pai o mais rápido possível.
Assim que cheguei na porta do veículo, levanto o meu rosto e um sorriso se forma em meu rosto ao ver o cowboy que parou me olhando da mesma forma.
── Oi. - Carl murmurou, me puxando para o abraçar.
Eu apenas fechei os meus olhos colocando meus braços ao em volta de seus ombros, respirando aliviada ao sentir seu perfume
── Nos encontramos em hilltop. - Rick anunciou sendo o último a subir no trailer
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